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Tipos de Liderança na Modernidade Líquida – Parte III PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Paulo Ricardo Silva Ferreira   
Ter, 18 de Setembro de 2012 00:00

Quando você for ler este artigo pense na música do John Lennon, Imagine: “Imagine que não há paraíso. É fácil se você tentar. Nenhum inferno abaixo de nós. Acima de nós apenas o céu. Imagine todas as pessoas. Vivendo para o hoje. Imagine não existir países. Não é difícil de fazê-lo. Nada pelo que lutar ou morrer. E nenhuma religião também. Imagine todas as pessoas. Vivendo a vida em paz. Você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único. Eu tenho a esperança de que um dia, você se juntará a nós e o mundo será como um só”.

A liderança Gasosa é para esse tempo que os sonhadores tomarão não apenas conta das empresas, mas também do planeta. Que as equipes serão formadas por seres de todas as formas, corpo, gênero e sexualidade. Um não-perfil feito de diversidades e com a mais ampla desigualdade de pensar, para uma igualdade de construir.

O grande desafio da Liderança gasosa será a Gestão do ex -cêntrico, pois até este exato momento temos administrado em cima da regra e não da exceção, do geral e não em busca do detalhe, dos pares e não dos impares. Estamos sendo empurrados, obrigados, coagidos a reconhecer que tudo e todas as coisas, inclusive a cultura e os seres, não são homogêneos.

 

Só  uma Liderança Gasosa, com características entrelaçadas, tomada de decisão caso a caso, percepção múltipla, sem centro e sem fronteiras, poderá dar conta de que pessoas desempenhem seus papéis e suas funções com originalidade dentro de sua anormalidade. É uma tolice pensar que o planeta é cêntrico, isso é uma ficção. A natureza do planeta e nós estamos incluídos nisso, não tem uma norma, é anormal.  Sempre estamos numa posição de mobilidade, trânsito e instabilidade.

Para todos é perturbadora a afirmação de nenhuma zona de conforto. Sonhamos em não ter riscos em primeira estância, ao invés de dizer, “oba”, para quando se quebra alguma rotina. A frase é – já estão inventando moda. Vamos às palestras em busca de modelos, frases de pensadores que tiveram notoriedade. Até então uns poucos, loucos, irreverentes, ex-cêntricos é que vem quebrando os paradigmas. Mas agora, está ficando impossível ignorar que para ter sustentabilidade nas empresas, na sociedade, no planeta, temos que admitir que mudanças continuas é parte da vida de todos.

Veja que só uma liderança Gasosa poderá lidar com os cenários que envolvem todo esse drama que nos metemos e teremos que sair. Só uma liderança que pode variar amplamente sua forma de agir e seu volume pode ter uma atitude ao mesmo tempo focalizada e horizontalizada. Exatamente uma ambivalência que hoje nos desconforta, é o que nos confortará para nos sentirmos dinâmicos.

Para sairmos de um estado para outro, seja na física ou na vida é  preciso trocar energias. Para nós a Liderança Gasosa é uma liderança que só pode ser posta em prática realmente, com todos seus atributos, quando estivermos vivendo plenamente a Era da Cooperação.

É bom tomarmos consciência que a competição já não é constituinte nem desse tempo que vivemos e nem do tempo que desejamos deixar de herança para as novas gerações. A sua lógica autodestrutiva, de um discurso que dispersa a ideia do coletivo em detrimento de uma concentração egocêntrica, tem nos feito pensar que há uma só verdade, quando a verdade é sempre plural - nós. Uma hipervalorizarão de status que são meramente contingente, casual, passageiro, temporário, invoca o medo nas pessoas de perder posição na teia social. O que tem retardado e restringido os espírito cooperativista, o efeito rede e a Era da Cooperação.

Para encerrar ainda é apropriado sublinhar um aspecto importantíssimo da Liderança Gasosa. Ela não é um cargo, uma permanência, uma cadeira que ocupo e sou. Seria transitória e passageira, hora você, hora eu, hora ele e hora nós, pois o poder é o maior ameaçador de não conseguirmos imaginar que um dia vamos viver só para hoje. O poderoso sempre quer manter seu estado de poder eternamente.

 
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