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Edições Anteriores 328 Categorização de Pesquisas Referentes ao uso das Redes Sociais na Educação

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Categorização de Pesquisas Referentes ao uso das Redes Sociais na Educação PDF Imprimir E-mail
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Ter, 30 de Julho de 2013 18:56

Claudia Miyuki Werhmuller

UNICSUL/Departamento de Pós-Graduação e Pesquisa/

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Prof. Dr. Ismar Frango Silveira

UNICSUL/Departamento de Pós-Graduação e Pesquisa/

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RESUMO: Este trabalho tem como objetivo apresentar um mapeamento de resumos de teses e dissertações dos últimos dez anos, referenciando o uso das redes sociais na Educação. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa com a análise de conteúdo baseada segundo o referencial teórico de Bardin (2009), onde foi categorizada em quatro temas apresentando homogeneidade, pertinência, objetividade, fidelidade e produtividade, constituindo-se desta forma mais que uma simples técnica de análise de dados, mas uma abordagem com características próprias. O resultado foi favorável ao uso das mídias sociais como ferramentas de apoio acadêmico, como espaços intensos de colaboração e interação, despertando o interesse nas discussões, nas publicações de ideias, no acesso fácil à informação e como suportes na formação docente.

Palavras-chave: Mídias sociais, Redes sociais, Educação, Categorização.

 

 

CATEGORIZATION OF RESEARCHES REGARDING THE USE OF SOCIAL NETWORKS IN EDUCATION

 

ABSTRACT: This paper presents a mapping of abstracts of theses and dissertations in the last ten years, referencing the use of social networks in Education. The methodology used was a qualitative research based on content analysis according to the theoretical Bardin (2009), which was categorized into four themes featuring homogeneity, relevance, objectivity, loyalty and productivity, thereby constituting more than a simple technical data analysis, but an approach with specific characteristics. The result was favorable to the use of social media as academic support tools, as spaces of intense interaction and collaboration, arousing interest in the discussions, publications of ideas, the easy access to information and as supports in teacher education.

Keywords: Social Medias, Social Networks, Education, Categorization.

 

  1. 1. Introdução

Descrever a história da análise de conteúdo é essencialmente referenciar as diligências que nos Estados Unidos marcaram o desenvolvimento de um instrumento de análise de comunicações, é seguir passo a passo o crescimento quantitativo e a diversificação qualitativa dos estudos empíricos apoiados na utilização de uma das técnicas classificadas sob a designação genérica de análise de conteúdo; é observar a posteriori os aperfeiçoamentos materiais e as aplicações de uma pratica que funciona há mais de meio século (BARDIN, 2009).

 

A análise de conteúdo, enquanto método representa um conjunto de técnicas de análise das comunicações que usa procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens e ela se faz pela prática (BARDIN, 2009).

Para Franco (2005) a análise de conteúdo tem como ponto de partida a mensagem podendo ser verbal, gestual, silenciosa, figurativa, documental ou diretamente provocada, estando ligadas a sua relação às condições contextuais de seus produtores, envolvendo evolução histórica, situações socioculturais e componentes ideológicos.

 

1.1 Histórico

 

Não há uma data explícita do aparecimento de análise de conteúdos, sabe-se que por volta de 1640 foi usada em uma pesquisa sobre hinos religiosos, cujo objetivo seria identificar se poderiam ter efeitos nefastos nos Luteranos. No século dezenove um francês utilizou deste método para análise de uma parte da Bíblia, o Êxodo. Por volta de 1930 houve uma pressão sobre estudiosos desta metodologia devido ao progresso das formas de documentação e há controvérsias até os dias de hoje entre linguística e psicologia (FRANCO, 2005).

 

  1. 2. Fundamentos

 

O ponto de partida é a Mensagem e com base nela pode-se responder a perguntas como o que se fala, se escreve, que tipos de símbolos utiliza, entre outros questionamentos.

Toda comunicação é composta por cinco elementos que segundo Franco (2005) são: fonte, processo codificador, mensagem, receptor e seu processo decodificador, como mostra a figura 1.

 

Bardin (2009) apresenta dois paralelos em seu livro:

- Análise de Conteúdo e a Linguística porque ambas possuem o mesmo objeto em comum: a linguagem. Apesar de suas diferenças, a Linguística foca o estudo da Língua e a Análise de Conteúdo tem seu foco no significado das palavras.

