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Edições Anteriores 284 O devir na educação
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Escrito por Wolmer Ricardo Tavares   
Qui, 11 de Agosto de 2011 00:00

“O mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio, porque o homem de ontem não é o mesmo homem, e o rio de ontem não é o mesmo rio”

Heráclito


Devir é um tornar-se, transformar-se. Para a filosofia é o movimento pelo qual as coisas mudam, se transformam, por isso cabe aqui a pergunta: Será que a educação oferecida pela maioria das escolas públicas em nossa contemporaneidade tem causado o devir em seus educandos?



Nós educadores temos todas as ferramentas para causar um devir em nossos educandos, e esse causar, sinônimo de motivar, originar, produzir precisará ir contra a atrofia da curiosidade, atrofia esta imposta pela elite politizada e manipuladora da classe amorfa. Nossas práticas pedagógicas na maioria das vezes tem causado uma inércia ou até mesmo uma debilidade no pensar, na curiosidade de nossos educandos e isso ocorre devido a facilidade em obter a informação e a falta de discernimento para perceber o que é relevante ou não.

A tecnologia da informação, os professores mal preparados e os sites de buscas têm colaborado com a preguiça mental de nossos educandos, o que conseqüentemente aumenta de forma gradativa essa atrofia e consequentemente a apatia dos educandos. Uma maneira de nós educadores incentivarmos o educando a ser curioso sem abrir mão da tecnologia e dos sites de buscas, é através da pesquisa, não uma pesquisa que faz o aluno copiar da internet e entregar para o professor sem ler o que foi copiado, e o professor omisso sem mostrar a devida importância e pedir para que seus educandos respeitem os direitos autorais. Essa pesquisa deverá cruzar informações de vários autores e fazer com que o educando faça suas próprias considerações. Obviamente, isso deverá ser aplicado de acordo como o ano escolar em que ele se encontrar.

Ao fazermos desse método uma prática comum, estaremos fazendo nossos alunos deixarem de ser fantoches manipulados por uma elite politizada corrupta e passarem a protagonistas de suas próprias vidas. Por isso o devir deve ser o foco de uma educação libertadora, visto que essa educação norteará os educandos para um conhecimento corrosivo, crítico e aplicável a um contexto, o que implicará nas mudanças necessárias de comportamentos, atitudes e a busca para uma melhor qualidade de vida auto sustentável.

Somos seres em constantes mudanças, mas essas mudanças não têm ocorrido de maneira a nos direcionar para uma criticidade, para um eu corrosivo com o sistema, para um eu questionador e que faz a diferença. Tais mudanças devem vir em conseqüência a uma educação de qualidade, e educação implica em libertação, libertar-se de amarras, de alienações, acomodações, inércia, latência e se deixar o ar da cidadania encher nossos pulmões, o ar que sairá como um estampido quando se ver ou ouvir falar de corrupção, pois essa boca não se calará mais e este ser não será mais conivente com o sistema.

O devir é essa busca, essa mudança que passará a ser constante para nosso crescimento como homem de bem, homem instruído, letrado e não ignorado, que removerá montanhas de preconceitos, de corruptores e corruptos, de políticos néscios e com palavras fundamentadas na ética, na disciplina e no exemplo, vivendo todos os dias e sendo o meio de proliferação com uma educação de excelência, excelência essa que irá alavancar a inteligência social de nossos educandos, que tem como função compreender o sentimento dos outros, proporcionando assim uma maior colaboração entre os indivíduos, desenvolvendo neles a empatia e habilidades de se trabalhar em grupos e conviver em comunidades com maior interação, envolvimento e comprometimento.

A educação pública ao tem causado um devir em nossos educandos, apenas tem deixado o futuro de nossa nação em uma latência, ou seja, uma “inatividade entre o estímulo e a resposta” (AURÉLIO, p. 1023, 1986) o que implica em uma apatia e é justamente assim que a grande maioria de nossos educandos saem das escolas públicas, ou seja, em completa inatividade e sem perspectiva de um futuro promissor.

 
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