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Gestão Universitária

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EVASÃO UNIVERSITÁRIA: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CCHS/UFMS SOBRE OS MOTIVOS DA EVASÃO PDF Imprimir E-mail
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Escrito por GISLAYNE DA SILVA GOULART   
Seg, 17 de Dezembro de 2012 11:05

Gislayne da Silva Goulart

Acadêmica de Administração

Bolsista do PIBIC/UFMS

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Wilson José Gonçalves

Doutor pela PUC/SP

Professor na UFMS

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Bruno Gubiotti

Acadêmico de Administração

Bolsista do PIBIC/UFMS

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Murilo Cardoso Goiris

Acadêmico de Administração

Bolsista do PIBIC/UFMS

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Izadora de Almeida Cavalcanti

Acadêmica de Administração

Bolsista do PIBIC/UFMS

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Resumo: A pesquisa consiste na realização de uma análise da percepção dos alunos, dos cursos do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), sobre o fenômeno da evasão universitária e suas possíveis causas, principalmente os motivos e razões dos que não se evadem. O objetivo é demonstrar quais são as possíveis causas que levam a evasão universitária, na visão e percepção daqueles que sofrem com o fenômeno e com a ausência. A metodologia utilizada foi a de pesquisa de campo, por meio de questionário direcionado. Na escolha metodológica foi considerado o tipo de pesquisa e os objetivos estabelecidos. O problema de pesquisa se volta para a compreensão de quais são os índices e a percepção da evasão dos cursos estudados e como os alunos visualizam esse problema. Os resultados evidenciam níveis de evasão curso a curso variam de 30 a 75%, enquanto a UFMS percebe níveis de, em média, 35%. Os resultados afirmam que os alunos da amostra percebem como principais fatores da evasão: falta de motivação, decepção ou troca de curso e mercado de trabalho.

 

 

Palavras-chave: gestão universitária, evasão universitária, percepção.

 

1 Introdução

A convivência humana é um imperativo do ser humano social em busca do seu crescimento e desenvolvimento, todavia, existem fatores complicadores nas relações interpessoais seja na religião, na política, na saúde, na educação, etc. Neste último, que é o foco de estudo, passa a perceber que a educação, principalmente, no ensino superior ou universitário recebe inúmeros elementos de obstáculo, seja o acesso, a violência, a necessidade econômica ou do trabalho, o desrespeito e, sobretudo, o abandono ou a evasão universitária que rompe e impede a continuidade dos estudos e do desenvolvimento do ser humano.

A evasão, em sentido geral, consiste num fenômeno complexo presente no Sistema Educacional. Diversos estudos apontam sua existência no ensino superior (RISTOFF, 1999; SILVA FILHO et. al., 2007; TIGRINHO, 2008; BAGGI, 2010; PACHECO, 2010; REINERT et. al., 2010) motivo pelo qual é relevante descobrir os possíveis fatores/motivos desse fenômeno que causa danos ao desenvolvimento de uma sociedade, ao próprio individuo que se evade, como ao Estado e as instituições de ensino.

O problema de pesquisa se pauta na busca da compreensão de quais são os índices e a percepção da evasão dos cursos estudados e como os alunos visualizam esse problema. No estudo é realizada uma análise da percepção dos alunos de Cursos do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – CCHS/UFMS, sobre o tema, evasão universitária e quais os fatores e variáveis que causam esse fenômeno, denegrindo a educação e a gestão universitária. A percepção dos alunos, sobre o fenômeno da evasão, consiste em um dos pontos mais relevantes na gestão de sucesso e de viabilidade da existência ou continuidade de um curso superior. Porém, em decorrência do desconhecimento da real situação de evasão, o curso pode ser prejudicado na qualidade da oferta de suas disciplinas, no desenvolvimento do aluno, no desempenho dos professores e na gestão dos técnicos e coordenadores.

Justifica-se, assim, a importância da pesquisa, buscando descobrir os fatores e variáveis de um fenômeno que prejudica e denegri tanto a ação de gestão universitária tanto quanto os próprios alunos que por motivos diversos não completam seu ciclo de estudo no ensino superior causando prejuízo econômico e social para os próprios e para a economia do país.

