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A relevância do turismo no desenvolvimento dos municípios de pequeno porte: O caso de Mendes-RJ PDF Imprimir E-mail
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Escrito por José do Rosário Silva   
Ter, 18 de Setembro de 2012 00:00

José do Rosário Silva

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

RESUMO

Este artigo tem como objetivo descrever algumas ações que poderiam ser tomadas num município de pequeno porte, neste caso o da cidade de Mendes, situada no Estado do Rio de Janeiro, para desenvolver o potencial turístico da cidade de forma sustentável, levando em conta que o mesmo não possui potencial industrial, já que se situa geograficamente distante dos principais corredores rodoviários da região do Estado para o escoamento da produção, e propor que o turismo seja uma alternativa para o desenvolvimento econômico da cidade que tem o título de IV melhor clima do mundo reconhecido pela UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) na década de 50[1].

 

 

PALAVRAS CHAVE: Turismo, Sustentabilidade, Empregabilidade.

  1. 1. INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Turismo - OMT (World Tourism Organization - UNWTO) define turismo como o conjunto de atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e estadas em lugares distintos do seu entorno habitual, por um período de tempo inferior a um ano, com fins de lazer, negócios e outros motivos não relacionados com o exercício de uma atividade remunerada no lugar visitado (CUENTA, 2001, p. 14, 39, tradução do IBGE).

 

O turismo, como atividade econômica, é definido a partir da perspectiva da demanda, ou seja, como resultado do consumo dos visitantes. Diferenças de perfil e motivação dos turistas e de condições natural e econômica do lugar visitado que implicam em conjuntos diferentes de produtos (turísticos) consumidos. Cárdenas refere que o produto turístico é o conjunto de bens e serviços que se oferecem ao mercado para satisfazer um conforto material ou espiritual em forma individual ou uma gama ampla de necessidades de um consumidor que se chama turista. Nesta definição o autor destaca elementos tangíveis associados à satisfação do cliente sem referir espaço concreto ou relações entre os agentes implicados, Cárdenas (1995 apud BARBOSA, 2009).

 

Outros autores abordam o conceito de produto turístico a partir do conjunto de elementos que o formam. Tal qual é o caso de López , que o identifica a partir de uma série de atrativos (praias, clima agradável, paisagens...) e de um conjunto de serviços e equipamentos que permitam ao turista desfrutar mediante uma infraestrutura idônea López (1998 apud BARBOSA, 2009).

Segundo artigo publicado na revista Turydes (AMORIM, ANDRADE e UMBELINO, 2009) a atividade turística num contexto mundial vem registrando uma enorme importância nos últimos tempos, principalmente considerando-se os campos econômicos e sociais. Estima-se a quantidade de 1,6 bilhões de turistas internacionais para o ano 2020, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), por isso sua importância a nível global. Os países considerados emergentes têm destaque nesses índices, apresentando 6-8%, frente aos países industrializados, traçando então um caminho para um crescimento econômico sustentável (OMT, 2008).

Ainda conforme a revista Turydes, o setor vem apresentando uma maior importância na economia brasileira, que agora mais estabilizada e em crescimento, tenta se alinhar com o crescimento no mercado mundial. A realização da copa mundial de futebol e as olimpíadas no país vêm reforçar essa tendência. Porém uma pesquisa sobre o turismo brasileiro (JORNAL DA UNICAMP, 2007), concluiu que o nosso país tem um turismo ainda amador e pouco relevante para a economia. O diagnóstico apresentado pelo Ministério do Turismo, no seu Plano Nacional de Turismo 2003-2007, aponta que o turismo brasileiro ainda precisa ser mais bem planejado e gerido, reconhecendo-se a importância desta atividade econômica, como geradora de renda e emprego e distribuição de recursos entre as diversas regiões do país, ponto crucial, considerando-se as discrepâncias socioeconômicas entre as diferentes regiões do Brasil.

De acordo com estudos do IBGE, o turismo brasileiro ainda ocupa uma cifra mínima dentro da produção econômica anual, sendo responsável por apenas 2.23% do PIB nacional (IBGE, 2007), enquanto países como a Espanha, já investe 12% nesse setor. O país ainda recebe menos turista do que outros países com até menos diversidade histórico-cultural, e cresce a passos lentos no mercado internacional, visto a sua imensa possibilidade de desenvolvimento, pois conta com vasto recurso natural, e uma rica história[2].

Considerando esse importante momento de valorização desse setor econômico, várias ações estão sendo discutidas e implementadas nas três esferas governamentais, junto com outros agentes ligados ao turismo. Apesar de o contexto nacional apresentar essa realidade, quando se trata de analisar o planejamento do turismo a nível local, principalmente nas cidades de pequeno porte, como Mendes-RJ, constata-se que o planejamento é pouco efetivo e ainda se desempenha de forma rudimentar deixando esta questão para um segundo plano. Este trabalho também tem como objetivo a análise da situação desse setor nessa cidade, bem como apresentar sugestões de melhoria para um melhor aproveitamento de todo seu potencial turístico.

