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Edições Anteriores 125 A escola municipal ideal
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Escrito por Laudelino José Sardá   
Qua, 13 de Dezembro de 2006 21:00

Até os anos 70, escolas públicas nos níveis ginasial, científico e clássico, tinham corpos docentes competentes e respeitáveis. Aníbal Nunes Pires, Amaro Seixas Neto, Eglê Malheiros, Paulo Michel e tantos outros talentos do magistério ensinavam as novas gerações. Hoje, ainda há, em escala bem menor, excelentes docentes, mas a escola pública não preservou o conceito de qualidade e seus professores, em sua maioria, estão desmotivados.

Há duas principais causas dessa debilitação. A primeira é que a educação deixou de ser prioridade de fato dos governos. Continua apenas como uma exigência constitucional, e há muitos prefeitos que preferem desviar recursos da educação para obras eleitoreiras a ter de investir na formação das crianças. A segunda causa é o movimento político que, de forma desnorteada, tenta mobilizar a classe docente, mas que acaba apenas sensibilizando pequeno grupo e dificultando ações destinadas a melhorar o ensino. Esse movimento teria importância no contexto da escola se na mobilização dos docentes conseguisse ser competente suficiente para resgatar o conceito de qualidade da instituição. Mas, infelizmente, o movimento leva o rótulo de partidos políticos e no rodízio do poder público acaba levando para as escolas as influências nefastas e sórdidas do corporativismo partidário. O Sindicato dos Professores precisa repensar sua filosofia e estratégia, de forma a preparar e a mobilizar seus filiados para os desafios das mudanças educacionais.

A escola pública municipal dispõe de melhores condições para se qualificar, mas sofre com os desleixos e falta de visão do poder público. A escola municipal precisa ter uma gestão comunitária, envolvendo pais, igreja, empresários, associações de bairros e outras instituições nas ações que visam ao seu fortalecimento como centro de formação escolar para a cidadania. Em conseqüência, os pequenos grupos que agem em defesa de suas causas próprias, tenderiam a perder a força em nome da saúde da escola.

Cada escola necessita, obrigatoriamente, de um projeto pedagógico, dotado dos recursos essenciais à formação da criança. A partir disso, o professor precisa elaborar seus planos de aula e de ensino e submeter-se anualmente a uma avaliação rígida. A escola, em seu orçamento, deve contemplar recursos destinados à capacitação docente e para eventos que resultem na melhoria da qualidade acadêmica. O diretor precisa exibir um certificado de gestor de escola e estar subordinado a um conselho também integrado por representantes comunitários. Quando a comunidade abraça a causa da escola, até os problemas financeiros são equacionados.

Não se trata de uma missão difícil. A principal barreira é o próprio poder público, que, muitas vezes, não admite conviver com a comunidade por pressão de correntes do partido. Deve a Prefeitura experimentar, implantando, inicialmente, este modelo em quatro escolas, onde a presença de laboratórios de informática é igualmente fundamental para que professores e alunos interajam com as transformações impostas pela permanente revolução tecnológica.


 

Autor deste artigo: Laudelino José Sardá - participante desde Qua, 06 de Dezembro de 2006.

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