 

2 Referencial Teórico

Todavia para o enfrentamento e o encaminhamento da pesquisa pautou-se em um primeiro momento em estabelecer o referencial teórico que projeta-se na formulação do referencial teórico cujo suporte conceitual e sistemático permite e autoriza o pesquisador, bem como a comunidade acadêmica a unificar os conceitos e pontos de partida, bem como o que se entende por este ou aquele fenômeno. Desta forma, imperativo, em toda pesquisa científica ofertar e indicar qual o referencial teórica que se parte.

Na presente pesquisa, além do referencial teórico conceitual, no qual se discute o que se entende por evasão universitária. Para em seguida discutir quais as possíveis variáveis da evasão universitária estabelecida na literatura, principalmente, o foco da exclusão social, a falta de informa e a violência manifestada pelo bullying.

Por outro lado a técnica de questionário e sua formulação estabeleceu-se os indicadores metodológicos da área de administração. E por fim, suprimiu e presumiu-se a indicação da escolha do local a ser investigado como eleito no rol dos possíveis universo acadêmico e no seu caráter de amostragem. No caso, a escolha foi nos cursos ofertados no Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no período de 2012.

A seguir passa a indicar os conceitos fundamentais que compõem o referencial teórico a ser utilizado e que embasa a pesquisa.

 

2.1. Evasão Universitária

O fenômeno da evasão assume uma pluralidade de adjetivos indicadores de espaço geográfico de ocorrências, que obriga a se realizar um ponto de referência para o conhecimento temático. A evasão escolar trata-se de um fenômeno social definido como interrupção no ciclo de estudos (GAIOSO, 2005). É um dos problemas que preocupam as instituições de ensino em geral, sejam públicas ou particulares. A saída de alunos provoca graves consequências sociais, acadêmicas e econômicas.

Silva Filho et al (2007) esclarece que as causas do fracasso escolar são multifacetadas e complexas. Existem posicionamentos que culpam o aluno e sua família e outros culpam os professores e o sistema de ensino. Os autores (2007) salientam que as perguntas causais talvez comecem a ser esclarecidas ao se responder quem são os que evadem. Mostra que os reprovados, na sua maioria, é filho de família de baixa renda. Explica que a sociedade brasileira vem enfrentando uma elitização nas instituições de educação, saúde, justiça e até religiosa, eliminando crianças e jovens das classes econômicas baixas do acesso a esses serviços.

A pesquisa de Silva Filho et al (2007) aponta que, no período entre 2000 e 2005, no conjunto formado por todas as IES do Brasil, a evasão média foi de 22%, atingindo 12% nas públicas e 26% nas particulares. Afirma ainda que são poucas as IES que possuem um programa institucional regular de combate à evasão, com planejamento de ações, acompanhamento de resultados e coleta de experiências bem sucedidas.

Para Ristoff (1999) parte da evasão que habitualmente é contabilizada pode significar apenas mobilidade estudantil. A evasão quando tratada no âmbito do ensino superior, pode ser considerada entre outros tipos “por curso”, sendo quando ocorre mobilidade do indivíduo para outro curso ou o mesmo, mas em outra instituição (RISTOFF, 1999). Isso pode ocorrer por diversos fatores/motivos positivos e negativos, tendo como finalidade da mobilidade a busca pelo sucesso e/ou da felicidade. Biazus (2004) complementa que é à saída temporária ou definitiva do aluno de seu curso ou da instituição, por motivo qualquer, exceto a diplomação.

Em relação ao direcionamento adotado pela qualificação da evasão universitária, pontuou-se ser esta uma evasão ainda mais específica e distinta, qual seja a evasão universitária por curso. Tendo as possibilidades de evasão institucional, evasão do ciclo de estudo, evasão de disciplina, evasão por reprovação, nota, trancamento, desistência, repetência e outros motivos. Tais concepções de evasão podem ser de âmbito de natureza tipológica ou de causas ou consequências.

Firma-se que, para fins desta pesquisa, o foco ou perspectiva conceitual de evasão será a da “evasão universitária por curso” o que se conceitua como sendo, inclusa, na concepção de evasão universitária por curso a troca do mesmo. Caracterizando como evasão o fato do aluno ter saído do curso, sem renovação de sua matrícula.