2 - HISTÓRIA DA CIDADE DE MENDES

O município situa-se no Estado do Rio de Janeiro, na Região de Governo VI denominada Médio Vale do Paraíba, na microrregião de Vassouras. Possui limites com os municípios de Engenheiro Paulo de Frontin, Paracambi, Vassouras,Valença, Barra do Pirai e Pirai, do qual se emancipou em 1953. Possui área territorial total aproximada de 77,29 km², inteiramente urbana. Sua população, estimada para o ano de 2009 (IBGE), é de 17.880 habitantes, do que resulta uma densidade de 231,3 hab./km².

Mendes origina-se de um antigo pouso para tropas construído às margens de um dos caminhos que buscavam romper a Serra do Mar, vindos de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro. A cidade começa a se consolidar por volta de 1820. Com a implantação da cultura do café no Vale do Paraíba fluminense, a região teve grande desenvolvimento, notadamente entre os anos 1830 e 1875 (período no qual a produção fluminense equivaleu a cerca de 70% da nacional). A economia cafeeira atraiu a ferrovia para a região. Em 1864 foi inaugurada, pelo Imperador, a Estação da Estrada de Ferro D. Pedro II (E. F. Central do Brasil, a partir de 1889) de Barra do Piraí, concebida para ser o maior entroncamento ferroviário do Brasil. No mesmo ano foi construída a estação de Mendes, posteriormente acompanhada de outras estações: Humberto Antunes, Martins Costa e Morsing (1894), Neri Ferreira (1911). Constituiu-se uma malha ferroviária que permitiu que diversas indústrias se instalassem na região e permitiu superar mudanças econômicas que começaram a ser sentidas a partir de 1870, com o crescimento da produção cafeeira paulista, e culminaram com a crise na Bolsa de Nova York em 1929, que contribuiu para a decadência da cultura cafeeira.

Instalaram-se diversas indústrias na região, a começar pela Companhia de Papel Itacolomy, que marca o início da fase industrial do município. Nessa história do passado industrial permanece na memória mendense o Frigorífico Anglo S.A. (investimento da empresa estrangeira Vestey Brothers & Co.), que entrou em operação em 1917 e transformou a cidade num importante parque da indústria de carne no Brasil.

O que se viu, a partir de 1967, após o incêndio que paralisou parte das atividades o Frigorífico Anglo, e, depois, em 1974, quando o Frigorífico fechou as portas, foi o declínio econômico da cidade, com um correspondente baixo crescimento populacional.

Segundo o estudo EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS FLUMINENSES, da Fundação CIDE – Centro de Informação de Dados do Rio de Janeiro,

a diminuição do crescimento nos municípios tipicamente industriais do médio Vale do Paraíba encontra explicação na crise conhecida pela economia brasileira nas últimas décadas, especialmente nos anos 80, o que levou à quase estagnação do parque industrial localizado nestes municípios. A diminuição das taxas geométricas de crescimento populacional é reflexo da relativa incapacidade da economia desta região em absorver a quantidade de mão de obra tal como realizava em outros períodos.[3]

3 - RETRATO ATUAL DO TURISMO EM MENDES

A localização privilegiada do município que, no processo de industrialização do início do século XX, garantiu-lhe vantagens econômicas, no presente também é fonte de desvantagens. Hoje pela cidade passam caminhões que, vindos do litoral, procuram evitar o pedágio da BR-040, em outras palavras, de antigo pouso, Mendes tornou-se mero corredor de passagem. Por não ser desenvolvida economicamente a cidade também não atrai indústrias, estabelecimentos comerciais de grande e médio porte, como shopping centers, casas de móveis e eletros domésticos, casas de chocolates, lojas de vestuários, grandes hotéis, laboratórios de analises clinicas e estabelecimentos de prestação de serviços como junta comercial, receita federal e outros, que poderiam trazer divisas para o município. Há uma grande contradição nesse sentido, porque toda a população carece desses produtos e serviços, em consequência, se sente obrigada a sair para municípios vizinhos em busca de um comércio com mais ofertas de marcas e serviços de qualidade.

O turismo da cidade de Mendes, ainda se encontra em fase bastante inicial, devido à falta de investimento em infraestrutura, à falta de planejamento, à falta de credibilidade no setor e na não qualificação profissional que se transformam em efeitos negativos para a atividade. Nunca se pensou em turismo como economia, talvez por equívoco ou por tendências e ambições políticas onde projetos com visibilidade imediata, como inauguração de quadras poliesportivas ou asfalto nas ruas entre outras obras de visibilidade, fossem os principais fatores para o adiamento. Tendo em vista a forma com que o governo municipal trata o turismo local, nota-se que em grande parte a dimensão política pode ser apontada como a principal limitação para a viabilização de uma atividade econômica no âmbito local, de forma planejada e, consequentemente, responsável e sustentável. A atual situação da mão de obra do turismo no município, especificamente quanto à gestão e ao planejamento da atividade, configura-se, por um lado, pela deficiente qualificação do profissional atuante e, por outro, pela absorção inadequada dos profissionais não qualificados. Essa situação reflete-se na qualidade do produto turístico ofertado, exercendo impacto negativo na sustentabilidade do destino nas suas diversas abordagens.

