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Por uma EAD autônoma, crítica e de qualidade: a avalição da aprendizagem em EAD PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Eleison Diettrich de São Christovão   
Qua, 11 de Maio de 2011 00:00

RESUMO: No cenário da modalidade de ensino a distância é crescente o movimento de ações pedagógicas no sentido de proporcionar ao educando competências e práticas que auxiliem a autonomia na construção do aprender e maior qualidade neste processo de ensino- aprendizagem. Este trabalho destaca aspectos importantes deste modelo de ensino, favorecendo um ambiente onde o conhecimento possa se constituir de forma multidimensional, interdisciplinar, autônomo e cooperativo. A avaliação formativa da aprendizagem apesar de ainda ser um tema complexo, ao associar-se com as ferramentas das novas tecnologias da informação e comunicação, é ainda um instrumento capaz de auxiliar a relação ensino-aprendizagem, principalmente como apresentada neste trabalho.



Através do presente estudo foi possível observar que o comprometimento com a qualidade requer exigências técnicas, tecnológicas e pedagógicas para que a EAD possa se firmar como referência de educação no mundo atual e na pluralidade sócio-cultural, proporcionando o aperfeiçoamento constante e a formação comprometida com uma consciência crítica e participativa do aluno na sociedade.

Palavras–chave: aprendizagem autônoma; avaliação formativa; construção do conhecimento

SUMÁRIO

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

I.1 Contextualização da EAD..........................................................07
I.2 Justificativa............................................................................07
I.3 Objetivos geral e específicos.....................................................08
I.4 Motivação para o trabalho........................................................08
I.5 Metodologia do trabalho..........................................................08
I.6 Organização para o trabalho.....................................................09

CAPÍTULO II - EAD

II.1  Histórico da EAD.................................................................10

II.2  A EAD no Brasil Contemporâneo ...........................................12
II.3  Aprendizagem na EaD..........................................................14
II.4 Conclusão ..........................................................................17

CAPÍTULO III – A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM EAD

III.1 Introdução.........................................................................18
III.2 Estratégias de avaliação da aprendizagem na EaD.....................19
III.3 Diretrizes para uma avaliação formativa em EaD........................22
III.4 Exemplo de Avaliação .........................................................29
III 5 Conclusão..........................................................................30

CAPÍTULO IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................30

V - REFERÊNCIAS ......................................................................31

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
I.1 - Contextualização da EAD

Apesar da Educação a Distância (EAD) ser considerada uma oportunidade para que muitas pessoas, excluídas dos processos educacionais tradicionais possam voltar a estudar, sua complexidade é um grande desafio para os educadores e gestores envolvidos nesse processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias e que requer grande responsabilidade e autonomia por parte dos estudantes que optam por esta modalidade educativa. A EAD proporciona um meio para virtualmente diminuir distâncias geográficas e, de uma forma mais abrangente, gerar grandes transformações sociais e econômicas. Sua prática visa primordialmente democratizar o acesso ao ensino, elevar o padrão de qualidade da educação e incentivar o aprendizado dos estudantes. No entanto, para que qualquer projeto de EAD possa obter sucesso, são necessárias mudanças profundas no modelo didático- pedagógico com a adoção de novos paradigmas educacionais.

Esses novos paradigmas, juntamente com as inovações tecnológicas, somam-se em uma abordagem metodológica específica para educação de massa e colaboram no desenvolvimento da construção do conhecimento coletivo. Haja vista que:

(...) a opção por uma pedagogia menos “instrucionista” já não é apenas uma questão de preferência ou de afinidade intelectual com esta ou aquela teoria. E, sobretudo, uma condição de sobrevivência humana tanto no plano individual como no coletivo, já que precisamos desenvolver pensamentos cada vez mais abrangentes, reflexivos e criativos no sentido de encontrar soluções originais aos problemas que afligem a humanidade. Certamente, cabe à educação um papel fundamental neste sentido (MORAES, 2000/01, p.05).

Neste novo e desafiante cenário educacional precisamos conhecer profundamente as particularidades e características da EAD, o novo papel do professor/tutor, do material didático e da avaliação, com o propósito de concretizarmos os inúmeros benefícios advindos desta tão proclamada modalidade de ensino-aprendizado.

I.2 - Justificativa.

Conforme Moran (2008) a educação do futuro necessita desenvolver um novo perfil de aluno: Não basta formar alunos empreendedores, se não têm uma formação social, uma preocupação com os outros e um comportamento ético. O foco da educação não pode permanecer somente no nível pessoal, individual, na preparação profissional. Por isso, é importante focar também o desenvolvimento social, o engajamento numa sociedade  mais  justa,  o  compromisso  do  conhecimento  pessoal  com  os  que convivem conosco, com o país, com o planeta, com o universo. A educação precisa que cada aluno se insira na comunidade e desenvolva sua capacidade de assumir responsabilidades e direitos. (MORAN, 2008, p.66).

E de acordo com Nogueira (2002): A educação na atualidade tem como premissa fundamental conceder uma enorme importância à atividade do aluno como sujeito, para que se forme e se desenvolva plenamente sob a direção segura de um professor capacitado, em um processo bilateral que tem lugar em um meio coletivo onde todos, dentro de um conceito de educação inclusiva, têm direito à voz. (NOGUEIRA, 2002, p.05).

Com base nos autores acima, verificamos que um estudo, que tivesse como foco o desenvolvimento da autonomia e do senso critico dos estudantes de cursos de EAD, necessitaria de levantar critérios de qualidade para estes cursos. Neste sentido, justifica-se plenamente a proposta desta pesquisa como trabalho de fim de curso.

I.3 - Objetivos geral e específicos.

O objetivo central desse trabalho é refletir sobre um modelo de curso a distância onde exista: autonomia - significando legislação própria, adaptação às realidades regionais e tomadas de decisões, crítica  -  significando  uma  preocupação  com  a  formação  de  seres  pensantes  e  não  alienados  e qualidade – significando a capacitação dos professores e tutores em tecnologias da informação e comunicação (TIC’S)  e adequação do número de alunos por tutor.

Sobre os objetivos específicos a serem trabalhados, cabe salientar: identificar as orientações ideológicas explícitas e implícitas e relacionar as principais tendências legais apontadas na legislação de EAD; registrar a aplicabilidade da EAD nos diferentes contextos nacionais, com ênfase no diálogo entre as metodologias e as práticas docentes; relacionar as exigências de novas competências do papel do tutor/professor e a mediação na aprendizagem; destacar a autonomia dos estudantes; a produção de material  didático  como  ferramenta  de  qualidade  na  EAD;  registrar  as  dificuldades  inerentes  ao processo educacional à distância; a avaliação como processo de aprendizagem, bem como, esclarecer outros elementos que possam ajudar a entender a complexidade deste tema.

Para atingirmos os objetivos acima, utilizaremos pesquisa bibliográfica relativas à Educação em geral e à Educação a distância, em buscas dos argumentos necessários para desenvolvermos um trabalho de qualidade. Tomando por base as reflexões apontadas por este trabalho de pesquisa, pretende-se pontuar os fatores que contribuem para redefinição e organização da EAD, considerando tendências atuais e a reconstrução metodológica das práticas e formas do processo educacional de massa.

I.4 - Motivação para o trabalho

O interesse por este trabalho surgiu do fato de querermos complementar o que nos foi apresentado ao longo desse curso de pós-graduação. Buscando aprofundar nossos conhecimentos sobre a EAD, a partir do estudo de novos teóricos e complementando com nossas experiências individuais em EAD, tanto como receptores quanto como transmissores, motivou-nos ao desenvolvimento desse Trabalho Final de Curso (TFC).   Este trabalho será de grande importância para a continuidade ou mesmo inserção profissional nessa área de atuação; uma vez que nos últimos anos essa nova modalidade de educação está em expansão e atinge cada vez mais, um maior número de pessoas e necessita de um número cada vez maior de professores e tutores com formação adequada.

