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Atuações de um pedagogo na empresa PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Ana Paula de Lira Cabral   
Qua, 27 de Abril de 2011 00:00

INTRODUÇÃO

A pedagogia que surge na antiguidade, chega aos dias atuais não apenas como forma de professor, e sim com um grande leque de caminhos a seguir, ao terminarmos o curso podemos ser educadores, gestores, técnicos em educação e entre outras: Pedagogo Empresarial. Uma vertente da pedagogia que nos faz lidar com pessoas de uma forma diferenciada, no local de trabalho sem especificamente ser a escola.



Nesta pesquisa busquei descobrir qual a atuação de um pedagogo empresarial e como se dá essa atuação, devido ao crescimento das empresas o necessidade de melhorar as questões relacionadas a promoção da aprendizagem produtiva com os funcionários, as empresas precisam contratar cada vez mais esses profissionais pedagogos para compor seu quadro profissional, no setor de recursos humanos na tentativa de ter sucesso e melhorar as rotinas no ambiente de trabalho para assim obter sucesso, sendo assim busquei investigar quais essas atuações e como se dá esse processo.

O pedagogo empresarial irá utilizar todos os conhecimentos adquiridos lá na faculdade para lidar com as pessoas no ambiente onde ele é o fator de produção, onde ele é uma máquina de fazer renda, onde ele é a parte principal da empresa, ou seja, o capital humano. No primeiro capítulo apresentei a história da pedagogia, como surgiu e sobre a única visão que até algum tempo atrás era que ser pedagogo, era apenas ser professor de crianças e hoje já temos varias vertentes a escolher após a graduação, outro assunto pesquisado foi o surgimento da pedagogia empresarial na década de 80 e a sua importância para o crescimento das empresas.

Apresentei no segundo capítulo a relação da empresa com o pedagogo e suas possíveis atuações em uma empresa como treinamento, capacitação, universidade coorporativa, seleção de pessoal e liderança e formação de equipes, atuações realizadas comumente por pedagogos em empresas com grande êxito. Com uma metodologia descritiva questionei pedagogos atuantes que confirmaram ser possível atuar em empresas e proporcionar uma melhor aprendizagem no ambiente de trabalho

1 CONSIDERAÇÕES SOBRE PEDAGOGIA E PEDAGOGIA EMPRESARIAL
1.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE PEDAGOGIA.

Se ser pedagogo é ser  educador, e a educação é a ação de desenvolver o homem, não devemos acreditar que ser Pedagogo é ensinar apenas crianças, embora a origem da Pedagogia esteja na Grécia antiga. Segundo Aranha (1996) aqueles que os gregos antigos chamavam de "Pedagogo" era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era exclusivamente um instrutor, ao contrario, era um condutor alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo Pedagogo tinha a norma para a boa educação; se por acaso, precisasse de especialistas para a instrução, conduzia a criança até lugares específicos, os lugares próprios para o "ensino de idiomas, de gramática e calculo", de um lado, e para a "educação corporal" do outro, era a Paidéia.

Analisando a definição de educação no Aurélio podemos confirmar essa consideração:

Educação - s.f. Ação de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais e morais: a educação da juventude. / Resultado dessa ação. / Conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas maneiras: homem sem educação. // Educação nacional, conjunto de órgãos encarregados da organização, da direção e da gestão de todos os graus do ensino público, bem como da fiscalização do ensino particular. // Educação física, conjunto dos exercícios corporais que visam a melhorar as qualidades físicas do homem. (Aurélio, 2010)

Já no Brasil a Pedagogia inicia sua longa jornada com a chegada dos Jesuítas, passando pelos cursos de formação de professores no final o século XIX e inicio do século XX, a Pedagogia só passa a ser um curso superior quando, em 1931, é criada, pelos decretos n.º e 19.851 e 19.852, a Faculdade de Educação Ciências e Letras da Universidade do Rio de Janeiro, que foi reformulada em 1939 e denominada Faculdade de Filosofia Ciências e Letras (FFCL), passando a ter uma seção específica para a pedagogia. O curso já foi instituído com a marca que o acompanharia em todo o seu desenvolvimento, a dificuldade em se definir a função do curso e, conseqüentemente, o destino de seus egressos. Comprometendo todo o desenvolvimento do curso no Brasil, tanto em relação ao campo de trabalho do pedagogo, quanto à organização curricular do curso, questiona-se sempre se o curso de pedagogia teria um conteúdo próprio e exclusivo que pudesse justificar sua existência.

Hoje a Pedagogia tem outra cara não é apenas um curso de licenciatura, de formação de professores como na sua origem, segundo Santos (2004, p. 4) “a pedagogia moderna entre outras coisas, visa preparar o pedagogo para uma atuação junto às empresas de vários ramos” tem sido a perspectiva de um novo e amplo campo de trabalho para pessoas que desejam trilhar uma nova carreira em uma empresa, diferente das áreas administrativa e econômica. Visa utilizar técnicas diferenciadas, que são aplicadas de acordo com a necessidade do setor ou das pessoas em análise.