O INEP apresenta dados do cenário brasileiro da quantidade de entrantes e concluintes por ano as instituições de ensino superior. Os resultados de Silva Filho et al. (2007) sobre a evasão escolar no ensino superior brasileiro contêm, em parte, o viés da superestimativa das taxas. Para lidar com os agregados do INEP, os autores (2007) calcularam diferenças de matrícula entre um ano e outro, subtraindo do ano inicial os concluintes e, do ano seguinte, os ingressantes. Dessa maneira buscando estimativas reais das taxas de evasão, buscando não contabilizar a mobilidade estudantil (RISTOFF, 1999) entre cursos e instituições, Para todo o sistema brasileiro de ensino, a média das taxas de evasão no ensino superior no período de 2000 a 2005 foi de 22%, um valor que deve estar bem próximo da evasão real.

Nessa pesquisa foi considerado o recorte de 2007 a 2010 no âmbito da UFMS, em todos os cursos presentes na Instituição. Embasado nos dados do INEP, pode-se simular que em média os cursos possuem quatro anos de duração, assim, o número de matriculas apontadas em 2007 como os entrantes, e considerar que correspondem ao número referente aos concluintes de 2010. Realizando os métodos de Silva Filho et al (2007) e com dados do INEP (2011), foram percebidos níveis de evasão de em média 35% na UFMS, que significa que a IES do estudo possui níveis de evasão maior que a média brasileira. Revela-se, com isto, uma taxa de evasão mais do que significante para o estudo das causas que levam que esse fenômeno ocorra.

Conclui-se nessa hipótese os indicadores médios de evasão por curso na UFMS fornecem um prejuízo econômico, social e cientifico que deve ser analisado e compreendido para que possam ser realizados planos e metas para combater esse problema.

Assim, conclui-se que a evasão universitária consiste definido como interrupção do ciclo de estudos, por alguma razão ou motivo do aluno ou de seu entorno.

 

2.2. Possíveis Variáveis da Evasão Universitária

No universo do fenômeno da evasão universitária é preciso fixar ou estabelecer um direcionamento restrito e focado para as justificantes da interrupção do ciclo de formação acadêmica. Neste sentido, foram apontados como possíveis variáveis da evasão universitária e necessário a composição do referencial teórico, quatro noções básicas que são as problemáticas da exclusão social, a falta de informação, o bullying e a motivação, que serão discorridos a seguir.

 

2.2.1 Exclusão Social

O modo de produção capitalista é estruturalmente excludente, demonstrando o paradoxo da criação simultânea da riqueza e da pobreza (SCHWARTZMAN, 2004). Deste ponto de vista a exclusão social não é um novo fenômeno. Para Schwartzmann (2004) Marx demonstrou a exclusão social como a lógica inerente a um dado processo de produção. Para Castel a sociedade não pode ser feita de indivíduos isolados, mas de entidades coletivas que definiam o marco dentro do qual ocorreriam os contratos individuais de trabalho (SCHWARTZMAN, 2004).

Oliveira (2002) afirma que a exclusão social foi considerada o mais extremo ponto do processo de marginalização, que se traduz no processo de ruptura do relacionamento entre indivíduo e sociedade, gerando uma compreensão ampla da exclusão como processo multidimensional e multifacetado. Por isso mesmo, sem afrontar a lógica do sistema do capital, só temos conseguido operar com o conceito exclusão colocando como horizonte a inclusão. Mas isto não é mais do que a negação imediata, que apenas reafirma a afirmação, pois em termos práticos, a inclusão do excluído é sua integração à lógica do princípio sintético, à lógica do capital de Marx.

A exclusão social não se caracteriza apenas pelas diferenças entre as pessoas da população, mas principalmente pela ação que acontece entre pares no mesmo ambiente em que ocorre o processo de ruptura do relacionamento entre indivíduo e sociedade (BAUMAN, 2005).

Dentro deste contexto, a exclusão social reflete no universo acadêmico e passa a ser um dos indicadores da evasão universitária, exatamente, pelos aspectos, reflexo e lógica do sistema econômico.

Assim, certamente, a exclusão social consiste num dos elementos de percepção para quem faz o convívio e para aqueles que se verifica a margem do sistema levando a interrupção do ciclo formativo, conduzindo a uma exclusão social maior ainda.

