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Objetos sólidos PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Wellington Neves Vieira   
Qua, 09 de Novembro de 2011 00:00

Objetos Sólidos, um conto virtuoso o qual Virginia Woof traça nas heranças artísticas, a fusão da Literatura com a Arte Plástica. O narrador apresenta o ponto inicial (ambiente), onde principia o desenrolar do enredo, contudo é uma técnica utilizada para situar o leitor aos desenvolvimentos dos fatos.

 

A única coisa que se movia no vasto semicírculo da praia era um pequeno ponto negro. Quando se aproximou do esqueleto de um barco sardinheiro encalhado, tornou-se mais aparente que o ponto possuía quatro pernas, por um certo esbatimento em seu negror; e cada vez mais podia –se perceber que se compunha das pessoas de dois jovens.( WOOF, Virginia, P. 363.)

 

Este parágrafo inicial do conto é um maravilhoso exemplo para vislumbrar a presença da arte plástica no universo literário postulado por Virginia Woof, ao mesmo tempo em que o narrador apresenta o local, onde os personagens iniciarão o desenvolvimento do Conto, leva o leitor a imaginar um magnífico quadro artístico, portanto o ambiente é uma praia a qual dois jovens: Charles e John, ao caminhar pelas margens do mar discutem algo sobre política, é privilegiado o discurso indireto, pois o narrador registra de forma integral a fala do personagem, portanto o narrador é o intermediário entre a fala do personagem e o leitor, descrevendo os acontecimentos dos fatos de modo que a linguagem é a do narrador. Entretanto, John seria candidato a representar o Parlamento em Londres, por conseguinte John se abusa da discussão e começa a escavar a areia da praia, enquanto que Charles ficou jogando pedras ao mar. John encontrou um objeto não identificável, só conhece a sua matéria, que é vidro, a partir de então John sente- se atraído por esses tipos de materiais, não podia ver uma vitrine que ficaria encantado e começa a procurar vasos, louças em terrenos baldios, por conseguinte, abandona a política e faz da sua casa um ambiente de coleções de Objetos Sólidos.

 

A narrativa é de forma cronológica os acontecimentos desfrutados são expressos passo a passo seguindo uma ordem de acontecimentos, o fato de John ter encontrado um objeto na praia foi à principal causa que desencadeou a conseqüência dos outros acontecimentos, sobretudo está engajada a verossimilhança, pois esta é inserida nesse campo cujo envolvimento dos casos tem uma lógica, existe uma verdade. A mimese é impregnada na realidade com a vida real, que é identificado nos objetos sólidos, à forma de como é narrado o conto provoca inúmeras sensações, contudo o objeto que é encontrado por John é muito bem descrito com características múltiplas, isso evidência os formatos da mesma forma que é estudado, por exemplo, em Matemática. É uma forma bastante criativa para expressar o real. Por outro lado há a presença das pinturas, às descrições de cada objeto é visto também como uma forma de ser criados quadros em telas, partindo desse ponto de vista é a aceitação da “arte sobre a arte, ou seja, é a “criação de uma criação” que faz a arte nascer através de outra produção artística. È a prova de que na literatura reina a pura essência da arte, que é contemplada em outros horizontes, é como que o narrador orientasse o artista a produzi-los esses objetos sólidos, de forma exuberantemente idêntica, enfatizado as cores, brilhos, formas, enfim é uma verdadeira obra de arte que mostra como nenhuma outra a fusão literária com as artes plásticas.

Virginia Woof mostra nesse conto a importância da arte, influência que permeia ou que poderia permeia sobre o mundo fazendo as pessoas mudarem de comportamentos e até mesmo de personalidade, foi o caso que aconteceu com John, que preferiu vivenciar os modelos de todos os Objetos Sólidos que o encontrava, passou a ser um grande admirador da arte que muitas das vezes fazia questionamentos. Como será que isso surgiu? O que era isso? São questionamentos que levam ás correntes filosóficas.

O último objeto encontrado por John foi um ferro, duro, gelado, tal objeto traça as características atual da personalidade de John que acabou se transformando naquele sujeito que não dava um bom dia a ninguém, não olhava para ás pessoas, então morreu para um mundo (Política) e nasceu para outro (arte), entretanto foi  a causa que levou o amigo Charles a abandoná-lo.

 

Portanto é um maravilhoso conto que necessita de uma leitura bem atenta pra não cair nas armadilhas Woofiana, vale salientar que esse conto tem um vasto caminho a ser explorado, mas análise do mesmo buscou enfatizar a relação da Literatura com as artes Plásticas.

 

Autor deste artigo: Wellington Neves Vieira - participante desde Seg, 16 de Novembro de 2009.

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