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Sociolinguística: desvelando os falares dos sujeitos de Ariqumes-RO PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Marinho Celestino de Souza Filho   
Qua, 27 de Julho de 2011 00:00

SOCIOLINGUISTICS: UNVEILING THE DIALECTS OF THE SUBJECTS OF ARIQUEMES-RO

1. INTRODUÇÃO

Antes de tratar do tema anteriormente mencionado, precisamos esclarecer dois fatos, são eles:

1º - Esse artigo científico é o resultado de pesquisa realizada através de um convênio entre o IFRO – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Ariquemes e o CNPQ - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, ou seja, é fruto de pesquisa voltada à iniciação científica, além disso, é um artigo introdutório, por isso, nele só descreveremos a metodologia utilizada e o nosso objeto de estudo: descrever os diferentes falares dos sujeitos que moram em Ariquemes-RO;



2º - A publicação somente desse artigo não será suficiente para divulgar o resultado de toda a pesquisa que realizamos, porque o tema parece ser interessante e demoramos seis meses para a realização desse trabalho: iniciamos em fevereiro de 2011 e terminamos oficialmente em julho de 2011 com o intuito de até agosto desse mesmo ano divulgarmos os resultados desse trabalho por meio da publicação de três artigos, pois, conforme afirmamos acima; um único artigo não comporta todas as informações que obtivemos durante a realização dessa pesquisa e nesse trabalho só mostraremos a metodologia e o objeto dessa pesquisa.

Nesse sentido, adotaremos o seguinte critério para a construção desse texto:

a)      Primeiro, tentaremos mostrar o conceito de Sociolinguística;
b)      Segundo mostraremos sua origem e relevância para o desenvolvimento dos estudos da linguagem humana;
c)      Terceiro: abordaremos alguns conceitos de alguns termos inerentes a esse campo de estudo, que acreditamos serem relevantes para melhor compreender não só o conceito dessa Ciência, mas também seu alcance;
d)     Também tentaremos esclarecer as diferenças entre História Oficial e História Oral.

2. SOCIOLINGUÍSTICA: CONCEITO, ORIGEM E ALCANCE

Antes de tratarmos da Sociolinguística, trataremos da Linguística, porque há relações intrínsecas entre essas duas áreas do conhecimento científico e ainda sabemos que a Sociolinguística, na verdade, é uma subdivisão da Linguística. Assim, é com Ferrarezi (2007, p. 24), que mostraremos um conceito adequado da Ciência chamada Linguística: “[...] ciência que estuda a linguagem humana. Tradicionalmente, atribui-se ao suíço Ferdinand de Saussure a fundação da lingüística moderna, lá pelos idos de 1900 (a publicação póstuma de seu Curso de Lingüística geral é de 1916).”

Dessa forma, qual seria a relação da Linguística com a Sociolinguística? É um dos fatos que tentaremos deslindar no transcorrer desse trabalho. Sabemos que segundo a tradição européia a Linguística está vinculada à área da Antropologia, mas, na tradição brasileira à de letras. Sendo assim, essa Ciência pela complexidade do seu objeto de estudo, teve que se dividir em áreas as quais teriam uma preocupação específica em relação à linguagem: Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Semântica, Pragmática, Neurolinguística, Sociolinguística e Psicolinguística, as quais se tornaram áreas de maior relevo, que podem ser desenvolvidas de forma teórica ou aplicadas. Portanto, foi necessário tratar antes da Linguística, já que a Sociolinguística é uma das subdivisões dessa ciência.

Nesse aspecto, Alkimin e Roberto (2001, p. 28) nos mostrarão a origem e a finalidade da Sociolinguística: o termo Sociolinguística, relativo a uma área da Lingüística, fixou-se em 1964. Mais precisamente, surgiu em um congresso, organizado por William Bright, na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), do qual participaram vários estudiosos, que se constituíram, posteriormente, em referências clássicas na tradição dos estudos voltados para a questão da relação entre linguagem e sociedade: John Gumperz, Einar Haugen, William Labov, Dell Hymes, John Fisher, José Pedro Roma.

Assim, a Sociolinguística deve ser compreendida como a Ciência que procura explicar, descrever, elucidar a relação entre linguagem e sociedade. Dessa forma, abordaremos nesse trabalho alguns conceitos que de acordo com Alkimim e Roberto (2001) mostram melhor essa relação, são eles:

a) falante;

 

b) ouvinte;

c) idioleto;

d) fala;

e) falar;

f) dialeto;

g) idioma;

h) língua;

i) linguagem;

j) variação e mudança linguística.