 

2.2.2 Falta de Informação

Para a compreensão da falta de informação é necessário conhecer o conceito de informação. Segundo a Lei 12.527, Art. 4º, inciso I, informação são “dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato”. Para Capurro e Hjorland (2007) a informação pode ser compreendida como conhecimento comunicado, desempenhando um papel fundamental na sociedade atual.

Pode-se entender a informação como dados utilizados para gerar conhecimento. Esse conhecimento deve ser comunicado entre duas ou mais pessoas ou entidades. Então, conclui-se que a ausência de informação ocorre quando não há dados para produzir conhecimento ou ainda quando esses dados ou conhecimento não é transmitido, comunicado.

Este ponto, da falta de informação, como consequência da evasão universitária é percebido no que diz respeito aos direitos e deveres, pontos que, se informado e preciso, poderiam contribuir para a reversão do problema da evasão universitária.

Assim a falta de informação assume um ponto critico e agravador da situação da evasão universitária.

 

2.2.3 Bullying

O bullying consiste em um tipo de violência que envolve mais de dois indivíduos e tem sua ocorrência entre pares. Essa violência se diferencia das demais encontradas no âmbito escolar por ser manifesta, com atos de violência repetitivos contra um alvo e ocasionar dor e tensão a uma das partes envolvidas (FANTE, 2005; MARTINS,2005; AVILÉS, 2006; MARRA, 2007)

Segundo Fante e Pedra (2008), o bullying é considerado, deste modo, um fenômeno de violência em expansão que prejudica o ciclo de atividades de um indivíduo ou grupo. Tendo como protagonistas: o/s autor/es, alvo/s e testemunha/s. Cujo o/s autor/es tem sobre o/s alvo/s a consciência de seu desejo em provocar agressões verbais, físicas e psicológicas, cujo Alvo é a parte mais frágil figurando como objeto de diversão.

Pode ser citado um quarto protagonista, o responsável, é ele que deve prevenir, conscientizar e tentar conter esse fenômeno em sua área de atuação. No âmbito da universidade o responsável seria o gestor/coordenador e no lar os pais e responsáveis.

A identificação e classificação do bullying são feita por meio das ações praticada pelos autor/es que são caracterizadas por verbos como bater, xingar, humilhar, excluir, abusar e entre outros. A classificação, por sua vez, ocorre no agrupamento das ações semelhantes nos seguintes grupos: Físicos e materiais, Verbais, Psicológicos e Morais, Exclusão social e Cyberbullying ou virtual, (SILVA, 2010; MONKS & COYNE, 2011; LOPES NETO, 2011).

Torna-se relevante saber se ocorre bullying no âmbito universitário devido o mesmo desestabilizar o bem-estar psicossocial dos envolvidos, o que leva a queda no desempenho de aprendizagem dos envolvidos e ou até a evasão do aluno. E de acordo com diferentes estudos, o bullying pode ser gerido institucionalmente, colaborando para o melhoramento dos indicadores de bem-estar psicossocial e emocional dos envolvidos em contexto educacional formal (ALMEIDA e DEL BARRIO, 2002; FANTE, 2005; MARTINS, 2005; AVILÉS, 2006). Assim, se esse fenômeno for identificado como causa de evasão, sua integração no rol de estratégias de gestão tornará imprescindível.

Assim, toda violência, e o bullying como violência manifesta, contribui num ambiente formativo e educacional para compor um clima e situação que levam a desistência ou a interrupção do ciclo formativo ou a evasão universitária.

 

2.2.4 Motivação

A conceituação de motivação, parte do ponto em que as diferentes perspectivas dos indivíduos, levam a realização de diferentes ações, o que permite se estabelecer que as realizações humanas sejam reflexos particulares dos seus interesses.

Segundo Birch e Veroff (1970), o motivo é a força de atração ou repulsa pelas consequências das ações. Cada indivíduo possui um motivo próprio e se distinguem quanto à intensidade que estes motivos exercem sobre ele. Motivos com força absoluta maior serão mais atraentes em alguém que os possui do que em indivíduos que esses motivos têm menor força. Para Weiten (2002, p. 279), “motivos são as necessidades, as carências, interesses e desejos que impulsionam as pessoas em certas direções. Resumindo, motivação envolve comportamento direcionado a um objetivo”.

