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Gestão Universitária

Edições Anteriores 94 A coordenação de cursos no ensino superior
A coordenação de cursos no ensino superior PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Maria Cecilia Gazzetta   
Qua, 10 de Maio de 2006 21:00

A coordenação de cursos nas IES surgiu como um avanço na Reforma Universitária de 1968, em substituição aos Conselhos Administrativos e Congregações, com o objetivo de tratar de assuntos direta e especificamente ligadas ao ensino, neste caso, o de graduação.

O que percebemos é que até hoje, o papel desempenhado pelas coordenações de cursos, não tem sido, exceções, o que era de se esperar.

O próprio MEC (1981) destaca tal situação, como sendo comum até mesmo dentro das universidades " [...] o regime atual de coordenação didática dos cursos é sabido deficiente e precisaria sofrer ajustamentos, com o objetivo de caracterizar a administração de um curso como sendo a gerencia de um projeto de aprendizagem".
Aponto como fragilidade estrutural das coordenações de cursos, a necessidade da formação docente na área de metodologia de ensino, principalmente nos cursos eminentemente técnicos, ( ex: Administração, Direito, Geologia, etc) onde a qualificação dos docentes e coordenador, restringe-se às áreas específicas , não contemplando uma formação pedagógica sólida. Este vácuo na formação profissional docente desencadeia uma série de ingerências no processo de gestão didática

Faz-se necessário, atentar-se a estrutura, funcionamento e reestudo das coordenações de ensino de graduação, buscando-se efetividade na integração com a administração escolar e seu fortalecimento. O coordenador não pode permanecer alheio ao funcionamento, como um todo da IES.
Podemos citar alguns fatores dificultadores para o funcionamento adequado de coordenação de curso de graduação:

- pouco reconhecimento da importância da coordenação por parte das instâncias acadêmicas;
- desarticulação entre os diversos cursos de graduação existente s na IES;
- carga horária reduzida de trabalho, principalmente nas IES privadas;
- a capacitação didático-pedagógico dos membros da coordenação ( já citado anteriormente).

A grande preocupação, refere-se à falta de formação didático-pedagógico dos membros coordenadores dos diversos cursos de graduação. Sem a luz deste questionamento, básico e imprescindível, vai dificultando a análise dos demais problemas, uma vez que a dimensão do ensino fica fragilizada; dimensão esta que negligenciada, compromete a estrutura da tríade: ensino, pesquisa e extensão , ou seja, a sustentação do ensino superior.

Não se deve entender aqui, como um desprestigio ao tempo trabalhado em sala de aula que, sem dúvida, sugere um enriquecimento positivo das técnicas de ensino. No entanto, o conhecimento pedagógico aqui postulado, indica ao menos uma formação em nível de especialização (360h). O trabalho pedagógico não deve ter um trato amadorístico e muito menos merece ceder a improvisações desqualificadas.

Como se pode conceber uma discussão, referente as questões pedagógicas, como: currículo, oferta de disciplinas, aprovação de programas, até mesmo acompanhamento das atividades docentes em sala de aula, sem um suporte didático-pedagógico que possa sustentar um aprofundamento e discussões pretendidas e oportunas em relação a formação de nossos discentes.

Concluindo, aos coordenadores de cursos de cada IES, é entregue um papel muito importante que é a gestão didático-pedagógico do ensino. Desta forma, a qualidade do profissional formado pela IES é de competência direta do coordenador de Curso. A gestão didático-pedagógica de um curso de graduação pressupõe tomada de decisões e acompanhamento constantes.

Ao anseio do entendimento de coordenação de curso como " meio para a realização orgânica do ensino" e de ensino como " a atividade precípua de uma universidade"(Souza, 1980),deve ser considerada a exigência da capacitação didático-pedagógico dos membros destas coordenações, principalmente como já dito anteriormente, para os cursos eminentemente técnicos, onde a formação em nível de graduação não contempla disciplinas de formação pedagógica e a pós-graduação excepcionalmente dá ênfase à formação docente.

BIBLIOGRAFIA SESU/MEC, Circular aos dirigentes de Instituições de Ensino Superior.1981
SOUZA, M.R , Administração Escolar e seus Reflexos no Ensino Superior de Graduação, 1980

 

Autor deste artigo: Maria Cecilia Gazzetta - participante desde Ter, 18 de Abril de 2006.

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