A importância das disciplinas de empreendedorismo no ensino fundamental Imprimir
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Escrito por Sueli Aparecida Zambon   
Qui, 05 de Agosto de 2010 00:00

[1]*Sueli Aparecida Zambon

**Roberto Ferrari Junior

 

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo analisar trabalhos científicos que tratam da aplicação de disciplinas de empreendedorismo no ensino fundamental. A atitude empreendedora visa desenvolver na criança não só competências relacionadas às atividades empresariais, mas formar indivíduos capacitados, reflexivos, defensores dos seus ideais, capazes de novas idéias que geram novas soluções. Sobre a aplicação de disciplinas de empreendedorismo no ensino fundamental, os registros científicos encontrados são bastante escassos e as escolas citadas neste trabalho que optaram por aplicar métodos nesta área de empreendedorismo são, em sua maioria, escolas particulares e municipais.



Contudo, apesar da recepção positiva por parte dos alunos pelos métodos apresentados, não encontramos registros que apontassem resultados significativos para uma avaliação a longo prazo.

PALAVRAS CHAVE: Empreendedorismo, Ensino Fundamental, Disciplinas, Atitude Empreendedora

ABSTRACT

This study aimed to analyze scientific papers dealing with the application of entrepreneurship courses in basic education. The entrepreneurial attitude is to develop in children not only skills related to business activities, but to train individuals trained, reflective, defenders of its ideals, capable of new ideas that generate new solutions. On the implementation of the disciplines of entrepreneurship in elementary school, found the scientific records are scarce and schools cited in this work we chose to apply methods of entrepreneurship in this area are mostly private and municipal schools. However, despite the positive reception by students using the methods presented, we find no records that pointed to significant results in a long-term assessment. 

KEYWORDS: Entrepreneurship, Basic Education, Subjects, Entrepreneurial Attitude 

1 INTRODUÇÃO 

O espírito empreendedor atualmente deixou de ser apenas uma prerrogativa do empresário e do empregador passando a ter um significado mais abrangente e importante, que é deixar de estar passivo aos acontecimentos e ter sugestões, opinar, discutir e repensar uma nova sociedade. Este assunto é relevante na medida em que pensa na criança como futuro da nação. É imprescindível que ela aprenda a assimilar uma visão empreendedora, que possa descobrir suas potencialidades pessoais, realize seus sonhos, busque pela realização dos seus ideais e das coisas em que acredita.

Todos sabemos, que a criança já traz consigo o instinto empreendedor através da sua curiosidade e inteligência, mas é essencial estimular essa capacidade de criação e observação, apostando no seu potencial, pensando a educação como uma ponte para um futuro de realizações. Os trabalhos aqui descritos apresentam uma visão do ensino de empreendedorismo nas séries iniciais do ensino fundamental, sua contribuição e suas dificuldades. Observamos através dos mesmos, ser possível estabelecer um programa de metas para a aprendizagem infantil, com o objetivo de incentivar nas crianças o espírito empreendedor, a autonomia e que as auxiliem nas tomadas de decisões, individual e coletivamente. Paralelamente, fizemos um levantamento acerca de alguns importantes produtos educacionais ora oferecidos às escolas particulares e oficiais com o intuito de oferecer às crianças os conhecimentos necessários a uma formação empreendedora.

Inicialmente foram analisadas uma tese de doutorado e uma dissertação de mestrado. Na sequência, fizemos avaliação de uma empresa não governamental que tem programas de complementação educacional aliados aos cuidados com a preservação da natureza, responsabilidade social, consumo consciente, noções de marketing, administração e gestão empresarial. Nossa contribuição com este trabalho tem o respaldo de ter sido calcada em minuciosa e tanto quanto possível abrangente pesquisa sobre o assunto em questão.