I.5 - Metodologia do Trabalho

A metodologia empregada na elaboração deste trabalho, com vista à conclusão do curso de Pós- graduação  em  Planejamento,  Implementação  e  Gestão  da  Educação  a  Distância  oferecida  pelo LANTE/UFF, teve por premissa uma postura colaborativa. Inicialmente, pelo fichamento das obras consultadas e realizado para documentar uma extensa revisão bibliográfica, e que deram origem a diversas fichas que foram disponibilizadas em uma base de dados para consulta de todos os autores. Posteriormente pela edição colaborativa da primeira parte do trabalho, através da utilização da ferramenta Wiki do ambiente Moodle

A segunda parte do trabalho de responsabilidade individual foi elaborada a partir de pesquisas bibliográficas focadas em temas correspondentes aos interesses e experiências particulares de cada autor, que correlacionaram vivências profissionais e acadêmicas aos pressupostos teóricos para uma EAD  de  qualidade.  Concluindo  o  trabalho  através  de  uma  análise  individual,  mas  baseada  nas propostas desenvolvidas pelos parceiros de trabalho, Nogueira (2010), Diettrich (2010) e Oliveira (2010). Este processo metodológico veio coroar uma das principais características da EAD: A colaboração para construção de conhecimento.

I.6 - Organização para o trabalho

Esse trabalho está organizado em quatro capítulos.O primeiro capítulo traz as considerações iniciais e uma pequena contextualização da Educação à distância. O segundo mostra um aprofundamento histórico e político da evolução da EAD nos cenários internacional e brasileiro e aborda as forma de aprendizagem da EAD. O capítulo três discute as forma de avaliação da aprendizagem na EAD, suas estratégias e diretrizes, focalizando numa avaliação formativa, por ser mais abrangente e utilizar várias ferramentas que estão disponíveis num ambiente virtual de aprendizagem. Os aspectos relativos à construção coletiva do conhecimento, à avaliação do aprendizado em cursos de EAD, a importância da tutoria nessa modalidade de ensino tão relevantes quanto ao material didático e seus recursos no desenvolvimento da aprendizagem serão articulados em conjunto no quarto capítulo, que mostra uma conclusão preliminar para um curso de Educação a Distância de qualidade baseadas em estudos apresentados nesse trabalho e nos trabalhos complementares de Nogueira, 2010, Diettrich, 2010 e Oliveira, 2010.

CAPÍTULO II – EAD

Mediante a uma sociedade, cada vez mais complexa e exigente, a educação tende a se transformar, acompanhando sua evolução e modificações sociais ao longo do tempo. Para Moran (2005) isto se dará cada vez mais, de forma inclusiva, em todos os níveis e modalidades e em todas as atividades profissionais e sociais, contudo a base para que estas mudanças sejam para uma sociedade melhor é a educação. A Educação à Distância trouxe novas perspectivas e veio oferecer uma abordagem pedagógica inovadora, baseada no desenvolvimento de uma aprendizagem autônoma e colaborativa.

Um novo sentido ganha espaço na relação ensino-aprendizagem, onde novas habilidades e competências norteiam professores e alunos na construção do conhecimento, reduzindo espaços geográficos e democratizando o acesso a educação.

II.1 Histórico da EAD

A educação a distância é fenômeno antigo no mundo, na Antiguidade já existiam discípulos que trocavam correspondência com objetivo de aprendizagem, inicialmente na Grécia e depois em Roma. No século XV com a descoberta da imprensa por Gutemberg na Alemanha, abre o caminho para substituição dos livros manuscritos pelo impresso, possibilitando o acesso ao livro. Como primeiro marco na educação à distância, podemos destacar um anúncio publicado no jornal Gazeta de Boston, EUA, no século XVIII no ano de 1728, do professor Cauleb Phillips oferecendo aulas de taquigrafia.

Para Saraiva (1996) mais tarde, no século XIX, na Suécia e Inglaterra, nos anos de 1833 e 1840, também ocorreram anúncios fazendo referência a aulas por correspondência. Em Berlim, no ano de 1856, é criada a primeira escola de línguas por correspondência, surge a forma institucionalizada.

Segundo o autor (idem) é importante destacar o avanço da educação à distância no cenário mundial: Nos EUA surgem em 1873 e 1891 a Society to Encourage Study at Home em Boston e inicia o International Correspondence Institute com um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração,  na  Pennsylvania.  Na  Universidade  de  Wisconsin  é  apresentado  pelos  professores  o primeiro curso de extensão universitário, em 1892, na Universidade de Chicago. Em Oxford (1895), através de correspondências foram preparados as primeiras turmas de estudantes para o Certificated Teachers Examination, iniciam-se os cursos de Wolsey Hall e na Suécia em 1898 é criado o curso de correspondência, o famoso Instituto Hermod.

Adentrando o século XX, observa-se movimento contínuo de consolidação e expansão da educação a distância, confirmando, de certo modo, as palavras de William Harper, escritas em 1886: "Chegará o dia em que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais. (SARAIVA, 1996, p.18)

No Brasil, data na versão moderna do começo do século XX. No início aconteceu por meio do correio, do telex, do rádio e da televisão. Com a introdução dos computadores, o ensino a distância se sofisticou e, com o fenômeno da Internet, acabou tornando-se uma alternativa possível para democratização do acesso à informação.

Inexistem registros acerca da criação da Educação a Distância no Brasil. Tem-se como marco histórico à implantação das “Escolas Internacionais” em 1904, representando organizações norte-americanas. Entretanto, o Jornal do Brasil, que iniciou suas atividades em 1891, registra na primeira edição da seção de classificados, anúncio oferecendo profissionalização por correspondência (datilógrafo), o que faz com que se afirme que já se buscavam alternativas para a melhoria da educação brasileira, e coloca dúvidas sobre o verdadeiro momento inicial da Educação a Distância. (ALVES, 1993, p.36).

O autor (idem) ressalta que a crise na educação nacional já era notada na época, buscando-se desde então opções para a mudança do status quo. Visto o relato do Ministro da Justiça e Negócios Interiores,  que  abrangia  a  Educação,  “o  ensino  chegou  (no  Brasil)  a  um  estado  de  anarquia  e descrédito que, ou faz-se a sua reforma radical, ou preferível será aboli-lo de vez”.

A educação a distância começou, portanto, num momento bastante conturbado da educação brasileira, tendo sua instituição em 1936, com a criação do Instituto Rádio Técnico Monitor, com programas dirigidos ao ramo da eletrônica. (ALVES, 1993, p.39).

De acordo com Saraiva (1996) a criação, por Roquete-Pinto, entre 1922 e 1925, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro surge como um marco, utilizar a radiodifusão como forma de ampliar o acesso à educação. Em 1936 foi doada ao Ministério da Educação e Saúde e no ano seguinte criado o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. Mais tarde a Diocese de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, criou em 1959 algumas escolas radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação de Base, que foi o inicio da EAD não formal no Brasil.

Após o impulso inicial, o autor (idem) destaca que foram muitas as escolas por correspondência, que originaram o protótipo da nossa EAD atual; tais como o SENAC, o IBAM, Fundação Padre Landell de Moura e o Instituto Universal Brasileiro. Mas, que segundo Pereira (2005), motivou visão de descrédito perante a EAD:

Historicamente, a Educação a Distância (EAD) surge como modalidade de ensino e aprendizagem voltada para o ensino de ofícios com baixo valor acadêmico, como por exemplo, cursos de corte e costura, modelagem e o eletrotécnico. Logo depois, é responsável pela formação supletiva de pessoas que teriam fracassado na educação formal e estariam à margem do processo educacional. É possível que essa origem da EAD tenha gerado suspeitas e críticas que permanecem impregnadas no imaginário coletivo, mesmo depois de tantas mudanças. (PEREIRA, p.23)

Para Saraiva (1996) o Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares (Projeto Saci), criado em caráter experimental de 1967 a 1974, tinha o objetivo de oferecer a teleducação, via satélite. Neste projeto, previa-se além da idéia de usar o rádio e a televisão, utilizar feedback aos alunos, através de correções de testes. Este projeto foi um “experimento de utilização ampla” dos meios de comunicação em massa para fins educativos.

