O aluno tem um saber próprio, ele é crítico e  tem um entendimento peculiar e  singular da sua realidade onde ele lê e a interpreta opinando com convicção. Vou dar um exemplo disso que estou falando para facilitar a compreensão da questão e situar este artigo no tempo e no espaço. “Ah !, este professor é o melhor professor desta escola...”. Ouvi este comentário de um aluno quando um professor passava pelo grupo de alunos sentados ao redor da mesa na cantina do IFSUL – Campus Sapucaia do Sul do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, o antigo CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica.

Neste meio tempo em que eu também estava sentado ao lado deste grupo, em outra mesa  na cantina, por isso pude ouvir essa pérola crítica,  me veio a cabeça  as seguintes indagações: Como este professor consegue ser o melhor na opinião do aluno? O que ele faz para ser o melhor? Qual a técnica, o procedimento que ele usa dentro da sala de aula para tornar-se admirado e respeitado pela sua autoridade intelectual? Será que eu posso ser assim também  algum dia ? Bem, deixo aqui essas indagações no ar para que cada um de nós encontremos as nossas respostas.

Eu tive a sorte, o privilégio  de estar no lugar certo na hora certa e poder ouvir  tal comentário valioso para os  meus estudos e pesquisas, onde busco fundamentos que me orientem e que eu  possa sustentar uma nova concepção de homem e de mundo dentro de uma sociedade de classes. Estou me esforçando muito para isso.

Dentro do  contexto,  a visão do aluno que fez o comentário raro em relação a qualificação do professor não é percebida com freqüência e nem está afixada no mural das escolas como uma avaliação de uma pratica pedagógica de cada professor do corpo docente das mesmas, que situe o educador como um mestre que esta à frente do seu tempo numa atitude de vanguarda dentro do sistema educacional brasileiro.

Emerge, neste momento uma reflexão e logo a seguir uma tomada de decisão para a analise,  seleção  e organização de novos conteúdos, métodos e técnicas de ensino que contemple o uso das novas tecnologias como meios aliados no processo de ensino/aprendizagem. Neste cenário impactante onde o aluno vem para a sala de aula com habilidades  no manuseio dessas ferramentas tecnológicas o professor precisa convictamente voltar a apreender, ou reaprender para poder ensinar  com competência e autoridade intelectual se deseja almejar o respeito e a admiração do seu aluno.  Dessa forma o professor  fortalecerá  seu próprio ego e cumprindo sua missão de modificador de condutas obterá tal reconhecimento em forma de comentários informais no grupo de alunos.

Como educador de vanguarda, o professor  terá que ter seus olhos voltados na direção do horizonte almejando comportamentos inteligentes e atitudes além do seu tempo. Deverá, ainda,   ter os seus pensamentos amarrados as necessidades e interesses dos  alunos, em rede.

Profe.enio – maio de 2013.