A falta de planejamento local é um ponto ameaçador para o bom desenvolvimento da atividade turística, já que o município, não apresenta alternativa para o desenvolvimento econômico, apesar de equivocadamente gestores públicos acreditarem que a industrialização seja o caminho para desenvolvimento. O município passa pela necessidade iminente de se assumir como um polo turístico e desenvolver todos os seus atraentes, face à crescente procura desse mercado na região.

Há também grande deficiência na formação dos planejadores e gestores do turismo, situação que não será revertida com medidas pontuais. No que tange ao financiamento e investimentos na área do turismo, muitas organizações ainda são atraídas pela mão de obra barata (e, por conseguinte, desqualificada), o que compromete na qualidade do produto como um todo e termina por constituir uma fraqueza para o turismo na região.

Com o estudo do planejamento turístico, foco deste trabalho, nota-se que há hoje na cidade de Mendes uma grande falta de articulação entre as secretarias municipais, principalmente das Secretarias de Turismo e Desenvolvimento Econômico e a de Educação e Cultura, enfatizando-se que as pastas de educação e cultura funcionam na mesma secretaria, o que tornam ineficazes as suas ações. Sugere-se que essas pastas sejam separadas, e cada uma com funcionários qualificados para atuar nesses setores específicos além de maior articulação entres as secretarias, principalmente a de Turismo e Desenvolvimento Econômico e a de Cultura.

Há uma preocupação tímida por parte do poder público e outros seguimentos em transformar Mendes num local que viva quase que exclusivamente do turismo. Nela encontra-se hoje instalada, a FAETEC (Fundação de Apoio à Escola Técnica), que demonstra pouca efetividade com o fomento da capacitação para o turismo local. Essa instituição ministra cursos de hotelaria, que inclui: cursos de Inglês, recepcionista, garçom, camareira e informática, porém é necessário investir na capacitação e didática do professor, preocupando-se principalmente com a sua seleção, que seja feita de forma justa, utilizando-se critérios de mérito e capacidade profissional e, além disso, fortalecer o elo entre poder público e a escola adotando uma metodologia para atingir o objetivo.

Entre os pontos turísticos da cidade, que indicam acúmulos históricos e culturais e permitem a orientação na cidade, destacam-se os seguintes (com base em levantamento do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural)[4]:

  • Igreja Matriz de Santa Cruz dos Mendes, na Rua Alberto Torres, s/nº - Centro. Data do século XIX;
  • Hotel Santa Rita, na Rua Vereador Arthur Marques dos Santos, 635. Data do século XIX (hoje apenas restam ruínas);
  • Estação Ferroviária Mendes Nova, antigamente chamada de Néri Ferreira, construída no século XX (1911);
  • Túnel Grande ou comumente chamado túnel 12 (na época, o maior túnel ferroviário do mundo, atualmente, o segundo maior da América Latina), aberto entre 1858 e 1865 para escoar a enorme produção cafeeira do Vale do Paraíba;
  • Ladeira João Vieira, que desemboca na principal artéria da cidade, Rua Capitão Francisco Cabral. Calçamento original de pé-de-moleque. Foi construída por escravos no século XIX para melhorar o acesso ao cemitério da Irmandade de Santa Cruz.

Há ainda referências não incluídas no levantamento do INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural):

  • Capela São José do Colégio Irmãos Maristas, inaugurada em 1949;
  • Prédio do SENAI que abrigou a Cervejaria Teutônia, no final do século XIX, e o Frigorífico Anglo, após 1915;
  • Sede da Câmara de Vereadores;
  • Casa do Barão de Santa Cruz, construção do século XIX, residência do ciclo do café.

A qualidade do ambiente natural, que já destacou Mendes, como a cidade que tem o IV melhor clima do mundo, constitui elemento importante para o turismo, supõe uma correspondência na forma de ocupação do espaço urbano. Por fim, devem-se mencionar as áreas de mata nativa e reflorestamento, que se apresentam, inclusive, nas partes mais densas do município, no qual impõem separação entre os bairros numa mesma região geográfica, ou seja, a maioria dos bairros é separada por imensas faixas de mata “atlântica” bem preservada que é o principal responsável por favorecer o clima ameno e agradável.

No aspecto cultural, existem hoje eventos, necessitando não apenas investimento financeiro por parte do próprio poder público, além da busca de apoio de patrocinadores e incentivos por Instituições Culturais, como Secretarias de Cultura e do Turismo, SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), entre outros. É preciso ainda, guarnecer a tradição desses eventos para que permaneçam no calendário da cidade fortalecendo a cultura e incrementando os atrativos turísticos, não sendo apenas mero interesse político em quatro anos de governo.