Nesse sentido, agora vamos tratar separadamente de cada item anteriormente citado:

a)      Falante – seria o sujeito social, histórica e ideologicamente localizado, utilizando-se da fala para expressar o pensamento, comunicar-se e integrar-se na sociedade.

b)      Ouvinte – é a pessoa que ouve, mas também age e reage através da linguagem, respeitando-se os devidos turnos relacionados a uma conversação, também esse sujeito está inserido social, histórica e ideologicamente na sociedade e, na comunidade onde vive. Nesse contexto, o ouvinte se torna não só a quem a mensagem é transmitida, endereçada, mas também num processo de interação comunicativa social pode ainda assumir o turno como falante, por isso, justifica-se falarmos em falante/ouvinte e, não somente falante ou ouvinte.

c)      Fala – seria esse mesmo sujeito apropriar-se do aparelho formal da enunciação e manifestar suas alegrias, tristezas, pensamentos, enfim, expressar-se na sociedade onde vive, agindo e reagindo através da linguagem, conforme suas necessidades, levando-se em conta sua História de Vida, a dos outros e ainda a ideologia, as relações sociais e, por fim a História Oficial.

d)     Idioleto – seria a maneira individual que cada um tem de se expressar, ou seja, a forma particular que cada um possui para falar a sua língua, dessa forma, podemos falar em Idioleto sulista, carioca, baiano, mineiro, considerando-se cada falante em particular, cada indivíduo dessas pronúncias e, não seu conjunto, porque, quando se considera o conjunto temos o que chamamos de Dialeto, do qual trataremos a posteriori.

e)      Falar – seria a maneira diferente de as pessoas se expressarem, ou melhor, o modo diferente e diferenciado de as pessoas falarem sua própria língua e nesse Falar é que surge o que conhecemos como variação lingüística em nível de microrregião, por exemplo, seria o caso de verificarmos como as pessoas falam aqui em Ariquemes, de um bairro a outro, observando diferenças e semelhanças, ou ainda poder-se-ia analisar os diversos falares só dos moradores de Ariquemes num todo, o município em geral: zona rural tanto quanto zona urbana, isso é o que chamamos de verificação dos falares em nível de macrorregião.

f)       Dialeto – seria a maneira diferente de um conjunto de pessoas utilizarem sua própria língua, nesse caso, devemos considerar mais de um indivíduo localizado sócia, histórica e ideologicamente em uma determinada região: sul, sudeste, norte, nordeste, etc.

g)      Idioma – seria a linguagem tomada em sua unidade político-territorial em nível de um ou mais países, por isso, cada país possui a sua língua.

h)      Língua – seria determinado sistema de código estruturado a partir dos signos linguísticos, sinais utilizados pelos homens e pelas mulheres para se comunicarem, expressarem o pensamento e integrarem-se na sociedade da qual participam.

i)        Linguagem – apesar da complexidade que envolve esse tema, tentaremos conceituar, ainda que de modo superficial o que seria a palavra Linguagem, seria, a nosso ver; a faculdade (um dos maiores presentes dado aos homens por Deus, nesse sentido, o melhor presente de todos os outros já existentes, doado aos homens e às mulheres por Deus, ainda que conheçamos a teoria científica acerca do conceito de Linguagem) para se expressarem, manifestarem suas opiniões, crenças, descrenças, emoções, além disso, para se integrarem sócia, histórica e ideologicamente na comunidade onde vivem.

j)        Variação e mudança linguística – seria o engendrar das variantes, ou melhor, diversas maneiras de dizer, falar, enunciar o mesmo fato em um mesmo contexto e com o mesmo valor de verdade, são as Variações que geram os Dialetos e os Idioletos, apesar de sabermos que não é a língua que muda, todavia são os falantes que  a mudam, quando a utilizam de diversas maneiras possíveis, por isso, não existe a fala “certa” ou “errada”, entretanto, existem maneiras diferentes, adequadas ou inadequadas de se enunciar o mesmo fato com o mesmo valor de verdade ou falsidade. Sabemos ainda que a mudança linguística é um processo inconsciente, involuntário, o qual ocorre normalmente em qualquer língua natural, independente da vontade dos falantes, apesar de que esse fenômeno não acontece aleatoriamente, mas sim, com certa lógica, clareza e coerência.

