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Edições Anteriores 165 Didática no Ensino Superior: Profissionalismo no Ensinar e Aprender
Didática no Ensino Superior: Profissionalismo no Ensinar e Aprender PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Terezinha Corrêa Lindino   
Qua, 09 de Julho de 2008 21:00
Terezinha Corrêa Lindino 1
Rosana Maria C. Dourado 2

1. Doutora em Educação, Professora no Curso de Pós-graduação em Educação/ Universidad Tecnológica Intercontinental - UTIC, Py.
2. Mestranda em Ciência da Educação, Universidad Tecnológica Intercontinental - UTIC, Py.


As organizações universitárias estão inseridas em um ambiente turbulento. Tais mudanças fazem com que estas instituições concebam e implantem estratégias a fim de assegurar uma prestação de serviços de qualidade, de modo a atender aos anseios da sociedade e possibilitar a própria sobrevivência organizacional.

Discutir qualidade na educação superior não é uma tarefa recente e nem por isso tornamos mais fácil ou menos interessante. Todavia, observamos que o ambiente universitário é marcado pelas críticas e pelas divergências e, como se pode antever, esta situação ocorre, sobretudo, quando se trata de uma discussão tão profunda e polêmica como este assunto.

O momento atual é caracterizado pelo crescimento acelerado do setor de ensino superior no país, diversificação de carreiras, aumento do número de vagas, aumento da concorrência e maior exigência da sociedade, suscita a implantação de estratégias que satisfaçam o cliente das instituições de ensino superior, entendido aqui não apenas como o estudante que adquire o conhecimento, mas a sociedade em geral.

A decisão de escolha de um determinado curso superior não se dá em um vazio de significados. O ingressante, mesmo de maneira pouco explícita e consciente para si, tem algumas expectativas quanto à profissão que busca suas condições de sucesso profissional, além de um conjunto de crenças quanto às suas possibilidades de conseguir os resultados desejados.

Os estudantes têm também um leque de expectativas e de crenças sobre o curso e a instituição na qual ingressam. A experiência vivida diariamente no curso, o contato com profissionais, o confronto de suas expectativas com a realidade experimentada contribuem para o conceito do curso, bem como preparar o acadêmico para atuar como profissional no mercado de trabalho. Entretanto, as iniciativas tomadas pelas administrações superiores de ensino, nem sempre têm alcançado os efeitos pretendidos, em geral porque não incidem no conjunto de fatores que determinam, de forma direta ou indireta, a qualidade do ensino e conseqüentemente das aprendizagens.

Assim, o desenvolvimento da competência pedagógica envolve uma série de domínios e técnicas. Envolve primeiramente a formação de uma nova postura perante o ato pedagógico, e, ao desempenho da função do docente, que se tornaria algo muito mais importante, responsável e abrangente, pois, um professor do ensino superior deve aliar ao conhecimento específico de sua área o domínio da habilidade de educar, que implica a escolha de valores, fundamentos filosóficos e políticos sobre a educação durante sua vida profissional. Mais ainda, este profissional necessita abranger em sua área específica habilidades que o tornem capaz de desenvolver a sua prática pedagógica dentro de fundamentos filosóficos e políticos da educação, para que ele então possa alcançar seus objetivos desejados.

A importância de pesquisas e estudos voltados para as trajetórias de vida dos professores, contemplando o modo como articulam o pessoal e o profissional e, conseqüentemente, como vão se transformando, ao longo do tempo, contribuem assim para o conhecimento de ser professor. Para o docente estar apto a ministrar aulas no ensino superior é de suma importância conciliar a vida pessoal com a profissional, o que ajudaria ainda mais no conhecimento do profissional; além de lhe proporcionar maior facilidade para prática do trabalho pedagógico.

Vasconcelos (2000) afirma que o docente do ensino superior para se encontrar dentro de um padrão de perfil que uma universidade necessita, precisa ter bastante desenvolvido três itens de suma importância: saber ensinar, ser bom crítico e pesquisador. O que se constata na realidade é que a minoria se enquadra em todos esses itens, enquanto a maioria detém um e no máximo dois, não estando totalmente aptos a ministrar aulas no ensino superior.

Atualmente o mercado de trabalho em geral sempre questiona a necessidade de um profissional completo, e não aquele especializado em apenas uma única área. Neste momento, cabe ressaltar que como a formação do conhecimento profissional coletivo exige que se aperfeiçoem as capacidades reflexivas coletivas sobre a própria prática docente, o professor universitário precisa aprender a interpretar e compreender tanto a educação quanto a sociedade de forma comunitária. Hoje, quando se pensa na formação permanente, não podemos conceituá-la "[...] apenas como uma forma de conhecimento científico, pedagógico e cultural do professor, devemos acrescentar como sendo uma descoberta da teoria para organizá-la, fundamentá-la, revisá-la e combatê-la, se preciso" (IMBERNÓN, 2000, p. 69).

O perfil dos docentes deve ser construído a cada dia mediante uma prática que priorize a conhecer, redescobrir, criar e agir, pontuados pela ciência da ação, na qual esse educador é o protagonista principal dessa ação. Porém, é preciso avançar na preparação dos docentes para o ensino superior, pois nem todos os professores tiveram em seus cursos de pós-graduação disciplinas didático-pedagógicas.

Alguns professores não tomaram consciência da importância da formação inicial e/ou continuada como um requisito da contemporaneidade educacional que vivencia mudanças nas formas do conhecimento. Entendemos que como as aulas necessitam ser diversificadas para motivar o acadêmico ao aprendizado, isso pode ser feito por meio da utilização de estratégias que colaboram para a dinâmica do ensino. Assim, para facilitar a aprendizagem dos estudantes, o professor deve utilizar várias estratégias, ou seja, a aplicação dos meios disponíveis com vistas à consecução de seus objetivos.

Mais ainda, para fazer uso desses recursos o professor deve ter objetivo na sua aula, não basta apenas introduzir uma variedade de recursos que não conduzam ao objetivo desejado. O professor que constrói seu saber didático por intermédio de sua prática ele avança acerta hoje, erra amanhã, mas busca alternativa e experimenta novas maneiras de trabalhar o conteúdo.

Assim, concluímos que é preciso direcionar o trabalho educativo para a formação com qualidade, integrando docentes que estejam preocupados realmente com uma educação e formação que possibilite ao futuro profissional agir, interagir, construir uma ação fundamentada na qualidade, na ética e na inovação, sempre em parceria com o conhecimento.


REFERÊNCIAS

IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional. Formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2000.

VASCONCELOS, M. L. A formação do professor do ensino superior. 2. Ed. São Paulo: Pioneira, 2000.






 

Autor deste artigo: Terezinha Corrêa Lindino - participante desde Seg, 24 de Março de 2008.

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