Podemos ver ainda que Pedagogia, de acordo com Libâneo (1997, p. 132) “é uma área do conhecimento que investiga a realidade educativa no geral e no particular, onde a ciência pedagógica pode postular para si”, isto é, ramos de estudos particulares dedicados aos vários âmbitos da prática educativa, complementados com a contribuição das demais ciências ligadas a educação. Por outro lado, a atuação do Pedagogo é ampla e vai além de aplicação de técnicas que apenas visam a estabelecer políticas educacionais dentro da escola, não devendo apenas direcionar o conhecimento a educação infantil ou outras modalidades da educação como muitos acreditam que deve ser o trabalho de um Pedagogo. Um professor de crianças pequenas ou grandes. Quem nunca ouviu essa frase quando afirmou ser um pedagogo? Porém pedagogia não é apenas ensinar crianças é ser educador, e ser educador e estar onde se precisa de educação, onde se precisa trabalhar a ação do homem intelectual, do homem na busca do desenvolvimento da sua personalidade e conhecimentos.

Ser pedagogo e ter conhecimentos e transmiti-los da melhor maneira, ser pedagogo é ser mediador do conhecimento, esses conhecimentos podem ser diversos, desde disciplinas do currículo tradicional até conhecimentos para o engrandecimento do caráter, do convívio dia a dia, do respeito ao ser humano. Conhecimentos que podem ser próprios ou adquiridos durante a vida.

Gauthier (1998 p.188) em suas reflexões sobre os Conhecimentos próprios ao ensino enfatiza que “é essencial a revelação e a validação dos saberes da experiência docente a fim de que esses saberes não permaneçam circunscritos às práticas individuais dos professores”. Essa percepção revela que os saberes da experiência precisam ser socializados, mediados, discutidos, pois, por seu caráter individual e privado, poderão ter pouca utilidade nos processos de formação do pedagogo se ele for aguardado para si. Neste caso, ressalta que a socialização dos resultados de pesquisas, sobre práticas e saberes docente, poderiam criar um saber a mais para o reservatório de conhecimentos a partir do qual os professores alimentam sua prática e as aplique em seus trabalhos.

Ainda segundo Franco (2002), a pedagogia é uma profissão com identidade e estatuto epistemológico próprios, e que em si, o ensino é uma das manifestações da práxis educativa, definir o Pedagogo como professor (e das séries iniciais) é reduzir a potencialidade de sua inserção na práxis educativa. E fazer que um profissional do porte de um Pedagogo possa ensinar apenas a ler e escrever e esqueça tudo que aprendeu na sua formação com relação ao dia-a-dia de sua vida e das outras vidas que o cerca, a historia do homem, sua antropologia, filosofia e tudo que o faz um profissional tão completo em relação à natureza humana.

1.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE PEDAGOGIA EMPRESARIAL

Na década de 70, com o apoio da lei nº 6.297 de incentivos fiscais do treinamento, o nascimento de um sindicalismo independente e devido à escola formal não atender às expectativas do mercado, a formação profissional se dava no próprio local de trabalho e passou a ser de grande importância proporcionando uma demanda grande de treinamentos para formação imediata de profissionais necessários ao mercado. A educação sofreu mudanças em seu conceito, deixou de ser restrita ao processo, ensino-aprendizagem, como até então era vista, passou a ocupar outros espaços, saindo do ambiente escolar partindo para diferentes e diversos segmentos. O profissional pedagogo também se transformou, adequando-se a essa nova realidade, apresentando-se como profissional capacitado juntamente com a sociedade em transformação. Surge neste contexto a Pedagogia Empresarial, ainda bastante complexa mesmo para docentes do curso de Pedagogia.

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 4.746/98 que regulamenta a profissão de pedagogo, usando como base a Lei 9.394/96, denominada Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, onde no seu Art. II, Inciso V as atuações do Pedagogo no contexto empresarial: fazer recrutamento e seleção, elaborar programas de treinamento e projetos técnico-educacionais em instituições de diversas naturezas. O termo Pedagogia Empresarial foi cunhado pela professora Maria Luiza Marins Holtz, na década de 80 para designar todas as atividades que envolviam cursos, projetos e programas de treinamento e desenvolvimento.

A formação do Pedagogo Empresarial é oferecida em cursos de especialização e mestrado, por diversas instituições de ensino superior. Atualmente, além da formação comprovada e do domínio das tecnologias de informação e educação:

O campo de atuação do profissional formado em pedagogia é tão vasto quanto são as práticas educativas na sociedade. Em todo lugar onde houver uma prática educativa com caráter de intencionalidade, há aí uma pedagogia.”(LIBÂNEO, 2001, p.116).

Libâneo (2001) ainda nos apresenta as diversas funções que podem ser desempenhadas nas empresas por um Pedagogo como atuar na área de Recursos Humanos em setores como: Desenvolvimento e Treinamento, Recrutamento e Seleção, Desenvolvimento Gerenciado. Embora se afirme que devido à sua formação, o seu forte seja treinamento, eles atuam em várias frentes, como recrutamento, seleção e contratação.  De forma geral, pode ser denominado de Analista de Recursos Humanos, ou Consultor de Recursos Humanos, como é mais conhecido, fazendo parte de um grupo do qual fazem parte também, o Psicólogo e o Administrador de Recursos Humanos. Geralmente os Pedagogos são responsáveis pelo Programa de Integração de novos funcionários, ficando com ele a responsabilidade de veicular, nos primeiros momentos do empregado recém chegado na empresa, passar para o novo funcionário todas as informações que precisam saber sobre a organização e sobre a atividade que irá desenvolver.