- Análise de Conteúdo e Análise Documental porque algumas técnicas da Análise de Conteúdo fazem menção à Análise Documental a fim de se utilizar as informações para consulta e armazenamento. A tabela 1 apresenta uma comparação entre estas duas análises.

 

Segundo Franco (2005), uma importante finalidade da análise de conteúdo é produzir inferências sobre quaisquer elementos do processo de comunicação: a fonte emissora, o processo codificador que resulta numa mensagem, o detectador de mensagens e o processo decodificador, conforme apresentado na figura 1. A inferência confere à análise de conteúdo relevância teórica, pois implica em pelo menos numa comparação, uma vez que a informação que se apresenta apenas descritiva sobre conteúdo, é de pequeno valor. É importante que um determinado dado relacionado a um conteúdo esteja integrado a outros, pois toda análise de conteúdo implica em comparações e a forma como elas acontecerão dependerá do conhecimento do investigador sobre diferentes abordagens teóricas.

 

2.1 O delineamento de um plano de pesquisa

 

Para Franco (2005), o delineamento de pesquisa é um plano que visa coletar e analisar dados para que as perguntas do investigador sejam, de fato, respondidas. Ele deve ter consciência das evidências necessárias para testar suas ideias, saber quais analises deverão ser efetuadas, pois um bom plano garante que teoria, coleta, análise e interpretação de dados estejam integrados. Se este plano de investigação não estiver alinhado  e consistente, a análise de conteúdo pode ser afetada negativamente.

 

2.2       As unidades de análise

 

Após terem sido determinados os objetivos da pesquisa, a referência teórica e o tipo de  material a ser analisado, surge um novo desafio que é enfrentar os problemas técnicos por meio das unidades de análise (FRANCO, 2005):

 

- Unidades de registro: menores partes do conteúdo e sua ocorrência é registrada de acordo com as categorias levantadas (FRANCO, 2005):

 

a) A Palavra: menor unidade do registro, pode ser uma simples palavra, um símbolo ou um termo. Utilizada em estudos que definem facilidade ou dificuldade de compreensão de material escrito; em pesquisas que detectam a frequência relativa de certos símbolos políticos tais como o liberalismo, o fascismo, socialismo, etc, em pesquisas do campo da psicoterapia (psicanálise) e em pesquisas de estudos literários.

Com o uso do computador, pode se reduzir o volume de dados gerado por esta unidade.

b) O Tema: pode ser uma sentença, um conjunto delas ou um parágrafo. É considerado o mais útil em análise de conteúdo, sendo fundamental em estudos sobre propaganda, representações sociais, opiniões, expectativas, valores, conceitos, atitudes e crenças.

c) O Personagem: são as pessoas classificadas de acordo com seu nível sócio-econômico, sexo, etnia, educação, escolaridade, nacionalidade, religião, etc. Usado em análise de autores de histórias, de dramas, de biografias, de programas de televisão, de filmes e outros meios de comunicação de massa.

d) O Item: usado quando um texto, um artigo, um livro ou um programa de rádio são definidos a partir de alguns atributos.

 

- Unidades de Contexto: denotam significado às unidades de análise e são obtidas quando ressaltam a caracterização dos informantes, suas condições de subsistência, as inclusões em grupos sociais diferenciados, como por exemplo instituições religiosas ou mesmo no mercado de trabalho. Elas, segundo Franco (2005), são a maior parte do conteúdo a ser analisado e devem estabelecer a diferenciação necessária entre os conceitos de “significado” e de “sentido”.

Entretanto, modernos autores não tem incorporado esta diferenciação  na análise de conteúdo, gerando uma restrição no que de fato é útil e importante a este processo.  Histórias de vida, depoimentos pessoais, um parágrafo, um texto ou uma sentença podem ser relatados por meio da incorporação das unidades de  registro às unidades de contexto, e o importante de tudo isso é que o contexto, no qual as informações foram geradas, vivenciadas e transformadas em mensagens socialmente criadas e expressas via uma determinada linguagem oral, verbal ou simbólica, seja devidamente identificado (FRANCO, 2005).