Surge no final da década de 1990, conforme elucida CRUZ E BARCIA (2000), os primeiros cursos  oferecidos  em  sistema  de  vídeo  conferência  no  Brasil  fazem-se  necessário  reconhecer  e perceber o sentido e as possibilidades dos recursos tecnológicos. Em 1991 é lançado o programa “Um Salto para o Futuro” dirigido à formação dos professores e veiculado por emissoras de televisão educativa. (SARAIVA, 1996).

Conforme Pereira (2005) a partir de 1993 o SENAI do Rio de Janeiro, cria o Centro de Educação a Distância, com material impresso e com alguns momentos presenciais. Saraiva (1996) relata que o governo do Brasil, através do MEC e do Ministério da Comunicação, toma as primeiras medidas para a formulação de uma política nacional de EAD, com a criação do Decreto n° 1.237, de 06 de setembro de 1994, que institui o Sistema Nacional de Educação a Distância.

Observa-se,  a  relevância  da  educação  à  distância  no  Brasil,  conforme  esclarece  Campos (2007), através de bases legais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e regulamentada pelo Decreto nº. 5.622 de 19/12/2005. Em 2005 foi criado o Sistema Universidade Aberta do Brasil com regulamentação através do Decreto nº. 5.800, de 08 de junho de 2006, onde novas perspectivas se estabelecem para a EAD.

Para Mugnol (2009): A estrutura administrativa da EAD, criada pelo Ministério da Educação (MEC), com a criação de uma secretaria específica para EAD, manuais de avaliação e regras próprias  para  credenciamento  de  Instituições,  autorização  e  reconhecimento  de cursos, tem feito com que a educação a distância se desenvolva em paralelo com a Educação Presencial (MUGNOL, p. 342).

Novas tendências nortearam a trajetória da EAD, que através da informática com o suporte digital  dado  pela  internet  ampliam  o  processo  educacional  e  a  relação  ensino-aprendizagem.  A educação avança e a tecnologia propicia uma interação mais ampla com o recurso nos ambientes virtuais de aprendizagens – AVAs, que estabelecem uma nova dimensão no processo de desenvolvimento da aprendizagem e da construção do conhecimento.

As interações por meio dos recursos disponíveis no ambiente propiciam as trocas individuais e a constituição de grupos que interagem, pesquisam e criam produtos ao mesmo tempo em que se desenvolvem. [...] A educação a distância em ambientes virtuais permite romper com as distâncias espaço - temporais e viabiliza a interatividade, recursividade, múltiplas interferências, conexões e trajetórias (ALMEIDA, 2002, p. 02).

Diante deste cenário, a EAD se fortalece como modalidade educacional, com bases sólidas e metodologia pedagógica onde a liberdade de aprendizagem com a flexibilização de formas, métodos, didáticas,  tempo  e  espaço,  caminham  para  absorver  novas  percepções  do  mundo  moderno,  das relações sociais e da própria formação do cidadão contemporâneo.

II.2 A EAD no Brasil Contemporâneo

A EAD veio para contribuir com a educação de forma significante no Brasil, garantindo a participação democrática ao acesso à informação e a formação formal, em todos os níveis, e também a formação continuada, visando atualizar e capacitar profissionais que já atuam no mercado de trabalho.

Ristoff (2007) afirma que de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Educação a Distância realizada em 2000, 13 cursos superiores reuniam 1.758 alunos. Em 2008, havia 1.752 cursos de graduação e pós-graduação lato sensu com 786.718 alunos matriculados. Um aumento de quase 45.000 por cento.

Para Polak (2008), com o advento da internet e da banda larga, o oferecimento dos cursos de EAD tornaram-se viáveis na graduação e na pós-graduação. Atualmente, mais de 93% dos cursos de graduação e pós de EAD utilizam a internet como principal meio de ensino. O uso de vídeos online está presente em mais de 57% das instituições, sendo que em 52% delas a transmissão comporta interatividade entre estudantes e professores.

Sobre essa ampliação do uso da tecnologia na área educacional, Menezes (1998) afirma que:

A incorporação de novas tecnologias tem alterado profundamente o campo de mediação, antes cumprindo funções complementares de remediação ou suplementares, adquirindo relevante papel na passagem da sociedade industrial para a  sociedade  do  conhecimento,  contribuindo  para  o  desenvolvimento  de  novos talentos e de novas habilidades no mesmo campo profissional e, também, para o desenvolvimento de competências que concorrem para mudanças no curso da vida. (MENEZES, p.21)

Para Menezes (1998), isso tem possibilitado o desenvolvimento de metodologias educacionais que favorecem os processos interativos do aluno com o professor e a organização educacional, ampliando a flexibilidade e a acessibilidade.

Apesar desse crescimento e expansão, apenas recentemente é que se começou a investir na EAD como uma saída para tentar suprir a demanda por formação superior no Brasil. Criada em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como suas prioridades, a formação inicial de professores da Educação Básica pública, assim como a formação continuada de profissionais da área educacional. Segundo dados da própria instituição (UAB), através da parceria com 38 universidades federais, ela oferece diversas opções de cursos de extensão, graduação e pós-graduação.

De acordo com Ristoff (2007) mesmo com tantas opções de cursos de EAD espalhados pelo Brasil, ainda é forte a desconfiança no mercado de trabalho em relação aos egressos dessa modalidade de ensino. Isso se deve, em parte, por haver, atualmente, poucos diplomados. O autor (idem) aponta que segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), a graduação presencial formou 736.829 profissionais no ano de 2006, enquanto que o ensino a distância chegou apenas a um total de 25.804. Esse quantitativo ainda é pequeno para que o mercado avalie a competência dos egressos da EAD.

Além disso, pesquisas da Fundação Carlos Chagas (FCC) apontam graves problemas na forma como a EAD tem sido conduzida no país. Segundo Gatti (2009): O governo federal ainda não dispõe de aparato suficiente para acompanhar, supervisionar, e fiscalizar os cursos, fato que comprometeria sua qualidade. Outro ponto frágil da política governamental seria a pouca verba destinada aos tutores feito por meio de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que tornaria a qualificação precária. (GATTI, p.04)

De acordo com a Gatti (2009) é importante que os alunos avaliem as opções antes de se decidir  por  um  curso.  O  documento  “Referências  de  Qualidades  para  a  Educação  Superior  a Distância”, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), indica algumas questões que os alunos precisam saber antes de se matricular em um curso na modalidade à distância. Entre elas, destacam-se o método de ensino, o material didático e as tecnologias usadas, os tipos de interação disponíveis e também quanto tempo levam para os tutores responderem as dúvidas dos alunos.

Tendo em vista a grande quantidade de cursos oferecidos em nosso país, o MEC destaca que outra medida importante é verificar se a instituição está credenciada, se é reconhecida e se já foi fiscalizada. Toda instituição que ainda não tenha sido avaliada, para seu reconhecimento, deve passar por todas as etapas de cadastramento e reconhecimento previstos pelo Decreto nº 5.773, de 2004. Assim, é fundamental que, um possível candidato da modalidade à distância, deve buscar informar-se sobre as instituições de ensino, confirmar se são reconhecidas e como são avaliadas, através dos dados disponíveis no site do Ministério da Educação.

Nos cursos de graduação na modalidade à distância, o tempo de duração é o mesmo da modalidade presencial. De acordo com Bielschowsky (2009), secretário de educação a distância do MEC, os diplomas oferecidos pelas instituições, sejam eles presenciais ou a distância são equivalentes. Exigi-se o mesmo grau de rigor em ambas as modalidades. Segundo o autor (idem) esses dados reforçam o estudo realizado pela Abed, onde apresenta que 61,8% dos alunos matriculados na graduação e 45% dos da pós-graduação que abandonaram seus cursos em 2008 alegaram como principal motivo não ter tido tempo suficiente para se dedicar. Isso evidencia que não é nada simples concluir um desses cursos.

