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Gestão Universitária

Edições Anteriores 328 A VALORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS/DIFICULDADES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NOS ESTÁGIOS CURRICULARES SUPERVISIONADOS I-II-III NA PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DO CEFD/UFSM
A VALORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS/DIFICULDADES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NOS ESTÁGIOS CURRICULARES SUPERVISIONADOS I-II-III NA PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DO CEFD/UFSM PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Hugo Norberto Krug   
Qua, 04 de Setembro de 2013 00:00

Fabiana Ritter Antunes[1]

Hugo Norberto Krug[2]


RESUMO

Esta investigação objetivou analisar a valorização dos problemas/dificuldades na prática pedagógica durante os Estágios Curriculares Supervisionados (ECS) I, II e III na percepção dos acadêmicos/estagiários da Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A metodologia caracterizou-se pelo enfoque fenomenológico sob a forma de estudo de caso com abordagem qualitativa. O instrumento utilizado para a coleta de informações foi um questionário com perguntas abertas. A interpretação das informações foi à análise de conteúdo. Os participantes foram vinte e nove (29) acadêmicos do 7º semestre do curso de Licenciatura em Educação Física (Currículo 2005) do CEFD/UFSM, matriculados na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III (Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental). Concluiu-se que foi possível identificar vários (34) problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM durante a realização dos ECS I, II e III que, possivelmente, prejudicaram o planejamento e o bom andamento das aulas. Assim, considerando que o professor, bem como o futuro professor é um gestor de problemas/dificuldades apontou-se para a superação dos mesmos e na importância do enfrentamento destes, tendo como base a indagação e a reflexão, para assim poder repensar o seu saber, buscando a mudança do seu fazer.


Palavras-chave: Educação Física; Formação de Professores; Formação Inicial; Estágio Curricular Supervisionado; Problemas/Dificuldades.


INTRODUZINDO A INVESTIGAÇÃO

Um curso de Licenciatura em Educação Física tem como objetivo principal a habilitação para a docência na educação básica e entre as disciplinas que constam do currículo destaca-se, pela sua relevância, o Estágio Curricular Supervisionado, que tem por “atribuições precípuas colocar o futuro profissional em contato com a realidade educacional, desenvolvendo-se estilos de ensino, possibilitando adequadas seleções de conteúdos e estratégias, etc.” (FERREIRA; KRUG, 2001, p.83).

Entretanto, para Onofre e Fialho (1995), o estágio pedagógico proporcionado pelo Estágio Curricular Supervisionado tem sido identificado como um momento crítico da formação inicial dos professores. Neste período de formação os acadêmicos/estagiários confrontam-se, na maioria dos casos, pela primeira vez, de uma forma sistemática, com situações reais de ensino (prática pedagógica). Assim, neste processo, preparam-se e ensaiam-se as formas de organização e condução da atividade pedagógica, abordadas ao longo do curso de formação inicial.

Neste contexto de estágio, ainda Onofre e Fialho (1995), destacam que os problemas/dificuldades vividos pelos estagiários têm conduzido vários autores a identificar esse processo como um momento de ‘choque de realidade’.

Popularmente a expressão ‘choque de realidade’ é utilizada para se referir à situação pela qual passam muitos futuros professores no seu primeiro contato com a docência (KRUG; FERREIRA, 1998).

Conseqüentemente, segundo estes mesmos autores citados, as instituições responsáveis pela formação de professores devem desenvolver estratégias para reduzir este ‘choque de realidade’ e, para tanto, devem dar respostas às necessidades de desenvolvimento identificadas pelos próprios acadêmicos/estagiários.

Assim, neste amplo quadro da formação de professores focou-se o interesse investigativo na formação inicial de professores de Educação Física e, particularmente, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mais precisamente na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado (ECS) do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), pois, concordou-se com o que afirmam Ivo e Krug (2008), de que estudar o quê e quem envolve essa disciplina é tarefa daqueles que se preocupam com uma formação de qualidade para os futuros docentes.

Convém salientar que a atual grade curricular (CEFD, 2005) do curso de Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM proporciona o Estágio Curricular Supervisionado I, II e III nos 5º, 6º e 7º semestres do mesmo, realizados respectivamente no Ensino Médio, nas Séries/Anos Finais do Ensino Fundamental e nas Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com carga de 120 horas destinada a cada estágio, somando-se a estas 360 horas, mais 45 horas de Seminário em Estágio Curricular Supervisionado, no 8º semestre do curso, totalizando então 405 horas.