 

2.3       A Organização da análise

Segundo Franco (2005 apud Bardin 1977), antes de se iniciar a análise, existe a fase da pré-análise que visa a organização e consiste em:

 

- efetuar a “leitura flutuante”: estabelece contatos com os documentos que serão analisados (textos, mensagens), permitindo que impressões, emoções, conhecimentos e expectativas venham à tona.

- escolher os documentos que irão para análise: pode ser definida a priori ou o objetivo é determinado pelo pesquisador. Franco (2005 apud Bardin 1977) alerta que é “muitas vezes, necessário proceder-se à constituição de um corpus. O corpus é um conjunto de documentos tidos em conta para serem submetidos aos procedimentos analíticos. A sua constituição implica escolhas, seleções e regras.” Estas regras são:

 

- Regra da Exaustividade: após definir o campo do corpus sobre certo assunto, deve-se considerar todos os elementos, direcionando todos os esforços para obter as informações necessárias.

- Regra de Representatividade: a análise acontece em uma amostra, desde que o material seja volumoso.

- Regra da Homogeneidade: toda documentação para análise deve ser homogênea, ou seja, deve obedecer a critérios precisos de escolha e não extrapolar os objetivos definidos.

- Formular as hipóteses e/ou objetivos: a hipótese é uma suposição que deverá ser verificada recorrendo aos procedimentos da análise.

- Referir os índices e elaborar indicadores que fundamentem a interpretação final:  o índice pode ser a menção explícita de uma mensagem ou tema. Na maioria das pesquisas, qualquer que seja a mensagem ou o tema, eles terão importância na análise à medida que forem mencionados com mais frequência. Assim, o indicador será a frequência observada sobre o tema em questão. Aplica-se neste caso uma análise quantitativa para que a frequência seja identificada (relativa ou absoluta) do tema.

2.4       As Categorias de análise

 

A categorização, conforme Franco (2005), classifica os elementos de um conjunto por uma diferenciação seguida de um agrupamento baseado em analogias, a partir de critérios definidos (podem ser semânticos) e é o ponto crucial da análise de conteúdo apesar de ser um processo longo, difícil e desafiante. Por este motivo, o pesquisador deve criar as categorias baseando-se em seus conhecimentos, sua competência, sensibilidade e intuição.

Para criar as categorias, Franco (2005) apresenta dois caminhos:

 

- Categorias criadas a priori: a tendência é levar a uma simplificação e fragmentação muito grande do conteúdo. Categorias e indicadores são predeterminados em função da busca de uma resposta específica do investigador.

- Categorias não criadas a priori: exigem maior bagagem teórica do investigador, emergem do discurso, do conteúdo das respostas.

 

  1. 3. Metodologia

 

Foram analisados inicialmente, cerca de 18 trabalhos entre teses e dissertações dos últimos dez anos, no site da capes, relacionados ao uso das redes sociais na Educação, como ferramenta de apoio, de formação ou de avaliação. Em alguns casos, blogs e sistemas de fotografias foram aceitos para a análise, pois tais recursos referenciam e fazem parte das redes sociais do momento. Segundo Bardin (2009) e Franco (2005) a fase da pré-análise  que visa a organização consistiu:

 

- numa “leitura flutuante”, no qual os resumos dos trabalhos foram analisados, permitindo que impressões, conhecimentos e expectativas viessem à tona.

- dos 18 resumos, apenas 13 foram escolhidos para a análise:

 

a) Tecnologias na prática docente de professores de matemática: formação continuada com apoio de uma rede social na internet.

b) Comunidades em Redes Sociais: proposta de tipologia baseada no Fotolog.com.

c) Cultura acadêmica e Tecnologias intelectuais digitais: Ensinar e aprender com blogs educativos no Ensino Superior.

d)  Aprendizagem e construção do conhecimento nas redes digitais.

e)  Fugindo da banalidade: o uso do Orkut como extensão da sala de aula.

f) A construção de redes sociais no processo de formação docente metaverso, no contexto do programa Loyola.

g) A teoria das redes sociais, utilizada para avaliação das colaborações em ambientes virtuais de ensino a distância.

h) Sites de redes sociais na educação: do entretenimento à formação para a cidadania.

i) Práticas de comunicação na internet: Leitura e escrita de jovens no Orkut.

j) Tecnologias em rede e a construção de conhecimento: Uso das redes sociais no trabalho docente.

k) Fórum on-line: interação em ambiente midiático.

l) Subjetividade e Redes Sociais na Internet: As relações entre estudantes e professores no contemporâneo.

m) Análise das práticas docentes de planejamento e mediação em redes sociais no ensino médio.