3. DIFERENÇAS ENTRE HISTÓRIA OFICIAL E HISTÓRIA ORAL

Para tratarmos da História Oficial, antes nos reportaremos ao Houaiss (2002, p. 1543) o qual nos indicará alguns conceitos relacionados à palavra História: Sf. (s.XIV cf. AGC) 1 Conjuntos de acontecimentos relativos ao passado da humanidade, segundo o lugar, a época, o ponto de vista escolhido Inicial freq. Maiúsc. 2 Ciência que estuda eventos passados com referência a um povo, país, período ou indivíduo específico Inicial freq. Maiúsc. 3 A evolução da humanidade ao longo do seu passado e presente; sequência de acontecimentos e fatos a ela correlatos   [...] [1] Mestre em Linguística e Professor da Disciplina de Língua Portuguesa do IFRO – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Ariquemes.

De acordo com o autor acima assinalado, temos vários conceitos para o termo História, inclusive esse autor cita 15 conceitos diferentes para esse vocábulo. Entretanto, somente os três conceitos anteriormente mencionados são relevantes para esse trabalho, dessa forma, comentaremos a seguir cada um dos conceitos acima citados. Nesse sentido, percebemos que os três conceitos são praticamente semelhantes, porque afirmam categoricamente que a História estuda os acontecimentos, os fatos ocorridos no passado. Apenas o terceiro conceito menciona que o estudo da História deve ser feito observando não só o passado, mas também o presente.

Assim, dos três conceitos anteriormente mencionados, o mais importante para a construção desse trabalho é o primeiro, porque, ele tem uma relação intrínseca com o que pretendemos mostrar nessa pesquisa, apesar de não adotarmos as concepções de mundo oriundas da História Oficial, já que afirmamos, no início desse trabalho, que dentre os procedimentos metodológicos adotados para construir essa pesquisa, estariam os procedimentos oriundos da História Oral. Contudo, é interessante comentar uma afirmação contida no primeiro conceito de História dado pelo Houaiss (2001) que além de considerar os fatos passados, A História Oficial considera o ponto de vista escolhido pelos historiadores, esse ponto de vista, essa opinião é que faz a diferença entre a História Oficial e a História Oral.

Nesse aspecto, Pajeú (2010, p. 80) nos mostra que na História Oficial o ponto de vista que é adotado é o dos dominantes, dos privilegiados:

Tradicionalmente, a história tradicional tem uma característica que consiste em privilegiar, de uma perspectiva monológica, o papel dos indivíduos e, em especial, dos grandes homens. Ela tem sido encarada desde sua linhagem como um relato dos feitos dos grandes, a história de elite, com discurso e fatos que se tornaram cânones da História Geral. [...], porém exclui os atores históricos, os sujeitos que participam ativamente da sua construção, [...]

Dessa citação, notamos que a História Oficial privilegia os feitos, os acontecimentos realizados pelos grandes homens, ou seja, privilegia-se a História propalada pela elite com fatos e discursos que se tornaram referências da História Oficial. Contudo, a História Oral tem uma visão diferente e diferenciada da História Oficial, porque um dos principais objetivos da História Oral é dá vez e voz aos sujeitos excluídos pela História Oficial, conforme veremos abaixo.

4. HISTÓRIA ORAL: CONCEITO, ORIGEM E ALCANCE

Segundo Grudzinski (2001) o uso da História Oral remonta aos anos 50 do século XX, vista como modo de deixar o sujeito excluído falar. Baseando-se para isso em suas memórias, dessa maneira, a História Oral garante ao sujeito o direito de contar outra História diferente da Oficial. Por isso, a História Oral trabalha com gravações de entrevistas cedidas pelos seus colaboradores, essas gravações constituem as narrativas sobre suas vidas, assim, estas narrativas constituem o principal objeto de estudo da História Oral.

Sendo assim, Grudzinski (2001) nos mostra ainda que o pesquisador que trabalha com fontes orais, não pode confiar totalmente no passado, nas lembranças de seus colaboradores, já que os relatos e as narrativas ocorridos não constituem literalmente o passado e nem a realidade; são apenas algumas pistas tanto do passado quanto da realidade. Dessa forma, Paiva (1978) apud Caldas (2001, p. 32) nos orientará quanto aos procedimentos empregados na coleta e no tratamento das informações oriundos da História Oral:

a) é preciso deixar o “depoente” falar livremente da vida e da sua vida, contar o que fez o que deixou de fazer e deixar que ele dê sua interpretação de tudo;
b) manter um tom coloquial, deixando a impressão de estar ouvindo o depoente, criando uma pontuação que mantenha a exata entonação da conversa;
c) deixar, no resultado final, o constante vaivém cronológico;
d) suprimir as perguntas proporcionando ao leitor um texto corrido e fácil de ser lido;
e) juntar os assuntos que se separem no vaivém das perguntas e das respostas.

