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Percepção dos Alunos Sobre a EAD em um Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública Municipal PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Edilson Feitoza   
Seg, 10 de Junho de 2013 00:00

Fernanda Silva Brandão Raposo

Juliano Schimiguel

Edilson Gomes Feitoza[1]

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi captar e analisar a percepção dos alunos, nativos e imigrantes digitais participantes da educação a distância, em um curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública Municipal da Universidade Federal do Maranhão, que atende a 22 polos, em municípios com diferentes realidades sociais. A metodologia aplicada nesta pesquisa utilizou-se de dois procedimentos técnicos que foram a pesquisa bibliográfica baseada na obra de diversos autores como: Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos, (2007) Richardson, Roberto Jerry (2008) dentre outros. Para dissertar sobre ensino a distância, usaram-se as ideias de renomados autores como Maria Luiza Belloni, (2006) (Frederic M. Litto, Marcos Formiga (2009), Carmem Maia e João Mattar (2007), John E. Freund & Gary A. Tamara Benakouche, Pierre Lévy, Alessandro Marco Rosini, dentre outros, na pesquisa de campo realizou-se coleta dos dados via aplicação dos questionários abertos e fechados e de múltiplas escolhas aos respondentes, registrando suas concepções, crenças e posturas.

 

Palavras-chaves: Educação a Distância. Tecnologia da Informação e Comunicação. Ensino Superior.

 



INTRODUÇÃO

No século XXI, a importância crescente das ciências e das tecnologias e a inserção de outros meios de aquisição de conhecimento, utilizando-se de novos recursos tecnológicos, com ênfase nas esferas das mídias eletrônicas com informações digitalizadas, as imagens e os sons, e a própria informática, associados com as consequências da revolução da informação, promovem uma evolução nos processos educacionais e nas teorias pedagógicas. E a educação a distância está inserida neste importante contexto da educação contemporânea, mesmo que suas raízes estejam num passado muito remoto (MAIA e MATTAR, 2007).

Desse modo, democratização das mídias facilitou às camadas mais desfavorecidas da população o acesso aos meios computacionais, outrora pertencentes a um grupo seleto da sociedade BENAKOUCHE, (2000). Tal democratização contempla a estrutura física (hardware), agregada ao desenvolvimento das linguagens de computador (software) e os serviços disponibilizados como a internet, que já dispõe da alternativa de acesso gratuito ampliando as possibilidades postas ao alcance da população como o correio eletrônico, chats de bate-papos, sites sociais de relacionamento (BENAKOUCHE, 2000).

O advento da telefonia móvel com os celulares, tablets, Ipeds, os quais possibilitam o acesso à Internet de qualquer ambiente e em qualquer situação, da televisão com a multiplicidade de alternativas oferecidas pelos canais a cabo ou por satélites, das teleconferências ou videoconferência que permitem uma comunicação síncrona, ou seja, em tempo real, tanto de sons, como de imagens, agrega valores imprescindíveis aos avanços registrados nos campos da telefonia (BENAKOUCHE, 2000).

É o que Lévy (1999, p.17) define como cibercultura, "um conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores, que se desenvolvem paralelamente ao crescimento do ciberespaço”, sendo ciberespaço por sua vez definido por Lévy (1999, p.107) “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial de computadores e memórias informáticas”.

É a manifestação dessa cultura virtual que vai dar à EaD uma nova acepção. Certamente não foram as novas mídias que criaram a EaD, haja vista, que ela já conta com uma longa história: do ensino por correspondência, passando pelo uso do rádio e da televisão e evoluindo com as diferentes gerações de tecnologias que têm sido colocadas a disposição da educação (BENAKOUCHE, 2000).

Esta pesquisa foi desenvolvida com base em referências bibliográficas destacadas de alguns autores, nos quais fundamentamos nossa metodologia, como: Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos (2007), Roberto Jerry Richardson  (2008) dentre outros. Para dissertar sobre Ensino a Distância usaram-se as ideias de renomados autores como Maria Luiza Belloni (2006), Frederic M. Litto, Marcos Formiga (2009), Carmem Maia e João Mattar (2007), John E. Freund & Gary A. Simon (2000) e outros.

Cita-se também Rosilene Aparecida Dias e Lígia Silva Leite (2010), que tratam do crescimento dessa modalidade de ensino no nosso país.