Considerando-se, então, este contexto, foi que originou-se a seguinte questão problemática norteadora desta investigação: Qual foi a valorização dos problemas/dificuldades da prática pedagógica durante os Estágios Curriculares Supervisionados I, II e III na percepção dos acadêmicos/estagiários da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM?

A partir desta questão problemática estruturou-se o objetivo geral como sendo: analisar a valorização dos problemas/dificuldades da prática pedagógica durante os Estágios Curriculares Supervisionados I, II e III na percepção dos acadêmicos/estagiários da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM.

Vários estudos já foram realizados abordando os problemas/dificuldades na prática pedagógica de acadêmicos em situação de estágio (KRUG; FERREIRA, 1998; KRUG, 1998; 1999a; 1999b; 1999c), entretanto, os mesmos foram realizados antes das novas diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores que instituiu 400 horas de estágio (BRASIL, 2002). Sendo assim, esta investigação justificou-se no pressuposto de que investigar a valorização dos problemas/dificuldades da prática pedagógica dos acadêmicos em situação de estágio é uma das funções que todas as instituições responsáveis pela formação inicial de professores devem desenvolver para assegurar uma formação ampla, flexível e planejada, que venha a reduzir o denominado ‘choque de realidade’, e ser, também, o primeiro passo do processo de avaliação dos seus programas de formação.


A METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO

A metodologia empregada nesta investigação caracterizou-se pelo enfoque fenomenológico sob a forma de estudo de caso com abordagem qualitativa.

Conforme Triviños (1987, p.125) “a pesquisa qualitativa de natureza fenomenológica surge como forte reação contrária ao enfoque positivista, privilegiando a consciência do sujeito e entendendo a relatividade social como uma construção humana”. O autor explica que na concepção fenomenológica da pesquisa qualitativa, a preocupação fundamental é com a caracterização do fenômeno, com as formas que se apresenta e com as variações, já que o seu principal objetivo é a descrição.

Para Joel Martins (apud FAZENDA, 1989, p.58) “a descrição não se fundamenta em idealizações, imaginações, desejos e nem num trabalho que se realiza na subestrutura dos objetos descritos; é, sim, um trabalho descritivo de situações, pessoas ou acontecimentos em que todos os aspectos da realidade são considerados importantes”.

Já segundo Lüdke e André (1986, p.18) o estudo de caso enfatiza “a interpretação em contexto”. Godoy (1995, p.35) coloca que:


O estudo de caso tem se tornado na estratégia preferida quando os pesquisadores procuram responder às questões “como” e “por que” certos fenômenos ocorrem, quando há pouca possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando o foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro de um contexto de vida real.


De acordo com Goode e Hatt (1968, p.17): “o caso se destaca por se constituir numa unidade dentro de um sistema mais amplo”. O interesse incide naquilo que ele tem de único, de particular, mesmo que posteriormente fiquem evidentes estas semelhanças com outros casos ou situações.

O instrumento utilizado para coletar as informações foi um questionário com três perguntas abertas, que foi respondido por vinte e nove (29) acadêmicos do 7º semestre do curso de Licenciatura em Educação Física (Currículo 2005) do CEFD/UFSM, matriculados na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III (Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental). Optamos pelo ECS III por esse ser o último estágio dos acadêmicos e, portanto, significando a última experiência com a escola na grade curricular do curso de Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM. A escolha dos participantes aconteceu de forma espontânea, em que a disponibilidade dos mesmos foi o fator determinante. A identidade dos participantes foi preservada.

A cerca do questionário Triviños (1987, p.137) afirma que “sem dúvida alguma, o questionário (...), de emprego usual no trabalho positivista, também o podemos utilizar na pesquisa qualitativa”. Já Cervo e Bervian (1996) relatam que o questionário representa a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita buscar de forma mais objetiva o que realmente se deseja atingir. Consideram ainda o questionário um meio de obter respostas por uma fórmula que o próprio informante preenche.

Pergunta aberta “destina-se a obter uma resposta livre” (CERVO; BERVIAN, 1996, p.138).

