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Edições Anteriores 116 O desafio da gestão educacional
O desafio da gestão educacional PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Inácio José Feitosa Neto   
Qua, 11 de Outubro de 2006 21:00

Recentemente participamos de um evento com especialistas em política e gestão educacional de Instituições de Ensino Superior (IES), onde o assunto central era os desafios da educação superior no Brasil. Durante todo o conclave, todos concordaram que a gestão das IES é um dos assuntos que requer a cada dia um estudo mais aprofundado.

O maior desafio das IES, inclusive as públicas, chama-se gestão. Não existe espaço no mercado para "amadores". Antes era comum escutarmos dos administradores o seguinte pensamento: "é preciso matar um leão a cada dia para que a empresa possa sobreviver". As coisas mudaram bastante. Mais adiante direi o motivo.

As IES precisam de diretores gestores; coordenadores gestores de cursos; precisam de professores gestores e até alunos gestores - por que não? Não esqueçamos que o corpo discente é peça fundamental no contexto educacional, podendo contribuir para o processo de gerência do curso e da instituição. Digo que um bom gestor educacional sabe que possui na sua instituição vários consultores a um custo "zero". São eles os professores, os seus alunos e seus funcionários, por exemplo.

Não prospera o argumento dos que entendem que a gestão representa o fim das relações humanizadas, transformando as pessoas em máquinas, em um produto do mercado. A gestão representa justamente o contrário. Ela é a capacidade que temos de gerenciar as relações, sejam elas econômicas, sociais, pessoais etc.

Toda instituição de ensino que não se profissionalizar como uma empresa estará fadada ao insucesso. Até 1997, a lei não permitia estabelecimentos lucrativos. Parecia ser crime investir na educação superior, tratá-la como uma atividade empresarial. Prestigiava-se muito mais a fraude contra o sistema tributário do país, em detrimento à transparência de se constituir uma unidade de negócio chamada IES.

Antes da LDB de 1996, o lucro era obtido através de subterfúgios como a designação dos membros da mantenedora para cargos de direção com salários muito elevados; o desvio de recursos para outros empreendimentos ou para uso particular dos mantenedores como, por exemplo, aquisição e manutenção de jatos executivos, carros de luxo e utilização de grandes verbas de representação, segundo nos revela Durham.

A diferença é que, na gestão das IES, é preciso não apenas um "leãozinho" por dia; precisamos mais que isso. Para sobrevivermos, precisamos matar (desculpem os ambientalistas) um zoológico no almoço, e outro no jantar, incluindo os felinos de menor porte até os Ursos mais selvagens.

Aos que discordam desse pensamento, gostaria de mostrar os seguintes números: Impostos incidentes sobre a receita bruta total: ISS (municipal) - 5,00%; PIS (Federal) - 1,65%; COFINS (Federal) - 7,60%; Impostos incidentes sobre o lucro líquido: IRPJ (Federal) - 16,50% (Já com o adicional); CSSL (Federal) - 9,00 %; Encargos incidentes sobre a folha de pagamento: INSS (Federal) 20,00%; Sistema "S" (Senai, Sesi, Sesc, Senac e Sebrae) 1%; SAT (Federal) 2,00%; FGTS (Federal) 8,00%.

O mais interessante nesses dados é que as IES privadas financiam até seus concorrentes, como é o caso do Senac, que agora entrou no ramo da educação superior. Não é por vontade própria que as IES privadas "patrocinam" seus concorrentes. O fato é devido à legislação retrógrada e corporativista desse segmento dos "serviços nacionais de aprendizagem".

As IES privadas estão cansadas de sofrerem a síndrome do "patinho feio", que consiste em associá-las com o "mercantilismo" puro e simples, em seu contexto mais pejorativo.

 
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