Nessa mesma literatura, encontram-se artigos de vários autores que deram suporte a esta pesquisa. Dentre esses autores, chamou a atenção o posicionamento de Ivônio Barros Nunes (2009), com seu artigo a história da EaD no Mundo, Vani Moreira Kenski, Michel Moore, Arnaldo Niskier (1999), e Reginaldo Carmello Moraes (2010). Dentre outros artigos de diversos autores disponíveis em sites da Rede Mundial de Computadores.

Podem-se mencionar, ainda, as redes de comunidade virtual de aprendizagem e as relações constituídas. Foram também pesquisados outros documentos como: revista Interativa da UFMA/NEaD. Esses documentos foram estudados individualmente, sendo depois reunidos por similaridade de categorias, a partir dos temas abordados, dando destaque para Pierre Lévy (1993), as tecnologias da inteligência e Cibercultura.

Entre os diversos aspectos positivos possíveis de se destacar como: ambiente virtual de aprendizagem Moodle, que é um software que mais cresce na qualidade de adesão social, também no cenário da educação on-line, defendido por Rodolfo Nakamura (2008), e Edna Lucia da Silva (2010).

O objetivo geral deste trabalho foi captar e analisar a percepção dos alunos, participantes da EaD, em um curso de Pós-Graduação Lato Sensu em (Gestão Pública Municipal) da Universidade Federal do Maranhão, mediada pelas Novas Tecnologias de Informação (TICs), observando as barreiras das desigualdades sociais e regionais.

REFERENCIAL TEÓRICO

DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE EAD

Vários são os significados de educação a distância. No Decreto nº 2.494, de 10/02/98, que regulamenta o art. 80 da LDB, lê-se:

Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.

Vale mencionar que alguns pontos são comuns a praticamente todos eles. Para Maia e Mattar (2007, p. 6), “A EaD é uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação”.

Para Chaves (1999, p. 2), “EaD é o ensino que acontece quando o ensinante e o aprendente estão separados”. De modo óbvio, para existir EaD, mesmo nesse sentido, é essencial, é necessário que ocorra a interferência de determinada tecnologia.

Na opinião de Niskier (1999, p. 49), “a modalidade modifica aquela velha ideia de que, para existir ensino, seria sempre necessário contar com a figura do professor em sala de aula e de um grupo de estudantes”.

Moore e Kearsley (2007, p. 1) garantem que o conceito essencial da educação a distância é simples: “alunos e professores estão separados pela distância, e algumas vezes, também pelo tempo. Partindo desta premissa, pode-se afirmar que a EAD está vinculada à mídia, ao meio de comunicação”.

Ainda de acordo com Niskier (1999, p. 72):

Educação a distância é a aprendizagem planejada que geralmente ocorre num local diferente do ensino e, por causa disso, requer técnicas especiais de desenho de curso, técnicas especiais de instrução, métodos especiais de comunicação através da eletrônica e outras tecnologias, bem como arranjos essenciais organizacionais e administrativos.

A educação a distância implica, portanto, não apenas a distância física, mas também a possibilidade da comunicação diferida, na qual o aprendizado se dá sem que, no mesmo minuto, as figuras envolvidas estejam participando das atividades, ao contrário do que ocorre normalmente no ensino tradicional e presencial.

Neste sentido, Nunes (2009, p. 1) considera:

A EAD é um recurso de incalculável importância como modo apropriado para atender a grandes contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da clientela atendida

Confirmando o que expõe o autor acima, constatou-se que ainda hoje existe certo preconceito em relação à educação a distância, embora seja inegável que atualmente a marginalização para com aqueles que recorrem a esse tipo de ensino, se comparada à época do seu surgimento, já é bem menor.

De acordo com Arétio (1996, p. 80)

A educação a distancia é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que substitui o contato pessoal professor/aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria, que possibilitam a aprendizagem independente e flexível dos alunos.

Todavia, como no Brasil, a procura pelo conhecimento sempre foi muito dispendiosa e, por isso, privilégio dos poucos que de alguma maneira podiam arcar com os gastos de uma escola tradicional, abdicando de um trabalho que lhes assegurasse o sustento, para muitos só restava o ensino das instituições públicas. Estas, até no início dos anos sessenta garantiam uma educação capaz de satisfazer as necessidades do povo, mas, nos últimos quarenta anos, especialmente as de ensino básico, tornaram-se totalmente deficientes.