Sendo assim a Pedagogia Empresarial visa agir em direção a realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas adequando-as às necessidades da empresa onde trabalha. Para a Empresa conseguir as mudanças desejadas no comportamento das pessoas, os meios utilizados têm que ser adequados aos seus objetivos e ideais. Andriani (1991 p. 94) afirma que:

As mudanças acontecem se houver ambiente para que elas ocorram. O peixe tem na água o seu ambiente para a sua sobrevivência. Para que uma organização possa caminhar para altos índices de qualidade e produtividade, é necessário que ela se abra para a participação dos funcionários. E a participação só ocorrerá de forma afetiva, se for gerado ambiente para tal; caso contrário, a participação não sobreviverá. Este ambiente começa a ser gerado, exercitando o respeito ao funcionário, ouvindo seus problemas de trabalho e antes de tudo, valorizado suas idéias.

A atuação Pedagogo será de estruturação e reestruturação do trabalho e do profissional em uma determinada área problemática, sem esquecer a importância do respeito ao homem, pois Morgan (1996) já avaliava que quando a organização é vista por alguém de fora essa pessoa tem a percepção de uma realidade diferente da atual, e quando trabalhado de forma combinada e em conjunto o resultado será uma produção totalmente diferente, com novas descobertas e interpretações entre pessoas e máquinas, ver o problema e buscar a solução para ele fica mais fácil quando está fora dele, como qualquer situação e local, verificar o problema do empregado e empregador e mais fácil quando se está fora do problema, quando se tem uma visão diferenciada.

Greco (2005,) comenta que esse novo pedagogo precisa atuar em sintonia com os outros profissionais de gestão, assim será possível elaborar e consolidar planos, projetos e ações que visem colaborar para a melhoria da atuação dos funcionários, bem como para melhorar o desempenho da empresa, nunca deve-se esta sozinho na busca de uma solução onde varias pessoas estão envolvidas, as vezes varias opiniões ajudam a chegar na reposta a pergunta. A gestão é parte importante no trabalho do Pedagogo Empresarial.

Nas salas de aula os alunos da pedagogia atual não devem apenas buscar conhecimentos pedagógicos, devem também buscar conhecimentos dos mais variados para um bom trabalho em uma empresa, como conhecimento de gestão, melhoria de vida e conhecimento da espécie humana, disciplinas como filosofia, antropologia e psicologia fazem parte desses conhecimentos, lembrando sempre que o seu objeto de trabalho é o homem em seu local de trabalho. Outra coisa importante para esse pedagogo e conhecer recursos auxiliares de ensino, ferramentas que o ajudarão no seu novo processo de ensino-aprendizagem, saber elaborar e avaliar seus projetos, estudar didática (arte de ensinar). Além desses pré-requisitos que são indispensáveis à função, outros se fazem necessários para uma boa atuação profissional:

O Pedagogo Empresarial precisa de uma formação filosófica, humanística e técnica sólida a fim de desenvolver a capacidade de atuação junto aos recursos humanos da empresa. Via de regra sua formação inclui disciplinas como: Didática Aplicada ao Treinamento, Jogos e Simulações Empresariais, Administração do Conhecimento, Ética nas Organizações, Comportamento Humano nas organizações, Cultura e Mudança Nas Organizações, Educação e Dinâmica de Grupos, Relações Interpessoais nas Organizações, Desenvolvimento organizacional e Avaliação do Desempenho. (RIBEIRO, 2003, p. 10).

Todos esses conhecimentos citados por Ribeiro, não serão nada se o profissional tiver medo, vergonha, e não tiver comprometimento com a profissão, comprometimento com ele mesmo e com a empresa em que trabalha, o Pedagogo Empresarial deve estar preparado para realizar cada uma de suas funções com presteza e firmeza.

O Pedagogo Empresarial
2.1  A EMPRESA E O PEDAGOGO EMPRESARIAL.

O que esperar de uma empresa onde passamos um terço de nosso dia? Essa é a pergunta que todos os dias os profissionais que estão trabalhando e a procura de emprego fazem. Uma empresa tem que respeitar o profissional, o ser humano que está ali, pois ele é o fator importância. É importante para uma empresa que almeje progresso, a construção de uma missão, visão e objetivos baseados no crescimento do seu maior capital. O profissional que a compõe.

Hoje é impossível acreditar que um gestor peça que seus funcionários deixem seus problemas do lado de fora da empresa, os funcionários de uma empresa antes de tudo são homens e homens têm necessidades sejam elas físicas ou pessoais. Não podemos esquecer que o profissional bem valorizado humanamente produz muito mais. Sabendo que não é apenas uma máquina, diante do empregador, que não serve apenas para apertar parafusos como no filme Tempos Modernos de Charles Chaplin, ele produz muito mais.

