Lembrar é buscar na memória um fato passado. Infelizmente no passado e ainda hoje vivemos no descaso diante de algumas formas de desvirtuamento que caracterizam a nossa sociedade, com excessiva riqueza e muita miséria, com famÃlias sem terra, sem teto, sem alimento e, principalmente, sem acesso a educação.
Observamos, nessa linha de raciocÃnio, que muitas pessoas estão tentando escapar da violência, do fogo e da guerra interna que existe em algumas cidades do paÃs, sem oportunidade de trabalho, comida e educação.
Outrossim, indivÃduos se sentem desprezados internamente pela sociedade, se escondendo e ficando invisÃveis. Muitos, ainda, não entendem o que ocorre no paÃs em termos econômicos, polÃticos e sociais.
O que estamos fazendo conosco e com as gerações futuras é uma vergonha. Assim, não cremos que elas tolerarão isso. Os governos precisam pôr em suas agendas que a desigualdade começa quando temos uma educação diferente por ser rico ou pobre. Por isso, ninguém deve ser desprezado e todos precisam receber educação para que não tenhamos problemas no futuro. A educação não é um luxo, mas, sim, uma aspiração.
Nesse sentido, não podemos ainda permitir que milhares de pessoas fiquem sem acesso a educação. As instituições de educação superior devem privilegiar o processo de inclusão social e trabalhar de forma a proporcionar a qualificação profissional e pessoal dos seus alunos. Para isso é fundamental fomentar atores regionais e, proporcionar um ambiente de colaboração entre as empresas e essas instituições.
No Brasil e, em especial, aqui em Santa Catarina, é necessário repensarmos essa tendência ao maniqueÃsmo, de achar que existe o bom ou o ruim, ou é meu amigo ou é meu inimigo, isso é um reducionismo. Precisamos trabalhar com várias possibilidades ao mesmo tempo. Na verdade, muitas instituições particulares possuem estrutura e qualidade de ensino excelente. Sem contar que muitos de seus administradores e professores tem grande experiência e conhecimento na área de educação. E, grande parte dos seus alunos, como em todas as instituições públicas ou privadas, estão ali por vontade própria e com intuito de adquirir conhecimento.
A propósito, é mister superar esses ruÃdos que causam um mal-estar constante à sociedade e buscarmos incentivar o acesso das pessoas a educação, a partir daÃ, quem sabe, aumentar o volume de recursos as universidades públicas e federalizar mais universidades no Brasil. Quanto mais inclusão houver melhor. Desta forma, todos estarão aptos a buscar e produzir conhecimento, já que este é inerente a todo ser humano.
Em última análise, para além de uma visão negativa, mas do ponto de vista de perspectivas futuras, sugerimos que o governo federal planeje, de forma estratégica, uma complementaridade entre o setor público e privado, reconhecendo e respeitando a diversidade que existe entre as duas categorias. Do mesmo modo, os gestores de ambos os setores necessitam unir suas forças e reconhecer que o lucro e a disputa fazem parte de qualquer campo. Entretanto, precisam ter sempre em mente que é imprescindÃvel atender aos anseios de toda a sociedade, que são, principalmente, poder adquirir capital intelectual e melhorar nossos Ãndices de educação.
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