As questões norteadoras que compuseram o questionário estavam relacionadas com o objetivo geral desta investigação e foram as seguintes: 1) Quais foram os problemas/dificuldades da prática pedagógica durante o desenvolvimento do ECS I que você valorizou? 2) Quais foram os problemas/dificuldades da prática pedagógica durante o desenvolvimento do ECS II que você valorizou? e, 3) Quais foram os problemas/dificuldades da prática pedagógica durante o desenvolvimento do ECS III que você valorizou?

A interpretação das informações coletadas pelo questionário foi realizada através da análise de conteúdo, que é definida por Bardin (1977, p.42) como um:


Conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.


Godoy (1995, p.23) diz que a pesquisa que opta pela análise de conteúdo tem como meta “entender o sentido da comunicação, como se fosse um receptor normal e, principalmente, desviar o olhar, buscando outra significação, outra mensagem, passível de se enxergar por meio ou ao lado da primeira”.

Para Bardin (1977) a utilização da análise de conteúdo prevê três etapas principais: 1ª) A pré-análise – que trata do esquema de trabalho, envolve os primeiros contatos com os documentos de análise, a formulação de objetivos, a definição dos procedimentos a serem seguidos e a preparação formal do material; 2ª) A exploração do material – que corresponde ao cumprimento das decisões anteriormente tomadas, isto é, a leitura de documentos, a caracterização, entre outros; e, 3ª) O tratamento dos resultados – onde os dados são lapidados, tornando-os significativos, sendo que a interpretação deve ir além dos conteúdos manifestos nos documentos, buscando descobrir o que está por trás do imediatamente aprendido.


OS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO


A valorização dos problemas/dificuldades da prática pedagógica no Estágio Curricular Supervisionado I (Ensino Médio) na percepção dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM

Identificou-se um rol de vinte e três (23) problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos no Estágio Curricular Supervisionado I (Ensino Médio). Foram eles os seguintes: ‘a falta de conhecimento do acadêmico sobre o conteúdo a ser ministrado’* e ‘a infreqüência dos alunos nas aulas de Educação Física’** (Nove citações); ‘a falta de interesse dos alunos pelas atividades propostas’** (Sete citações); ‘a falta de espaço físico para as aulas’**, ‘a falta de controle/domínio da turma pelo acadêmico’*, ‘a falta de material para as aulas’** e ‘a insegurança do acadêmico na docência’* (Quatro citações); ‘a dificuldade do acadêmico no planejamento das aulas’*, ‘a resistência dos alunos às atividades propostas’**, ‘o choque do acadêmico com a realidade escolar’*, ‘a falta de seqüência das aulas de Educação Física’**, ‘não ter aula de Educação Física em dia de chuva’** e ‘ministrar aulas somente por clube’** (Três citações); ‘os alunos só querem jogo/esporte’**, ‘as intempéries do tempo’**, ‘a falta de planejamento do professor de Educação Física da escola’** e ‘a junção esporádica de outros alunos com a turma que tem aula de Educação Física’** (Duas citações); ‘a indisciplina dos alunos’**, ‘os alunos em diferenças níveis de aprendizagem’**, ‘ministrar aula de Educação Física na sala de aula’**, ‘o número reduzido de alunos nas aulas de Educação Física’**, ‘a presença de pessoas estranhas no local da aula de Educação Física’** e ‘ministrar aula de Educação Física para turma de alunos separados por sexo’** (Uma citação).

Constatou-se neste rol que a grande maioria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos no ECS I, isto é, dezoito (de 23) foram ligados à fatores externos à ação pedagógica dos mesmos (**). Conseqüentemente a minoria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos no ECS I, isto é, cinco (de 23), foram ligados à fatores relacionados à ação pedagógica dos mesmos (*).