Preti (1996, p. 27), em sua dissertação, afirma que a EaD deve ser entendida como “uma prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de se fazer educação, de se democratizar o conhecimento”.

Analisando a definição de educação a distância de Michel Moore (1996, p.2).

A educação a distância é um aprendizado planejado, que normalmente ocorre em local diferente do ensino, por isso requer técnicas especiais na elaboração do curso, técnicas instrucionais especiais, métodos especiais de comunicação eletrônica e outras tecnologias, assim como uma organização especial e estratégias administrativas.

Assim, o acesso ao conhecimento e à capacitação profissional continuou sendo um privilégio dos já privilegiados economicamente. A proliferação de instituições de ensino básico e superior da rede privada, por mais críticas que possam merecer, tornou-se a única opção para aqueles que, mesmo com uma educação básica e nível socioeconômico frágil, não desistem de buscar obter conhecimento e qualificação profissional (NISKIER,1999).

VANTAGEM E DESVANTAGEM DA EAD

A principal vantagem do ensino a distância realizado via internet é que diversas pessoas podem utilizar simultaneamente, se dele necessitar, alunos, estudantes universitários, trabalhadores, bem como por aqueles que anseiam retornar ao trabalho depois de um período de ausência (LITTO e FORMIGA, 2009).

Destarte, os trabalhadores podem crescer e atualizar os seus conhecimentos específicos no seu local de trabalho. Quem sabe tenham a chance de obter uma licenciatura sem serem prejudicados pelos horários.

Para Litto e Formiga, (2009, p. 9):

Uma das vantagens do EAD por meio da internet é que pode ser usada por várias pessoas que dela precisam: alunos, estudantes universitários, trabalhadores, bem como por aqueles que voltarem ao trabalho depois um período de ausência.

Nessa perspectiva, um estudante que não pode frequentar a escola, por motivos de doença, tem a oportunidade de acompanhar as aulas em casa e, portanto, não se vê em desvantagem em relação aos seus colegas. O mesmo sucede com um estudante universitário que passa um semestre ou um ano no exterior: o ensino a distância permite-lhe "assistir" às aulas da sua universidade (LITTO e FORMIGA, 2009).

As mães que desejem trabalhar no seu antigo emprego, posteriormente à licença de parto, visto que o mercado de trabalho às vezes sofre alterações drásticas, num curto espaço de tempo têm a oportunidade de aprofundar as suas aptidões profissionais, enquanto os seus filhos estão no infantário, na escola, ou na cama (LITTO e FORMIGA, 2009).

Além do mais, pessoas de diversos escalões sociais, culturais e econômicos têm a oportunidade de interagir. Alunos que estão longe de uma universidade ou pessoas não capacitadas, têm hoje a possibilidade de estudar. Desse modo, o simples fato de os cursos estarem disponíveis em qualquer lugar e durante um período denota que cada vez mais pessoas os podem frequentar.

A desvantagem da EaD são as dificuldades assinaladas, especialmente, pela falta de socialização, da obrigação de conhecimento antecedente e da evasão.

Para Litto e Formiga (2009, p. 10)

A ausência de socialização no que se refere à falta de comunidades dinâmicas de aprendizagem na Internet, pois na maioria das vezes não têm atividades comunitárias e culturais. Mas, o modelo de ensino à distância, a separação física entre alunos e professores é uma característica essencial. Não se tem a riqueza da relação educativa, pessoal entre alunos e professor, dificultando alcançar os objetivos no campo afetivo e moral, por exemplo.

É preciso ainda analisar a reivindicação do indivíduo, no sentido de ser letrado o suficiente para que possa compreender os textos e usar a rede. Quanto à evasão, é difícil ainda estabelecer parâmetros, pois muitos alunos tendem a abandonar seus estudos, mesmo antes de terem começado.

Os autores Litto e Formiga, (2009) deixam algumas reflexões para que todos possam pensar em como adotar práticas pedagógicas na rede mundial de computadores e fundar comunidades decididas a aprender. Finalmente, como abrigar uma nova metodologia nos ambientes de trabalho no sentido de que sejam mais humanizados ou mesmo usar as novas tecnologias.