A empresa é composta por pessoas que têm um objetivo comum, essas pessoas conduzem o caminho a ser seguido, portanto a qualidade na gestão do desenvolvimento das pessoas torna-se um objetivo estratégico com vista à produtividade buscando o desenvolvimento e o investimento empresarial destinado a capacita uma equipe de trabalho é reduzir ou eliminar a diferença entre o atual desempenho e o objetivo e realizações propostos no final de um determinado período:

O ambiente organizacional contemporâneo requer um trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomadas de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação e a flexibilidade dos tempos atuais. (GRECO, 2005).

Para as mudanças acontecerem no ambiente de trabalho e indispensável que na empresa exista um clima organizacional, onde os agentes facilitadores trabalhem buscando a harmonia entre o empregado e empregado na realização de uma produção melhor. Atualmente novos papéis estão sendo cobrados das empresas. Dentre eles, destaca-se a questão da responsabilidade social:

Responsabilidade social é o modo de pensar e agir eticamente na minha relação com o outro. No universo das empresas, a responsabilidade social pode ser traduzida como um princípio ético, aplicado à realidade através de uma gestão que leva em consideração as necessidades e opiniões dos diferentes stakeholders, isto é, dos públicos envolvidos ou impactados pelo negócio das empresas: clientes, funcionários, acionistas, comunidades, meio ambiente, fornecedores, governo e outros. (Bsd.net, 2010).

Holtz (2006, p.1) diz que “uma empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com objetivo definido, liderada pelo empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir os objetivos também definidos”, comprovando a necessidade de um Pedagogo dentro da empresa para liderar a construção dos objetivos do gestor. Não podemos descartar que pedagogo e empresa fazem o casamento perfeito, educação e crescimento, crescimento dentro e fora da empresa, utilizando muitas vezes a responsabilidade social como uma forte ferramenta de apoio.

O perfil do pedagogo em empresas (Holtz, 2006) esta baseado nas seguintes características: criatividade, espírito de inovação, compromisso com os resultados, pensamento estratégico, trabalho em equipe, capacidade de realização, direção de grupos de trabalho, condução de reuniões, enfretamento e analise em conjunto das dificuldades cotidianas das empresas, bem como problemas das mais diversas profissões apresentadas na empresa, desde o porteiro ao engenheiro chefe, por exemplo. Essas são habilidades indispensáveis para um bom Pedagogo empresarial. Ribeiro (2003), afirma que: a Pedagogia Empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes consideradas como indispensáveis e necessários à melhoria da produtividade. Nenhum Pedagogo Empresarial pode esquecer essas características, se assim quiser ser um profissional de destaque no mercado de trabalho atualmente. Podemos ainda continuar com o pensamento de Grego (2005, p4) sobre a sintonia do Pedagogo Empresarial com os outros profissionais de gestão:

O que o pedagogo empresarial busca é efetivar os saberes corporativos e como seu domínio colaborará para a melhoria do clima organizacional, da qualidade laboral, da qualidade de vida e aumento da satisfação pessoal de todos. A atuação do pedagogo empresarial está aberta. É ampla e extrapola a aplicação de técnicas visando estabelecer políticas educacionais no contexto escolar. Sua atuação avança sobre as pessoas que fazem as instituições e empresas de todos os tipos, portes e áreas.

Um trabalho satisfatório e árduo, pois chegar em uma empresa e verificar o clima organizacional fluindo bem, e a satisfação de todo Pedagogo qualificado no ramo empresarial colhendo o resultado do seu planejamento, capacitação, treinamento, atualização e desenvolvimento do corpo funcional da empresa. O tríplice da busca da qualidade no ambiente de trabalho se dá pelos funcionários eficientes, fornecedores que ofereçam qualidade ao produto final e clientes satisfeitos e fieis. Verificamos a situação bem diferente do inicio da revolução industrial, onde a busca de lucro era o fator mais importante, descartando a qualidade de vida dos funcionários dentro e fora da empresa. De acordo com Martins (2004), as funções desempenhadas pelo Pedagogo dentro de uma companhia estão em constante movimento, já que são influenciadas por diversos fatores, como o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e as exigências de mercado, mercado esse que muda cada dia mais na busca de melhoria, não podemos dizer que com a globalização não ocorreu mudanças para o capital humano, as mudanças direcionadas pelo mercado indica que o gestor tem que investir cada vez mais no profissional do seu quadro, pois ele é uma parte fundamental da sua empresa e um bom investimento é a contratação de um Pedagogo Empresarial para o auxiliar no seu crescimento.

2.2 Possíveis atuações de um Pedagogo Empresarial

O pedagogo deixou de ser apenas mais um profissional da área de educação, entrou no mercado de trabalho de maneira mais ampla, suprindo as necessidades da sociedade e das empresas, como o apoio a empresas que busca por funcionários interessados em aprender, visando sempre crescer e é isso que as empresas têm buscado, funcionários motivados. Nesta perspectiva a presença dos pedagogos dentro das empresas ou infelizmente de até mesmo de outros profissionais atuando na função de recursos humanos, ocupando o cargo que seria dos pedagogos por direito. Esse fenômeno está sempre em um muro de silêncio, pois, ainda não se sabe ao certo se são as empresas que não andam atualizadas ou que querem enxergar o quanto será produtivo ter um pedagogo dentro da empresa, visto que a empresa também é um espaço educativo para o crescimento dos funcionários e da própria empresa, defender e mostrar o vasto campo que um pedagogo pode atuar hoje, desde que esteja formado criticamente onde sua principal missão é formar o indivíduo desenvolvendo suas potencialidades e fazendo com que ele descubra os seus caminhos.