2 OBJETIVOS E METODOLOGIAS DESTE ARTIGO

O passo inicial para a seleção de informações foi a realização de um levantamento com consulta a fontes como: livros, revistas, teses, dissertações, entrevistas em jornais, páginas eletrônicas e  trabalhos publicados em sites científicos. As consultas foram feitas a partir das palavras-chave: Empreendedorismo Infantil, Empreendedorismo no Ensino Fundamental, Crianças Empreendedoras, Pedagogia Empreendedora. Sites de cunho científico como: Biblioteca Digital de Teses da Universidade de São Paulo, Scielo-Scientific Eletronic Library Online, Portal Domínio Público do Governo Federal também foram pesquisados.

Esta pesquisa teve como processo de seleção, programas educacionais com reconhecida existência de experiências já realizadas, publicações científicas acerca do produto e abrangência das aplicações do produto já realizadas.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 TESE DE DOUTORADO DE PEDRO (2007)
3.1.1 OBJETIVOS DA PESQUISA

A pesquisa teve por objetivo produzir procedimentos que possibilitassem a integração dos conceitos de empreendedorismo e desenvolvimento de competências, aliadas ao projeto político pedagógico de ensino fundamental. Possibilitando ao aluno um comportamento empreendedor, estimulando sua capacidade de criação e observação, a pesquisa apresenta como base as características comportamentais dos empreendedores.

3.1.2 METODOLOGIA 

Elaborou-se uma proposta pedagógica, que foi aplicada nas 5ª, 6ª e 7ª séries de todas as dezesseis unidades da escola privada Colégio Bom Jesus, da Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus. A instituição de ensino está presente em Santa Catarina e também nos estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Para a aplicação do modelo, o Colégio criou uma disciplina específica, seguindo as regras da instituição, com uma carga horária de quarenta e cinco minutos e aulas semanais, buscando a iniciação dos alunos no conhecimento das competências empreendedoras.

Tabela 1 – Objetivos e métodos aplicados aos alunos do Colégio Bom Jesus - idade 10 a 13 anos

Séries

alunos

Objetivos

Método

 

 

5ªs.

 

 

 

1.412

O autoconhecimento e as necessidades dos alunos, a importância dos espaços sociais para a formação das atitudes e do comportamento, suas necessidades e valores. A compreensão do comportamento humano e as influências do meio.

Cria-se um ambiente de descontração, onde os alunos dialogam entre si, refletem sobre suas origens, sua família, seus sonhos e trocam experiências.

 

6ªs.

 

1.441

Desenvolvimento das habilidades empreendedoras e conhecimentos específicos do comportamento empreendedor, o estímulo para o aprendizado.

Desenvolver uma revista sobre empreendedorismo.

 

 

 

7ªs.

 

 

 

 

1.344

O desenvolvimento das habilidades ligadas à prática empreendedora, da geração da idéia à elaboração do plano de negócios, finalizando o ciclo de aprendizado dos conceitos de empreendedorismo relacionados ao projeto pedagógico.

Elaborar um plano de negócios.

 

3.1.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Não houve avaliação formal que apontasse os pontos fortes e fracos do modelo aplicado, o que torna necessário e urgente, uma continuação desta pesquisa, para que se tenham respostas afirmativas sobre as técnicas aplicadas. Como as aulas apresentavam aspectos diferenciados das demais, as atividades eram geralmente lúdicas, fato que contribuiu para a satisfação do aluno e, portanto, percebeu-se que os alunos geralmente demonstravam interesse em realizar as tarefas, executando-as com muita qualidade e prazer. Há algumas tentativas, por parte de escolas brasileiras, de incluir o tema Empreendedorismo na sua grade curricular e trabalhá-lo com seus alunos, contudo, são poucas as que realmente o integram em seu currículo. Pedro (2007)

3.1.4 CONCLUSÕES

Os procedimentos adotados conseguiram integrar os conceitos de empreendedorismo, desenvolvimento de competências empreendedoras e o projeto político pedagógico de ensino fundamental, tendo como base as características comportamentais dos empreendedores. Para analisar se o modelo empregado produziu uma resposta positiva, que defina o fortalecimento de uma cultura empreendedora importante para o desenvolvimento sócio-econômico do país, torna-se necessário acompanhar a vida acadêmica e profissional dos alunos.