  • Festa de São Cristóvão;
  • Festival de Música;
  • Café, cachaça e chorinho;
  • Dia nacional do Choro;
  • Chorinho na praça;
  • Festa da Cultura.

4 - PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DO TURISMO EM MENDES:

Para oferecer um turismo de melhor qualidade, o governo municipal, deve implementar políticas que viabilizem o investimento e certifiquem as empresas do setor, com o intuito de também garantir a qualidade do produto turístico, como um todo. Fica subentendido que esse produto global é constituído por produtos que se complementam e o compõem.

Na gestão e planejamento em turismo, o setor ainda está à margem dessa tendência de profissionalização. Evidentemente, por se tratar de cargos públicos, existem diferenças com relação às empresas privadas. Além disso, há limitações nas relações entre os diferentes órgãos do Setor, Secretarias municipais, e consórcios com municípios vizinhos, entre estas (setor público) e o setor privado, fato que impacta no planejamento da atividade. Porém, mesmo diante dessa argumentação, faz-se crer que, ainda assim, os ocupantes desses cargos devem estar de acordo com a função desempenhada, seja na sua formação, seja em experiências adquiridas.

O Ministério do Turismo (2006 a) sugere que, nos próximos anos, no âmbito da gestão e planejamento, se invista na capacitação de “gestores dos componentes nos roteiros turísticos para conhecimento da abrangência institucional para gestão do turismo no Brasil”, bem como na criação de “um programa de qualificação da gestão pública em turismo no País, que permita capacitar o maior número possível de gestores estaduais e municipais, unificando uma linguagem de interlocução com o Ministério do Turismo”. Corroborando com este fato, não podemos deixar de enfatizar os grandes Eventos esportivos que estão prestes a acontecer e a Rio Mais 20 que ocorreu recentemente no país.

Segundo Lage e Milone (2000), podemos considerar como alguns principais atrativos turísticos de uma cidade:

1 - Recursos naturais: montanhas, planaltos, planícies, costas ou litoral, terras insulares, hidrografia, pântanos, quedas de água, fontes fito termais e/ou hidrominerais, parques, reservas de flora e fauna, grutas, cavernas, áreas de caça e pesca etc.

2 -  Recursos histórico-culturais: monumentos, sítios, instituições culturais de estudo, pesquisa e lazer (museus, bibliotecas, festas, comemorações, gastronomia, artesanato, folclore, musica, dança, feiras, compras, etc.) inclui também todos os recursos em matéria de hospitalidade.

3 - Realizações técnicas e científicas - contemporâneas: exploração de minério, exploração industrial, obras de arte e técnica (usinas, barragens) centros científicos e tecnológicos (zoológicos, jardins botânicos) etc.

4 -  Acontecimentos programados: congressos e convenções, feiras e exposições, realizações diversas (desportivas, artísticas, culturais, sociais, gastronômicas, cientificas) etc.

 

1.1 - Analisando a cidade, com relação a esses fatores, Mendes possui excelentes condições climáticas e paisagísticas provenientes do relevo da Serra do Mar, e grande parte do seu território atravessada pela Mata Atlântica. A cidade é cortada pelo Ribeirão Santana, e alguns bairros possuem pequenas quedas d’águas, principalmente localizadas no bairro Cinco Lagos.

A exuberância da Mata Atlântica, presente em boa parte do município, oferece inúmeras opções de lazer rural, favorecendo a exploração de muitas trilhas de turismo ecológico. Trilhas, que bem exploradas e preservadas com o auxílio de guias turísticos, levariam os turistas aos mirantes Boa Esperança, do Cruzeiro, do Sítio Rancho Fundo e ao gigantesco jequitibá com 23 metros de altura e 5,95 metros de circunferência. A região de Mendes se identifica pelos vales estreitos entre elevações colinas, que se estendem com seus morros recobertos com densa vegetação. Além de todos esses recursos, Mendes também possui exuberante fauna e flora, onde podem ser encontrados tucanos, maritacas, micos, esquilos, e outros animais silvestres juntos a vários tipos de orquídeas e bromélias nativas.

1.2 - Quanto aos monumentos histórico-culturais, a Associação Mendense de Artesãos (AMART), pode ser um grande potencial diferencial para a cidade, incentivando sua divulgação cultural e proporcionando empregabilidade. A associação necessitaria de uma maior articulação entre as secretarias do município, no sentido de atrair cidadãos com potencial artístico e com necessidade de trabalho, precisando de uma sede própria, e maiores investimentos por parte do poder público.

 

1.3 - A cidade possui uma biblioteca municipal com um diverso acervo, porém precisando de mais divulgação da sua existência e das suas atividades. O único museu que a cidade possui, é o da Cooperativa de Crédito de Mendes, porém sua visitação é pouco divulgada e não conta com pessoas disponíveis para o seu funcionamento.