Desta forma, percebe-se que a EAD está em plena expansão no Brasil e, a cada dia, há uma preocupação em manter nesses cursos um nível de excelência/qualidade assim como acontece nos cursos presenciais. Além disso, a EAD também tem conquistado seu espaço nas instituições privadas e nas empresas como forma de desenvolver e ampliar os conhecimentos de seus funcionários, através de cursos profissionalizantes, de aperfeiçoamento, entre outros. Sobre essa questão, Menezes (1998) enfatiza que:

A EAD possibilita a oferta permanente de programas que assegurem a formação continuada de forma supletiva no campo da educação formal em todos os seus segmentos e da educação não formal (alfabetização, educação para o trabalho e qualificação para o trabalho). Ao serem estabelecidas as diretrizes da EAD, o foco foi a ampliação das oportunidades em nível de educação formal e não formal de forma a erradicar o analfabetismo, qualificando para o trabalho e oferecendo meios para o exercício da cidadania (MENEZES, p.23).

Importante destacar que essa modalidade de ensino também permite a formação continua em espaços não formais como, por exemplo, programa televisivo, cursos por módulos eletivos, entre outros, ampliando assim as possibilidades disponibilizadas nas diferentes tecnologias de informação e comunicação.

II.3 Aprendizagem na EAD

O advento das tecnologias de informação e comunicação – TIC’S trouxe novas perspectivas para a educação a distância. Foram muitas as inovações, tais quais, facilidades de design e produção sofisticados, rápida emissão e distribuição de conteúdos, interação com informações, recursos e pessoas, bem como à flexibilidade do tempo e à quebra de barreiras espaciais. Vale ressaltar, que mesmo sendo fornecido material relevante para o aprendizado, esse se dá de forma autônoma; as informações podem ser adquiridas de forma livre, de maneiras distintas, desenvolvendo ações, refletindo em conjunto e desenvolvendo a inter-aprendizagem (ALMEIDA, 2002,p.1).

A presença de uma equipe interdisciplinar é imprescindível. Esta dever ser composta por profissionais de diversas áreas: Pedagogia, Tecnologia da Informação, Designer e Especialistas da área foco do curso, que juntos contribuirão, significativamente, para a construção de um ambiente de aprendizagem rico em textos, vídeos e que também favoreça as diversas formas de interação e comunicação possíveis em um ambiente virtual, sendo estes últimos aspectos essenciais para a efetivação do processo de construção da aprendizagem (ALMEIDA, 2002,p.2).

Um dos cuidados que se deve ter quando se pensa em um curso a distância é com o seu planejamento que precisa ser muito bem elaborado. Suas regras devem ser claras para que os alunos saibam exatamente como proceder sentindo-se estimulados a participar ativamente, já que essa modalidade não permite muitas improvisações como numa sala de aula presencial (ALMEIDA, 2002).

A EAD, prevista no art. 80 da LDB (lei de diretrizes e bases), Lei 9.394/96, e regulamentada pelo decreto presidencial de n° 5.622, de 19 de dezembro de 2005 é definida como sendo uma modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos, pode ser considerada como um valioso meio para diminuir distâncias geográficas e propiciar de uma forma geral, grandes transformações sociais e econômicas. Sua prática visa primordialmente democratizar o acesso ao ensino, elevar o padrão de qualidade da educação e incentivar o aprendizado dos alunos.

Será que a  EAD da  maneira  que  está fundamentada  está conseguindo seu objetivo  principal de interação e inclusão social?

Numa  visão  de  Paulo  Freire  da  EAD,  pode-se  classificá-la  em  dois  tipos:  diretiva  e colaborativa (CARVALHO; MATTA, 2007). A diretiva é a mais utilizada pelos empresários da educação, onde o modelo de tutoria é baseado num trabalho com várias turmas, onde há um professor coordenador da disciplina que sistematiza o conteúdo e planeja o curso, porém nenhum dos outros atores sociais envolvidos na relação ensino-aprendizagem tem acesso a ele, ou seja, os tutores passam a ser meros “transpositores” de conteúdo (CARVALHO; MATTA, 2007).

A EAD colaborativa deve ter uma relação ensino-aprendizagem repleta de interatividade e autonomia dos sujeitos envolvidos nesta relação, possibilitando ser este um  ambiente acolhedor e rico em diversidade, permitindo que professores e alunos construam, numa relação colaborativa, as diretrizes  e  o  cumprimento  dos  objetivos  do  curso.  Neste  sentido,  é  importante  conceituar  a comunidade de práxis, ou comunidade de aprendizagem, que nada mais é do que uma relação de aprendizagem decorrente da ação colaborativa de um grupo, ou de uma comunidade, em torno do aprendizado,  de  uma  maneira  interativa  e  consciente  de  todo  processo  (CARVALHO;  MATTA, 2007).

Essas comunidades são facilmente observáveis num ensino presencial, mas também podem, através de computadores conectados em rede, existir num ensino a distância. Com isso serve de base e de fundamento científico para o desenvolvimento das TIC’s (tecnologias da informação e comunicação), e despertar para uma possibilidade de se pensar numa abordagem pedagógica de Paulo Freire, e de outros autores sócio-construtivistas, com aplicação na EAD (CARVALHO; MATTA, 2007).

Assim, esses autores definem os tipos de EAD:

A EAD diretiva portanto é um modelo baseado na pedagogia tradicional. Enquanto que a EAD colaborativa é baseada na repleta interatividade e autonomia dos sujeitos, onde professores e alunos possam construir colaborativamente nas diretrizes e no desenrolar do curso, formando assim uma comunidade de práxis, ou comunidade de aprendizagem,  de  uma  forma  consciente  e  interativa.  (CARVALHO;  MATTA, 2007, p.4).

E definindo a comunidade de práxis, os autores (idem) continuam:

Comunidade de práxis, ou ainda Comunidade de aprendizagem, é um conceito por nós bastante utilizado. Trata-se da relação de aprendizagem decorrente da ação colaborativa de um grupo, de uma comunidade, em torno do aprendizado, de maneira consciente e interativa. A existência dessas comunidades é perfeitamente observável presencialmente, podendo também ser realizada a partir da mediação de computadores conectados em rede. De fato, ao estudar os processos de aprendizagem pertencentes ao homem em sua história, percebe-se que Comunidades de Aprendizagem sempre foram construídas e serviram às pessoas no que refere à construção de aprendizagem social. (CARVALHO; MATTA, 2007, p.4).

Esse fenômeno de interação que ocorre entre aluno-aluno ou aluno-professor, e ainda aluno- conteúdo disponível em meio eletrônico, pode se expandir em rede transformando as relações que antes aconteciam só com o imediato, em relações que podem ocorrer em diversas maneiras, como ao mesmo tempo e lugar; ao mesmo tempo e lugares diferentes; em tempos diferentes e no mesmo lugar; em tempos e lugares diferentes, disseminando assim a sua utilização para fins variados (LINS  et al, 2006).

Todas essas relações que ocorrem de maneira complexa através do meio digital, ou seja, a interatividade na EAD, não são mais lineares, pois com a interconexão de redes, elas agora são transmissões e receptores plurais e intertemporais, que estão trocando informações ao mesmo tempo.(CARVALHO; MATTA, 2007).

Pode-se considerar então que o conceito de interatividade se equivale ao conceito de ZDP (zona de desenvolvimento proximal), onde todos os atores sociais envolvidos na relação ensino- aprendizagem estão sempre imersos numa realidade concreta em busca de soluções válidas às suas demandas sociometabólicas, ou seja, “cada sujeito é parceiro e partilha a construção de todo processo, da concretude de seu contexto e ambiente mediador por completo”. (CARVALHO; MATTA, 2007, p.7).

Considerando-se as facilidades oferecidas pelas ferramentas de interatividade e interação que os atuais ambientes virtuais de aprendizagem (AVA’s) proporcionam, beneficiadas com uma metodologia própria e eficiente, e utilizando-se uma abordagem sócio-construtiva-interacionista, é possível atingir-se o objetivo de uma EAD de qualidade e em expansão. (LINS et al, 2006).

Conclui-se então que num ambiente de educação distância, onde vários atores sociais estão envolvidos e muitas ferramentas são utilizadas, aquele que vai proporcionar uma construção mais efetiva de conhecimento, será o que conseguir uma maior interatividade. O conhecimento técnico dessas ferramentas, tanto por parte do corpo docente quanto do discente aliado a uma atualização constante dos recursos tecnológicos, que cada vez mais se utilizam recursos lúdicos para atrair a atenção dos seus usuários e também uma maior interação entre seus participantes serão os aspectos preponderantes no processo de aprendizagem e de avaliação da EAD. A interação aumenta na proporção em que a maioria tenha acesso a esses recursos tecnológicos e capacitação para utilizá-los.