Pensando nesta real necessidade de mudança surge o Pedagogo Empresarial, um profissional que contém conhecimentos em economia, filosofia, psicologia e sociologia, capaz de observar e analisar as reais deficiências e necessidades do seu local de trabalho, além de pesquisar, elaborar e implantar um projeto voltado para o conhecimento e/ou aprimoramento das técnicas de trabalho. O pedagogo empresarial cumpre um importante papel dentro das empresas e organizações articulando as necessidades junto da gestão de conhecimentos.

A pedagogia moderna visa preparar o pedagogo para uma atuação junto às empresas de vários ramos, tem sido a perspectiva de um novo e amplo campo de trabalho para pessoas que desejam trilhar uma nova carreira empresarial, que não esteja ligada, diretamente, às áreas administrativa e econômica. Visa a utilizar técnicas diferenciadas, que são aplicadas de acordo com a necessidade do setor ou das pessoas em análise.

Gerenciar processos de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, características fundamentais para empresas que pretendem manter-se ativas e competitivas no mercado. Verificando a afirmativa de Lorenzo (2007), o Pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário, dispõe de uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores, desde organizações não governamentais até empresas de consultorias especializadas em treinamento e dinâmica, na verdade em todas as áreas que requeiram um trabalho educativo. A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser mediador e articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento. E essa formação para mediador ele vai pegar lá na sala de aula do curso de pedagogia, nas diversas visões apresentadas na faculdade.

Dessa forma, o Pedagogo Empresarial poderá atua na área de Recursos Humanos direcionando seus conhecimentos em projetos que almejem os objetivos da melhoria de resultados coletivos, com projetos educacionais, selecionando e planejando cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representando a empresa em negociações, convenções, simpósios, realizando palestras, apontando novas tecnologias, pesquisando a utilização e a implantação de novos processos que busquem o crescimento da empresa, avaliando o desempenho dos funcionários.

O Pedagogo Empresarial possui a oportunidade de direcionar suas atribuições em duas direções: no funcionário ou no produto da empresa. Quando a direção for o funcionário sua atuação será no departamento de Recursos Humanos (RH), realizando atividades, como já mencionamos relacionadas ao treinamento e desenvolvimento do trabalhador. Ainda no primeiro caso o pedagogo é o responsável pela criação de projetos educacionais que visam facilitar o aprendizado dos funcionários. Para tanto, não Poe descuidar das pesquisas que o levarão a verificar quais as necessidades de aprimoramento de cada um e qual método pedagógico é mais adequado. Trabalhando em conjunto com outros profissionais de Recursos Humanos na aplicação e coordenação desses projetos.

Quando sua direção for o produto da empresa, o pedagogo irá atuar em empresas que trabalham com educação, como por exemplo: editoras, sites e organizações não-governamentais (ONGs). Continuando o trabalho do Pedagogo Empresarial selecionamos cinco frentes onde existe um grande destaque do seu campo de atuação direcionada ao funcionário, ao qual daremos destaque nesta pesquisa: Universidade corporativa, seleção de pessoal, treinamento, responsabilidade social e liderança e formação de equipe.

2.2.1 Universidade Corporativa

O objetivo da universidade corporativa é oferecer cursos técnicos específicos para os colaboradores da corporação. Assim, ela customiza os cursos exatamente de acordo com as políticas e estratégias das empresas, reduz custos do treinamento convencional e obtém rapidez na formação da mão de obra. A universidade corporativa difere das universidades acadêmicas tradicionais porque possui características próprias: seus objetivos de aprendizagem estão sintonizados aos interesses, objetivos e estratégias das empresas que promovem a formação dos seus funcionários. Grande parte das suas estruturas geralmente são virtuais, ou seja, são oferecidos cursos on-line, "via WEB".

As Universidades Corporativas, tornaram-se o agente principal da gestão do conhecimento e das conseqüentes transformações das organizações, nos dias atuais, ela desperta o interesse das empresas preocupadas com a competitividade, o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. Os profissionais da área de Recursos Humanos além de varias atribuições, têm o desafio de estimular o surgimento ou a discussão da educação corporativa em empresas de pequeno e grande porte e estimular a criação de universidades corporativas, levando o foco do ensino para a estratégia empresarial e de negócios possuindo a força de aumentar a competitividade da empresa, através da preparação de seus lideres e treinamento dos seus liderados, formando cada vez mais multiplicadores, disseminando a missão, a visão e os valores da empresa através da otimização da sua comunicação.

