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Educação precisa de polÃticas públicas |
Escrito por Paulo Alonso |
Qui, 16 de Novembro de 2006 21:00 |
Sabemos, perfeitamente, que um paÃs só pode se desenvolver e se agigantar se a educação for uma prioridade do Estado. Lamentavelmente, a situação não tem sido essa no Brasil. Os governos se sucedem e a educação fica à margem da agenda nacional, ainda que, nos perÃodos de campanha, todos os candidatos à Presidência da República, aos governos estaduais e municipais de todos os partidos afirmem que vão investir na educação como forma de alavancar o desenvolvimento do Estado. São promessas e mais promessas jamais concretizadas. O ensino universitário público precisa de investimento; as escolas municipais e estaduais precisam de maior apoio; os professores precisam receber salários dignos, precisam de reciclagem; as bibliotecas (em muitas unidades educacionais nem existem) precisam de livros, de revistas... A educação precisa de atenção, precisa de ações verdadeiras e honestas para que possa se desenvolver com eficácia. Se o lema da bandeira Nacional é "ordem e progresso", por que razão, esse mesmo lema não é levado em consideração pelas autoridades constituÃdas nesse imenso paÃs continental? No decorrer da história, pensadores fundamentais têm refletido sobre as diferentes formar de ver a escola e a educação ao longo dos séculos. Locke (1632/1704) defende que a educação deve se preocupar com a virtude, com a moral; Comte (1798/1857) diz que, na escola de inspiração positivista, os estudos cientÃficos prevalecem sobre os literários e a educação deveria assumir a responsabilidade de desenvolver nos jovens o altruÃsmo em detrimento do egoÃsmo, mostrando a eles que o objetivo existencial mais nobre é dedicar a vida à s outras pessoas. Já Durkheim (1858/1917) contrapõe-se à idéia de uma educação universal que serve para todos em todas as épocas. Ele propõe uma educação cientÃfica. A educação, para ele, não teria de realizar a natureza do homem, mas sim o que a sociedade quer que ele seja, destacando ainda que ela o quer conforme reclame sua economia interna, o seu equilÃbrio. Gramsci (1891/1937) critica a educação tradicional, apresentando uma concepção de escola que tenha como meta contribuir para a construção de uma outra sociedade. Essa escola iria oferecer a educação profissional e humanista. "A escola profissional não pode se tornar encubadeira de pequenos monstros mesquinhamente instruÃdos para um ofÃcio, sem idéias, sem alma, possuidores apenas de um olhar infalÃvel e de uma mão firme". Bourdieu (1930/2002) crê que a educação perde o papel que lhe fora atribuÃdo de instância transformadora e democratizadora das sociedades e passa a ser vista como uma das principais instituições por meio da qual se mantêm e se legitimam os privilégios sociais. AnÃsio Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Florestam Fernandes, pensadores nacionais, também escreveram teorias e conceitos sobre a importância da educação, como ferramenta indispensável à construção do conhecimento. E daÃ? Será que os homens públicos leram todos esses pensadores? Será que sabem exatamente qual é a finalidade de uma boa escola? Será que sabem que a educação é agente transformador? Será que acompanham a evolução de outras nações, em face da valorização da educação? Pelo que se pode constatar, a resposta é negativa. A falta de criatividade pela e para a educação é absoluta. Medidas paliativas são até tomadas. PolÃticas públicas sérias, todavia, não são pensadas e construÃdas e não são, em conseqüência, colocadas em prática. Os discursos são muitos; as ações... |
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