Ainda identificou-se no rol mencionado anteriormente que os problemas/dificuldades da prática pedagógica mais valorizados pelos acadêmicos no ECS I foram: a) ‘A falta de conhecimento do acadêmico sobre o conteúdo a ser ministrado Em relação a este problema/dificuldade citou-se Lourencetti e Mizukami (2002) que colocam que o não domínio do conteúdo específico da matéria é um dos dilemas dos professores em suas práticas cotidianas. Já, de acordo com Cunha (1992), o professor para trabalhar bem a matéria de ensino tem que ter profundo conhecimento do que se propõe a ensinar. Destaca que o professor que tem domínio do conteúdo é aquele que trabalha com a dúvida, que analisa a estrutura de sua matéria de ensino e é profundamente estudioso naquilo que lhe diz respeito; e, b) ‘A infreqüência dos alunos nas aulas de Educação Física Relativamente a este problema/dificuldade mencionou-se Ilha; Cristino e Krüger (2006) que destacam que nos últimos anos existe um expressivo número de alunos que se desobrigam da freqüência às aulas de Educação Física na escola, principalmente no ensino médio. Os autores constataram que essa infreqüência está fortemente influenciada pelo turno inverso com que as aulas são realizadas que associada à atuação deficiente do professor de Educação Física da escola, detonam, sobremaneira, o esvaziamento das aulas pelos alunos.


A valorização dos problemas/dificuldades da prática pedagógica no Estágio Curricular Supervisionado II (Séries/Anos Finais do Ensino Fundamental) na percepção dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM

Identificou-se um rol de vinte e quatro (24) problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos no Estágio Curricular Supervisionado II (Séries/Anos Finais do Ensino Fundamental). Foram eles os seguintes: ‘a falta de espaço físico para as aulas’** e ‘a falta de interesse dos alunos pelas atividades propostas’** (Sete citações); ‘a indisciplina dos alunos’**, ‘a falta de controle/domínio da turma pelo acadêmico’* e ‘a agitação dos alunos’** (Seis citações); ‘a falta de material para as aulas’** (Cinco citações); ‘a dificuldade do acadêmico no planejamento das aulas’* (Quatro citações); ‘a falta de conhecimento do acadêmico sobre o conteúdo a ser ministrado’*, ‘ministrar aulas com alunos de ambos os sexos’** e ‘a falta de planejamento do professor de Educação Física da escola’** (Três citações); ‘a resistência dos alunos às atividades propostas’**, ‘o choque do acadêmico com a realidade escolar’*, ‘os alunos em diferenças níveis de aprendizagem’**, ‘ministrar aula de Educação Física na sala de aula’** e ‘o preconceito dos alunos’** (Duas citações); ‘a insegurança do acadêmico na docência’*, ‘os alunos só querem jogo/esporte’**, ‘as intempéries do tempo’**, ‘o número elevado de alunos nas aulas de Educação Física’**, ‘a falta de seqüência das aulas de Educação Física’**, ‘não ter aula de Educação Física em dia de chuva’**, ‘a junção esporádica de outros alunos com a turma que tem aula de Educação Física’**, ‘o número reduzido de alunos nas aulas de Educação Física’** e ‘ministrar aula de Educação Física em dias consecutivos’** (Uma citação).

Constatou-se neste rol que a grande maioria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos no ECS II, isto é, dezenove (de 24) foram ligados à fatores externos à ação pedagógica dos mesmos (**). Conseqüentemente a minoria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos nos ECS II, isto é, cinco (de 24), foram ligados à fatores relacionados à ação pedagógica dos mesmos (*).

Ainda identificou-se no rol mencionado anteriormente que os problemas/dificuldades da prática pedagógica mais valorizados pelos acadêmicos no ECS II foram: a) ‘A falta de espaço físico para as aulas A respeito deste problema/dificuldade mencionou-se Farias; Shigunov e Nascimento (2001) que salientam que vários estudos realizados em escolas indicam que existe uma falta de locais, principalmente nas públicas, para as aulas de Educação Física. Já Krug (2004) enfatiza que a falta de espaços físicos disponíveis para a realização das atividades é um fator que interfere negativamente na prática pedagógica dos professores de Educação Física; e, b) ‘A falta de interesse dos alunos pelas atividades propostas Sobre este problema/dificuldade citou-se Canfield et al. (1995) que colocam que a diminuição do interesse do aluno pelas aulas de Educação Física é devido à prática pedagógica do professor, onde predominam a falta de diversificação e inadequação dos conteúdos, marcados pelo desinteresse do professor. Entretanto, ainda Canfield et al. (1995) afirmam que o professor de Educação Física tem que despertar o interesse dos alunos para que estes sintam prazer e vejam horizontes na prática de atividades físicas.