II. 4 Conclusão

A Educação a Distância, há longo tempo, vem abrindo caminhos no cenário educacional, tanto no exterior  quanto  no  Brasil  e  consolida-se  como  uma  modalidade  essencial  para  a  promoção  da cidadania. Contudo precisa-se garantir que os recursos oferecidos à distância sejam de qualidade e estejam acessíveis para todos os brasileiros. A evolução dos meios tecnológicos conjugado a uma política promotora desse modelo alavanca as discussões acerca dos problemas que ainda persistem e inibem o desenvolvimento que se faz necessário.

Como veículo que diminuindo espaços geográficos, a Educação a Distância se fortalece como facilitadora da construção coletiva do conhecimento e incentivadora da interatividade entre indivíduos que possuem objetivos comuns. Diminuindo de forma substancial as desigualdades sociais.

É principalmente através de uma educação de qualidade, que advêm de um minucioso planejamento dos cursos, dos materiais didáticos e da capacitação dos profissionais que atuarão nesses cursos, que se pode atingir a meta brasileira de instaurar uma consciência social e ter-se uma perspectiva de transformações sociais e econômicas do povo brasileiro.

Acompanhando o avanço tecnológico que tem se estabelecido na sociedade contemporânea, a Educação a Distância atinge importantes patamares, principalmente no que diz respeito, ao alcance dos indivíduos que antes buscavam sua qualificação isolados, através de tecnologias atualmente consideradas obsoletas. Dessa forma, o histórico da EAD comprova a caminhada e sustenta a base dessa  nova  proposta  educacional,  que  lança  mão  das  novas  tecnologias  da  informação  e  da comunicação - NTIC, aposta na autonomia dos alunos e na interatividade nos ambientes virtuais de aprendizagem como combustíveis para o desenvolvimento de aprendizagens significativas.

Os desafios que a Educação a distância enfrenta, apontam para o rompimento de barreiras que até então eram consideradas cristalizadas e que mantinham a educação estacionada, principalmente em espaços que exigiam a presença física dos que buscavam o conhecimento. Dialogar com o contexto tecnológico e econômico dos cidadãos favorece a intenção de transformar todo o quadro histórico de desigualdade existente em nossa sociedade por conta dessas exigências.

Nessa perspectiva, a EAD cumpre com seu propósito de democratizar o acesso à educação de qualidade e aponta para a necessidade de qualificar os profissionais que atuarão nessa modalidade compreendendo,  principalmente,  as  reais  diferenças  existentes  entre  a  educação  presencial  e  à distância.

Várias ações, implementadas pelos órgãos governamentais, favorecem ainda mais o desenvolvimento desta modalidade que, certamente, em curto período de tempo, fornecerá subsídios concretos para transformar a condição inicial dos profissionais da educação que atuam nas salas de aula, melhorando a qualidade e contribuindo para o desenvolvimento de práticas pedagógicas enriquecedoras.

Planejar, implementar e gerenciar essa modalidade de ensino de forma responsável implicará na  efetivação  de  novas  políticas  públicas,  que  garantirão  os  investimentos  para  a  Educação  a Distância, ajudando na consolidação de novas propostas pedagógicas, adequabilidade dos materiais didáticos, capacitação dos tutores e desenvolvimento de inovadoras plataformas para EAD, de forma a garantir a qualidade desta nova modalidade de ensino aprendizagem.

CAPÍTULO III – A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM EAD

III.1 – Introdução

A aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo, dentro de um contexto social, elabora uma representação pessoal do objeto a ser conhecido, e o internaliza. Esse processo dinâmico ocorre no confronto do sujeito (que traz consigo seus conhecimentos anteriores) com a realidade histórica e culturalmente determinada. Então o conhecimento não é só transmitido de uma geração a outra, mas evolui com as novas representações mentais do mundo em função das novas experiências e interpretações da realidade de cada sujeito. Logo, o conhecimento está em transformação, superação e atualização (Pozo, 1998, apud Carvalho; Struchiner, 2000).

Seguindo esses princípios, Freire (1979) aponta que o homem deve ser sujeito e não objeto de sua educação, e que a busca nesse processo de ensino e aprendizagem deve ser realizada por este sujeito. E ainda complementa, [...] “O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o que se deposita (p.38)”.

E em se tratando especificamente da EAD e suas ferramentas de ensino-aprendizagem, Levy (2000) traz algumas reflexões acerca do novo contexto social permeado pela cibercultura e das mudanças que estas vêm trazendo para o novo papel do educando e do professor. Dentre elas ele cita que “os indivíduos toleram cada vez menos seguir cursos uniformes ou rígidos que não correspondem a suas necessidades reais e à especificidade de seu trajeto de vida” (Levy, 2000, p.169).

É com essa abrangência que esse estudo quer elaborar algumas diretrizes para uma avaliação centrada no sujeito da relação ensino-aprendizagem (o educando), na modalidade a distância, levando em consideração as ferramentas que existem disponíveis nos ambientes virtuais de aprendizagem.

III.2 – Estratégias de Avaliação da Aprendizagem na EaD

No Brasil, a EAD é normatizada pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação a Distância (SEED), que atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, fomentando a incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e das técnicas de educação a distância aos métodos didático-pedagógicos (MEC, 2008). Além disso, promove a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas escolas públicas brasileiras. (MEC, 2008). No que tange à avaliação da aprendizagem em Cursos de Graduação a distância, sua legislação se encontra no decreto n° 5.622 de 19/12/2005 (Silva & Silva, 2008).

A avaliação é uma atividade complexa por si só, são muitas variáveis e critérios envolvidos, principalmente quando se trata do processo de ensino e aprendizagem. Por isso entende-se que a cultura e o entorno social estão diretamente ligados a esses critérios. Uma proposta educacional, que é uma ação intencional e sistematizada, pressupõe acompanhamento e avaliação (ALONSO, 2002).   Sua base é o trabalho com os conhecimentos acumulados historicamente, e sua reelaboração, utilizando os signos e significados constituídos social e culturalmente pelos alunos, e mediada no contexto escolar, pelo professor.

Logo pode-se afirmar que a avaliação e o acompanhamento fazem parte desse processo educacional, pois através deles são levantados indicadores da aprendizagem efetiva, e dessa maneira redirecionar, readequar ou reelaborar esse processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, pode-se pensar na avaliação como um trabalho sistematizado, e por isso mesmo surgiram várias teorias e perspectivas do quê e como avaliar. A avaliação pode ser pensada também de forma mais ampla, reconhecendo-se que ela é essencialmente uma atividade política, embora sua relação com a política seja ainda pouco estudada e compreendida (Abramowicz, 1994, p.95 in ALONSO 2002). Porém sabemos que conforme a implementação de determinadas políticas, elas sempre refletem na sala de aula, e conclui-se que a forma de avaliação exprime uma determinada visão de sociedade, homem, escola e ensino. É por isso que é importante se ter um projeto de escola coletivo, autônomo, criativo e democrático.

Muitas das práticas avaliativas da educação regular também podem ser aplicadas na educação a distância, ou seja, o que se entende dos processos de desenvolvimento do conhecimento e dos processos de ensino e aprendizagem, ocorrem a partir de princípios epistemológicos que também são utilizados em sistemas presenciais de ensino. A base de toda avaliação do processo de ensino/aprendizagem deveria ser aquela que possibilitasse, sempre, um conhecimento mais amplo dele gerando, a partir daí, referenciais para tomadas de decisões quanto à manutenção ou não de determinadas práticas escolares (ALONSO, 2002).

De  acordo  com  o  trabalho  de  BLOOM,  HASTINGS  e  MADAUS  (1971),  Manual  de Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar, sugere-se três funções para a avaliação educacional: diagnóstica, formativa e somativa. A avaliação formativa é aquela que ocorre ao longo do processo de aprendizagem, tendo como objetivo a correção das falhas do processo educacional e prescrição de soluções alternativas para a recuperação das falhas de aprendizagem. A avaliação somativa só ocorre no final do processo, tendo objetivos claros para mensuração dos resultados. Já a avaliação diagnóstica, que pode ocorrer antes e durante o processo de aprendizagem, tem como objetivo identificar o conhecimento prévio e o progresso em relação à assimilação dos conteúdos (CALDEIRAS, Ana Cristina Muscas, 2004).

