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ECOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO PÚBLICA: MAIS QUE UM MODISMO. PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Wolmer Ricardo Tavares   
Qua, 17 de Abril de 2013 00:00

 

A preocupação do homem com a natureza passa a ter uma maior entonação bem depois da Revolução Industrial e com o sistema capitalista, que visando apenas o lucro, extrapola as reservas naturais extinguindo-as e deixando rastro de destruição e descaso para com o meio ambiente, o que é corroborado com a Carta da Terra[1] quando nos esclarece que “os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies”. Alguns movimentos começaram a partir da década de 70, como a Conferência de Estocolmo, promovida pela ONU e tendo uma dimensão ambiental de cunho político internacional. Em 1992 a Rio-92 ou Eco-92 a qual foi sediada pelo Brasil focando uma preocupação mais global e dando fazendo surgir ideias de desenvolvimento sustentável.

 

Podemos perceber que em nossa contemporaneidade questões ambientais passam a ter maior ênfase nas discussões e faz-se mister termos a educação como grande protagonista dessas ideias e efetivações ambientais.

De acordo com Suares de Navas (2008), será uma educação bem gerida e trabalhada que auxiliará nos processos e mudanças sociais, exercendo um papel de suma importância como agente influenciadora e fortalecedora de uma educação ambiental com caráter integral, promovendo uma criticidade quanto aos problemas sócio-ambientais, por isso salientamos quanto a relevância da educação protagonista para o devir social.

Gadotti (2000)[2] nos esclarece que a ecopedagogia não se trata apenas de mais uma pedagogia e sim, um novo modelo sustentável de um ponto de vista ecológico o que pode ser corroborado por Hansen (2006) quando aduz que “é mais movimento do que uma nova teoria de educação”.

Para os autores acima, a ecopedagogia só fará sentido se for aplicada como projeto alternativo global que não prega apenas a preocupação com a natureza ou os impactos das sociedades humanas sobre os ambientes naturais, mas o modelo de sustentabilidade no viés ecológico.

Trata-se de um projeto utópico por querer mudar as relações humanas, sociais e ambientais de nossa contemporaneidade, e teremos na educação, esse mecanismo, obviamente ancorada nessa nova pedagogia, dessa nova maneira de ver o cidadão um cidadão não local, mas globalizado, um cidadão do mundo.

A ecopedagogia é mais uma educação sustentável que uma ecoeducação, pois perpassa a ideia de uma relação saudável com o meio ambiente, ou seja, um sentindo ainda mais relevante com nossa vida cotidiana que através da globalização, encontra-se ligada ao futuro de toda humanidade e da própria terra.

Ela forma cidadãos do mundo, uma vez que perpassa ao conceito de não e etnia e se liga a toda humanidade, ou seja, um cidadão local e global com uma cidadania planetária.

Precisamos perceber que uma sustentabilidade só acontecerá mediante a um mundo no qual impere a justiça social e ecológica, fazendo valer uma democracia eco-socialista. É relatado por Boaventura apud WBPereira[3] pois estamos em um ecossistema finito e um sistema capitalista tendencioso e consumista, pois esse consumismo está findando com nosso recursos naturais, por isso, é salientado por Suares de Navas (2008) a importância de uma educação ambiental de caráter integral que promova os conhecimentos dos problemas do meio ambiente natural e social em seu entorno proporcionando soluções.

A ecopedagogia promove a aprendizagem no sentido das coisas para a vida, pois para se ter uma consciência ecológica e uma formação de consciência precisamos perpassar pela educação trabalhando também uma consciência política e social, visto que só seremos ser integral quando compartilharmos.

De acordo com Alves[4], as escolas precisam ter  uma educação ligada com a vida, para viver melhor, para ter mais prazer, mais eficiência e poupar tempo, e não temos como educar para a vida sem educarmos para um mundo ecologicamente correto, conforme a Carta da Terra “Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz”.

Para Suares de Navas (2008) a atual situação ecológica, nos mostra a importância em sensibilizar a população mundial e educá-la proporcionando uma melhor percepção ante o caráter global dos problemas ecológicos, fomentando atitudes e comportamentos convergentes com a preservação e proteção com o meio ambiente e o bem estar de toda a humanidade.

Referências

HANSEN, Carla. O que é Ecopedagogia? Publicado em 23/10/2006. ISSN 1984-6290. [citado em 28 Abril 2012] disponível no site http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0118.html

SUAREZ DE NAVAS, Olinda. Un modelo de escuela ecopedagógica Comunitaria que contribuya A la preservación del ambiente. Investigación y Postgrado. [online]. ago. 2008, vol.23, no.2 [citado 24 Mayo 2012], p.295-318. Disponible en la World Wide Web: . ISSN 1316-0087.

 


 

[1] Para mais informações vide http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html

[2] in: Pedagogia da Terra - ideias para um debate", Moacir Gadotti, Portugal, 2000. Encontro em http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev21/moacir_gadotti.htm

[3] http://www.slideshare.net/WBPEREIRA/o-que-ecopedagogia

[4] ALVES,  Rubem. A Escola Ideal. Postada por Luciana Ribeiro (Pedagoga, Escritora de livros infantis e Coordenadora do Jornal Ecopedagógico junto à ONG Círculo de Giz/UnB). Disponível no site http://bela-ecopedagogia.blogspot.com.br/

 

 
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