3.2 DISSERTAÇÃO APRESENTADA POR MORAIS (2009)
3.2.1 OBJETIVOS 

Investigar e analisar três produtos educacionais oferecidos para capacitação empreendedora de alunos na Educação Básica, cada qual com sua visão e objetivos:

1. Pedagogia Empreendedora, (DOLABELA),

2. Jovens Empreendedores Primeiros Passos (SEBRAE),

3. Empreendedorismo na Escola (REDE PITÁGORAS DE ENSINO).

3.2.2 METODOLOGIA DE PESQUISA

Para compreender o processo de estruturação de produtos educacionais, a presente pesquisa foi elaborada através da abordagem qualitativa e exploração do material didático utilizado, que consiste em desenvolver o ensino do empreendedorismo na educação formal. No Brasil, o ensino de Empreendedorismo ficou, por muitos anos, restrito aos cursos superiores de Engenharia e Administração e só recentemente alcançou o ensino fundamental e médio, sendo inserido nas grades curriculares de algumas escolas, com a intenção de despertar nos jovens o interesse pelo mundo dos negócios (PEDRO, 2007).

A investigação delineou os seguintes elementos que compõem a estrutura do produto: Objetivo, público-alvo, tipo de atividade empreendedora, espaço ocupado na instituição, duração, ambiente de aprendizagem, público envolvido, material de apoio, tipo de avaliação, resultados, limitações, dificuldades, além de outros dados relevantes.

Tabela 2 –Método de aplicação dos produtos educacionais em escolas de São Paulo

 

PE

Pedagogia Empreendedora

(Fernando Dolabela)

JEPP

Jovens Empreendedores:

Primeiros Passos (SEBRAE)

ENE

Empreendedorismo Na Escola

(Rede Pitágoras De Ensino)

Coleta de dados

-Questionário estruturado com questões direcionadas aos professores responsáveis pela aplicação do produto,

-entrevista com os professores e alunos para entendimento do produto sob o ponto de vista deles,

-visita à escola para observação e coleta de material.

1. questionário com questões direcionadas aos professores e profissionais responsáveis pela aplicação do produto,

2. entrevistas com alunos e professores envolvidos.

1. questionário com questões direcionadas ao professor coordenador do projeto

2. entrevistas com alunos e professores envolvidos,

3. visita à unidade escolar onde foi aplicado o produto

Período de realização da pesquisa

Entre 2003 e 2007 mais de 150.000 alunos foram atendidos pelo projeto (Fonte: CEDEMP 2008, p.6)

Entre 2002 e 2007 mais de 100.000 alunos participaram do projeto, havendo capacitação de mais de 1.100 professores (dados CEDEMP (2008).

 

Segundo relato dos educadores da própria escola, de 2005 a 2007 mais de 800 alunos foram atendidos pelo projeto

Local de aplicação do produto

Unidade escolar de São José dos Campos, São Paulo, que atende alunos do ensino infantil, fundamental e médio

duas unidades escolares localizadas nos municípios de Jaboticabal e Barra do Chapéu, ambas em São Paulo, com alunos do ensino fundamental

Colégio Pitágoras de São José dos Campos atende alunos do ensino fundamental e médio

Proposta Pedagógica

-Elaborar o Mapa do sonho,

-Capacidade empreendedora para buscar a realização dos sonhos,

-Gerar mudanças culturais,

-Estimular o aluno a fazer suas próprias escolhas,

-O empreendedorismo sob o prisma da forma de ser e não somente do fazer,

-Preparar o indivíduo para participação ativa na sociedade.

-Desenvolver comportamento empreendedor no aluno, para o empreendedorismo empresarial através da vivência de um negócio.

-Incentivar a participação em feiras de negócios

-concentração de temas nas atividades de empreendedorismo empresarial, gerador de lucro.

-Busca por mudanças culturais

-Capacitação para empreender

-Disseminar a cultura empreendedora,

-A importância do empreendedor na escola,

-A necessidade de inovar.

