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Revista
91 Da sociedade industrial à sociedade da informação
| Da sociedade industrial à sociedade da informação |
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| Escrito por Maria Celeste Vasconcelos |
| Qua, 19 de Abril de 2006 21:00 |
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São muitos os indÃcios de que o conhecimento tornou-se determinante para as organizações, que, preocupadas com a competitividade, passaram a ter uma maior atenção com a gestão de pessoas e com a gestão do conhecimento, que ainda representa um grande desafio. Observa-se que a sociedade contemporânea valoriza o conhecimento e as competências adquiridas e desenvolvidas de forma sistemática. Portanto, a educação torna-se necessária para que o indivÃduo aprenda continuamente e seja valorizado nas organizações. Na sociedade do conhecimento, pode-se concluir que a educação representa um dos maiores recursos de que as pessoas, organizações e nações dispõem para enfrentar as transformações que o mundo atravessa. Para acompanhar os desafios desta sociedade é preciso qualificações cada vez mais elevadas, ampliando-se as necessidades educacionais da população. A universidade tem o compromisso de promover, constantemente, a produção de novos conhecimentos, o compartilhamento e o uso deste conhecimento. Alem disto, tem também o desafio de se adequar a este cenário de mudanças, oferecendo cursos de qualidade para a sociedade em geral. Mas como se pode avaliar o desempenho das universidades? Em 1995, a lei nº 9.131 criou um dos elementos da prática avaliativa, o Exame Nacional de Cursos (ENC), popularmente, chamado de Provão, instituÃdo pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC). O Provão foi criado como parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior e foi bastante debatido em nossa sociedade e no meio acadêmico nos últimos anos. Em 2003 foram introduzidas mudanças neste sistema de avaliação e foi criado o Sinaes - Sistema Nacional de Educação Superior. As maiores inovações introduzidas pelo Sinaes são: a criação da auto avaliação institucional orientada e a criação do Enade - Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. O Enade constitui numa versão renovada do antigo Provão com a introdução de dois momentos de avaliação do percurso acadêmico do estudante: no primeiro e no último ano. Pesquisas recentes demonstraram que as avaliações do MEC contribuem significativamente para a Gestão do Conhecimento nas Instituições de Ensino Superior (IES) em geral. Através dos critérios de avaliação, o MEC tem exigido investimentos expressivos em aquisição e criação do conhecimento, compartilhamento e registro, como, por exemplo, investimentos na titulação dos docentes, incentivos profissionais, maior dedicação ao curso, menor relação aluno/docente, produções intelectuais, técnicas, pedagógicas, artÃsticas e culturais. Como resultado desta avaliação, pôde-se verificar numa IES analisada um crescimento de 300% na titulação de doutores e de 1200% na titulação de mestres no perÃodo de 1999 a 2002. No mesmo perÃodo, ocorreu, ainda, um aumento de cerca de 567% no número de docentes que têm uma jornada de 40 horas semanais e de 254% dos docentes que têm uma jornada de 20 a 39 horas semanais. Observou-se também uma preocupação com a disseminação e compartilhamento do conhecimento, através do aumento significativo no número de parcerias e convênios com instituições públicas e privadas, visando aumentar a interação dos alunos entre a teoria e a prática, além da troca de informações entre os professores de outras instituições. Tal fato pôde ser percebido através do número de convênios firmados pela faculdade, no perÃodo de 1996 a novembro/2002, que obteve um crescimento de 3.550%. A pesquisa detectou também um grande incentivo dado pela IES à publicação de artigos e livros do corpo docente e exigências de trabalho escrito final para o corpo discente. Estes trabalhos são registrados e arquivados para futuras consultas. Pôde-se concluir na pesquisa que a avaliação do MEC tem contribuÃdo para a Gestão do Conhecimento nas IES, entretanto as IES ainda não têm esta percepção; ou por não conhecerem em profundidade os critérios de Avaliação do MEC, ou por não conhecerem as teorias e práticas da Gestão do Conhecimento ou talvez pelos dois motivos citados acima. |
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