 

1.4 - As festas mais tradicionais que ocorrem na cidade são a Festa de São Cristovão, que poderia contar com mais parceiros ou patrocinadores, para maior divulgação, shows de qualidade e diminuir os custos para os cidadãos que fazem desse evento uma oportunidade para tirar uma renda extra, através da venda de comidas típica e de outros diversos produtos.

 

Um evento que vem crescendo a cada ano, é o “Café, Cachaça e Chorinho”, onde inúmeras celebridades do samba e do choro se apresentam na praça principal, junto a várias barracas de comidas típicas do vale do café, que contribui com a divulgação e o faturamento dos bares e restaurantes locais. Nesta data também é grande o movimento de artesãos, seja em barraquinhas ou na sua associação, que oferecem produtos com a temática do evento e lembranças da cidade de Mendes.

 

O festival de música que ocorre todo ano no mês de setembro, poderia ser um grande atrativo para a cidade, se fosse mais bem planejado, e organizado por pessoas capacitadas da área da cultura, pois hoje, os responsáveis por promover esse evento estão somente junto à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, carecendo de outras parcerias.

 

O carnaval é um dos maiores eventos da cidade, sendo a única do vale médio Paraíba que conta com oito dias de folia. Porém, mais investimentos são necessários para patrocinar os blocos caricatos e escolas de samba, uma melhor ornamentação, eventos diurnos para crianças, além de retomar os grandes bailes de carnaval nos clubes.  A cidade possui quatro clubes.

Outra proposta que merece atenção seria a revitalização do Ribeirão Santana, que nos trechos urbanos, seria ideal construir uma pista de lazer nas suas margens viabilizando as práticas esportivas como caminhadas, Cooper e ciclismo podendo inclusive ser implantados em suas próprias margens, projetos de preservação da flora e fauna, trabalhando principalmente a questão das espécies de peixes do próprio ribeirão.

 

O segundo componente para a estruturação da oferta turística, ainda segundo os mesmos autores, Lage e Milone (2000), são os equipamentos e serviços turísticos ou superestrutura, que fornecem os componentes físicos para atender aos turistas:

 

1 - Meios de hospedagem: estabelecimentos hoteleiros (hotéis, motéis, pousadas, pensões, acampamento, etc.)

2 - serviços de alimentação: restaurantes, bares, lanchonetes, casa de chá, confeitarias, cervejarias, etc.

3 - entretenimentos: áreas de recreação e instalações desportivas (parques, praças, clubes, pistas de esqui, estádios, autódromos, mirantes, marinas), estabelecimentos noturnos (boates, casa de espetáculos), cinemas, teatros, etc.

4 - Outros equipamentos e serviços turísticos: operadoras e agências de viagens, transportadoras turísticas, postos de informação, locadora de imóveis, locadora de veículos, comércio turístico (lojas de artesanato e souvenir), casas de câmbio e bancos, locais de convenções e exposições, cultos, representações diplomáticas, etc.

 

2.1 - Mendes hoje conta com Hotel Madrid, localizado no centro da cidade, atende aos viajantes fornecedores do comércio local e funcionários de empresas prestadoras de serviços e manutenção. Nas mediações do centro fica a Pousada do Barão que também atende a esse tipo de visitante além de receber também turistas que vem em busca dos atrativos da cidade. Nos bairros mais afastados com características que favorecem as hospedagens no estilo pousadas, ficam outros estabelecimentos como a Pousada Casa das Jabuticabeiras, a Pousada Beija Flor e o restaurante Fazenda do Alemão, localizados no bairro Cinco Lagos. O Centro Marista São José das Paineiras oferece espaço para convenções, retiros religiosos e meditação. Contrastando a suntuosidade de seus prédios com a simplicidade das acomodações. O Hotel Boa Esperança, localizado no bairro Morsing, oferece a autêntica comida mendense e seus hóspedes desfrutam de uma natureza exuberante com um mirante e clima de serra. Nos limítrofes da cidade encontra- se o Hotel Trilussa, o Hotel Caluje, Hotel Cascatinha. Esses hotéis também guardam características de pousadas, e por fim, o Hotel Fazenda Parador das Maritacas Spa e Rsort, foi sede de uma das mais importantes fazendas do Vale do Café - Fazenda do Pocinho – construída em 1825, residência do Barão do Rio Branco, tombada pelo patrimônio histórico e incorporada ao Parador Maritacas Spa Resort. Pode-se constatar que os hóspedes que procuram esses hotéis também visitam Mendes, reforçando a tendência turística.

 

2.2 - A oferta de bares restaurantes fica por conta dos restaurantes Fazenda do Alemão, com sua autêntica comida alemã; do restaurante Aki ki Nóis Fica, que oferece comida típica de fogão à lenha e os demais restaurantes self-service no centro da cidade; da Pizzaria Ci Piacci, e da Cafeteria Café, Chá e Chocolate. Existem também os conhecidos botequins, que necessitam passar por uma reestruturação e caracterização para oferecer melhor conforto aos seus frequentadores.