2.2.2 Seleção de Pessoal

Se todas as pessoas fossem iguais e reunissem as mesmas condições individuais para aprender e trabalhar, certamente a seleção de pessoal poderia ser dispensada. A seleção de recursos humanos pode ser definida como a escolha do homem certo par o cargo certo, ou, mais amplamente, ente os candidatos recrutados, aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal.  As diferenças constantes em cada ser tanto no plano físico como no plano psicológico, levam as pessoas a se comportarem diferentemente, a perceberem situações de maneira diferente e a terem desempenhos diferentes nas organizações. Como um bom observador cabe ao pedagogo colher as diferenças e adaptar essas diferenças a missão da empresa.

Em geral, a seleção visa dois problemas básicos:
Adequação do homem ao cargo;

Eficiência e eficácia do homem no cargo.

Os instrumentos mais utilizados para a seleção são: entrevistas, provas ou testes de conhecimento ou de capacidade, testes psicológicos e de personalidade e  técnicas de simulação onde cada um deles apresenta um resultado a ser utilizado na seleção desejada.

2.2.3 Treinamento

Como cobrar se não se oferece? Uma solução para essa pergunta e treinar é oferecer oportunidades para que as pessoas possam freqüentemente refletir sobre seus significados e exercitar seu lado crítico, profissionalizando-se, treinamento não é sinônimo de passatempo. Tampouco é pacote. Deve ser encarado como um grande investimento, deve ser sob medida, atendendo necessidades. As pessoas e as organizações devem atentar seriamente para isto. Diante das circunstâncias empresariais e de seu projeto de vida. Isso só será possível com a utilização cada vez mais freqüente das chamadas técnicas ou práticas interativas de treinamento, o pedagogo utiliza diversas ferramentas em sua atuação e por meio delas realiza o “treinamento” podendo desenvolver suas racionalidades para legitimar e re-elaborar sua prática.

De acordo com Chiavenato (2004, p. 402), Treinamento é o processo educacional de curto prazo aplicado de maneira sistemática e organizada através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e competências em função de objetivos definidos.

O treinamento envolve um processo de quatro etapas:

1ª Etapa – Levantamento das Necessidades de Treinamento (diagnóstico);
2ª Etapa – Programação de treinamento para atender às necessidades;
3ª Etapa – Execução do treinamento;
4ª Etapa – Avaliação dos resultados:

Para a execução de cada uma dessas etapas duas perguntas são fundamentais:

* Quem deve ser treinado?
* O que deve ser aprendido?

Comparam-se as exigências do cargo (tarefa e atribuições) com o desempenho do funcionário.

2.2.4 Responsabilidade Social

A responsabilidade social da organização se dá quando cumpridas as prescrições de leis e de contratos, constituindo uma resposta da organização às necessidades da sociedade, isto é, internalizando o que é bom para a sociedade e respondendo ao que a sociedade espera da organização com o mundo globalizado e a sustentabilidade batendo a porta das empresas elas não podem deixar de trabalhar esse ponto.

De acordo com Chiavenato (2004, p.483), Responsabilidade social significa a atração responsável socialmente de seus membros, as atividades de beneficência e os compromissos da organização com a sociedade em geral e de forma mais intensa com aqueles grupos ou parte da sociedade com a qual está mais em contato.

A responsabilidade social está voltada para a atitude e comportamento da organização em face das exigências sociais da sociedade em conseqüência das suas atividades. Os funcionários, seus filhos e a comunidade em sua volta são personagens desta responsabilidade social a ser trabalhada pela empresa.

2.2.5 Liderança e formação de equipe

O verdadeiro líder de uma equipe deve compartilhar a liderança com outros membros da equipe, inclusive estimulando e participando deste compartilhamento, pois, assim, estará elevando a auto-estima e a satisfação pessoal daqueles que assumem compromissos com a equipe em situações específicas, bem como fará aumentar a busca de aperfeiçoamento e de novos conhecimentos e competências. Apresentamos uma lista das necessidades mais comuns das pessoas e como satisfazê-las, dicas interessantes para formação de um líder e de trabalho na formação de equipes, segundo Ribeiro (2006, p 4):

1 As pessoas gostam de se sentir especiais... dê-lhes ELOGIO;
2 As pessoas buscam um futuro melhor... dê-lhes ESPERANÇA;
3 As pessoas precisam ser entendidas... dê-lhes OUVIDO;
4 As pessoas têm falta de sentido na vida... dê-lhes DIREÇÃO.

A atenção a cada momento, e fator importante na vida profissional de um Pedagogo Empresarial, seja na sua atuação direta ou indireta nos projetos de transformação do homem.

3 ASPECTOS REFERENTES À METODOLOGIA

O estudo foi realizado através de uma pesquisa de campo que visou avaliar de forma descritiva com uma abordagem qualitativa-quantitativa a atuação de 05 Pedagogos no ramo empresarial. Os dados foram coletados, através de questionário. Por fim os dados foram mapeados e analisados para responder ao objetivo da pesquisa: Qual a atuação do pedagogo em ambiente empresarial e como se dá essa atuação?

