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Escrito por Angelica Bocca Rossi   
Qua, 13 de Julho de 2011 15:23

A Educação a Distância virou febre no sistema de ensino brasileiro. Mas, é bom esclarecer que, apesar de ser a distância, as vezes muito distante, não se trata de cursinhos ou, pior, curso vago. Existem pessoas que ainda pensam que fazer um curso “pela internet”, é o mesmo que não estudar, ou seja, basta pagar as mensalidades, comparecer às aulas presenciais “só de corpo” e as vezes, depois retirar o diploma, alguns até querem participar da formatura. Ledo engano, pois a necessidade de se organizar, ajustar o tempo, conciliar o estudo com outras obrigações e tarefas, participar das atividades on line, como fóruns e chats, preparar os trabalhos solicitados e, até mesmo o TCC, fazem de um curso a distância uma excelente ferramenta de aprendizado.



As IES que se comprometem em disponibilizar cursos em EaD, precisam estar equipadas com todas as ferramentas necessárias, além de capacitar profissionais, tanto para elaboração do material didático (conteudistas), como professores que preparam suas aulas de acordo com o programa, conteúdos e ementas de cada disciplina, sem mencionar os equipamentos para a transmissão das aulas. Além disso, é preciso disponibilizar, nos pólos, profissionais capacitados, nas áreas dos cursos oferecidos para dar suporte aos alunos durante a exibição das aulas via satélite, os tutores de sala. Os pólos por sua vez se comprometem em manter a qualidade do ensino oferecido, contratando tutores de sala com formação na área específica de cada curso oferecido, que sejam capazes de acompanhar os conteúdos e, ainda, dar suporte e apoio ao aluno em suas dificuldades e dúvidas, tanto no que diz respeito aos conteúdos quanto às habilidades de informática.

Os tutores de sala acabam por serem obrigados a se prepararem com antecedência para poderem suprir as necessidades dos alunos, isso faz com estes estudem e pesquisem tanto ou mais que os próprios alunos. Porém, seu papel nem sempre é reconhecido, pois a sua remuneração é de responsabilidade total dos pólos que, por sua vez, não têm apoio financeiro das IES para melhorar seus salários, a conseqüência é que existe uma rotatitvidade de tutores de sala considerável nos pólos.

Mas, mesmo com esta dificuldade, a Educação a Distância está se tornando uma das melhores opções para a formação universitária do brasileiro, pois, aqueles que precisam trabalhar por longas horas, ou em turnos diversificados durante o mês ou, ainda, viajam muito agora podem realizar o sonho de ter uma formação superior ou uma pós-graduação. Temos ouvido muitos depoimentos de alunos sobre esta nova proposta de “aprendizado” onde estudar tornou-se mais do que importante, agora é também prazeroso. Em período de férias são muitos os alunos que procuram seus pólos para fazerem suas atividades, complementarem seus estudos, usarem a biblioteca, etc., ou seja, podemos observar e concluir que a distância a educação tem modificado a maneira do brasileiro encarar os estudos e tomar gosto por ele.

Então EaD não é brincadeira mesmo. As IES que se propuseram a oferecer esta modalidade de ensino estão colaborando significativamente para o desenvolvimento educacional do país e, principalmente, proporcionando a realização de muitos sonhos. O momento é para ser aproveitado e os investimentos nesta modalidade de ensino mais efetivos, principalmente pelos governos federal, estaduais e municipais, no sentido de incentivar um maior número de IES ofertantes, claro que com todas as exigências cabíveis e, também na instalação de pólos de modo a facilitar o acesso à população.

É preciso lembrar, também, que não são apenas os cursos superiores de graduação ou pós-graduação que estão sendo importantes para a formação acadêmica dos brasileiros, os cursos técnicos profissionalizantes têm a mesma importância e merecem o mesmo apoio político para sua oferta, pois, uma vez formado para o mercado de trabalho, em qualquer idade, o gosto pelo estudo e o empenho por uma formação superior se tornam evidentes e, assim, o esforço por concluir um curso de graduação é muito maior.

Mas para que isso seja realmente bom para o país é preciso que o setor empregatício olhe para a formação em EaD com os mesmos olhos da população, porém, é preciso que a divulgação da qualidade do ensino a distância seja tão efetiva quanto é no ensino presencial, o que depende de uma grande vontade política, que deve iniciar com ações do próprio Ministério da Educação. Educação não é nunca foi, nem poderá ser brincadeira, não importa em que modalidade seja oferecida.

 
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