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Escrito por Karin Elizabeth Rees de Azevedo   
Sex, 06 de Julho de 2007 21:00
Competências
Karin Elizabeth Rees de Azevedo

O Brasil vive uma era de transformações nesse novo século e entre essas a ampliação de valores, conceitos e, especialmente, a descoberta de fenômenos ligados às pessoas e não mais apenas aos objetos ou organizações como aconteceu nas últimas décadas do século passado com a descoberta de computadores e máquinas em todas as áreas de atuação. Naquele período as máquinas - computadores - tomaram conta do espaço e o enfoque era dado à rapidez e quantidade de ações realizadas.

De acordo com o professor Enio Resende (2003), nesse início de século está acontecendo o que ele denominou de "a descoberta do óbvio" relacionado ao sentido de pluralidade e a busca de conceitos antigos como os de qualidade e competência associados ao fator de sucesso das pessoas e organizações.

Interessante também notar que a educação retomou a perspectiva de competências e exames anteriormente quantitativos passaram a ser vistos ou reelaborados para uma perspectiva qualitativa ou de percepção de competências, uma vez que o foco retornou para a pessoa e não mais para a "máquina", dessa forma, uma mudança na visão dos conceitos de qualidade no conhecimento e desempenho de função, ou seja, o que se espera hoje não é apenas quantidade ou agilidade - rapidez - na ação, mas que essa seja desenvolvida com qualidade - competência - e que tenha o melhor desempenho e resultados eficazes tanto no âmbito das ações com pessoas quanto organizações.

As competências, que de forma geral são observadas nas pessoas ou organizações, são de várias ordens ou de diferentes aspectos, mas todas levam em conta um aspecto maior, ou seja, a competência do ser humano em relação ao seu conhecimento, habilidade e desenvoltura.

Nesse sentido, abordar o tema competência envolve não apenas ver definições, mas entender que a palavra tem assumido um destaque em função da busca de melhorias, pois a competitividade não apenas entre empresas, mas entre profissionais não se restringe a ter o melhor equipamento ou ser o que mais títulos tem, mas sim aquele que mais competência demonstra no uso das informações obtidas de forma a gerar conhecimento.

Assim, o que vemos é que estamos na era do conhecimento, isto é, um período em que temos acesso fácil a todo tipo de informação, mas a habilidade de gerar conhecimento com essa informação e ser capaz de transformar esse conhecimento em prática é o que tem sido denominado de "competências", pois a sociedade tem evoluído a passos largos e a importância do ensino e educação tem sido cada vez mais valorizada. No entanto, para o profissional desse século ser bem sucedido não basta apenas ter ensino ou portar um diploma, mas saber realmente aplicar as informações que obteve durante seu curso ou formação que permitirão a ele se destacar.

As competências profissionais são destacadas de todas as formas e têm demonstrado a diferença entre aquele profissional que apenas sabe algo do profissional que, além do saber - ter a informação -, consegue aplicar em sua vida diária o seu conhecimento para desenvolver uma prática de resultados de qualidade em sua profissão.

Em função das mudanças em nosso mundo, houve uma ampla tomada de consciência acerca da importância do desenvolvimento de competências pessoais no que se refere a questão de ter sucesso profissional. Nesse sentido, vivemos em um mundo que tem a cada dia aumentado a exigência e valorizado a capacidade de atuação das pessoas e organizações, o que tem se constituído em transformação de valores e conceitos.

Vemos atualmente que o termo competência, em suas múltiplas acepções, tem sido tão prestigiado quanto a erudição o foi tempos atrás; da mesma forma percebemos e vivenciamos um período em que a competência profissional - habilidade pessoal - tem sido fator de promoção nas organizações em detrimento de tempo de experiência ou mesmo escolaridade.

Essa valorização tem ocorrido em três grandes frentes que podem ser descritas como: fenômeno universal, uma vez que tem envolvido não apenas o Brasil, mas tem ocorrido em organizações ao redor do mundo todo; um movimento organizacional, pois partiu de uma visão administrativa e tem se ampliado para todas as áreas de atuação, chegando à educação e recuperando antigos conceitos e aplicações; e, a última frente envolve a mudança de paradigmas que, na verdade, engloba os demais itens, já que esse aspecto envolve questões culturais, sociais, políticas e econômicas.

Podemos dizer que a valorização da competência, como fenômeno universal, ocorreu com o aumento da competitividade na economia e no mercado, mas também na própria evolução da democracia.

O aumento da competitividade exigiu que o mercado de trabalho buscasse competências que antes eram deixadas de lado em função de menor concorrência ou maiores facilidades para crescimento, gerando um profissional sem preocupação com o desenvolvimento de habilidades ou competências, apenas ligado a sua qualificação - diploma. Associados a esses aspectos podemos dizer que as universidades e escolas estavam usando padrões de ensino voltados ao saber - preocupados com conteúdo e não aplicação - o que fez com que os profissionais se firmassem apenas no fato de ter o diploma, e nem sempre de desempenharem adequadamente sua função ou desenvolvimento de competências.

Assim, o que se via em décadas passadas era uma estabilidade por ter curso superior ou emprego fixo - estável -, mas isso nessas últimas décadas foi sendo alterado e a competitividade entre os profissionais de vários setores e, em especial destaco aqui os professores, foi ganhando um outro aspecto, pois esses profissionais hoje ficam desatualizados em função da evolução rápida de tecnologias e novos conceitos pedagógicos e psicológicos que passaram a ser divulgados e aplicados cada vez mais rápido, exigindo que o profissional desenvolva amplas competências, e não apenas seja dono de saber, mas que possa saber fazer.

 

Autor deste artigo: Karin Elizabeth Rees de Azevedo - participante desde Sex, 22 de Junho de 2007.

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