 

Duração

Um encontro por semana (duas aulas) por quatorze períodos letivos

Oito períodos letivos e número flexível de encontros.

Aulas semanais por onze períodos letivos.

Capacitação p/ implementar o produto

Alunos e professores

Alunos professores e comunidade

Professores e alunos

Forma de avaliação

Auto avaliação realizada pelo aluno com base na realização do seu sonho

Avaliação com base na elaboração e apresentação dos projetos empreendedores

Processo de auto avaliação mesclada com avaliação tradicional

 

3.2.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para analisar se as propostas contribuíram para gerar mudanças culturais na população, que apontassem para um desenvolvimento econômico e social (PE), a pesquisa não reuniu subsídios suficientes para comprovar se o resultado foi alcançado. O Mapa dos Sonhos da Pedagogia Empreendedora abre um leque bastante extenso de possibilidades de pesquisa e oportunidades, no entanto, torna-se difícil avaliar projetos que extrapolam o período letivo, por exemplo: o sonho de ser Médico ou comprar uma casa. No produto Jovens Empreendedores: Primeiros Passos o tema dos projetos é previamente definido pelo produto, a escolha do segmento em que os alunos vão trabalhar é feita por um agente externo, o que enfatiza competência gestora e não empreendedora.

Sobre o produto Empreendedorismo Na Escola constatou-se uma disponibilidade favorável de recursos disponíveis tanto para alunos quanto para professores, no entanto não foi esclarecida a aplicação do produto em um contexto de ausência de recursos.

3.2.4 CONCLUSÃO

Pode-se afirmar que os objetivos gerais propostos por esta pesquisa foram atingidos, as possibilidades de pesquisa foram ampliadas com identificação de novas oportunidades e incentivo ao exercício de criar oportunidades e os alunos tornaram-se mais receptivos, participativos e solidários.

3.3 JUNIOR ACHIEVEMENT

A Junior Achievement São Paulo é uma organização sem fins lucrativos com foco em educação empreendedora juvenil, que nasceu nos EUA em 1919 estando hoje presente em 123 países e também em todas as capitais dos estados brasileiros.

3.3.1 OBJETIVOS

Despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, e proporcionar-lhes uma visão clara do mundo dos negócios, aliada a valores como: honestidade, ética, perseverança, respeito, sustentabilidade, coragem, sensibilidade.

3.3.2 METODOLOGIA

A Junior Achievement elaborou um programa denominado “Nossos Recursos”, desenvolvido para alunos do Ensino Fundamental que tem como meta a realização de um empreendimento econômico, que contemple a geração de riqueza aliada à preservação dos recursos humanos, naturais e de capital.

A idéia central é despertar no jovem o espírito empreendedor estimulando o desenvolvimento pessoal, proporcionando uma visão clara do mundo dos negócios e facilitando o acesso ao mercado de trabalho.

O programa contempla alunos do 5º a 7º ano do Ensino Fundamental e tem a duração de Onze encontros de uma hora e meia (uma vez por semana).

3.3.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Segundo dados fornecidos pela própria organização, uma parceria com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo em 2003 possibilitou um significativo crescimento no número de escolas e alunos que se interessaram e aderiram ao programa Junior Achievement.

Tabela 3. alunos atendidos no período de 2000 a 2009

ANO

ALUNOS ATENDIDOS

2000

2.181

2001

2.337

2002

5.187

2003

10.159

2004

15.458

2005

19.300

2006

11.569

2007

18.019

2008

25.135

2009

28.294

 

3.2.4 CONCLUSÕES

Para Tomas Zinner, Presidente do Conselho Consultivo da JASP (2008), o programa Junior Achievement São Paulo tornou-se importante para os jovens que buscam por melhores chances de ingresso no competitivo mercado de trabalho. Os jovens também adquirem uma visão realista da economia de mercado, que se torna fortalecida com a presença de empresários e voluntários que se unem para complementar a educação escolar. Aos voluntários há a satisfação de estar contribuindo com as questões sociais voltadas para a educação e para os empresários a sensação de estar dando a sua contribuição no tocante à responsabilidade social.