METODOLOGIA E ESTUDO DE CASO

O processo percorrido para realização desta pesquisa abrange uma série de passos distintos, que vão desde a preparação da pesquisa com a especificação dos objetivos e suas fases que englobam a escolha do tema, o levantamento dos dados, a delimitação da pesquisa, um plano de amostragem e a seleção de métodos e técnicas. Posteriormente, numa outra etapa, tratar-se-á da execução da pesquisa na qual foi coletado, elaborado e analisado para posteriormente representá-los por meio de gráficos ou tabelas. E finalmente obter-se o relatório da pesquisa em destaque com a análise final dos resultados, conforme pode ser visto na figura 1:


Figura 1: Planejamento desta pesquisa


Após o recebimento dos e-mails com os questionários respondidos, utilizou-se o Programa Estatística, V.8.0[2] e a planilha eletrônica Microsoft Excel para a tabulação dos dados.

O primeiro grupo de perguntas para os gestores de EaD tiveram como escopo delinear o perfil dos respondentes, a fim de se obter informações sobre essa população, identificando a experiência de relação entre as seguintes características: identificação da instituição à qual o gestor pertence, sexo, cargo, participação nas etapas da implantação de EaD em sua Instituição de Ensino Superior, ações que desenvolveu nessas fases, identificação mais problemáticas das fases, identificação das fases que transcorreram com mais facilidade e informação se tudo deu-se dentro do planejado.

Analisou-se o cumprimento dos objetivos específicos: identificar as práticas de gestão de EaD utilizadas pelas IES, a fim de apontar as dificuldades atuais de implementação do modelo de EaD; as características e a experiência da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), identificando as diferentes etapas de implementação, no que se refere à infraestrutura, formação do corpo docente e resposta do corpo discente.

Sendo esta pesquisa uma investigação da percepção dos alunos sobre a EaD em um Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública Municipal, curso este, ministrado pela Universidade federal do Maranhão – UFMA, que através do seu NEAD tem se inserido nesta nova realidade e constatou-se algumas afirmações significativas não somente para conhecer o perfil dos alunos, mas também suas expectativas e percepções dentro da realidade de cada um, desta forma é importante enfatizar as resposta de maior relevância, ou seja, respostas que prevaleceram entre os alunos respondentes do questionário de pesquisa:

Tabela 1 – Sintetização de algumas informações e padrões observados na pesquisa

QUESTÕES DO QUESTIONÁRIO 2

CRITÉRIO AVALIADO

PERFIL DO ALUNO

AFIRMAÇÕES RELEVANTES DOS ALUNOS

PERCEPÇÃO DA AUTORA




Questões

1.1, 1.2 e 1.3

Faixa etária; Prevalência do sexo; Tipo de Universidade que frequentou durante a graduação.

Grande maioria oriunda de universidade pública (federal ou estadual), não há predominância de sexo, sendo que a maior parte está na faixa etária de 25 a 45 anos.

A Educação a Distância se institui como uma tática hábil variável para atender à crescente ação social, em especial para capacitar profissionais para um mercado de trabalho cada vez mais exigente.




Questão 1.4


Realização de cursos com modalidade a distância

A maioria é veterana em curso na modalidade EaD, contudo uma parte iniciou um outro curso na mesma modalidade não chegando à conclusão.

A maioria dos alunos trabalha e estuda em tempo parcial, iniciam o curso e o concluem, desistindo logo no início, recomeçando anos depois.




Questões 1.5 e 1.6


Motivação da escolha e expectativa para o final do curso.

Houve motivações diversas na escolha da modalidade Ead, a expectativa final do curso foi voltada ao mercado de trabalho.

Mesmo não havendo motivação específica para a escolha desta modalidade de ensino, existiam expectativas com a sua conclusão, nos dias atuais.




Questões 1.7, 1.8, 1.9 e 1.10


Eletrônicos multimídia,

local de acesso, tempo de utilização da internet e participação em rede de relacionamentos sociais.

A maioria dos alunos possuem PCs e notebook. Acessam a internet do trabalho ou da casa de terceiros.

Prevalecendo o Facebook como a rede de relacionamento predominante.

A rede de computadores apresenta-se hoje como item que pode transformar expressivamente a educação presencial, as tecnologias da comunicação com a Ead permitiram autonomia no estudo e no aprendizado.


2ª PARTE DO QUESTIONÁRIO 2

CRITÉRIO AVALIADO

OPINIÃO DO ALUNO

AFIRMAÇÕES RELEVANTES DOS ALUNOS

PERCEPÇÃO DA AUTORA



Gráficos n. 9 e 10




Informação sobre educação a distância e Informações necessárias sobre o papel do professor e do aluno

Receberam suficientes informações sobre EaD e iniciaram o curso informados do seu papel e do papel do tutor.

