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Edições Anteriores 135 Da Infância ao TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Da Infância ao TCC - Trabalho de Conclusão de Curso PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Marli Lopes   
Qua, 01 de Agosto de 2007 21:00
Da Infância ao TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
É muito comum o nervosismo dos acadêmicos quando chega a hora de iniciarem a elaboração do seu TCC - Trabalho de Conclusão de Curso, seja ele uma monografia, dissertação ou tese, pois, existe entre eles uma grande inexperiência acumulada por anos e anos de falta de estímulos para conhecer, descobrir, inventar, faltam-lhes a tal curiosidade.

Mas, depois de muitos estudos e observações, constatamos que essa dificuldade se deve ao fato de que na infância são poucos os familiares e professores que transmitem a vontade de aprender para seus filhos/alunos, porque em maioria, tanto os pais como professores, não tiveram uma infância estimulada para a descoberta do novo. Esse costume é transmitido para as gerações seguintes e a deficiência torna o fato da elaboração de uma simples pesquisa em algo muito complicado para o estudante.
Claro que existem exceções, existem pessoas que já nascem com a curiosidade à flor da pele e também aqueles que tiveram pais sem estudos, mas inteligentes para despertar em seus filhos a vontade de saber, para que estes tivessem acesso a novos conhecimentos, infelizmente esses casos são minoria.
Hoje pais e mães trabalham fora, e quando chegam em casa estão exaustos físico e mentalmente, e têm ainda que realizar os trabalhos domésticos. Eles não têm tempo de ler para os filhos pequenos ou de contar-lhes histórias inventadas, então os pequeninos não têm acesso à fantasia do conto infantil. Começa aqui o grande problema do futuro acadêmico, pois a fantasia estimula o exercício de pensar.

Quando a família sai a passeio, entra em um veículo para chegarem a certo local, passando por caminhos cheios de informações interessantes como: monumentos, árvores com casinha do pássaro joão-de-barro, telhados diferentes, iluminação de lojas, cores de muros, pichações e outras, os pequeninos não as percebem, ficam sem a observação de detalhes que lhe proporcionariam questionamentos.

Esses fatos, que sabemos ser uma realidade freqüente, considerados pequenos fatores, passam despercebidos, mas no contexto da aprendizagem, constituem a base essencial do desenvolvimento intelectual: o querer saber!

Temos também que admitir que o processo evolutivo faça com que os novos seres sejam mais ativos que seus antecessores. Então essa insaciabilidade nata pode torná-los inseguros no meio social, eles passam a não entender direito certos acontecimentos, a comunicação com os pais fica difícil, causando grande influência nas relações pessoais fora de casa também.

Assim como nos livros, a pesquisa escolar feita pela Internet ainda não está formatada de maneira a estimular o conhecimento da ciência. São muitos os que copiam e colam no World, costume freqüente na adolescência, construindo não uma pesquisa, mas sim colagens aleatórias, que quando lidas não possuem a continuidade de idéias e a opinião do estudante sobre o assunto, talvez por isso, alguns docentes estão exigindo trabalhos escritos como forma de obrigar o aluno a ler.

Reconhecemos algumas mudanças atuais nessa situação, mas ainda pouco significativas. Insistimos na idéia de que o despertar da vontade de saber, de forma consistente, acontece na infância. Então vamos concluir que pais e professores da educação infantil são os réus da questão? Definitivamente não. O problema é muito maior, é de responsabilidade de toda a sociedade, falta-nos assumir o papel de orientadores e exemplos para as crianças. Como podemos fazê-lo? Adquirindo novos hábitos em relação ao aprendizado, esforçando-nos para mudarmos o que não tivemos (estímulo para aprender) para que possamos obtê-lo e passá-los para nossas crianças, futuros acadêmicos que certamente estão destinados à deliciosa elaboração de um TCC - Trabalho de Conclusão de Curso.

O conhecimento pode ser adquirido através da experiência e do estudo, o que não se pode, é negar o já conhecido.
Marli Lopes

 

Autor deste artigo: Marli Lopes - participante desde Qui, 12 de Julho de 2007.

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