Estudo faz parte de projeto internacional realizado em outros 15 países e pode colaborar para definir políticas públicas

 

O Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Qualidade de Vida da PUCPR (GPAQ) começou, no mês de agosto, um estudo que irá avaliar o que estimula o adolescente a praticar atividade física e como o ambiente em que vive infere nesta rotina. Os pesquisadores irão avaliar 640 adolescentes, de 12 a 17 anos, em 32 setores censitários de Curitiba com diferentes características de renda. Serão levantados dados como índice de massa corporal e hábitos sobre a prática de atividade física.

 

Para medir o nível de exercício realizado, o adolescente irá utilizar, por uma semana, um aparelho chamado acelerômetro. Os participantes devem colocar o equipamento preso à cintura e utilizá-lo durante o dia inteiro.  Ao final, os pesquisadores terão dados reais das atividades realizadas pelos adolescentes e também poderão medir o gasto calórico de cada um.

 

Com relação às oportunidades para praticar exercício físico, os pesquisadores avaliam o colégio em que cada adolescente estuda para verificar as condições estruturais destes locais. Também aplicam um questionário com perguntas sobre a percepção do bairro pelos participantes da pesquisa (se é violento, se tem parques e praças ao redor, entre outros).

 

O resultado final será o cruzamento desses dados com os hábitos de praticar exercício físico. Os dados podem ser utilizados para definir políticas públicas que estimulem a prática de atividades, o que pode prevenir algumas doenças. A pesquisa de campo é dividida em dois momentos. No primeiro, uma empresa contratada passará nas casas para verificar quem aceita participar. Depois disso, os pesquisadores visitarão os participantes cadastrados.

 

Histórico - o trabalho faz parte de um estudo internacional que é realizado em outros 15 países. No Brasil, Curitiba é a única cidade a ser avaliada. Com início em 2010, a primeira etapa do projeto foi verificar qual a relação do ambiente com a prática de atividade física entre adultos. O coordenador do estudo é o pesquisador do curso de Educação Física da PUCPR, Rodrigo Reis, que também compõe o Comitê Técnico Assessor em Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde. Participam seis alunos de mestrado e seis alunos de doutorado.