O esclarecimento da forma de ensino da EaD tem contribuído para a construção da cidadania de muitos brasileiros que por motivos diversos não alcançaram a educação necessária.



Gráficos n. 14 e 15


Quanto ao desafio enfrentado e à administração do tempo

A maioria  encontrou dificuldade na administração do tempo e cônscios dos desafios que viriam.

Quando planejada de forma a atender a formação continuada, a EaD, exige articulação concreta com uma política educacional que lhe dê suporte e sustentação, para que se corrijam as dificuldades enfrentadas, principalmente pelos imigrantes digitais.



Gráficos n. 16 E 17


Quanto às habilidades em trabalhar com a informática, mudança na metodologia e diferença no método de aprendizagem.

Não tiveram dificuldades significativas com a informática. Afirmaram que aprenderam uma nova modalidade de estudo.

A tecnologia de informação e comunicação contribui ainda mais, com a expansão da EaD, pois a interatividade proporcionada pela hipermídia, TV e internet são mediadores que possibilitam o rompimento com as dificuldades da distância espacial.



Gráficos n. 18


Quanto ao auxílio dos professores-tutores


A atuação dos professores-tutores foi positiva para o processo de aprendizagem.

Com o surgimento da EaD, o função do professor se diversificou, determinando uma grande competência de adaptação e de criatividade diante de novas atividades, situações e propostas.



Gráfico n. 26


Realizar este curso a distância requer maior iniciativa e dedicação por parte do aluno


Acreditam que o curso lhes requer mais iniciativa e dedicação

O estudo das abordagens individualistas torna-se importante por significarem pensamentos instituidores de diversas práticas pedagógicas da EaD, que na maioria das vezes entendem que o indivíduo aprende sozinho.



Gráfico n. 37 e 38


Recomendaria para meus amigos esta modalidade de ensino e voltaria a matricular-se em outro na mesma instituição

A grande maioria recomendaria a mesma modalidade e instituição. E voltariam estudar na modalidade EaD nesta mesma instituição de ensino

Houve investimento desde a infraestrutura até a capacitação de professores e pessoal técnico e a IES estão cada vez mais comprometidas em ofertar cursos nesta modalidade com qualidade.


CONCLUSÃO

A educação a distância é uma forma de ensino com regulamentação, mor meio da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que institui as diretrizes e bases da educação nacional em nosso país. Sua fundamental característica é a condição de isolamento, no tempo e no espaço, de professores e alunos, avaliados hoje como uma das opções para se atender às diferentes necessidades de formação superior, uma vez que ambos podem interagir síncrona e assincronamente.

Em decorrência do desenvolvimento deste trabalho cumpre ainda apresentar as considerações finais: quanto aos objetivos: geral, captar e analisar a percepção dos alunos, participantes da EaD, em um curso de Pós-Graduação Lato Sensu em (Gestão Pública Municipal) da Universidade Federal do Maranhão, mediado pelas Novas Tecnologias de Informação (TICs), foram observadas as barreiras das desigualdades sociais e regionais. Para concluir a análise, torna-se necessário alcançar a resposta dos objetivos específicos, haja vista a análise dos gráficos que representaram as respostas do questionário 2, respondido pela população-alvo da pesquisa, os alunos. Nesse sentido acreditamos ter alcançado um resultado satisfatório no que concerne aos seguintes resultados:

Pela pesquisa aplicada aos estudantes e gestores participantes da EaD da UFMA, conclui-se que esta modalidade representa um dos principais argumentos utilizados para justificar o emprego da modalidade de aprendizagem a distância  enquanto um meio de atender ao público que busca acesso ao ensino.

Ao verificar se as diretrizes da instituição pesquisada estão adequadas para que as mesmas garantam a qualidade e o bom desempenho do processo ensino-aprendizagem, concluímos que sim, pois a mesma investiu em tecnologias apropriadas e treinamento do corpo docente e técnico de forma que hoje todas as ações de educação a distância são planejadas e executadas por uma equipe sabedora das peculiaridades da modalidade, das ferramentas apropriadas e metodologias específicas, trazendo benefícios à população que terá maior oportunidade de qualificação.

