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Trompete melhora vida de doentes pulmonares PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Revista Gestão Universitária   
Qua, 31 de Julho de 2013 15:07

Pesquisa desenvolvida pelo professor da Unisul Kelser de Souza Kock e pela fisioterapeuta Silvane Lunkes Ruckhaber revela que a prática de instrumentos de sopro auxilia no tratamento de portadores de doença respiratória crônicao desenvolvimento da pesquisa, na Unisul de Tubarão

Com a intenção de melhorar a qualidade de vida de portadores de doenças pulmonares crônicas, os pesquisadores Kelser de Souza Kock e Silvane Lunkes Ruckhaber realizaram o estudo “Utilização de instrumento de sopro como complemento terapêutico para pacientes pneumopatas crônicos”. A pesquisa foi aplicada em pacientes que faziam reabilitação pulmonar na Clínica Escola de Fisioterapia da Unisul, em Tubarão. Em 20 encontros, eles aprenderam a tocar duas músicas simples no trompete. O resultado do estudo foi positivo: mostrou que a prática do instrumento pode melhorar a qualidade de vida desses pacientes, atuando como um tratamento complementar à fisioterapia respiratória.

“O ato de tocar um instrumento de sopro, necessariamente, estimula o controle respiratório e a percepção do ato de respirar. Esse efeito é importante para a reeducação da musculatura respiratória, importante para indivíduos com patologias pulmonares”, explica Kelser de Souza Kock, que é professor dos cursos de Medicina e Fisioterapia da Unisul, em Tubarão. Ainda segundo ele, a imposição de uma pressão expiratória positiva, que ocorre quando se executa um instrumento de sopro, é outro fator positivo importante observado no estudo. “Ela proporciona um aumento do tempo expiratório, recrutamento alveolar e troca gasosa, consequentemente aumentando a oxigenação”, complementa.

O ponto de partida para a pesquisa foi um gosto comum entre Kelser de Souza Kock e Silvane Lunkes Ruckhaber: a música. “A proposta surgiu pelo gosto musical, paralelamente à possibilidade de unir meu hobby de tocar trompete ao da minha orientanda de pesquisa, Silvane, que tem experiência como trombonista em banda marcial”, conta Kelser. A pesquisa iniciou há dois anos e foi desenvolvida como trabalho de conclusão de Silvane, que à época era acadêmica do curso de Fisioterapia da Unisul. Hoje ela atua como fisioterapeuta na APAE de Capivari de Baixo.

O estudo se dividiu em duas partes. Na primeira delas, o trompete foi utilizado como complemento terapêutico na reabilitação de pneumopatas crônicos, avaliando a função pulmonar e a qualidade de vida. De acordo com Kelser, ele se mostrou eficaz tanto para a manutenção da função pulmonar, quanto para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Na segunda pesquisa, foram verificadas a função pulmonar e a pressão expiratória durante o ato de tocar, correlacionando-as com a altura das notas musicais e a experiência com música. “Identificamos que quanto maior o tempo de experiência, maior a força respiratória e menor o esforço para a execução das notas musicais. Um achado importante foi que o tempo de experiência esteve relacionado com uma menor função pulmonar. Esse estudo serviu também para identificarmos que apenas notas agudas estressam a estrutura respiratória e, dessa forma, concluímos que a utilização terapêutica do instrumento é segura em notas não tão altas”, revela Kelser.

Ao final do trabalho, os pacientes e os pesquisadores realizaram uma apresentação durante reunião do grupo de pneumopatas crônicos. “A plateia ficou muito entusiasmada, pois um paciente portador de pneumopatia tocar um instrumento de sopro demonstra a superação de um dos principais sintomas da doença: a falta de ar”, conta o pesquisador.

A revista Folha Sinfônica - http://www.folhasinfonica.com.br - , deu destaque ao trabalho dos pesquisadores na edição nº 56

 

 

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