 

2.3 - Mendes possui quatro clubes, oferecendo como recreação desportiva principal o futebol e piscina, alguns deles oferecem bailes noturnos como funk e para a terceira idade. Ainda tem a Boite Safary Club, que funciona às sextas-feiras e esporadicamente nas vésperas de feriado. Existe um projeto já iniciado, para a construção de um horto florestal, porém ainda em fase implantação. As praças são bem reduzidas em seus espaços físicos e mal localizadas, ou seja, foram construídas sem estratégia e sem planejamento, com exceção da Praça Dr. João Nery que fica bem no centro da cidade e é o local onde são realizados os eventos populares e culturais como o Café Cachaça e Chorinho e carnaval e atende muito bem a cidade.

 

2.3 - No que se refere aos equipamentos turísticos, Mendes possui quatro agencias bancárias, e lojas de artesanato. É comum que a cidade não ofereça os equipamentos necessários como casas de câmbio e agências de viagens, por exemplo, pois ainda não é considerada como destino turístico. Porém é importante atentar para outros equipamentos que poderiam fazer parte na atual conjuntura da cidade na oferta turística. Uma sugestão interessante seria o passeio de charrete no entorno da região central da cidade, destacando os monumentos históricos e lugares pitorescos.

 

2.4 – Neste contexto Mendes pode contar com pelo menos três eventos importantes, um na área educacional, o EDUCART ( Educação com Arte) evento pedagógico-cultural que está na sua VIII Edição, o Encontro de motociclista “Dragões de Mendes” é  promovido pelo Motoclub local, o Festival Gastronômico Alemão realizado pelo Restaurante Fazenda do Alemão que atrai muitos turistas. É importante mencionar ainda, as conferencias municipais nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.

 

O terceiro e último componente da oferta turística relacionada por esses autores, Lage e Milone (2000), é a infraestrutura de apoio turístico, formada pela estrutura básica necessária ao desenvolvimento da atividade turística bem como da população em geral, Souza (2006):

 

1-      Informações básicas do município: postos de informação, oficinas de turismos, etc.

2-      Sistemas de transportes: terrestres (rodovias, terminais, estações rodoviárias e ferroviárias), aéreos (aeroportos, e serviços aéreos), hidroviários (portos, estações e serviços fluviais) e marítimos. Inclui os equipamentos de transportes: carro, ônibus, táxi, trem, navios, avião e outros veículos.

3-      Sistemas de comunicações: agencias postais e telegráficas, postos telefônicos, etc.

4-      Outros sistemas: saneamento, água, gás, eletricidade, etc.

5-      Sistemas de segurança: delegacia de polícia, postos da policia rodoviária, corpo de bombeiros, etc.

6-      Equipamento médico-hospitalar: Prontos-socorros, hospitais, clinicas, maternidades, etc.

3.1 - A cidade ainda não oferece informações turísticas visíveis aos seus visitantes. É necessário hoje, colocação de placas indicando as direções e sentidos de como chegar em determinados lugares, indicando por exemplo as localizações das pousadas, dos restaurantes, e dos marcos históricos. É necessário ainda incentivar e valorizar a atividade de guia turístico, por exemplo, capacitando jovens em idade escolar que atuariam como aprendizes ou estagiário se instalar postos de informações turísticas.

3.2 - Um dos pontos positivos é o setor de transporte intermunicipal. Diariamente circulam ônibus fazendo o trajeto entre várias cidades vizinhas. Esse serviço favorece tanto a população quanto aos visitantes que podem fazer um “turismo comercial”. Mendes conta ainda com duas frotas de táxi com preços de corridas bem acessíveis.

3.3 - Hoje, na era da tecnologia e da informatização digital avançadas, além dos sistemas de comunicações como agências postais e telegráficas, postos telefônicos, que os autores relacionam, é importante incluir a esse seguimento, a internet e a telefonia móvel como equipamentos primordiais na oferta turística disponíveis em lanhouses e Wifi.

3.4 - Do ponto de vista de saneamento, Mendes oferece água tratada na região central e nos bairros periféricos a água de boa qualidade vem das nascentes e de poços artesianos.

3.5 - A cidade oferece posto e delegacia de polícia, bem como Ministério Público, Cartórios e Fórum Civil e Criminal.

3.6 - O médico-hospitalar carece de maior estruturação com equipamentos para demanda, porém mesmo com essa carência o pronto-socorro faz os atendimentos emergenciais.

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo pesquisa do Ministério do Planejamento e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2003-2007) a classificação de uma atividade econômica como característica de turismo se faz a partir da identificação, em sua produção principal, de produtos classificados como característicos do turismo, isto é, produtos de potencial consumo dos visitantes. Esses produtos são aqueles cujo consumo seria sensivelmente reduzido na ausência de turistas.

