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Avaliação da aprendizagem |
Escrito por Thiara da Silva Nunes |
Ter, 24 de Setembro de 2013 18:47 |
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Thiara da Silva Nunes
RESUMO Neste presente artigo mostraremos a importância da avaliação, bem como as formas corretas de se avaliar, o processo de avaliação no cotidiano da sala de aula e o valor da avaliação para que se tenha um bom ensino-aprendizagem. A avaliação deve estar voltada para a reflexão e não punição. A escola é lugar de aprender, e aprender inclui errar. Tratar essas informações no processo avaliativo significa ler, analisar e utilizar os resultados obtidos durante e ao final do processo. Assim, a avaliação deve transformar-se em momentos constantes de compreensão das dificuldades dos alunos e no oferecimento de novas oportunidades de aquisição de conhecimento. Seus resultados devem servir para orientação da aprendizagem, cumprindo uma função eminentemente educacional. Palavras - chave: aprendizagem, processo, interação, aprovar.
INTRODUÇÃO A atividade de avaliação exige critérios claros que orientem a leitura dos aspectos a serem avaliados. É preciso contar com instrumentos diversificados, de forma que constate diferentes habilidades dos alunos. Somente assim, o professor terá elementos para identificar os diferentes níveis de entendimento de seus alunos acerca de determinado conteúdo e planejar ações que permitam aos alunos avançar nesses níveis. Observa-se ainda que a avaliação apresenta um caráter descontextualizado, autoritário e punitivo, que não considera os aspectos social e emocional, resultando num distanciamento entre professor e aluno. Muitas vezes, caracterizada por um processo de julgamento de valores, sobre dados relevantes da realidade em que ocorre a aprendizagem, inerentes ao contexto social ou individual de cada aluno. Portanto, construir uma prática de avaliação que supere o modelo de avaliação classificatória e autoritária, convertendo-a em instrumento de aprendizagem é o principal foco. DESENVOLVIMENTO Durante muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento para classificar e rotular os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. A prova bimestral, por exemplo, servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como uma das mais importantes ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado dos alunos e oferecer alternativas para uma evolução mais segura. Geralmente a palavra avaliar é interpretada como: fazer prova ou exame, atribuir notas e então o professor seria responsável por repetir ou passar de ano. Dessa forma parece que o professor transmite informações e o aluno memoriza para que quando for a prova estar tudo decorado. Mas a avaliação não se resume apenas em conceber notas, pois os resultados obtidos pelos alunos podem estar ligados a outros fatores, que nada tem a ver com a maior ou menor adaptação dos conteúdos: falta de familiaridade com a linguagem, mudança de comportamentos motores, afetivos e outros. A avaliação é um instrumento do aprender, com o objetivo de realizar e avançar a aprendizagem e admite que o aluno tome conhecimento de suas atitudes e seus progressos, para continuar progredindo e aperfeiçoando na construção do conhecimento. A avaliação também é um aperfeiçoamento para o professor, pois ajuda na sua ação pedagógica. Ela serve de incentivo para que o aluno estude de forma sistemática e não só no dia da prova, e o aluno deve ter acesso a suas provas e trabalhos corrigidos, pois saberão os seus erros e consequentemente poderão melhorar.
Um professor que seja um profissional sério e responsável, seguro de sua prática docente -, tenderá a encarar a avaliação como uma forma de diagnóstico dos avanços e dificuldades dos alunos e como indicador para o replanejamento de seu trabalho docente. (HAIDT, 2001, p.287)
O professor não deve utilizar só um método de avaliação, é aconselhável usar outras técnicas, assim ele obtém mais informações do aluno. O professor e a escola devem e podem utilizar múltiplos instrumentos na avaliação escolar, que vão garantir maior confiança nos resultados. O constante contato com o aluno e a observação direta permite o uso de instrumentos variados para analisar facetas diferenciadas do desempenho do aluno, favorecendo orientações para a tomada de decisão. A avaliação é contra-indicada como único instrumento para decidir sobre aprovação e reprovação do aluno. O seu uso somente para definir a progressão vertical do aluno conduz a reduções e descompromissos. A decisão de aprovação e retenção do aluno exige do coletivo da Escola uma análise das possibilidades que essa escola pode oferecer para garantir um bom ensino. A avaliação escolar é contra-indicada para fazer prognóstico de sucesso na vida. Contudo, o seu mau emprego pode expulsar o aluno da escola, causar danos em seu autoconceito, impedir que ele tenha acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto, restringir a partir daí suas oportunidades de participação social.
Não se deve apresentar aos alunos apenas uma nota sem significados. Os resultados das provas e trabalhos deve ser comentado com eles, mostrando os erros e acertos afim de que a avaliação contribua para o aperfeiçoamento da aprendizagem. É da interação professor-aluno que vai se dar a aprendizagem, porque o aluno não vai se sentir reprimido podendo manifestar suas dúvidas e tendo uma melhor forma de compreensão do conteúdo. A avaliação não é uma comparação entre alunos ou uma opção por aqueles que atingiram um nível mais alto de aprendizagem deixando de lado os outros, mas o objetivo da avaliação é a transformação social, a aprendizagem do educando, com a superação do autoritarismo. Os resultados das avaliações não devem se limitar à reorganização da prática educativa e sim a outros métodos complementares como, as lições extras, o grupo de apoio, e outras atividades que a escola pode criar. O professor deve respeitar o tempo que o educando necessita para alcançar determinados conhecimentos, os seus limites, as suas potencialidades ainda, a diversidade presente na sala de aula (Secretária de Estado de MT, 2000, p.182). A avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas a prática de investigação, mas deve também, questionar a relação ensino-aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. Os erros são tidos como pistas que demonstram como o aluno está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que estão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão destes. Portanto, é necessário que o professor tenha um plano de ensino elaborado para nortear professores e alunos. A avaliação acontece em todas as atividades com as trocas de informações dos alunos, de seus colegas e do professor. Desta forma, toda tarefa realizada pelos alunos deveria ter, por intencionalidade básica, a investigação como ponto de reflexão sobre a prática dos envolvidos. Segundo HOFFMAN (2000), a avaliação mediadora possibilita investigar, mediar, aproximar hipóteses aos alunos e provocá-los em seguida. Além disso, consegue-se perceber pontos de vistas para construir um caminho comum para o conhecimento científico, aprofundamento teórico e domínio do professor. Nesse sentido, pressupõe-se uma análise qualitativa, uma avaliação não de produto, mas do processo, o qual se dá constantemente através de cadernos, observações do dia a dia e a teórica baseia-se em registros.
CONCLUSÃO A avaliação é de suma importância no dia-a-dia da vida escolar e a avaliação se dá de forma contínua. O professor precisa conhecer a realidade de seu aluno para que os seus problemas não reflitam na aprendizagem e comprometa o ensino. Através desse conhecimento o professor interage com os alunos e assim eles se tornam mais comunicativos. Não devemos avaliar somente o conteúdo programático, mas também a convivência diária em sala de aula e, para isso, o professor deve estar atento para as mudanças de comportamento, sempre favorecendo a igualdade para todos. De modo geral, a avaliação faz parte do planejamento do professor, pois nela tanto o educando como o educador se beneficia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. Editora Ática, 2001.
HOFFMAN, Jussara. Avaliação Mediadora; Uma Pratica da Construção da Pré-escola a Universidade. 17.ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2000.
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
SEDUC. Escola Ciclada de Mato Grosso; novos tempos e espaços para ensinar – aprender a sentir, ser e fazer. Cuiabá: SEDUC, 2000.
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