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Edições Anteriores 281 Cursos de engenharia e geologia são insuficientes no Brasil, principalmente no Estado da Bahia
Cursos de engenharia e geologia são insuficientes no Brasil, principalmente no Estado da Bahia PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Luiz Carlos dos Santos   
Qua, 13 de Julho de 2011 00:00

De acordo com as pesquisas de conceituados Institutos ou denominações congêneres do país, as carreiras mais promissoras no Brasil estão situadas nas áreas das tecnologias, principalmente as engenharias, com ênfase na construção civil. Isso, em grande parte, em virtude da Copa de Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Esse é, também, o pensamento da pesquisadora Sílvia Mugnatto (2010, Rádio Câmara). O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, certamente tem influenciado essa tendência; acresça-se aos três fatores apontados, a estabilização da economia. A construção civil e outros ramos da tecnologia, a exemplo de transporte, energia, mobilidade, minas, dentre outros vêm atravessando situação crítica.



Portanto, as Instituições de Ensino Superior (IES) devem estar atentas às demandas da contemporaneidade, com a finalidade de suprir, também, as reais necessidades do mercado, oferecendo cursos que garantam a inserção de egressos no mundo do trabalho. Aliás, além de formar o cidadão para a vida, sociedade; o foco para o trabalho é uma das principais funções das Universidades, Centros Universitários e Faculdades Isoladas.

A vida é dinâmica, as demandas obedecem a um ciclo de desenvolvimento/crescimento; os movimentos ocorrem na economia: as IES devem antever o futuro. A formação de professores para a educação básica é relevante, principalmente em países subdesenvolvidos ou em processo de desenvolvimento; mas os avanços tecnológicos, o fenômeno dos blocos globais, a preocupação com o meio ambiente e sua sustentabilidade devem e necessitam estar nas agendas das Academias. O momento é propicio para ‘o repensar’ das ofertas curriculares - criando-se cursos em sintonia com o estágio de crescimento; suspendendo ou desativando ofertas curriculares saturadas; inserindo formatos/natureza de cursos previstos na legislação educacional, enfim, concebendo, inclusive, novas formações, valendo-se do princípio da autonomia didático-científica, prevista na Carta Magna da República Federativa do Brasil de 1988.

Segundo Rafael Avena - Diretor Técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), em entrevista à Vanessa Alonso, do Jornal A TARDE, edição de 10/07/2011, a produção mineral no Estado deve ter um acréscimo de 20% (vinte por cento) com relação ao ano passado, quando os números ficaram em R$ 1,69 bilhão. “[...] Esse aumento ocorre por conta das novas demandas do setor e novas áreas que vão entrar em produção” (AVENA, 2011, p. 1, cad. emprego e negócios). Paradoxalmente, geólogos e engenheiros de minas estão escassos na Bahia: apenas um curso, em cada área (minas e geologia) é oferecido em todo o território baiano, por uma única IES, a Universidade Federal da Bahia (UFBA). De acordo com os dados fornecidos na entrevista supramencionada, oriundos da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado (SICM), a produção mineral na Bahia (em R$ bilhões) saltou de 2007 para 2010, de 0,847 para 1.692.

Urge, portanto, que as demais Instituições de Ensino Superior no estado da Bahia, estaduais (quatro) e privadas comecem a oferecer cursos na área de tecnologia, voltados às engenharias, bem assim à geologia. A título de exemplificação, cita-se a declaração do diretor de Operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI, 2010), Rafael Lucchesi, o qual asseverou que, de cada 100 formandos, pouco mais de 4 são de cursos de engenharia. Na China, este percentual sobe para 40%.

Diante do exposto, reafirme-se que no Brasil como um todo e, na Bahia, em particular, as Universidades, mantidas pelo tesouro estadual e as Instituições Privadas devem implantar, urgentemente cursos voltados às engenharias (civil, minas, dentre outras), bem assim bacharelado em geologia.

Referências:
ALONSO. Vanessa. Emprego & Negócios. In: A TARDE, Salvador, p. 1, 10 jul. 2011.
AVENA, Rafael. A Bahia está apenas começando no setor mineral. In: Trabalho: as oportunidades estão em 10 empreendimentos em instalação no Estado. A TARDE. Salvador, cad. emprego e negócios, 10 jul. 2011.
LUCCHESI, Rafael. Empregos no Brasil. In: Entrevista à Rádio Câmara. Brasília: Rádio Câmara, 13 abr. 2010.
VALVERDE, Lúcia Barbosa. O currículo: componentes e dimensões. Belo Horizonte: Alvorecer, 2010.

 
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