Segundo Perrenoud (1999, p.78), “avaliação formativa consiste em toda prática de avaliação contínua que pretenda contribuir para melhorar as aprendizagens em curso, qualquer que seja o quadro e  qualquer  que  seja  a extensão concreta da  diferenciação  do  ensino".  Hadji (2001, p.19)  define avaliação formativa como sendo “a avaliação que situa-se no centro da ação de formação”, e explica que, "a sua função principal é contribuir para uma boa regulação da atividade de formação. Trata-se de levantar informações úteis à regulação do processo de ensino/aprendizagem".

A avaliação deveria ser formativa, pois ela tem um aspecto importante por não ser uma avaliação estanque, ela é continuada e faz com que o objetivo de tomar decisões no sentido de orientar o estudante para que, tendo em vista os resultados da sua avaliação, caminhe em direção à consecução dos objetivos pretendidos. A partir do resultado deverá selecionar estratégias para recuperar o que não ficou bem aprendido ou que não se aprendeu. Até mesmo nossa legislação educacional a LDB (lei de diretrizes  e  bases),  art.  24,  define  a  avaliação  como  um  "processo  contínuo  e  cumulativo  do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e dos resultados ao longo do período, sobre os de eventuais provas finais". Segundo Perrenoud (1991 apud Hadji 2001), “é formativa toda avaliação que auxilia o aluno a aprender e a se desenvolver, ou seja, que colabora para a regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo”.

A EAD têm pressupostos epistemológicos em comum com a educação regular presencial, tais quais, o foco no aluno, o construtivismo de Jean Piaget, o sóciointeracionismo de Vygotsky, e a mediação da relação de ensino-aprendizagem. Por isso a avaliação pode ser realizada com base no diagnóstico dos tutores/professores dessa relação com o aluno, visando uma tomada de decisão, conforme os resultados alcançados. Assim, destaca Luckesi (1978).

Avaliação pode ser caracterizada, como uma forma de ajuizamento da qualidade do objeto avaliado, fator que implica uma tomada de posição a respeito do mesmo, para aceitá-lo ou para transformá-lo. A definição mais comum adequada, encontrada nos manuais, estipula que a avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão. (LUCKESI, 2003, p. 33).

A legislação brasileira no que tange à avaliação da aprendizagem em cursos de graduação a distância é, no mínimo, anacrônica, prevista no art. 80 da LDB (lei de diretrizes e bases), Lei 9.394/96, e regulamentada pelo decreto presidencial de n° 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Em seu art. 1°, § 1° estão previstos os parâmetros que devem ocorrer na avaliação nessa modalidade de ensino:

A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares,  para  as  quais  deverá  estar  prevista  a  obrigatoriedade  de momentos presencias para:

I – avaliações de estudantes;
II – estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;
III – defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e IV – atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. (Lei 9.394/96).

Nota-se no texto deste decreto uma tendência conservadora, uma vez que optou por preservar o  caráter  presencial  da  avaliação,  talvez  para  garantir-lhe  credibilidade.  Isto  torna  nesse  caso  a avaliação como fator indispensável para validar o processo de aprendizagem. Espera-se que isso mude com o  crescimento  da  EAD  no  país,  e  conseqüentemente  sua  credibilidade,  pois  sabe-se  que  a avaliação deve ser formativa, ou seja, um processo que ocorre em todos os momentos do percurso da aprendizagem, sempre mediado pelo conteúdo, e também pelo sujeito, já que conteúdo e sujeito não estão dissociados.

Com o avanço das TIC’S (tecnologias de informação e comunicação), a realização de uma avaliação mais participativa foi possível, já que os AVA’S (ambientes virtuais de aprendizagem) se consolidaram como ambientes de interação, de colaboração e de construção coletiva de conhecimento (CALDEIRA, 2004,p.2).

Além desses recursos já citados, existem os e-mais, chats, fóruns, listas de discussão e videoconferências que permitem um acompanhamento global por parte dos tutores do aprendizado dos alunos (ALONSO, 2002). Todas essas ferramentas para serem realmente efetivas, devem ter como objetivo mostrar aos alunos o seu desenvolvimento durante todo o processo de aprendizagem.

[...] estes novos ambientes devem ser considerados também no processo avaliativo. Desta maneira, material didático, meios de comunicação, tutoria e organização de meios,  acabam  por  influenciar  os  processos  de  ensino/aprendizagem,  sem  no entanto, modificar seus fundamentos epistemológicos. (ALONSO, 2002). No interior das comunidades avaliativas, pode-se visualizar dois grandes paradigmas: o objetivista e o subjetivista. O objetivista está preocupado com a objetividade preferencialmente construída segundo os rigores da ciência. Sua avaliação refere-se a: testes, provas e análise dos resultados, quase sempre quantitativos, e trabalhados cientificamente. Entre seus grandes críticos, destaca-se Carlos Cipriano Luckesi. O subjetivista admite, ao contrário do objetivista, que a ciência contém impregnações diversas e que é de fato pouco objetiva, é parcial e incapaz de formular leis gerais sobre o funcionamento da natureza. Sua avaliação está sempre presente: é permanente, no sentido de contínua e diária, e está associada ao processo de ensino e aprendizagem (OLIVEIRA, Eloiza da S. G; GAMA, Zacarias J. Métodos e técnicas de Avaliação. Volume 1. Fundação Cecierj, 2006. p.7-29).

Como todo processo de ensino-aprendizagem deve ser envolvido de emoções (Maturana, 1988), a avaliação também deve ser entendida como um ato de amor, que Segundo Maturana (2006, p.237) “é a aceitação do outro como legítimo outro na convivência”.

Defino a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Para compreender isso, importa distinguir avaliação de julgamento. O julgamento é um ato que distingue o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A avaliação tem por base acolher uma situação, para, então (e só então), ajuizar a sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário. (LUCKESI,2008, p.172).

III.3 – Diretrizes para uma Avaliação Formativa em EAD

A avaliação a distância tem muitas características em comum com a avaliação presencial, por isso pressupõe-se uma reflexão prévia das formas de se conceber a educação, conforme Luckesi, (1996, p.28), não há como compreender e praticar a avaliação da aprendizagem escolar em um “vazio conceitual, mas sim dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação, traduzido em prática pedagógica”.  “Nesse sentido, a avaliação, enquanto área de conhecimento da educação, sofre as  influências  dos  diferentes  contextos  pedagógicos,  sociais,  políticos,  econômicos  e  culturais, podendo até ser influenciada pela adoção de modelos de avaliação próprios de outras culturas (Villiard et al, 2005)”.

Como toda avaliação de aprendizagem, pode-se e devem-se mesclar características do paradigma  objetivista  com as  do  paradigma  subjetivista,  uma  vez  que  não  podemos  escapar  da valoração, ou seja, precisamos de uma nota final quantitativa para classificação final dos alunos, em relação a esse tópico, Maia e Costa (2001) consideram que a medida seria a máscara da objetividade na subjetividade. Pois, a própria dinâmica da pesquisa em ciências humanas revelou a impossibilidade de haver neutralidade na relação entre sujeito e objeto do conhecimento, uma vez que nessa relação o objeto, não se mostra ao sujeito tal qual o é, consistindo, isso sim, numa percepção, interpretação elaborada pelo sujeito (Oliveira, 2006).

Em busca de uma avaliação que ocorra ao longo de todo o processo de aprendizagem, a avaliação formativa se aplica muito bem a um curso a distância, segundo Otsuka e Rocha, “Com o apoio computacional, além de avaliações prognósticas e cumulativas, tornam-se mais factíveis as avaliações formativas a distância por meio do acompanhamento e orientação contínuos das participações dos aprendizes em atividades de aprendizagem propostas ao longo de um curso, tais como o desenvolvimento de projetos individuais ou em grupo, discussões síncronas e assíncronas, testes on-line, etc  (OTSUKA e ROCHA, 2005)”.