 

Além disso, a OMT identifica, a partir da Classificação Central de Produtos - CCP (Central Product Classifi cation - CPC), elaborada pelas Nações Unidas, um grupo de produtos que são específicos do turismo. A estruturação dessas informações se baseia na identificação de grupos homogêneos quanto a processos de produção, características dos bens e serviços e da finalidade para a qual esses bens e serviços são produzidos.

 

Os bens e serviços são produzidos por unidades econômicas (empresas ou unidades locais de empresas). As classificações de atividades econômicas são construídas para organizar as informações dessas unidades. Portanto, a classificação de uma atividade econômica como característica de turismo se faz a partir da identificação, em sua produção principal, de produtos classificados como característicos do turismo, isto é, produtos de potencial consumo dos visitantes. Nesse sentido, observa-se que esses fatores são primordiais para que o município, com essas referências, possa pautar suas decisões nesses princípios servindo de norte para o fomento e exploração do turismo, bem como o desenvolvimento econômico.

 

Dessa forma, num plano primário, para sobreviver de fato do turismo são necessárias algumas ações: a consciência política, saber que aquele é o caminho, aprovação de um plano diretor bem elaborado, ter uma gestão responsável, aplicar os recursos com responsabilidade e por fim proteger os interesses da coletividade, como também os individuais. Elaboração de projetos e a realização de investimentos que busquem valorizar e explorar o potencial turístico do município, buscar convênios entre o Governo Federal, Estadual e outras entidades, visando o fomento das atividades turísticas.

 

Num plano secundário, no que se refere aos atrativos turísticos, é necessário buscar melhorias de vias públicas, tornar visíveis os pontos e marcos turísticos facilitando a visitação, viabilizar projetos de revitalização do entorno da rodoviária que é onde encontram - se alguns prédios históricos e é a principal porta de entrada, destacando o prédio do Senai que já abrigou duas importantes industrias no século passado a Cervejaria Teutônia e o Frigorifico Anglo; a Igreja Matriz com  a construção datada do Século XVIII, o complexo da Estação Nery Ferreira, o prédio da Câmara Municipal de Vereadores, e o próprio prédio da rodoviária que apesar de relativamente novo, carece de reestruturação,  paisagismo e abrigo para passageiros. Outro prédio histórico que merece destaque é a antiga residência do Marechal Rondon, esse mais afastado desse entorno. É fundamental incentivar a instalação de novos serviços como, charretes e jipes para passeios curtos, viabilizando o acesso à visitação ao milenar Jequitibá com mais de mil e trezentos anos. Seria de extrema importância à formação de guias turísticos, consórcio entre municípios para baratear todos esses serviços, tais quais, confecção de catálogos, panfletos e mapas informativos tornando possível o conhecimento da localização.

Nesse contexto Mathieson e Wall afirmam que o turismo é uma atividade que pode acarretar diversos benefícios e malefícios, denominados de impactos positivos e negativos (MATHIESON e WALL, 1982). Esses efeitos podem ocorrer nos campos socioculturais, econômicos e ambientais.

Segundo Silva e Fernandes (2005), os danos causados pelo turismo invasivo e sem planejamento, podem ser irreversíveis para a identidade cultural do povo receptor. Portanto, a degradação ambiental, os impactos socioculturais na população receptora, são alguns dos resultados menos desejados pela atividade turística; inserir todos os atores no processo de planejamento ainda é um desafio na realidade atual.

Como apontado anteriormente, para viabilizar o processo de planejamento é necessário reunir adequadamente as dimensões técnica, financeira e política. No contexto do município que é de pequena extensão, foram diagnosticados problemas em todas as dimensões acima citadas. O maior problema destacado foi de natureza política, apesar de o desempenho ser igualmente inadequado nas outras dimensões, o que afeta designadamente a tomada de decisões. Em outras palavras, o município nem sequer possui um planejamento turístico efetivo, responsabilidade da gestão pública que é quem detém o poder de direcionar e organizar a atividade.

Além do potencial para o turismo, uma vocação mendense notória hoje, se compreende que não basta ter atrativos para que o turismo venha a desenvolver-se e promover o desenvolvimento na localidade. Além disso, é preciso assegurar a qualidade do destino, tanto para os turistas quanto para a população residente e, inserido na ideia de qualidade, teremos a cidade bem planejadas, orientada para a sustentabilidade e para a competitividade e inovação.

Por fim, cabe ressaltar que o objetivo maior desse trabalho foi apontar que o turismo estabelecido como fonte principal de geração de renda e emprego para cidade, busca demonstrar que sua existência só é possível através de um levantamento de sua oferta, para basear um planejamento com a devida articulação entre os setores envolvidos: público, privado e sociedade civil, bem com a própria comunidade.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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BARBOSA, Alberto J. Reflexões sobre o conceito de produto turístico e sua gestão integrada. Desafios para o produto turístico “Santo Antão” - Brasil, 2009.  Disponível em: http://www.eumed.net/rev/turydes/06/ajb.htm.  Acesso em: 14 de junho de 2012.

