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Escrito por Antonio Cruz Vasques   
Qua, 13 de Junho de 2012 00:00

A recente aprovação do sistema de cotas pelo STF, além de demagógica, fez com que a Instituição “guardiã da Constituição” a ferisse de morte, ao passar literalmente por cima do que determina o seu art 5º”: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes....”(grifei).
Adicionalmente, o art. (208,V), da CF, estabelece os limites do dever do Estado com a educação, ao garantir  "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um" (grifei). O legislador ao empregar o termo "capacidade" reservou à Academia o estabelecimento de critérios para apropriação do mérito dos ingressantes.

 

Pela decisão do STF ingresso na universidade não mais será realizado exclusivamente pelo mérito. Situações constrangedoras e inusitadas, como a da jovem loura, com típico perfil ariano, declarando-se negra em rede de televisão nacional ao inscrever-se na UnB, serão rotineiras.

Colaboraram os ministros para que o ensino básico público continue sendo  péssimo. Além de negros e índios, membros de outras minorias não necessitariam do amparo demagógico do sistema de cotas se tivessem tido acesso a ensino médio e fundamental de qualidade.

Melhoraria o ensino básico se o Governo adotasse políticas, com prazo de maturação de, no mínimo, uma geração, fazendo com que o gasto público federal/aluno do ensino fundamental não fosse um dos menores do mundo (OCDE, “Education at a Glance 2011”,pg.56), que o ensino fundamental fosse paulatinamente federalizado,saindo da gestão de prefeito corrupto e com a criação do Ministério da Educação Básica.

Os ministros do STF tentam transformar as universidades públicas em instituições de ação social. Políticas de compensação social podem e devem ser implementadas. Desde que passem longe das universidades. Mérito, senhores Ministros, não tem cota. Mérito é mérito!

 

Autor deste artigo: Antonio Cruz Vasques - participante desde Sex, 27 de Fevereiro de 2004.

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