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Buscando chegar ao máximo possível do objeto de estudo realizamos uma pesquisa do tipo descritiva, pois esta: Visa descrever fatos e características presentes em uma determinada população ou área de interesse. Está sempre voltada para o presente e consiste em descobrir o que é. Não procura explicar relações ou testar hipóteses provando causa e efeito. (MARTINS JUNIOR, 2009, p83)

E através da pesquisa que neste sentido buscamos resposta para as nossas perguntas, buscando a verdade existe a cada questão. Assim optamos por uma abordagem qualitativa-quantitativa para análise dos dados obtidos em pesquisa realizada, ou seja, cada dado não foi analisado separadamente e visando trazer conteúdo para enriquecimento do nosso resultado. O conhecimento não se reduz a um rol de dados isolados, conectados por uma teoria explicativa; o sujeito-observador é parte integrante do processo de conhecimento e interpreta os fenômenos, atribuindo-lhes um significado” (CHIZZOTTI, 1988, p.79).

Olhando cada dado, buscando conhecimento, significado para as respostas e comparando cada valor semelhante, usaremos uma análise qualitativa-quantitativa. Sem esquecer a fundamentação teórica para ajudar na análise.

3.2 SOBRE O CAMPO DE PESQUISA

Os dados foram coletados com 04 pedagogos da região metropolitana do Recife, e 01 da cidade de São Paulo, que exercem a função de Pedagogos Empresariais. Em empresas de consultoria e atividades fora da sala de aula convencional.

3.3 SOBRE OS SUJEITOS

Os 05 pedagogos questionados estão distribuídos da seguinte forma: 02 exercem a função de interventor psicopedagogico, 02 consultores e 01 capacitor, todos trabalham em empresas privadas, em períodos de tempo entre 06 meses a 34 anos, os 05 cursaram universidades privadas, com idades variando entre 37 e 71 anos, em sua maioria do sexo feminino, apenas 01 e do sexo masculino, onde 02 possuem experiência na área de educação infantil.

3.4 SOBRE OS INSTRUMENTOS PARA COLETA DOS DADOS

Diante de vários instrumentos que poderíamos ter utilizado na coleta de dados, optamos pelo questionário, tendo em vista a praticidade do mesmo, pois o questionário segundo Martins Junior (2009, p208): É um instrumento utilizado para se obter dados de um determinado grupo social por intermédio de questões a ele formuladas. Serve para determinar as características desse grupo em função de algumas variáveis predeterminadas, individuais ou grupais.

Optamos ainda pelo questionário com questões mistas (abertas e fechadas), com questões onde colocamos algumas alternativas fixas, e espaço para o questionado revelar a sua posição sobre o tema em tela.

3.5 SOBRE OS PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DOS DADOS

O primeiro passo para a coleta de dados, foi a pesquisar em quais empresas estão alocados os profissionais a serem questionados, o contato telefônico e o e-mail ajudaram, não os localizei em empresas como parte do quadro fixo, como desejado na hipótese do projeto, acreditava-se que com o crescimento das empresas e a necessidade de melhorar as questões relacionadas a promoção da aprendizagem produtiva com os  seus funcionários, as empresas precisam contratar cada vez mais profissionais pedagogos para compor seu quadro profissional na tentativa de fazer melhor as rotinas no ambiente de trabalho para assim obter sucesso. Os localizei em empresas de consultoria e trabalhos fora da sala de aula convencional. Após localizar os profissionais ocorreu um contato pessoal com os pesquisados, explicando a natureza e importância da pesquisa. Alguns tendo em vista a sua carga horária optaram por responder o questionário em casa, outros responderam de pronto, facilitando assim o retorno do mesmo.

Ao receber os questionários, fizemos um mapeamento das respostas que ajudaram a responder a pesquisa, em seguida começamos a analisar as respostas na busca do problema e confirmação ou não da hipótese.

4  RESULTADOS E DISCUSSÃO

A coleta dos dados constou de cinco questionários como citado anteriormente, com cinco pedagogos que se dispuseram a colaborar com a nossa pesquisa. Quanto ao questionário constatamos que as idades desses colaboradores consistiam em: 80% possuem até 40 anos e 20% mais de quarenta; com relação ao sexo: 80% são do sexo feminino e 20% masculino; todos os questionados, 100%, concluíram seu curso em uma instituição de ensino privada.

Quando seguimos o questionário para a empresa onde trabalham 80% declaram trabalhar em empresa privada e 20% acumulam pública e privada; referente à área de atuação na empresa dos respondentes 40% atuam em processo de intervenção pedagógica, 20% trabalham com capacitação, já 20% com consultoria e 20% acumulam as atividades de consultoria e assessoria, nenhum questionado atua na área de treinamento, conforme requisito apresentado no questionário.

Podemos assim verificar a diversidade da atuação do pedagogo empresarial que como demonstramos no segundo capítulo possui uma vastidão de formas de atuação em uma empresa confirmando Libâneo (2005, p. 52): Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da pratica educativa, direta ou indiretamente ligada à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação tendo em vista o objetivo da formação humana.

A pesquisa comprava isto, pois temos: assessores, consultores, capacitores e interventores pedagógicos, formas diferenciadas de atuação do mesmo profissional. O tempo de atuação na área e bem diversificado, pois temos 20% com menos de 01 ano; 60% com até 03 anos e 20% com mais de 03 anos. Quanto ao item experiência na educação infantil 60% apresentaram resposta afirmativa e 40% não a possuem, confirmando que muitos pedagogos procuram outra forma de educação e local diferenciado da sala de aula formal para demonstrar sua paixão pela educação, fugindo do circuito educação formal que direciona o curso de pedagogia, outros após passarem pela experiência direcionam suas experiências para outras áreas.