CÁRDENAS T. Fabio. Producto Turístico, 1995. In: BARBOSA, Alberto J. Reflexões sobre o conceito de produto turístico e sua gestão integrada. Desafios para o produto turístico “Santo Antão” - Brasil, 2009.  Disponível em: http://www.eumed.net/rev/turydes/06/ajb.htm.  Acesso em: 14 de junho de 2012.

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JORNAL DA UNICAMP. Entre o amadorismo, o lúdico e o precário. Edição 355 - 16 a 22 de abril de 2007. Disponível em: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/abril2007/ju355pag07.html. Acesso em 30  maio de 2012.

LAGE, B; MILONE, P. Economia do Turismo. 2ed. São Paulo. Papirus. 1996.

LAGE, Beatriz Helena Gela; MILONE, Paulo César (Organizadores). Turismo: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.

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MINISTÉRIO DO TURISMO (Mtur) (a). Documento referencial: turismo no Brasil 2007-2010. Disponível em: http://institucional.turismo.gov.br/mintur/coroot/ CMS/DocumentoItem/files/Documento_Referencial_Turismo_no_Brasil_2007_2010.doc. Acesso em maio de 2012.

MINISTÉRIO DO TURISMO (Mtur). Plano Nacional do Turismo: diretrizes, metas e programas 2003-2007. Brasília, 2003.

MINISTÉRIO DO TURISMO (Mtur) (b). Anuário Estatístico Embratur — 2006. Brasília: Ministério do Turismo/ Instituto Brasileiro de Turismo/ Diretoria de Estudos e Pesquisas, 2006, v.33.

OMT. Organização Mundial do Turismo. Disponível em: http://www.unwto.org/index_s.php. Acesso em : 29 de abril de 2012.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE MENDES –RJ - Relatório técnico: diagnóstico consolidado e termo propositivo ao plano diretor. Abril de 2010. Disponível em: http://www.mendes.rj.gov.br/vernoticias.php?id=6. Acesso em 08 de maio de 2012.

SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MENDES –RJ. Disponível em: http://www.turismendes.rj.go.br/. Acesso em 26 de maio de 2012.

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ANEXOS

TABELAS E GRÁFICOS

Referencial do turismo no Brasil de 2010 à 2014

Projeção das Variáveis relativas ao Turismo

Variáveis

2010

2011

2012

2013

2014

Taxa de crescimento do PIB (%)

2,50

1,50

2,30

2,70

3,30

Taxa de Câmbio (R$/US$)

1,76

1,76

1,72

1,73

1,71

Taxa de juros (%)

13,25

13,00

11,25

10,25

10,00

Taxa de Inflação (%)

6,16

5,70

5,50

5,80

5,90

Taxa de Crescimento do PIB Mundial (l%)

2,00

2,80

1,50

2,20

2,50

Fonte: BACEN, IBGE, Boletim Focus, FMI e FGV[5]

Para maior parte do setor de turismo (87%) haverá expansão do faturamento no 2º trimestre de 2012 comparativamente ao 2º trimestre de 2011, sendo os segmentos de transporte aéreo, parques e atrações turísticas e agências de viagens os segmentos mais otimistas com relação a tal crescimento. Segundo Boletim de Desempenho Econômico do Turismo da Fundação Getulio Vargas e do Ministério do Turismo ( maio/2012 ano IX n°.34).

Este gráfico foi representado como mais uma forma de comprovar que a atividade turística assegura o investimento. Fontes: FGV e Mtur

 


[1] VALE DO CAFÉ. Site de divulgação do turismo do Vale do Café. Disponível em: http://www.valedocafe.com/. Acesso em 14 de junho de 2012.

[2] Ver tabelas e gráficos em ANEXOS no final do trabalho, pág 14

[3] PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE MENDES –RJ - Relatório técnico: diagnóstico consolidado e termo propositivo ao plano diretor. Abril de 2010. Disponível em: http://www.mendes.rj.gov.br/vernoticias.php?id=6. Acesso em 08 de maio de 2012.

 

[4] PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE MENDES –RJ - Relatório técnico: diagnóstico consolidado e termo propositivo ao plano diretor. Abril de 2010. Disponível em: http://www.mendes.rj.gov.br/vernoticias.php?id=6. Acesso em 08 de maio de 2012.

[5] Disponível em:http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Documento_Referencial_Turismo_no_Brasil_2011-2014.pdf . Acesso em 14 de julho de 2012.

 

Autor deste artigo: José do Rosário Silva - participante desde Qui, 09 de Agosto de 2012.

Comentários (1)
1 Ter, 13 de Novembro de 2012 18:48
José do Rosário Silva
Muito bom seu trabalho, Sr. José, a prefeitura de sua cidade deveria utilizá-lo como norteador no plano diretor ou em futuros projetos para sua cidade. parabéns!
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