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Edições Anteriores 269 Liderança na coordenação de cursos e graduação: limites e caminhos para a superação (parte 6)
Liderança na coordenação de cursos e graduação: limites e caminhos para a superação (parte 6) PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Marcilio Andre Felix Feitosa   
Ter, 19 de Abril de 2011 00:00

Há algum tempo, dando uma olhada em páginas de ofertas de empregos, me deparei com um anuncio mais ou menos assim: “Vaga para Coordenadores de Cursos de Graduação. Desejável experiência prévia como coordenador em Instituições de Ensino Superior. Requisitos necessários: Título de Mestre ou Doutor, Coordenação e Supervisão, Perfil Estratégico, Dinâmico e de Liderança.” Apesar de achar que a exigência do candidato possuir título de mestre ou doutor ser meramente figurativa, para melhor pontuar nas exigências do MEC, já que o que o futuro coordenador menos vai ter é tempo para realizar suas pesquisas científicas, passei a refletir sobre os demais requisitos. Ter um perfil estratégico é fundamental para conseguir levar um curso adiante. É necessário muito planejamento para traçar o projeto pedagógico do curso atendendo às necessidades do mercado de trabalho, às exigências do colegiado, às vontades da diretoria e de quebra ainda ser competitivo.



O perfil dinâmico e pro ativo ajuda bastante na hora de tomar decisões. Gerir é tomar decisões com bases nos objetivos e recursos institucionais mas, se por um motivo ou por outro essa tomada de decisão for lenta, oportunidades poderão ser perdidas e, junto com elas, a competitividade. Apesar de esses dois perfis serem críticos, creio que está na liderança o principal ponto numa gestão. Um bom líder consegue unir uma equipe em busca de um bem comum. Saber delegar tarefas, sem duvidar da capacidade de seus liderados de realizá-las; traçar metas de curto prazo possíveis de serem executadas e cobrar por elas; tratar seus liderados com amizade e respeito, mas sem complacência; adquirir o respeito dos liderados pela admiração e não se impondo; ser um parceiro, não apenas comandar; estimular a equipe diante das adversidades, mas também no dia-a-dia. Todas essas são habilidades que um bom líder deve ter, entre várias outras.

É um exercício diário ter que lidar com alunos, professores e direção da Instituição. Se o coordenador não possuir os atributos de um líder, tarefas simples, como conferir se determinado professor está ministrando suas aulas de acordo com a ementa do curso, podem se tornar um problema. Um fator complicador ocorre nas Instituições Públicas, onde a estabilidade no emprego faz com que algumas pessoas se sintam acima da lei, podendo agir como bem entenderem. Apesar de a estabilidade poder ser quebrada, o processo é deveras complicado, sendo preciso auditorias e processos administrativos. O desgaste de tais processos acabam levando ao comodismo por parte dos gestores e o processo todo se torna uma bola de neve.

Esse é um dos grandes desafios dos coordenadores em instituições públicas de ensino. Convencer alguns professores a realizarem suas tarefas com esmero e dedicação requer do coordenador um poder motivacional fantástico. Realocar o professor para atividades que ele tenha maior interesse, engaja-lo em grupos de pesquisa com professores produtivos, dar-lhe responsabilidades na tentativa de resgatá-lo são algumas das medidas que um coordenador com espírito de liderança poderia tentar. Sem esse espírito, o comodismo assume lugar de destaca e sobra ao coordenador a postura conformista, a velha desculpa de que “as coisas não mudam!”.

Outros obstáculos estão presentes no caminho dos coordenadores dos cursos de graduação em instituições públicas. A impossibilidade de se contratar professores para ocupar a vaga de algum professor que se aposentou é um desses percalços. Como a contratação de um novo professor só é possível mediante concurso público, cabe ao coordenador liderar o grupo para que ele aja como um time!

Nas instituições privadas o coordenador também têm que encarar seus desafios.  Em algumas a direção e a mantenedora olham para o campus e só enxergam cifrões. O lema é a redução de gastos e uma maior lucratividade! Como coordenar um curso desse jeito? O poder de convencimento do líder-coordenador deve ser totalmente empregado nesses casos. Fazer a Instituição enxergar que alguns investimentos são extremamente necessários e que, se bem realizados, aumentarão a sua competitividade no mercado, é parte do trabalho do coordenador que quer ver o seu curso crescer.

Chuck Williams, no seu livro “ADM: uma abordagem inovadora para ensinar e aprender os princípios de Administração”, comenta que: "a principal diferença entre líderes e gestores é que os líderes se preocupam em fazer a coisa certa, enquanto os gestores querem fazê-la de modo correto". Não acho que devemos ser tão excludentes. Temos muitos gestores com poder de liderança, levando sua equipe no rumo certo e da forma correta.

Prof. Wille Muriel

 

Autor deste artigo: Marcilio Andre Felix Feitosa - participante desde Seg, 11 de Abril de 2011.

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