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A Formação do Gerente na sociedade contemporânea PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Adelaide Maria Coelho Baêta   
Qua, 17 de Março de 2004 21:00
O novo ambiente empresarial provoca a necessidade das organizações se tornarem competitivas. Para isso, uma série de mudanças deve acontecer, sobretudo no perfil do administrador que atua nessas organizações. Para o enfrentamento de tal desafio torna-se impositiva a mudança do perfil dos cursos para a formação de gestores, com vistas a atender às necessidades de uma sociedade em constantes e rápidas transformações.

Essas mudanças passam por uma série de resistências,provocadas pelo modelo tradicional de ensino, que limita a iniciativa, a criatividade e o livre arbítrio dentro das empresas.
Considera-se que o perfil do administrador contemporâneo é o de um ator capaz de desenvolver o seu grupo de trabalho, na busca de novas formas para administrar uma empresa que se renova através da aprendizagem e se transforma continuamente.

No início do século XX o mundo transitou da sociedade agrícola para a sociedade industrial. Estamos vivenciando, neste começo do 3o. Milênio, o surgimento da sociedade que se convencionou chamar sociedade do conhecimento e que sucede à sociedade industrial. Até a poucas décadas, o que gerava riqueza eram os tradicionais fatores de produção - trabalho, capital e terra. Na nova sociedade o fator mais importante na geração da riqueza é o conhecimento. O valor do conhecimento é atualmente reconhecido como o recurso mais significativo de qualquer organização. O poder econômico e de produção de uma empresa está contido principalmente em seu capital intelectual, um conjunto intangível de valores: o perfil e a experiência de uma equipe, o know-how, as patentes, os processos, as metodologias, suas capacidades intelectuais e de serviços.

Diariamente a mídia nos fornece exemplos reais que corroboram o novo papel-chave do conhecimento nas empresas. Organizações tradicionais estão rapidamente sendo substituídas na relação das "500 mais" da revista Fortune por empresas novas e ágeis que tem foco nas atividades que fazem uso intensivo do conhecimento.
Assim é que adentrar a sociedade do conhecimento pode significar romper o imobilismo repetitivo da sociedade industrial. Todavia isto requer uma revisão no nosso modo de entender o conhecimento, entender que todo saber é parcial, que o conhecimento possui dimensões fundamentais para que ele seja realmente riqueza, patrimônio da humanidade, que se manifesta num sentimento de pertença a um universo em processo.

Para entender melhor este novo contexto, torna-se necessário destacar algumas características da Sociedade do Conhecimento:
- A competitividade das empresas e das nações passa a depender mais da educação do povo e de sua capacidade de gerar e utilizar conhecimentos e inovações do que das vantagens competitivas tradicionais ou clássicas, como mão-de-obra barata, e recursos naturais.
- O perfil dos empregos se modifica: diminuem as oportunidades de trabalho na agricultura e na manufatura e aumentam postos de trabalho no setor de serviços.

Para responder às exigências que tais características impõem, regiões e países devem preparar-se para:
- Vencer o crescente desemprego sem comprometer a competitividade das empresas e regiões;
- Valorizar e preservar a cultura local - apesar da agressividade comercial de culturas de regiões e países mas avançados tecnologicamente;
- Resgatar e aperfeiçoar as funções do poder público como planejador, organizador e regulador do bem comum e dos interesses públicos;
- Finalmente, o desafio mais importante - ampliar a qualidade de vida e a felicidade de todos os habitantes sem, entretanto, destruir a sua cultura, nutrindo assim a sua esperança no porvir.

Para o enfrentamento de tal desafio torna-se impositiva a mudança do perfil dos gestores organizacionais com vistas a atender às necessidades de uma sociedade em constantes e rápidas transformações. Será essencial buscar competências e condições para que as organizações não apenas sobrevivam num ambiente turbulento, mas sejam também sustentáveis. Isso nos remete à consciência de que é preciso formar pessoas disseminadoras da inovação, com consciência ética e responsabilidade social, características consideradas básicas para a formação de empreendedores. Atuar como gestor na nova sociedade requer coragem para questionar dogmas e comportamentos consagrados e ousadia para inventar o futuro.

Nesse contexto as instituições de ensino superior não podem se furtar ao papel de desenvolver uma ambiência propícia e disseminar a cultura empreendedora. Desenvolver o perfil empreendedor é capacitar o aluno a criar, conduzir e implementar o processo de elaborar novos planos de vida, de trabalho, de estudo, de negócios, tornando-se com isso responsável pelo seu próprio desenvolvimento, o de sua organização e da comunidade a que pertence. As escolas são chamadas a desempenhar um papel estratégico no desenvolvimento do setor produtivo o que lhes impõem a busca de conteúdos e novas abordagens curriculares que atendam à demanda por novos conhecimentos e novas tecnologias, assim como na formação de pessoas inovadoras e criativas.

A resposta a tais exigências parece apontar para uma maior integração entre o processo de ensino aprendizagem e a vivência do contexto através de metodologias que estimulem o educando a assumir maior responsabilidade, autonomia e autocondução do seu processo de aprendizagem .

 

Autor deste artigo: Adelaide Maria Coelho Baêta - participante desde Ter, 16 de Março de 2004.

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