Conforme se pode observar na análise das questões respondidas no questionário 01, que tratou da pesquisa qualitativa em que os entrevistados eram os gestores do processo, e que, apesar das dificuldades iniciais de implementação, conseguiram superá-las; da análise do histórico do NEaD na UFMA que juntamente com o Núcleo de Tecnologia da Informação (NIT) está cada vez mais emprenhado a ofertar curso nesta modalidade com qualidade, ampliando a oferta, com a inclusão de novas cidades do Maranhão. A universidade adquiriu a estrutura tecnológica necessária, a fim de democratizar o ensino, alcançando estrutura para o desenvolvimento de cursos a distância.

Ao levantar o perfil dos alunos que participam do processo de educação a distância, verificou-se que, na sua maioria, estão acima dos 25 anos de idade; com graduação predominantemente concluída em universidades públicas, tanto estadual quanto federal, sendo que a maioria dos alunos são veteranos em ensino a distância, mesmo que alguns não o tenham concluído. Não houve um consenso ao afirmar a motivação principal em cursar esta modalidade de ensino, sendo as motivações diversas, contudo possuíam como expectativa principal a formação profissional voltada ao mercado de trabalho. A maioria possui seu próprio computador e acessa a internet de suas próprias residências ficando conectados entre 2 a 6 horas por dia.

Para identificar as práticas de gestão de EaD utilizadas pela IES a fim de apontar as dificuldades de implementação, com suas diferentes etapas no que tange à infraestrutura, suas características e experiências, utilizamos, além do levantamento bibliográfico fornecido pela instituição pesquisada, os questionários 01 e 02 respondidos, o que nos levou à conclusão de que é prática da gestão institucional informar aos alunos, no início do curso sobre EaD, o papel do professor-tutor e do aluno no que diz respeito à modalidade de ensino.

Os professores-tutores efetivamente auxiliaram os alunos no desafio de aprender com o ensino a distância, promovendo um ambiente virtual agradável para os alunos, além de estimularem a aprendizagem por meio de questionamentos, desafios e críticas.  Os respondentes concordam ainda que o formato do curso tem facilitado a interação do aluno com o professor-tutor, apesar de haver uma demora nas respostas postadas pelos alunos no site.

O ambiente de aprendizagem (AVA) é estável e de fácil utilização, podendo ser acessado de qualquer lugar onde tenha um computador com acesso à internet. A maioria concorda que os chats auxiliam a aprendizagem havendo pontualidade por parte dos mesmo, afirmam ainda os pesquisados, estarem preparados para as discussões.

Quanto à melhor forma de utilização das ferramentas de comunicação disponíveis em seu ambiente de aprendizagem, que promovam suporte ao  EaD/TIC, sabendo das diferenças espaciais em que se encontram, a UFMA conta com uma infraestrutura para videoconferência composta por dois ambientes em São Luís, um auditório virtual, equipamentos de projeção e videoconferência, sonorização ambiente, TV LCD, filmadoras, luminárias, lousa interativa, ilha de edição, notebook, miniauditório com os mesmos equipamentos já citados e duas câmeras (front e back), lousa eletrônica, e conexão de rede, sala de produção de conteúdos, projeção de vídeos e similares, com 23 polos e 5 campi em todo estado, permitindo atender a mais de 140 municípios, com cursos de pós-graduação lato sensu, extensão universitária e graduação, tendo o entendimento por parte da administração superior da UFMA de que o acesso à educação é direito de todos os maranhenses.  Desta forma, a instituição estruturada continua investindo nesta modalidade de ensino, EaD.

REFERÊNCIAS

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BENAKOUCHE, T. Educação a distância (EAD): uma solução ou um problema. XXXIV Encontro Anual da ANPOCS. Petrópolis, RJ. 2000. Disponível em: <168.96.200.17/ar/libros/anpocs00/gt02/00gt0232.doc>. Acesso em 25.10.2011.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. A Revitalização da Educação a Distância na UFMA. Revista Interativa. Núcleo de Educação a Distância – NEAD. São Luís, MA. 2010.




[1] Programa de Doutorado/Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática

Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo-SP

Professora da UEMA – Universidade Estadual do Maranhão

Centro Universitário Anchieta, Jundiaí-SP

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[2] Criado pela Estatsoft



 

 

Autor deste artigo: Edilson Feitoza - participante desde Seg, 22 de Abril de 2013.

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