E Hadji complementa, “A avaliação formativa tem características informativa e reguladora, ou seja, fornece informações aos dois atores do processo de ensino-aprendizagem: ao professor, que será  informado  dos  efeitos  reais  de  suas  ações,  podendo  regular  sua  ação pedagógica; e ao aprendiz, que terá oportunidade de tomar consciência de suas dificuldades  e,  possivelmente, reconhecer  e  corrigir  seus  próprios  erros  (Hadji 2001)”.

Os  avanços  no  desenvolvimento  das  tecnologias  de  informação  e  comunicação  (TICs), tornaram possível que a EaD contasse com recursos tecnológicos sofisticados para favorecerem o processo de construção do conhecimento (Silva e Silva, 2008). Costa e Franco (2005) destacam, que num AVA (ambiente virtual de aprendizagem) é importante a autonomia do aluno, ou seja, eles precisam ser responsáveis pelo seu próprio estudo, porém essa autonomia se limita devido à existência de  prazos  a  serem  cumpridos,  de  regras,  regulamentos  e  outras  exigências  curriculares,  a interatividade, onde ações do professor/tutor devem motivar o aluno a fortalecer sua aprendizagem e colaborar com os outros alunos, junto com materiais de auto-aprendizagem pedagogicamente válidos e orientados  pelos  professores.  Quanto  à  aprendizagem  colaborativa,  Pallof  e  Pratt  (2002,  p.38) afirmam:

“É por meio dos relacionamentos e da interação que o conhecimento é fundamentalmente produzido na  sala  de  aula  online.  A  comunidade de aprendizagem toma uma nova proporção em tal ambiente e, como conseqüência, deve ser estimulada e desenvolvida a fim de ser um veículo eficaz para a educação” (PALLOF e PRATT, 2002, p.38).

Essas ferramentas computacionais que utilizamos nos AVAs, atendem às necessidades de comunicação, informação, armazenamento e interação e podem simular um ambiente real de aprendizagem,   porém   elas   não   garantem   por   si   mesmas   a   interação,   é   preciso   que   os professores/tutores conheçam essas ferramentas para que possam utilizá-las plenamente. Por isso a importância da capacitação dos professores em EAD (Silva e Silva, 2008).

Os quadros 1 e 2, apresentam um resumo das características das ferramentas utilizadas num AVA  (ambiente  virtual  de  aprendizagem),  onde  algumas  delas  podem  ser  utilizadas  para  uma avaliação formativa em EAD. Eles podem ser utilizados em cursos de pós-graduação como o curso da UFF Lante de PIGEAD (planejamento, implementação e gestão em EaD), como também em cursos de graduação online ou semi-presenciais como o atual CEDERJ (Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro / Consórcio CEDERJ).

O quadro 3 mostra uma proposta de avaliação quantitativa que considera a frequencia, a qualidade e a interação do aluno na disciplina cursada. O valor da frequencia pode ser, por exemplo, o número de vezes em que um aluno acessa uma determinada ferramenta, dentro de um determinado espaço de tempo previamente estipulado. Se for um fórum semanal, por exemplo, seria o número de vezes em que esse aluno acessou esse fórum. A interação entre os alunos pode ser registrada nesse quadro, através dos seguintes critérios, segundo Otsuka e Rocha, 2005:

•          Número de assuntos iniciados por um participante;
•          Número de respostas de um participante a mensagens dos tutores;
•          Número de respostas de um participante a mensagens de outros alunos.

No final a nota quantitativa pode ser uma simples média aritmética apenas para situar as notas dentro de um parâmetro pré-determinado ou podem ser atribuídos pesos aos três atributos e assim obter a média final.

Quadro 1 – Demonstrativo da avaliação formativa de ferramentas síncronas em EAD

Ferramentas para uma avaliação formativa de aprendizagem em EAD
Síncronas

Cat – (Salas de bate-papo) - ferramenta de comunicação  síncrona  onde  os  participantes devem estar conectados simultaneamente para o processo de comunicação seja efetuado.

- Depende de agendamento com os alunos;
- Deve ser utilizada para pequenos grupos;
-  É  utilizada  quando  se  quer  um  diálogo  rápido  e  mais informal;
- Deve-se estabelecer regras de conduta;
- É fundamental um estudo prévio do assunto a ser debatido;
- Deve-se explorar a conversa de maneira que dialoguem entre si;
-  Pode-se  avaliar  através  de  relatórios  e  auto-avaliações posteriormente aos chats;
- Pode se avaliar também, os parâmetros freqüência, ou seja, se participou-se ou não do Chat, a qualidade dessa participação, se foi coerente com o assunto tratado e a interação, no sentido de respeitar as opiniões alheias e uma conduta respeitosa com os demais.

Quadro 2 – Demonstrativo da avaliação formativa de ferramentas assíncronas em EAD
Ferramentas para uma avaliação formativa de aprendizagem em EaD
Assíncronas

E-mail- Sistema de troca de mensagens pela Web. As mensagens chegam à caixa postal do destinatário quando ele conecta sua máquina. Para trocar mensagens nesse sistema, é preciso ter um endereço de correio eletrônico.

- A agilidade é sua maior riqueza para a EAD. Como as mensagens de correio eletrônico chegam ao destinatário quase imediatamente, são preciosas para manter contato freqüente e ágil com os alunos. É comum que o estudante da modalidade a distância estude sozinho e de forma solitária. A referência humana que tem está, em geral, no tutor a distância. É primordial que suas demandas sejam respondidas com presteza, que ele perceba o tutor tão próximo quanto possível. As demandas por correio eletrônico devem ser respondidas não só com  agilidade  como  com  atenção  pessoal.  É  um  meio  de contato individualizado em que o aluno pode colocar suas questões de forma privada e particular.
- Não seria utilizada numa avaliação.

Fórum - o aluno pode expressar sua opinião, e sua utilização considera aspectos qualitativos e quantitativos.

- Criam-se hábitos de pesquisa para fundamentação teórica do diálogo nos debates;
- Estimula e exercita o uso da linguagem escrita;
- Alfabetiza digitalmente;
- Cria laços afetivos com os participantes;
-Aprimora a capacidade de argumentação, extremamente importante para participação em um fórum;
-   Adquirir   espírito   de   equipe   colaborativo,   onde   todos aprendem juntos;
- A avaliação pode ser feita utilizando-se o quadro 2 abaixo, onde  seriam  computados  a  freqüência  de  participação  no fórum, a qualidade e pertinência dos assuntos abordados e a interação com os demais colegas.

Blog – também uma ferramenta assíncrona. São páginas pessoais da Internet onde podem ser registrados e atualizados em ordem cronológica, fatos, opiniões, fotos, etc.

- Pode ser criado pelo professor onde coloca-se o programa com conteúdos e orientações de estudo, materiais de suporte, etc;
-  Pode  ser  criado  pelo  próprio  aluno,  porém  estimulada  a criação de um blog específico para fins educacionais.
- A avaliação de um blog caracteriza-se por sua organização e pertinência dos assuntos abordados com o contexto educacional aplicado.

Wikis - ferramenta assíncrona de escrita colaborativa. Deve estar articulada com outra ferramenta como o Fórum e o Chat para que os cursistas  possam  se  organizar  e  traçar  metas juntos.

- Sendo uma ferramenta assíncrona, potencializa a união do grupo;
- Senhas podem ser distribuídas para criarem-se regras para seu uso devidamente;
- Podem ser utilizados medidores de acesso para estimular a sua utilização;
-  Os  trabalhos em  grupo  podem ser  feitos  fora  do  horário escolar e com supervisão do tutor e de outros colegas;
-  Pode  ser  criado  um  ambiente  lúdico,  com  colaborações espontâneas e de forma prazerosa;
- Podem ser publicados trabalhos e produções, incluindo trabalho dos pais;
- O tutor deve acessar e fazer comentários sobre a produção e interações.
- Na sua avaliação podem ser consideradas as variáveis, freqüência, ou seja, se participou-se ou não da construção da wiki, a qualidade dessa participação, se foi construído o texto coerente com o assunto tratado e a interação com os demais, por exemplo, se teve o cuidado de não apagar a parte do texto dos demais participantes.

