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Edições Anteriores 262 A abordagem precária dos livros didáticos sobre matemática financeira
A abordagem precária dos livros didáticos sobre matemática financeira PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Helio Rosetti Júnior e Juliano Schimiguel   
Ter, 01 de Março de 2011 10:43

Pesquisa acerca da Matemática Financeira nos livros didáticos encontrados no mercado indica que as abordagens sobre o assunto são precárias e não afinadas com a realidade dos alunos. Esse estudo foi desenvolvido pelo programa de Mestrado e Doutorado da Universidade Cruzeiro do Sul - SP. Construir estrategicamente iniciativas pedagógicas que estimulem o ensino de matemática para todos os alunos, especialmente no Ensino Médio, Técnico e Tecnológico, é um permanente desafio dos educadores que visam possibilitar uma educação qualificada para os jovens na atual realidade educacional brasileira.



Dessa maneira, a instituição de ensino não pode ignorar as novas linguagens e modelos matemáticos que estão presentes no cotidiano dos estudantes. Da mesma forma, as necessidades do mercado de trabalho não podem ser desconsideradas, num mundo integrado com informações velozes. Assim, é essencial que as práticas pedagógicas, os livros, os materiais didáticos e os conhecimentos trabalhados em sala de aula estejam sintonizados com as novas exigências do ambiente em que vivemos, para que a educação não seja algo distante da vida dos alunos, mas seja importante parte de suas vivências para uma vida melhor.

Tornar possível a reflexão, estimulando a capacidade de leitura crítica e interpretação dos fatos é tarefa do trabalho educacional visando à formação de um cidadão pleno. Com isso, o ensino e uso dos modelos matemáticos e financeiros nas aulas devem estar afinados com as demandas, os interesses e as experiências vivenciadas pelos alunos. As fórmulas difíceis e os modelos matemáticos prontos, com poucas facilidades aos estudantes, devem dar espaço aos modelos construídos a partir de suas vivências, na busca de saídas para os problemas oriundos de suas relações na sociedade. Constatamos, por meio de pesquisa bibliográfica, que existem, relativamente, poucos trabalhos sobre a aprendizagem de Matemática Financeira no Ensino Médio e nos Cursos Técnicos, apesar da importância do tema para a formação do educando. Vale ressaltar que nesta pesquisa bibliográfica foram analisados os estudos acadêmicos e os títulos referentes ao ensino de matemática comercial e financeira disponíveis nos acervos on-line das bibliotecas na Internet.

A matemática financeira é o estudo do dinheiro no tempo ao longo do tempo. Cabe destacar que a maior parte dos livros didáticos disponíveis no mercado editorial aborda o tema de forma tradicional, com modelos e exercícios pouco criativos, utilizando linguagem excludente, com a aplicação direta de fórmulas. Dessa maneira, o significado financeiro dos modelos matemáticos e financeiros não é tocado nem debatido com a preocupação necessária, o que acaba prejudicando o entendimento prático das argumentações matemáticas.  São raros os livros que procuram vincular o tema ao estudo de funções matemáticas, análises de gráficos ou estudo de séries matemáticas e também não problematizam situações cotidianas. Assim, numa análise mais geral, nota-se que os conhecimentos de Matemática Financeira tratados nos livros didáticos são principalmente porcentagem, descontos, acréscimos, juros simples e compostos. As atividades indicadas por eles são marcadas por exercícios cujos enunciados expressam possíveis situações tomadas como mais próximas da realidade vivenciada pelos alunos do Ensino Médio, como por exemplo, a aquisição e venda de produtos, percentuais de aumento de salário, empréstimo de capital e aplicação de multas por atraso de prestações.

Percebemos, também, que existe, no mercado editorial, a oferta de diversos livros e apostilas de Matemática Financeira com a finalidade de preparação para concursos, que não são para o Ensino Médio e nem para o Ensino Técnico. Com o avanço da tecnologia e a facilidade oferecida pela informática, o uso de modelos matemáticos deixou de acontecer esporadicamente para se tornar parte integrante e inseparável da vida do cidadão comum. Os livros didáticos devem estar afinados com esse novo contexto. Os conteúdos de matemática financeira bem como os modelos matemáticos que são trabalhados atualmente com alunos do Ensino Médio não atendem às demandas dos estudantes e do mundo do trabalho. Da mesma forma, os livros didáticos apresentam informações restritas à aplicação de fórmulas sem uma contextualização dos conhecimentos tratados no texto, sem uma preocupação com as necessidades das escolas e dos estudantes.

Editar compêndios e textos didáticos que ampliem as possibilidades de entendimento dos alunos, incrementar currículos e atitudes educacionais no cotidiano das escolas, incluindo os estudantes brasileiros e os trabalhadores no mundo da matemática financeira, tem o importante significado de inserir uma parcela expressiva da nossa população no ambiente numérico da comunicação contemporânea e da vida econômica e financeira de nosso país. Mais detalhes sobre a pesquisa podem ser vistos no endereço http://www.conhecer.org.br/enciclop/2010c/estudo%20comparativo.pdf

 
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