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Escrito por Jurandir Santos   
Ter, 22 de Novembro de 2011 15:35

Jurandir Santos

De forma mais ampla, podemos pensar a inclusão como um movimento histórico da luta pelos direitos humanos, com ênfase no respeito à diversidade e nas ações voltadas à harmonização da convivência de todos em sociedade.

Ainda é comum ouvirmos dos professores e demais profissionais o argumento de que não estão preparados para trabalhar com esse público ou que falta investimentos, tais como materiais didáticos, mobiliários, adaptações dos ambientes educacionais (salas de aula, biblioteca e laboratórios, acessibilidade de toda a estrutura física, etc.). É bem verdade que a maior parte das escolas carece desses recursos e necessita urgentemente se adequar; no entanto, o que de mais importante se espera é a aceitação e o envolvimento de todos, objetivando a inclusão da pessoa portadora de deficiência.

O primeiro passo consiste em aceitar e valorizar a diversidade. A partir disso, proporcionar meios para romper com a visão preconceituosa que ainda permeia nas relações familiares, educacionais e sociais, ao longo da humanidade.

A inclusão ocorre por meio de um processo interativo, no momento em que a sociedade e os portadores de necessidades especiais se reconhecem, se adaptam, se desenvolvem e entre si estabelecem pactos fundamentados no direito à cidadania. Colocar em prática essa proposta é o que vai fazer a diferença e causar grande impacto na descoberta de uma escola diferente, comunitária, solidária, democrática e aberta.

O trabalho exige que sejam repensadas as condições e a prática docente, assim como as repercussões que terá na organização curricular e nos instrumentos avaliativos ao longo do processo.

A escola para todos requer tal dinâmica no seu currículo a fim de permitir ajustes do fazer pedagógico às necessidades dos alunos, sempre que preciso: identificar as necessidades educacionais especiais para justificar a priorização dos recursos e meios favoráveis à educação; diversificar e flexibilizar o processo de ensino-aprendizagem, com a finalidade de atender as diferenças individuais do seu público;  adotar currículos abertos e com propostas diversificadas; flexibilizar a organização e o funcionamento da escola; promover preparo especializado aos professores e agentes educacionais, serviços de apoio e/ou não convencionais.

No entanto, ainda chama a atenção o despreparo da sociedade para lidar com o ajuste entre diferentes segmentos da população. Se ainda houver estereótipos presentes nas escolas, eles são reflexos da falta de informação e conhecimentos necessários acerca da realidade social e cultural, bem como do processo de desenvolvimento cognitivo e afetivo das pessoas atendidas.

Ademais, inclusão é fruto da autonomia que conseguimos proporcionar aos alunos, com o cuidado de não infantilizar o tratamento dado a eles ou de subestimar a sua capacidade intelectual, física e motora. É o despertar da consciência da comunidade na aceitação das diferenças e corresponsabilização para que a necessidade do outro se torne óbvia e atendida.

 
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