Do presente referencial teórico posto, passa-se a descrever a metodologia utilizada na pesquisa.

 

3 Metodologia

A metodologia elegida para conduzir a investigação foi a de pesquisa exploratória, descritiva e de campo, que busca estabelecer um estudo de correlação (positivo ou negativo), com as variáveis do trabalho. Para Gil (2002, p.49) a pesquisa exploratória é “o mais valioso procedimento disponível aos cientistas para testar hipóteses que estabelecem relações de causa e efeito entre as variáveis”. A pesquisa realizada possui natureza exploratória (LAKATOS & MARCONI, 1991; GIL, 2002), pois não foram realizadas pesquisas relacionadas à percepção dos alunos sobre as variáveis que podem gerar a evasão universitária na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Segundo GIL (2002), uma pesquisa descritiva visa descrever características de uma população e estabelecer relações entre variáveis. Também é marcada pela utilização de questionários para a coleta de dados. Outra característica marcante da pesquisa descritiva é que tem como “objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população” (GIL, 2002, p. 42).

Foi realizada uma revisão bibliográfica no intento de se delinear os conceitos mais relevantes da temática proposta a ser estudada.  Delineamento que ajudou no entendimento do fenômeno da evasão no âmbito da universidade. Proporcionando embasamento para análise e discussão dos resultados.

A população alvo da investigação são os alunos do último ano dos cursos de graduação do CCHS/UFMS. Para conhecer a percepção dessa população foi utilizado como técnica de coleta de dados um questionário semiaberto, objetivo e opinativo (GIL, 2002). O questionário aplicado possui questões abertas e fechadas, com questões objetivas que buscam traçar o perfil dos alunos e analisar a percepção desses sobre o fenômeno de evasão, além de perguntas opinativas que buscam conhecer as possíveis causas do problema estudado (evasão). Para tanto foi realizado um pré-teste, seguido de reajustes. Por conseguinte aplicou-se o questionário em 3 cursos do CCHS, sendo: 1 curso integral; 1 curso do noturno; e 1 curso que oferta uma turma no diurno e uma no noturno. A coleta de dados foi realizada com os alunos presentes em sala de aula no período de 23/04/2012 a 27/04/2012, conseguindo uma amostra por conveniência de 107 alunos.

As variáveis estudadas na pesquisa são as causas da evasão universitária. Investigaram-se as seguintes causas: exclusão social, falta de informação, bullying e motivação. Para analisar essas variáveis, foram utilizados os métodos de tabulação quantitativas e qualitativas. Os principais métodos de tabulação utilizados foram: a Escala de Likert e outros métodos de contagem e média do Excel 2007 e Análise de Conteúdo (BARDIN, 2002; FRANCO, 2007) para questões abertas.

Assim, espera-se permitir pela trajetória epistemológica um projetar de novos caminhos investigativos.

 

4 Resultados e Discussão

Na primeira análise foram identificados os níveis de evasão de cada curso estudado. Esses dados foram obtidos comparando os níveis de vagas ofertadas em 2007 (no caso de TPG, os anos estudados foram de 2010 e 2012, pois é um curso novo da UFMS) com os concluintes dos cursos de 2010 (TIGRINHO, 2008). Nessa avaliação foram analisados os seguintes dados, conforme Tabela 1:

Tabela 1

Evasão curso a curso

 

Baixa evasão (até 10%)

Média Evasão (de 10 a 30%)

Alta evasão (acima de 30%)

Economia

 

 

75%

TPG

 

30%

 

Administração

 

 

40%

Fonte: Elaborado pelos autores

Na segunda análise dos questionários foi identificado o perfil dos alunos que não evadem das IES e comparados os dados socioeconômicos, para tentar identificar uma relação da não evasão dos alunos com o perfil socioeconômico desses estudados. Para realizar essa análise serão demonstrados os dados da amostra tabela 2:

Tabela 2

Perfil da amostra

Variáveis

%

Gênero:

Masculino

Feminino

50

57

46,73%

53,27%

Etnia:

Branco

Pardo

Amarelo

Negro
Indígena

Mulato

59

17

14

11

4

2

55,14%

15,88%

13,08%

10,28%

3,73%

0,02%

Religião:

Cristão católico

Não pertence ou acredita

Cristão protestante

Espiritismo

Paganismo

Agnóstico

35

34

32

4

1

1

29,91%

29,05%

27,35%

3,41%

0,85%

0,85%

Renda do aluno:

1 a 3 salários

4 a 6 salários

7 a 9 salários

10 ou mais salários

Não possui

51

20

3

1

32

47,66%

18,69%

2,80%

0,93%

28,04%

Renda Familiar Mensal:

1 a 3 salários

4 a 6 salários

7 a 9 salários

10 ou mais salários

23

32

17

35

21,49%

29,90%

15,88%

32,71%

Fonte: Elaborado pelos autores

 

Nenhum desses dados pode comprometer a população da amostra com a exclusão social, pois esses dados demonstram apenas que existem diferenças entre os alunos da população não identificando nenhum pressuposto de exclusão social por parte dos próprios. Conforme Bauman (2005) a exclusão social não se caracteriza apenas pelas diferenças da população, mas principalmente pela ação que acontece entre pares no mesmo ambiente em que ocorre o processo de ruptura do relacionamento entre indivíduo e sociedade. Esse processo de ruptura não foi identificado na amostra, portanto não se pode afirmar que existe exclusão social entre os alunos que não evadem.

Os alunos que não evadem da IES possuem um perfil econômico condizente de uma boa situação financeira por parte da família e do aluno. Na variável renda do aluno, mais da metade dos alunos demonstram possuir algum tipo de renda formada desde 1 até 10 salários mínimos. Apenas 3,74% dos alunos não identificam nenhuma profissão, nem mesmo de estudante. Esses dados demonstram que os alunos possuem, em sua maioria, alguma fonte de renda, sendo por estágio, bolsa acadêmica ou trabalho público ou privado.

Os dados econômicos mostram ainda que as famílias dos alunos possuem condição de sustentar os estudos dos alunos que não evadem. Mais de 70% da amostra demonstra que a família ganha mais do que três salários mínimos, com condições de ingressar e sustentar os estudos dos filhos nas IES. Esses dados quando transformados para visualizar a classe socioeconômica das famílias demonstram, de maneira mais clara, que as famílias e os alunos que não evadem na IES possuem um bom nível de renda. Esses dados serão demonstrados na Tabela 3. Esses dados demonstram que praticamente 80% da amostra possuem boas condições econômicas, pois estão nas classes B2 até A1. A separação da Tabela 3 foi realizada segundo critérios do IBGE (2008).

Tabela 3

Perfil Socioeconômico da Amostra

Classe

%

A1

11,21%

A2

18,69%

B1

26,17%

B2

22,43%

C1

16,82%

C2

4,67%

Fonte: Elaborado pelos autores

 

Não foi possível identificar exclusão social relevante entre os alunos que não evadem da IES, o que não significa que essa variável não possua relevância na evasão universitária, pelo contrário, demonstra que os alunos que não evadem não sofrem com a exclusão social e isso pode ser um dos fatores determinantes para que eles continuem estudando. Existe relevância da exclusão social na permanência dos alunos da IES, pois esses não sofrem desses problemas enquanto a alternativa contraria parece ser plausível (aqueles que sofrem com a exclusão social evadem das IES). No questionário, quando perguntado sobre as dificuldades e elementos que desmotivam a continuação do curso, foi possível identificar que 35% dos respondentes da amostra fazem menção a indicadores socioeconômicos, em suas respostas, como dificuldades encontradas no curso de graduação que estão.

Foi perguntado aos alunos, sobre quais eram as causas da evasão dos alunos do curso em que estavam, com o objetivo de analisar qual a percepção dos alunos do CCHS/UFMS sobre as causas que levam a evasão universitária, seguindo as variáveis do estudo de Gaioso (2005). A análise dos principais elementos identificados pelos alunos será representada na Tabela 4:

Para a investigação das causas da evasão universitária foram definidas como variáveis de estudo a falta de motivação, a decepção com o curso, a evasão para trabalhar (o aluno desiste do curso, pois tem que trabalhar ou acha mais importante o trabalho, ou não tem expectativa de ingressar no mercado de trabalho com a sua formação) a falta de informação sobre o curso e o bullying. A percepção dos alunos foi analisada e apresenta os seguintes resultados, Tabela 4.