A valorização dos problemas/dificuldades da prática pedagógica no Estágio Curricular Supervisionado III (Séries/Anos Finais do Ensino Fundamental) na percepção dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM

Identificou-se um rol de vinte e um (21) problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos no Estágio Curricular Supervisionado III (Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental). Foram eles os seguintes: ‘a indisciplina dos alunos’** (Quatorze citações); ‘a agitação dos alunos’** (Onze citações); ‘a falta de espaço físico para as aulas’** (Nove citações); ‘a falta de controle/domínio da turma pelo acadêmico’* e ‘a falta de material para as aulas’** (Sete citações); ‘ministrar aulas com alunos de ambos os sexos’** e ‘o número elevado de alunos nas aulas de Educação Física’** (Três citações); ‘a falta de conhecimento do acadêmico sobre o conteúdo a ser ministrado’*, ‘a dificuldade do acadêmico no planejamento das aulas’*, ‘a resistência dos alunos às atividades propostas’**, ‘o choque do acadêmico com a realidade escolar’*, ‘os alunos só querem jogo/esporte’**, ‘as intempéries do tempo’**, ‘os alunos inclusos’**, ‘a intervenção dos pais nas aulas de Educação Física’** e ‘o egocentrismo dos alunos’** (Duas citações); ‘a falta de interesse dos alunos pelas atividades propostas’**, ‘a insegurança do acadêmico na docência’*, ‘os alunos em diferenças níveis de aprendizagem’**, ‘os alunos hiperativos’** e ‘ministrar aula de Educação Física para crianças’** (Uma citação).

Constatou-se neste rol que a grande maioria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos no ECS III, isto é, dezesseis (de 21) foram ligados à fatores externos à ação pedagógica dos mesmos (**). Conseqüentemente a minoria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos nos ECS III, isto é, cinco (de 21), foram ligados à fatores relacionados à ação pedagógica dos mesmos (*).

Ainda identificou-se no rol mencionado anteriormente que os problemas/dificuldades da prática pedagógica mais valorizados pelos acadêmicos no ECS III foram: a) ‘A indisciplina dos alunosEste problema/dificuldade pode ser fundamentado por Mattos e Mattos (2001) que dizem que os alunos não são mais dóceis, cooperativos como antes. Já Aquino (1996) destaca que, há muito tempo, os distúrbios disciplinares dos alunos deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras, para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais. Também, está claro, que a maioria dos educadores não sabe como interpretar e administrar o ato indisciplinado. Para Jesus (1999) a indisciplina dos alunos integra todos os comportamentos e atitudes perturbadoras, inviabilizando o trabalho que o professor deseja desenvolver; e, b) ‘A agitação dos alunos Em relação a este problema/dificuldade reportou-se a Ilha e Krug (2008) salientam que os acadêmicos em situação de estágio não podem esquecer que os alunos na faixa etária que comporta o ensino fundamental geralmente são muito ativos, principalmente, quando estão num espaço físico amplo e sem maiores barreiras arquitetônicas.

CONCLUSÃO: UMA POSSÍVEL INTERPRETAÇÃO SOBRE A INVESTIGAÇÃO

Um dos fatos que chamou à atenção nos resultados encontrados foi a grande quantidade de problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos em todos os estágios, isto é, vinte e três (23) no ECS I, vinte e quatro (24) no ECS II e vinte e um (21) no ECS III, e que comparando-se os problemas/dificuldades entre os três estágios, somaram-se trinta e quatro (34) diferentes problemas/dificuldades valorizados. Esta conclusão diverge das investigações de Krug e Ferreira (1998), Krug (1998; 1999a; 1999b; 1999c) que encontraram em seus estudos sobre os problemas/dificuldades da prática pedagógica dos acadêmicos em situação de estágio da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em questão de quantidade de ocorrência uma variação entre 14 e 17.