 

A constituição de um corpus implicou nas regras de:

- Exaustividade: após definir o campo do corpus sobre o uso de redes sociais na Educação, considerou-se todos os elementos, direcionando todos os esforços para obter as informações necessárias.

- Homogeneidade: toda documentação para análise foi homogênea, obedecendo a critérios precisos de escolha e sem extrapolar os objetivos definidos.

- Formulação das hipóteses e/ou objetivos: a hipótese de que as redes sociais podem ser utilizadas como ferramentas de apoio, de formação ou de avaliação na Educação deverá ser verificada recorrendo aos procedimentos da análise.

- Referência aos indicadores que fundamentem a interpretação final:  uma das categorias teve importância na análise, pois foi mencionada com mais frequência.

 

Cada resumo foi analisado de acordo com alguns itens tais como: título da pesquisa, autor, orientador, data, se o trabalho tinha caráter individual ou coletivo, a instituição de origem e sua dependência (se pública ou privada), palavras-chave, linhas de pesquisa, foco temático, objetivos, referenciais teóricos, metodologias aplicadas, resultados obtidos, se o título revelava o que estava no resumo e as contribuições deixadas para a área, gerando desta forma, um fichamento completo de cada pesquisa selecionada, facilitando a análise posterior para a divisão das categorias.

 

3.1       Categorização das teses e dissertações

 

As quatro categorias identificadas foram baseadas pela análise de duas unidades de registro: o tema principal de cada resumo ou em alguns casos por sentenças ou parágrafos relevantes e algumas palavras relevantes identificadas no decorrer da leitura. O tema é muito útil na análise de conteúdo, sendo empregado neste estudo devido a presença de opiniões, expectativas, valores, conceitos e crenças de pessoas que vivenciaram as redes sociais nos seus ambientes de trabalho. Assim, as redes sociais foram categorizadas como:

- Categoria 1: Ferramentas para a formação docente;

- Categoria 2: Espaços de interação;

- Categoria 3: Ferramentas de apoio ao ensino;

- Categoria 4: Ferramentas de avaliação em ambientes virtuais de EAD.

 

  1. 4. Análise dos resultados

 

Das 18 pesquisas selecionadas, apenas 13 permaneceram após a fase da pré-análise, pois os 5 que foram descartados fugiam  do foco temático deste artigo, que é o uso das redes sociais na Educação.

Das 13 pesquisas, 4 eram teses de doutorado e 9 dissertações de mestrado.

As pesquisas foram separadas em 4 categorias, conforme a temática deste artigo. A tabela 2 apresenta uma síntese de todas as pesquisas selecionadas.

 

 

Das 13 pesquisas, oito foram definidas como categoria 3, o uso das redes sociais como ferramentas de apoio ao ensino, duas como categoria 1, o uso das redes sociais como ferramentas para a formação docente, duas como categoria 2, o uso das redes sociais como espaços de interação e apenas uma, como categoria 4, o uso das redes sociais como ferramentas de avaliação em ambientes virtuais de EAD.

Apesar da temática deste artigo buscar entender como as redes podem se tornar ferramentas importantes no processo de ensino-aprendizagem, não podemos descartar que tais espaços podem ser interativos e colaborativos, além de ser utilizados na formação docente, capacitando os professores e fazendo com que eles entendam que tais ferramentas podem ser aplicadas em sala de aula como extensão ao aprendizado. E os conceitos da teoria das redes sociais podem ser usados também no processo avaliativo de ferramentas de EAD, medindo a eficiência de tais recursos e servindo de base às tomadas de decisão nos planejamentos estratégicos das instituições de ensino. A figura 2 apresenta a categorização das pesquisas.

Das treze instituições destas pesquisas, dez são públicas e três particulares, conforme a figura 3.

A maioria apresentou a Educação como linha de pesquisa principal.

O foco temático visando sempre o ambiente das redes sociais e suas características, sujeitos, conexões, estruturas, tipologias de comunidades virtuais, recursos existentes como blogs, sistemas de fotos e fóruns de debates em tempo real promovendo a interação, colaboração e comunicação entre diversos sujeitos.