Complementando a busca do objetivo, seguimos o questionário solicitado que enunciasse em linhas gerais como o profissional de pedagogia pode atuar na empresa, e 60% enfatizou a importância da preparação através da especialização do profissional para exercer a função; 20% declararam que a globalização do papel do pedagogo pode inseri-lo em uma perspectiva da formação continua dos profissionais os outros 20% afirmam que viabilizando o trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em programas e projetos educacionais, facilitando o processo comunicativo entre a empresa e os stakeholders. Sem as partes interessadas no crescimento da empresa estarem de acordo com as práticas de governança corporativa, as empresas não crescem, sendo assim é de suma importancia para a empresa que exista um trabalho coletivo trabalho esse de cooperação elaborado e executado pelo pedagogo empresarial.

A última pergunta do questionário foi sobre como o pedagogo poderia estar inserido no comércio, na indústria, no setor de serviços e na saúde. Todas as respostas (100%) seguem a linha que em qualquer setor é de suma importância a atuação do pedagogo, lembrando que este deve estar devidamente habilitado seja na escola ou fora dela à relação interpessoal deve ser trabalhada devido à aprendizagem do sujeito e transmissão de cultura. Na resposta:

“Em todos os ângulos citados é pertinente a atuação do pedagogo, lembrando que este deve estar devidamente habilitado para tal. Nos três primeiros setores é importante sua atuação para que sejam trabalhados aspectos que se referem a relação interpessoal. Portanto é na saúde onde deve-se focar atenção especial pelo fato desta estar relacionada à aprendizagem do sujeito.”

Trás um foco na saúde, onde muitas vezes nem é percebida a importância do pedagogo. Outra resposta significativa foi: “Nos dias atuais, o campo da pedagogia vem ganhando dimensão em função das dificuldades apresentadas pelos sujeitos, seja em qualquer instancia. Portanto é também na relação dos indivíduos que o profissional de pedagogia entra e trabalha para que este melhore seu desempenho como pessoa e como integrante de uma sociedade, em qualquer setor no qual esteja inserido.”

O pedagogo empresarial deve permanecer alerta e consciente de suas atribuições profissionais e pessoais, como a fomentação de aprendizagem contínua, auto-avaliação, estudo seletivo, aplicabilidade de conhecimentos. Lopes, (2006), nunca acreditar que já possui o conhecimento supremo, pois a troca de idéias aumenta cada vez mais seus conhecimentos, tendo em vista que ele trabalha diretamente com pessoas e pessoas estão sujeitas a mudanças sempre.

CONCLUSÃO

Chegamos ao fim desta pesquisa onde buscamos descobrir: Qual a atuação de pedagogos em ambiente empresarial e como se dá essa atuação? As atuações podem ser as mais diversas, desde treinamento e capacitação até a assessoria e essa atuação ocorre através do trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em programas e projetos educacionais, facilitam o processo comunicativo na empresa.

Hoje ser pedagogo não é apenas trabalhar em sala de aula com criança, o pedagogo está onde se faz necessária sua intervenção, seja em escola, cursos, organizações não governamentais e empresas buscando uma melhor aprendizagem no ambiente de trabalho, levando e trocando conhecimento com os empregados e empregadores na busca da harmonia no ambiente de trabalho e crescimento da empresa. A atuação do Pedagogo Empresarial depende entre muitas coisas da sua preparação, nenhum profissional pode atuar em qualquer ambiente se não estiver capacitado para realizar um bom trabalho e um Pedagogo Empresarial também não está livre disso, ele deve estar sempre estudando e buscando alternativa, ferramentas, conhecimento dos mais diversos para realizar um bom trabalho, pois ele irá trabalhar com o capital humano de uma empresa, o que faz a empresa crescer ou cair. Ele tem uma grande responsabilidade sendo assim deve estar sempre buscando se aperfeiçoar, sua formação deve ser continuada como a que deve pregar para os empregados e empregadores que ele trabalha.

O Pedagogo Empresarial precisa ter dentro de si a esperança, a ousadia, a coragem de enfrentar as adversidades do dia-a-dia; é preciso, igualmente, acreditar na integridade, no poder de transformação dentro do ser humano, pois seu trabalho e continuo e muitas vezes à longo prazo. As empresas mesmo crescendo e precisando cada vez mais ter em seu quadro de funcionários, profissionais qualificados ainda não contratam com freqüência o Pedagogo, elas por sua vez preferem contratar consultorias ou profissionais liberais a tê-los em seu quadro fixo, ou ainda contratando psicólogos para efetuarem essa atuação, negando assim a hipótese do projeto e deixando como contribuição a busca pela resposta de porque as empresas contratam mais psicólogos do que pedagogos na área de Recursos Humanos?

 

Autor deste artigo: Ana Paula de Lira Cabral - participante desde Qua, 13 de Abril de 2011.

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