Além desses procedimentos, devemos transcriar o texto gravado com os colaboradores. Transcriar segundo Meihy (2005), seria dialogar com o texto gravado, recriá-lo. Assim, adotaremos a metodologia acima proposta por Meihy (2005) para o registro escrito das entrevistas gravadas e realizadas com os nossos colaboradores em Ariquemes-RO.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Do exposto, pensamos que a Metodologia por nós adotada: Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa de Campo e História Oral fornecerão subsídios para realizarmos de fato nosso trabalho: descrever os diferentes falares dos sujeitos de Ariquemes-RO.

6. REFERÊNCIAS
ALKIMIN, Tânia & CAMACHO, Roberto. Sociolinguística. In: Mussalim & Bentes (org). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. Vol. I. p. 21-75. São Paulo: Cortez, 2001.
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.
______________. A Língua de Eulália: novela sociolingüística. 12 ed. São Paulo: Contexto, 2003.
BOSI, Eclea. Memória e Sociedade – lembranças de velhos. 3ed. São Paulo: Cia das Letras, 1994.
CALDAS, Alberto Lins. Nas águas do texto: palavra, experiência e leitura em história oral. Porto Velho/RO: EDUFRO, 2001.
FERRAREZI JUNIOR, Celso. Ensinar o brasileiro: respostas a 50 perguntas de professores de língua materna. São Paulo: Parábola Editorial, 2000.
________________________. Guia do trabalho científico: do projeto à redação final: monografia, dissertação e tese. São Paulo: Contexto, 2011.
GRUDZINSKI, Ana L. (2001). História oral e memória. Disponível em: http://www.cade.com.br. Acesso em 25 de novembro de 2004.
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
MEIHY, J.C.S. Manual de História Oral. 5ª Ed. São Paulo: Loyola, 2005.
PAJEÚ, Hélio Márcio. Memória, arquivo e gênero do discurso: cogitações acerca de uma (re)construção dialógica da história. In: MIOTELLO, Valdemir [org]. Fios Ideológicos. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010.
TARALLO, Fernando. A Pesquisa sociolinguística. 6 ed. São Paulo: Ática, 2000.




[2] ANDERSON BIAZATTI DANIELETTO Aluno regularmente matriculado no Curso de Informática no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[3] ANTÔNIO GOMES NOGUEIRA JÚNIOR Bolsista do CNPQ/IFRO e aluno regularmente matriculado no Curso de Informática no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO. Também orientando do Professor Mestre Marinho Celestino de Souza Filho no Projeto: Desvelando os Falares dos Sujeitos de Ariquemes-RO.

[4] ALDAIR NATAN BEZERRA DO N. GOMES Aluno regularmente matriculado no Curso de Informática no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[5] ALEF FRANCO DE OLIVEIRA Aluno regularmente matriculado no Curso de Alimentos no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[6] KENNEDY WANDERSON G. DE SOUZA Aluno regularmente matriculado no Curso de Alimentos no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[7] ROBERT WILLIAN CARLOS PINHEIRO Aluno regularmente matriculado no Curso de Alimentos no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[8] LUCAS WEDERSON DE SOUZA FERREIRA Aluno regularmente matriculado no Curso de Alimentos no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[9] MOABSON MATHEUS SARAIVA BATISTA Aluno regularmente matriculado no Curso de Informática no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[10] JÉFERSON NEVES FAXINA Aluno regularmente matriculado no Curso de Informática no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[11] PAULO SÉRGIO BENEVITZ Aluno regularmente matriculado no Curso de Informática no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[12] RIVELINO F. FARIAS JUNIOR Aluno regularmente matriculado no Curso de Informática no 2º Ano do IFRO – Campus Ariquemes-RO.

[13] WANDERSON VIEIRA DE ANDRADE Aluno regularmente matriculado no Curso de Alimentos no 2º Ano do IFRO – CAMPUS ARIQUEMES-RO.

 
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