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Escrito por Maria Célia Calmon Santos   
Qua, 02 de Abril de 2008 21:00
RESUMO
Este trabalho pretende levar o leitor a refletir sobre o papel da Coordenação de Cursos no Ensino Superior brasileiro hoje, tendo em vista as novas demandas de formação dos docentes para atender às Instituições de Ensino Superior. São levantadas questões como a necessidade que têm as instituições de ensino hoje de buscarem estruturar-se para atender a esse novo perfil de formação que está sendo demandado. Este novo perfil de gestor se configura como o novo desafio das IES em busca de sua sustentabilidade e sobrevivência.

O contexto de mudanças e o novo perfil de formação docente As mudanças no contexto da sociedade vêm provocando mudanças significativas na Educação Superior no Brasil e, consequentemente, redefinindo o seu papel. Essas mudanças vêm sendo introduzidas nas instituições de ensino superior através dos conteúdos ensinados e do processo de ensino-aprendizagem, visando adequar a realidade que se configura à nova realidade da sociedade do conhecimento.

Essas mudanças provocam ainda uma necessidade de se buscar profissionais de educação com novos perfis de formação que dêem conta de atender a essa nova demanda social. A sociedade busca por profissionais que apresentem cada vez mais um perfil mais diversificado e flexível. E, para esse novo perfil, é preciso ter um novo profissional à frente da formação. É preciso ter docentes mais preparados para enfrentarem esse contexto de mudanças. Capazes de se prepararem para uma demanda em que o perfil pretendido requer que nele sejam apresentados indícios de que busca continua por uma melhor formação, onde possam incorporar novas habilidades e competências que o instrumentalize na tarefa de ensinar.

Um novo perfil de docente precisa ser reinventado para fazer jus ao novo contexto da sociedade do conhecimento. Desta feita um perfil que denote flexibilidade, criatividade e estímulo ao enfrentamento de desafios.
Nesse novo paradigma, as IES deverão buscar se reestruturar para então saber lidar com os alunos.

Caberá às instituições, adequarem também seus cursos à nova realidade, criando produtos e serviços que utilizem cada vez mais os recursos das novas tecnologias educacionais, novos espaços, novas estratégias e práticas de trabalho mais coerentes com a realidade.

Para que essa adequação seja feita, será necessário, principalmente que as IES tenham à frente de seus cursos, profissionais que realizem a gestão de cursos, assumindo além de uma posição mais estratégica na gestão, um posicionamento mais pedagógico sobre a gestão do ensino. Ademais, a coordenação de cursos deve ir além da elaboração e divulgação de cronogramas de curso elaborados. Deve privilegiar aspectos da gestão de cursos que se aproximem cada vez mais: dos resultados financeiros da IES; das atividades promocionais utilizadas muitas vezes como estratégias de atração de novos alunos para a IES; pelos resultados financeiros; pelos indicadores de satisfação dos seus alunos com os docentes e demais membros da Comunidade acadêmica; indicadores de matrículas, evasões, reprovações e de concluintes; de acompanhamento do desempenho de alunos e resultados estratégicos da gestão de cursos e, ainda, da gestão de equipes de trabalho no contexto da IES.

Conclusões O perfil de Coordenação que se configura como necessário está sem dúvida ainda muito longe de atingir o patamar idealizado pelas estratégias do MEC. Principalmente por que as IES ainda não têm uma boa gestão de pessoas que dêem conta de selecionar profissionais de Coordenação com um perfil mais próximo do que está sendo configurado; um perfil de gestor de cursos.

As IES precisam ainda se preocupar com a capacitação didático-pedagógica dos membros destas coordenações. Especialmente por que a dimensão do ensino pode estar fragilizada em função da falta de preparo dos Coordenadores para poderem exercer com propriedade a função de coordenação. É necessário que o tratamento a ser dado pelo coordenador de curso tenha um mínimo de tratamento didático-pedagógico e, portanto, menos amador do que em realidade vem sendo realizado no interior das IES. Fazemos aqui referência a um mínimo de preparo pedagógico do Coordenador que pode ser contornado com, pelo menos, um curso de especialização. Isto por que a maioria destes possui formação técnica e, geralmente, um total despreparo para exercerem a função de coordenação/gestão de cursos.

Cabe às IES se posicionarem frente a essas novas demandas de perfil profissional para docência, com vistas a se posicionarem quanto a aspectos como: sustentabilidade dos cursos de graduação; atratividade para os seus cursos superiores; diferencial competitivo; estratégias de retenção de alunos; estratégias de retenção de talentos de docência, através de estratégias de formação e remuneração compatíveis.
 

Autor deste artigo: Maria Célia Calmon Santos - participante desde Seg, 28 de Janeiro de 2008.

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