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Escrito por Marinho Celestino de Souza Filho   
Seg, 10 de Dezembro de 2012 00:00

PSICOLINGUÍSTICA: UM BREVÍSSIMO COMENTÁRIO

PSYCHOLINGUISTICS: A BRIEF COMMENT

MARINHO CELESTINO DE SOUZA FILHO[1]

RESUMO: Por meio desse artigo, produzido a partir de pesquisa bibliográfica, almejo mostrar o que é e para quê serve a Psicolinguística.

PALAVRAS-CHAVE: Psicolinguística. Linguística. Psicologia da Linguagem.

 

ABSTRACT: Through this article, produced from literature, long to show what is and what serves Psycholinguistics.

 

KEY WORDS: Psycholinguistics. Linguistics. Psychology of Language.

 

Origem: o termo surgiu pela primeira vez em 1951, num “seminário de verão” na Universidade de Cornell – Estados Unidos, logo seguido pela criação de uma comissão de psicólogos: C.E. Osgood, J. B. Caroll, G. A. Miller e dos lingïstas: T. E. Sebeok, F. G. Lounsbury, sugeriram, assim, um campo interdisciplinar de estudos do qual participam a Psicologia e a Linguística.

Estes estudos eram feitos originalmente pela Psicologia da Linguagem, que abordava uma questão primordial à Psicologia e à Linguística: as relações entre pensamento (comportamento) e linguagem.

Sabemos ainda que a Psicolinguística é uma disciplina relativamente nova, e seria um erro crer que se trata apenas de um termo novo para designar o que antes se chamava (e ainda se chama eventualmente) Psicologia da Linguagem.

 

Consequentemente, o que ocasionou o nascimento da Psicolinguística foi à colaboração interdisciplinar entre psicólogos e linguistas.
Diante do exposto, mostraremos a seguir os períodos que contribuíram para a formação de tão distinto ramo do conhecimento científico: a Psicolinguística, são eles:

1-    Período formativo: Concomitantemente com o aparecimento da Teoria da informação, após a segunda guerra, surge também um quadro epistemológico mais consistente para os estudos psicolinguísticos. Dois teóricos se sobressaíram nesse período: Shanon & Weaver (1949), os quais definiram uma unidade de comunicação formada por: fonte: transmissor/codificador, canal, receptor/decodificador e destinação. Esse modelo, predominantemente, mecanicista (regido pelas leis da física – cinemática,  estudo dos movimentos, estática, estuda o equilíbrio dos corpos e dinâmica, a força que produz os movimentos) foi amplamente utilizado pela pesquisa da década de 1950, com fortes acentos comportamentalistas.

Assim sendo, Osgood & Sebeok (1954) definem a Psicolinguística como o estudo dos processos de codificação e decodificação no ato da comunicação na medida em que ligam ou relacionam estados das mensagens e estados dos comunicadores.
Assim, após esses dois seminários feitos sobre esta disciplina, um já mencionado anteriormente e, o outro realizado em 1953, na Universidade de Indiana, sob a direção do antropolinguista Sebeok e do psicólogo Osgood, depois do lançamento dos anais deste segundo seminário, em 1954, com o título de “Psycholingustics: a survey of theory and research problems” – cuja tradução seria “Psicolinguística: estudo da teoria e dos problemas de pesquisa” – funda-se, oficialmente, a Psicolinguística.

2-    Período Linguístico: A Psicolinguística herda de Chomsky, em 1957, o modelo gerativo, propondo, assim, uma abordagem racionalista e dedutiva para esta ciência, contrapondo-se, desse modo, com as teorias de Skinner, criticando-o pelo caráter predominantemente operacionalista (concepção da psicologia como operações comportamentalistas, desprezando-se, desta forma, os aspectos exteriores à consciência) de suas teorias.

3-    O período cognitivo: nesse período as teorias linguísticas não perderam sua importância, mas, perderam o caráter exclusivista do período anterior, por isso, os “cognitivistas” postuvalavam que a linguagem humana estaria subordinada a fatores cognitivos mais fundamentais, dos quais ela (a linguagem) seria apenas mais um fator.

Vale lembrar que até Chomsky (1971) também enfatizava o aspecto cognitivo humano presente na Linguística, afirmando que os linguistas eram de fato psicólogos cognitivos.

Do exposto, tratarei, a seguir, do estado atual da Psicolinguística.
Este estado denominado por Kess apud BENTES e MUSSALIM (2003), de período da teoria psicolinguística, realidade psicológica e ciência cognitiva, esta disciplina se apresenta em estado de transição, com pesquisas oriundas de várias escolas teóricas, sendo também o caso da Psicologia e da Linguística. Outra característica importante deste período é o grande número de trabalhos interdisciplinares, atestando, assim, que problemas científicos de um campo afetam sobremaneira vários campos correlacionados.

Além disso, é indispensável enfatizar que a realidade psicológica, deste período, readquire função apriorística na teoria psicolinguística.
Por conseguinte, conforme, percebemos, a Psicolinguística desempenha, assim, um papel fundamental para o estudo da linguagem humana.


REFERÊNCIAS

BENTES, Anna Christina, MUSSALIM, Fernanda. (Org.). (2003). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. V. 2. 6 ed. São Paulo: Cortez.


CAGLIARI, Luiz Carlos. (1995). Alfabetização e Linguística. 6 ed. São Paulo: Scipione.

CHOMSKY, N. (1965). Aspects of theory of syntax. Cambridge: MA, MIT Press.

_____________. (1971). Linguagem e pensamento. Petrópolis: Vozes.

DOLLE, J. M. (1978). Para compreender Jean Piaget – uma iniciação à psicologia genética piagetiana. Rio de Janeiro: Zahar.


FERREIRO, Emília. (1992). Com todas as letras. 4ed. São Paulo: Cortez.


FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. (1991). Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas.


FIGUEIREDO, L. C. (1991). Matrizes do pensamento psicológico. 4ed. Petrópolis: Vozes.


GARDNER, H. (1995). A nova ciência da mente: uma história da revolução cognitiva. São Paulo: Edusp.


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GARMAN. (1990). Psycholinguistics. Cambridge: Cambridge University Press.


GOLBERT, C. S. (1988). A evolução psicolinguística e suas implicações na alfabetização. Porto Alegre: Artes Médicas.


KATO, Mary A. (2000). No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. 7ed. São Paulo: Ática.


HELENA, Maria Martins (Org.). (1996). 5ed. São Paulo: Contexto.


RAMANZINI, Haroldo. (1990). Introdução à linguística moderna. São Paulo: Ícone.

SCLIAR- CABRAL, L. (1991). Introdução à Psicolinguística. São Paulo: Ática.


VYGOTSKY, L. S. (1991). Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

 


[1] Mestre em Linguística e Professor da Cadeira de Língua Portuguesa do IFRO – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia.

 

Autor deste artigo: Marinho Celestino de Souza Filho - participante desde Seg, 25 de Junho de 2012.

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