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Gestão Profissional do Ensino Superior: uma demanda emergencial |
Escrito por Carlos Moacyr Duarte Meira de Aguiar |
Qua, 12 de Maio de 2004 21:00 |
Houve épocas em que bastavam à s Instituições de Ensino Superior (IES´s) contar com bons educadores. Se os professores eram academicamente bem preparados, com conhecimento técnico da disciplina e boa didática, os problemas estavam bastante reduzidos. Para a gestão, pinçavam-se aqueles que agregavam, à s qualidades já descritas, as habilidades decorrentes do perfil de liderança. O cenário desses tempos era bastante diferente. Se hoje, poucos têm acesso ao ensino superior, naquela época o número de privilegiados era infinitamente menor . As vagas eram muito poucas, e, portanto demasiadamente concorridas. Os estudantes, menos exigentes com a qualidade intrÃnseca de todo o processo e muito mais preocupados apenas com o conhecimento em si, naquela época, monopólio dos docentes. A revolução tecnológica, a globalização e o aumento de vagas no ensino superior, porém, mudaram totalmente o cenário anterior. As vagas, sobretudo do ensino privado, se proliferaram e como o número de candidatos aptos a arcar com as despesas da educação não cresceu proporcionalmente, o fenômeno se inverteu e a oferta de vagas superou a procura. O conhecimento deixou de ser exclusividade dos professores e passou a estar disponÃvel a muitos, por meios facilitados de busca e retenção, alterando a relação docente-discente. O público acadêmico tornou-se mais exigente. Se o acesso ao conhecimento não mais está restrito à s instituições de ensino, além da busca pela titulação - que ainda é monopólio das IES´S -, o aluno deseja que mais valores sejam agregados aos serviços educacionais que contrata. O novo cenário traz consigo, portanto, uma demanda emergencial: a profissionalização da gestão das IES´s. Não se pode prescindir de uma direção preparada para os desafios da educação moderna e para o acompanhamento sistemático de práticas inovadoras de gestão. As IES´S precisam ser encaradas como empresas, cujo ramo de atuação está na prestação de serviços. Não dá para permitir que os objetivos e as metas institucionais não sejam claramente divulgados à comunidade acadêmica e que não hajam estratégias bem elaboradas para alcançá-las. Não se pode aceitar que não existam mecanismos regulares de avaliação dos nÃveis de êxito dos processos e satisfação do aluno, que não se tracem caminhos para a melhoria constante. O Gestor educacional deve demonstrar habilidades como liderança, dinamismo, agilidade, empreendedorismo, capacidade de absorver e aplicar novos conhecimentos e excelente relacionamento inter-pessoal. È preciso mais do que motivação; necessita-se uma postura profissional, proativa, baseada em sólidos conhecimentos de gestão. Os dias de hoje apontam para uma possÃvel crise no setor do ensino privado. A sobrevivência das IES´s está diretamente relacionada à qualidade de seus gestores. A conscientização de que não dá para cruzar os braços e ficar relembrando os "bons tempos", mas que a hora é de rever o nÃvel de competência profissional e comprometimento dos que estão à frente das IES´s, é fundamental e certamente será o diferencial daquelas que haverão de permanecer no cenário educacional dos próximos anos. |
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