A Associação Junior Achievement leva aos estudantes de escolas públicas e privadas do ensino fundamental e do ensino médio uma nova visão de mundo, e o desenvolvimento do espírito empreendedor, que nem sempre estão presentes no ensino formal.

4 ANÁLISE

Com relação aos objetos tratados neste trabalho temos a considerar que, de forma geral todos os programas voltados para o ensino do Empreendedorismo são eficazes e trazem importantes mudanças no comportamento dos alunos tanto na esfera profissional quanto no desenvolvimento pessoal. Os resultados apontam para melhoria no comportamento dos estudantes, maior interesse nas atividades escolares e a percepção de que a educação é meio importante  de aprendizado com liberdade e autonomia.

O ensino do empreendedorismo pode ser um grande aliado na educação, permitindo a formação de agentes transformadores aptos a modificar os caminhos incertos que permitem ampliar fronteiras. Com relação à experiência vivida durante a aplicação do Empreendedorismo Na Escola, por exemplo, foi relatado por uma aluna que ocupou uma função na empresa júnior que “A experiência serviu para que eu pudesse me conhecer melhor. No começo eu pensei que não conseguiria, mas agora eu sei que posso”. (MORAIS, 2009, p. 122)

Como a alma do empreendedorismo é a liberdade, as experiências escolares empreendedoras apresentam ao aluno condições para aquisição de independência e ele passa a planejar seu futuro. Os produtos aplicados com a intenção de incentivar a capacidade empreendedora trouxeram consigo além do aperfeiçoamento para a iniciativa empresarial, a importância de conscientizar os jovens sobre o consumo consciente aliado ao compromisso com a responsabilidade socioambiental.

Os alunos são encorajados a utilizar alternativas inovadoras de aprendizado sobre planejamento financeiro enquanto exploram e aumentam suas aspirações profissionais, despertando habilidades pessoais, explorando o potencial do grupo, estudando as opções de carreira. A ONG Junior Achievement conta com o apoio da iniciativa privada que, além de colaborar financeiramente, disponibiliza seus recursos humanos na missão de incentivar os alunos para o Empreendedorismo, diferencial importante que permite o enriquecimento da experiência.

5 CONCLUSÕES

A aplicação dos modelos de gestão empreendedora requer a capacitação permanente de docentes em relação à disciplina e uma análise do projeto pedagógico da instituição estudando-se a aplicabilidade e inserção do produto;

A implantação do produto educacional não atinge todos os níveis escolares, ficando restrita aos alunos de 5ª a 7ª séries sendo inserida no currículo através de uma disciplina específica;

A instituição escolar, através das disciplinas de empreendedorismo aposta na aquisição de competências que auxiliarão o aluno em atividades profissionais, no entanto nem todos se tornarão empreendedores de sucesso ou sujeitos preparados para as opções que o destino lhe impõe. No Brasil, a disseminação das aulas de empreendedorismo tende a traçar um caminho no processo ensino-aprendizagem que possibilitará acompanhar a evolução do aluno desde a educação infantil até o superior buscando formar pessoas conscientes e preparadas para a vida (Hashimoto, 2010).

O sucesso das pesquisas aqui relatadas carece de um acompanhamento da vida acadêmica e profissional dos alunos atendidos e de todas as partes envolvidas, quais sejam pais, professores e coordenadores do programa, requisito importante para a constatação da veracidade das metodologias aplicadas.

A contribuição deste trabalho está no fato de que a experiência aqui relatada pode servir como base para futuras pesquisas que visem desenvolver e aprimorar metodologias para a disseminação do espírito empreendedor e o desenvolvimento de competências empreendedoras, quanto como estímulo às demais instituições de ensino.

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[1] *aluna de disciplina de mestrado “Empreendedorismo Tecnológico”
**Doutor em Física pela Universidade de São Paulo, docente da Universidade Federal de São Carlos

 

Autor deste artigo: Sueli Aparecida Zambon - participante desde Seg, 25 de Maio de 2009.

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