Tabela 4

Causas da Evasão Universitária:

percepção dos alunos do CCHS/UFMS

Variáveis

Percepção média

Falta de motivação

71%

Decepção com o curso

58%

Trocou de curso

39%

Mercado de trabalho

35%

Falta de informação sobre o curso

28%

Bullying

8%

Outros motivos

8%

Fonte: Elaborado pelos autores

Essas variáveis demonstram que a falta de orientação vocacional e imaturidade, a falta de perspectiva de trabalho e a entrada na IES por imposição são as principais causas da evasão universitária na percepção dos alunos do CCHS/UFMS (GAIOSO, 2005). O bullying representa uma nova variável no contexto de investigação da evasão, entretanto em média 8% indicam-no como causa da evasão de algum aluno de seu respectivo curso.

São apresentadas pelos alunos respondentes como outras causas responsáveis pela evasão a dificuldade de relacionar trabalho com estudos; preguiça; dificuldades em relação ao curso escolhido; e problemas familiares.

Da amostra investigada quase 5% relatam que os alunos excluídos ou que não produziram laços de afinidade com colegas, por esse motivo ocorre sua evasão. A pesquisa revela também que em média 80% dos respondentes determinaram que as amizades são um dos fatores que mais motivam na realização de um curso. Comprovando a pesquisa de Gaioso (2005), a ausência de laços afetivos na universidade é percebida pelos alunos como um dos elementos que levam a evasão universitária.

Segundo Gaioso (2005) uma das principais causas que os alunos percebem como causa da evasão são os casamentos não planejados o nascimento de filhos. Na pesquisa foi identificado que 4,55% dos respondentes acreditam que o casamento não planejado interfere na evasão universitária e 6% acreditam que o nascimento de filhos pode levar a evasão escolar.

Para compreender melhor as causas que levam a evasão universitária, segundo os alunos respondentes do CCHS/UFMS, foram estudadas as variáveis independentes para melhor esclarecê-las. Para compreender como a motivação é percebida pelos alunos foram realizadas três perguntas, das quais duas resumem os motivos de escolha do curso e quais elementos desmotivam o progresso do curso. Para análise dos motivos que levam os alunos a escolher o curso foi realizado a tabela 5:

Tabela 5: Motivos  de escolha de curso segundo os alunos do CCHS/UFMS

Motivos

% (média)

Perfil ou Vocação

20%

Não responderam

16%

Qualificação Profissional

14%

Mercado de Trabalho

7%

Influência Familiar

3,5%

Qualidade do Curso

3,5%

Fonte: Elaborado pelos autores

Na análise da tabela 5, podemos compreender a correlação com o estudo de Gaioso (2005). Os alunos que não responderam quando questionados o motivo do mesmo diziam não saber os motivos de escolha do curso, fato que demonstra uma deficiência em termos de orientação vocacional pela maioria dos alunos, apesar de que a maior parte dos alunos acredita ter vocação ou perfil do curso de graduação que estão cursando. Na análise pode-se identificar fortemente a reincidência dos fatores de trabalho: mercado de trabalho e qualificação profissional. Para Gaioso (2005) um dos fatores que levam a evasão segundo os alunos é a entrada na faculdade por imposição, que se identifica pela primeira vez no trabalho nesse ponto.

Na Tabela 6 são analisados quais os fatores mais desmotivam no curso de graduação, em que os alunos estão cursando:

Tabela 6

Fatores que desmotivam o progresso do curso de graduação segundo os alunos do CCHS/UFMS

Fatores

% (média)

Professores

56%

Matérias e grade curricular

38%

Falta de informação sobre o curso

15%

Estrutura física da IES

14%

Oportunidades do mercado de trabalho

7%

Ambiente escolar e colegas

5%

Fonte: Elaborado pelos autores

 

Na análise da Tabela 6, podemos verificar fatores que desmotivam no curso de graduação e podem causar a evasão escolar. Pela primeira vez são identificados os professores como fator que desmotiva, apesar de não aparecer nenhuma correlação clara com a evasão no estudo. As variáveis mercado de trabalho, falta de orientação vocacional, ausência de laços afetivos na universidade demonstram grande importância na evasão universitária (GAIOSO, 2005), sendo identificados pelos alunos como fatores que desmotivam no progresso do curso de graduação.