Outro fato que chamou à atenção nos resultados encontrados foi a quantidade de repetição da citação de problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos nos ECS I, II e III. Neste sentido, constatou-se que treze (13) problemas/dificuldades se repetiram, isto é, foram comuns nos ECS I, II e III. Também constatou-se que existiram problemas/dificuldades que foram característicos, isto é, apareceram em um único estágio. Assim, encontramos cinco (5) problemas/dificuldades característicos do ECS I. Já o ECS II apresentou como sua característica somente dois (2) problemas/dificuldades. No ECS III encontrou-se também cinco (5) problemas/dificuldades como seus característicos. Ainda constatou-se que existiram problemas/dificuldades que foram característicos, isto é, apareceram em dois estágios. Desta forma, encontramos cinco (5) problemas/dificuldades característicos dos ECS I e II. Já os ECS II e III apresentaram como suas características quatro (4) problemas/dificuldades. Entretanto, os ECS I e III não possuíram nenhum (0) problema/dificuldade característico em comum.

Também outro fato que chamou à atenção nos resultados encontrados foi que a grande maioria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos em todos os estágios, isto é, no ECS I (18 de 23), no ECS II (19 de 24) e no ECS III (16 de 21) estavam ligados à fatores externos à ação pedagógica dos mesmos (**). Esta conclusão é semelhante as encontradas nos estudos de Krug e Ferreira (1998), Krug (1998; 1999a; 1999b; 1999c) e Ilha; Krug e Krug (2009) que constataram que a maioria dos problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos em situação de estágio foram ligados à fatores externos à ação pedagógica dos mesmos.

Entretanto, o fato que mais chamou à atenção no rol de problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos acadêmicos nos ECS I, II e III, mesmo possuindo pequenas diferenças de quantidade e tipo de citações, é que é muito semelhante ao rol de problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados pelos professores em situação de serviço, isto é, da rede municipal de ensino da cidade de Santa Maria-RS, conforme os estudos de Krug; Beltrame e Menezes Filho (1998) e Krug; Menezes Filho e Beltrame (2001). Assim, podemos inferir que os problemas/dificuldades da prática pedagógica valorizados, tanto pelos acadêmicos em situação de estágio quanto pelos professores em situação de serviço, são muito semelhantes porque ambos estão imersos na escola, trabalhando com a Educação Física e sofrendo os mesmos condicionantes sociais internos e externos à comunidade escolar, pois neste direcionamento de ideia, existem os estudos de Krug (2011) e Ilha; Marques e Krug (2010).

Neste direcionamento de constatação mencionou-se Ribas; Martins e Luporini (apud KRUG, 2004) que dizem que a escola, principalmente a pública, encontra-se afundada em uma tremenda crise produzida em função dos sistemas econômico e político, que interfere de fora para dentro do sistema escolar, embora muitos fatores internos à própria escola concorram para potencializar essa situação adversa. Conseqüentemente podemos inferir que essa crise da escola também afeta os acadêmicos em situação de estágio.

Entretanto, mesmo perante a esse quadro, citou-se Gimeno (apud LOURENCETTI; SILVA, 1996) que dizem que o professor é um gestor de problemas/dificuldades e por isso ainda destacou-se Giesta (1996) que afirma que os problemas/dificuldades ocorridas/enfrentadas nas aulas constituem questões a serem resolvidas ou amenizadas numa situação conjunta e cooperativa que analise o contexto em que ocorrem, visando assim o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem e a valorização da profissão professor.

Neste sentido, como uma “luz no fim do túnel” para superação da problemática estudada, referiu-se Lourencetti e Silva (1996) que apontam para a importância do professor (nesse caso do futuro professor) encarar os seus problemas/dificuldades tendo como base a indagação e a reflexão, para assim poder repensar o seu saber, buscando a mudança do seu fazer.

Assim, neste direcionamento de ideia, Ilha; Krug e Krug (2009) destacam que os acadêmicos de Licenciatura em Educação Física precisam aprender mais conhecimentos, para lidar com as situações conflitantes da prática cotidiana. Desta forma, é fundamental que os acadêmicos possam aprender a enfrentar os problemas, pois, assim, segundo Krug et al. (2010), ao enfrentar os problemas estarão aprendendo a ser professor.

Para finalizar, recomendou-se a realização de investigações mais aprofundadas sobre a formação inicial dos professores de Educação Física e em particular sobre o Estágio Curricular Supervisionado, pois esse momento é muito importante para uma formação de qualidade.


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[1] Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.

[2] Doutor em Educação. Professor da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.


 

Autor deste artigo: Hugo Norberto Krug - participante desde Sex, 16 de Março de 2012.

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