Vigostky, Castells, Recuero e Lévy foram citados na maioria das pesquisas, como referenciais importantes para a análise da cultura cibernética e para o entendimento do ambiente das redes sociais e seus elementos.

A metodologia na maioria dos casos, focada na pesquisa qualitativa, e alguns casos interessantes focando regionalidades e perfis diferenciados de usuários.

Como resultados e contribuições para a área, sem dúvida, as redes sociais surgiram para promover a quebra de paradigmas sociais, culturais e educacionais, incentivando o interesse e a motivação dos alunos em participar de debates, trocas de informações e discussões favorecendo os conteúdos iniciados em sala de aula, como práticas de extensão de aprendizagem. A formação docente contribuiu para que o professor pudesse entender que recursos tecnológicos podem ser ferramentas interessantes de suporte às suas atividades acadêmicas e que não visam substituí-lo, mas sim complementar e auxiliar seu trabalho.

 

  1. 5. Considerações finais

A análise de conteúdo é atualmente, uma das técnicas mais comuns nas investigações empíricas desenvolvidas pelas ciências humanas e sociais. Ela é considerada uma metodologia de pesquisa que descreve e interpreta o conteúdo de diversos tipos de documentos, como mensagens e textos e ainda analisa descrições qualitativas e quantitativas levando a um melhor entendimento de seus significados.

A análise de conteúdo constitui bem mais que uma simples técnica de análise de dados, ela apresenta uma abordagem com características próprias.

Franco (2005) nos apresenta como a análise de conteúdo vem sendo empregada para gerar inferências sobre determinados tipos de dados obtidos a partir de perguntas e observações efetuadas pelos investigadores. Por este motivo, ela vem sendo utilizada cada vez mais por eles, além de fazer despertar o interesse pelas questões teóricas e metodológicas, prover um material diversificado e rico para ser analisado, interagir com outras técnicas de pesquisa e com programas computacionais, além de poder testar hipóteses que se opõem às pesquisas estritamente descritivas.

Este artigo apresentou um conjunto de pesquisas relacionadas à temática das redes sociais na educação que foram categorizadas segundo a análise de conteúdo de Bardin (2009) e Franco (2005). Esta classificação pode dar uma visão mais detalhada de quatro tipos de uso das redes sociais, sendo que todas elas estão relacionadas entre si. A categorização envolveu duas das unidades de registros no decorrer das leituras: o tema e a palavra e as regras de exaustividade, homogeneidade, hipóteses e índices relevantes.

O resultado pode confirmar, por meio do estudo das pesquisas selecionadas, que as redes sociais estão cada vez mais mudando os paradigmas das instituições de ensino, tornando o aprendizado espontâneo, interessante e motivador, como prática extensiva da sala de aula.

As redes também são identificadas como espaços de interação entre sujeitos e tais conexões podem auxiliar no processo avaliativo de ferramentas de EAD, tais como as contribuições existentes nos blogs.

Ainda o estudo apresentou que o uso das redes sociais tornou a formação docente mais dinâmica e flexível, fazendo com que os professores tivessem um contato maior com as ferramentas e pudessem entendê-las como novas oportunidades de complementar o aprendizado e de assimilar os conteúdos de forma mais eficiente.

 

  1. 6. Agradecimentos

Agradeço a oportunidade que a professora Dra. Cintia Bento dos Santos, da Universidade Cruzeiro do Sul, nos ofereceu para o desenvolvimento deste artigo a fim de se pesquisar e utilizar a técnica de categorização da análise de conteúdo junto às pesquisas relacionadas ao tema de minha tese, contribuindo desta forma para o enriquecimento e aprimoramento da mesma.

 

  1. 7. Referências

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.

BARDIN, L. Ére logique. Paris: Robert Laffont, 1977.

FRANCO, M.L.P.B. O que é análise de conteúdo. Cadernos de Psicologia da Educação. São Paulo, PUCSP (7): 1-31, Agosto, 1986.

FRANCO, M.L.P.B. Análise de Conteúdo. Série Pesquisa. 2a. Edição Basília. Liber Livro Editora, 2055. 79p.

 

 

 

 

Autor deste artigo: - participante desde Sáb, 27 de Abril de 2024.

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