Tarefa – consiste em desenvolver uma atividade pedida no enunciado, e que será avaliada posteriormente pelo tutor.

– Consiste em desenvolver uma atividade pedida no enunciado, e que será avaliada posteriormente pelo tutor.
- As tarefas permitem ao professor ler, avaliar e comentar as produções dos alunos.
- É realizada preferencialmente nos modos de "escrita on-line", exclusivo para envio de textos simples, ou "envio de arquivo único", mais adequado a envio de tabelas, gráficos, imagens, pdf’s, ppt’s, entre outros.
-  A  avaliação  da  tarefa  será  feita  comparando-a  com  os objetivos    a    serem    alcançados    por    ela,    estipulados anteriormente, e criando-se uma nota, por exemplo, de 0 à 10, sendo 10 a mais próxima do objetivo a ser alcançado.

Quadro 3– Valores de Atribuição dos Componentes da avaliação do Aluno
Aluno

Frequência
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Qualidade
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Interação
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Forma de quantificar os valores:
Nenhuma – 0%
Pouca – de 0 % a 25%
Média – de 25% a 75%
Muita – acima de 75%

III.4 – Exemplo de Avaliação

Neste item será mostrado exemplo para ilustrar a proposta do item anterior. Num curso hipotético onde três alunos José, João e Maria participaram das atividades propostas pelo tutor do curso. Foi pedida uma tarefa, que seria realizada individualmente pelos alunos, um fórum de discussão sobre determinado assunto, e um Chat realizado em determinada data e hora. Os resultados foram assim tabulados:

•          Critérios: se o fórum foi semanal, considera-se 7 dias = 100%;
•          Se o assunto foi totalmente pertinente ao tema: 100%;
•          Se o aluno interagiu com todos os demais: 100%;
•          Basta utilizar a proporção para os casos não situados nos extremos.

O aluno José participou com uma freqüência de mais de 75% no fórum e com uma qualidade 100%, porém contribuiu pouco na interação com os demais. O Quadro 4 sintetiza sua atuação.

Quadro 4 – Valores Atribuídos na avaliação de José

Aluno
JOSÉ

Frequência
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Qualidade
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Interação
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Total - 9 - 10 - 2
Média - 7

Média calculada: (9+10+2)/3 = 7

João participou com uma freqüência de 50% no fórum e com uma qualidade de 25%, porém interagiu freqüentemente.

Aluno
JOÃO

Frequência
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Qualidade
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Interação
Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10

Total - 5 - 2 - 10
Média - 5,7

Média calculada: (5+2+10)/3 = 5.7

Se nesse mesmo período também foram utilizadas outras ferramentas como o Chat ou a wiki, bastaria utilizar as médias computadas dessas notas. Por exemplo: José teve média 7 no fórum, e média 8 no Chat e 10 no wiki. Bastaria fazer a média aritmética dessas notas ou a media ponderada se fosse o caso de atribuir pesos diferentes para cada atributo. Caso fosse utilizada uma tarefa, sendo esse individual, o critério interação não faria mais   parte desse critério, pode-se considerar assim duas notas, uma das ferramentas interativas e uma individual, por exemplo: José obteve nota 10 na sua tarefa individual, e 7 na participação do fórum, logo, sua média final poderia ser 8,5.

O mais importante é ter esses critérios definidos à priori e informados a todos os alunos. Numa avaliação dessa forma, nota-se o peso que a nota da interação terá. Esta avaliação é necessária como uma forma de se ter um maior contato com o aluno, compensando a falta da presença física entre os participantes.

III.5 – Conclusão do Capítulo

A velocidade das transformações tecnológicas e com o avanço da ciência faz com que a maioria das competências adquiridas no inicio da formação profissional de uma pessoa, torne-se obsoleta ao final de sua carreira (Lévy, 1998), logo fica cada vez mais difícil o planejamento já que muitas mudanças ocorrem no momento em que está sendo construído o conhecimento, no devir.

A avaliação do aprendizado deveria ser natural, pois é inerente ao próprio equilíbrio do ser humano, porém ao longo do tempo, foi tornando-se tarefa penosa, fator de exclusão e competitividade. Ela exige uma concentração e uma dedicação muito grande por parte dos professores ou tutores, e apesar dos atores educacionais estarem geograficamente separados um do outro, não significa que não exista um acompanhamento constante e permanente da construção do conhecimento, porém muita sensibilidade será exigida por parte do tutor para saber motivar a continuação dos estudos de seus alunos ao longo de todo o processo, e muita força de vontade e autonomia por parte dos estudantes. Por isso a interação torna-se um fator preponderante e deve ser incluído na avaliação de alunos de cursos a distância.

CAPÍTULO IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste começo de um novo milênio, marcado por constantes transformações tecnológicas, é impressionante o quanto a informação se tornou imprescindível e até mesmo se fala numa nova revolução, a da informação no século XXI. Pode-se até dizer que a civilização passou da segunda onda da revolução industrial para a terceira onda da sociedade da informação.

Existem complexas relações entre informação e poder, empresas, países e a sociedade em geral, e neste contexto, se encontra o profissional da informação.  Neste cenário a educação a distância está deixando de ser uma modalidade marginal para tomar uma posição de prestígio, e pode até mesmo ser que ela seja a que predomine num futuro próximo. No Brasil existem desigualdades sociais e educacionais que por isso mesmo deixam sem acesso à informação uma boa parcela da sociedade. Quanto a esse entrave, Castro & Ribeiro (1997) ressaltam,   “A   sociedade   brasileira   caracterizada   historicamente   por   alarmantes   índices   de desigualdades sociais, regionais, educacionais, culturais, provavelmente não nos permite, no momento, generalizarmos que estamos numa sociedade de informação”.

Por isso mesmo, o objetivo principal desse trabalho, foi refletir sobre a educação a distância como uma forma de levar a possibilidade de construção de conhecimento a um maior número de pessoas possível, redemocratizando o ensino e despertá-las para um maior nível de exigência dos governos locais, estaduais e até mesmo federais, políticas públicas voltadas para um maior acesso à informação, que não seja somente através do meio mais passivo, como é a televisão. Essas políticas públicas deveriam possibilitar fácil acesso a Internet de banda-larga, a preços condizentes com a realidade social local, como também computadores.

Para   que   ocorra   essa  conscientização,   a  interação   entre  os   atores  sociais  se  torna imprescindível. É na troca de experiências e de conhecimentos que se desperta para saber o nível intelectual e tecnológico em que se encontra. E é essa interação que pode existir numa educação a distância de qualidade como proposta aqui. Através das ferramentas interativas aqui apresentadas, facilita-se a interação social, viabiliza-se a aprendizagem individual por meio das interações com o grupo, e cria-se possibilidade de criação coletiva de um conhecimento compartilhado.

Em todo o momento desse trabalho ficou claro que os pressupostos epistemológicos utilizados na construção de conhecimento centrado no aluno, são os da teoria sócio-construtivista-interacionista, de  Piaget  e  Vygotsky,  onde  nesse  ambiente  propicia-se  aos  alunos  o  sentimento  de  novas possibilidades, onde   algo que parecia ser impossível de ser feito antes, torna-se mais fácil quando compartilhado com outros. Além desse aspecto interrelacional, O ambiente virtual produzido com materiais didáticos objetivos, claros e também divertido, apropriado ao conhecimento prévio dos alunos, torna-se um ambiente rico em estímulos intelectuais, e, principalmente através da motivação criada por um trabalho em equipe, onde ocorrem as interações aluno-aluno e professor-aluno.

Para  que  a  utilização  dessas  tecnologias  interativas  contribua  para  a  expansão  de  uma educação a distância de qualidade, é importante o estudo e utilização de metodologias de interação específicas e eficientes, como apresentado neste trabalho. Pesquisas ainda precisam ser feitas para saber o nível de aceitação e confiabilidade nesta modalidade de ensino, e também o número de pessoas que ela pode beneficiar, levando em conta as disparidades sócio-econômicas existentes num país com as nossas dimensões.

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