Para conhecer a realidade do acesso ou ausência à informação dos alunos da unidade X do CCHS/UFMS, foi perguntado a eles se buscaram informações sobre o curso antes de entrar nele, em caso positivo, onde. Obteve-se a tabela 7, com os dados das respostas. Nela é possível identificar que a falta de informação e de orientação vocacional dos alunos (GAIOSO, 2005):

Tabela 7: perfil de busca de informação do curso pelos alunos

Antes de entrar, você foi buscar informações sobre o curso? Onde?

% (média)

Não

43%

Internet

25%

Internet e outros

13%

Pessoas da área

11%

Órgãos e instituições de ensino superior

3%

Feiras e revistas

2%

Não revelaram onde buscaram informações

2%

Amigos

1%

Fonte: Elaborado pelos autores

Revela-se, com a análise dos dados, que existe uma taxa de evasão significante na IES estudada e deve-se analisar quais fatores contribuem para esses resultados negativos. Com a análise de dados do estudo foi possível verificar, de maneira eficiente, os fatores que levam a evasão, segundo os alunos da amostra, e ainda realizar uma análise desses fatores em si. Assim, compreende-se que os dados, quando tratados na sua abrangência geral, demonstram os fatores que podem levar a evasão, na percepção dos alunos que não evadem da UFMS, na amostra do estudo. Dessa maneira finaliza-se a análise, demonstrando todas as possíveis causas e níveis de evasão percebidos no estudo, partindo para conclusão e compreensão do problema do estudo.

5. Conclusões

A evasão é uma temática complexa, sendo considerada a interrupção de qualquer ciclo de ensino. Tendo como abrangências fatores históricos, políticos, econômicos, sociais e psicológicos. O estudo demonstrou os fatores que, na percepção dos alunos que não evadem, seriam possíveis responsáveis na evasão universitária do CCHS/UFMS.

Assim, o objetivo e a problemática da pesquisa foram atendia vez que foi conhecido os níveis de evasão da IES, dos cursos estudados e a percepção das possíveis causas de evasão no CCHS/UFMS.

Os dados da pesquisa proporcionaram concluir que os alunos da amostra percebem como principais fatores da evasão: falta de motivação, decepção ou troca de curso e mercado de trabalho, confirmando estudos de referencias anteriores. Os níveis de evasão curso a curso variam de 30 a 75%, enquanto a UFMS percebe níveis de, em média, 35%.

Com esses dados responde-se o objetivo do artigo que é descobrir os fatores e variáveis de um fenômeno que prejudica e denegri tanto a ação de gestão universitária tanto quanto os próprios alunos que por motivos diversos não completam seu ciclo de estudo no ensino superior.

Como sugestão para trabalhos posteriores fica a tentativa de analisar os elementos que levam a evasão na amostra de alunos que realmente sofreram com o problema, para identificar como esses percebem o problema. Pode-se buscar também por estratégias de gestão para minimizar o problema de ocorrência da evasão universitária, que prejudica no desempenho de aprendizado.

As limitações do trabalho foram dificuldades para conseguir um número probabilístico satisfatório de alunos de amostra, pela dificuldade de acesso. Esse problema foi resolvido com uma amostra por representatividade. Não foi possível o acesso aos alunos que evadiram anteriormente, por motivos diversos, como: dificuldade para listá-los (identificar quais alunos realmente evadiram dos cursos do CCHS/UFMS) e encontrá-los.

Esse estudo traz contribuições acadêmicas de percepção pública e política.  Na percepção pública fica o enfrentamento de um problema que causa prejuízo econômico e social para os próprios e para a economia do país. Na percepção política fica a possibilidade do desenvolvimento de estratégias, que combatam o problema do estudo a partir da identificação dos elementos e variáveis que podem causar a evasão universitária.

 

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Autor deste artigo: GISLAYNE DA SILVA GOULART - participante desde Sáb, 11 de Agosto de 2012.

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