Login

Sugestões

Faça o login e visualize as sugestões

Usuários on line

Nós temos 3062 webespectadores online

Revista

Gestão Universitária

Edições Anteriores 213 Manifesto
Manifesto PDF Imprimir E-mail
Avaliação do Usuário: / 5
PiorMelhor 
Escrito por Mara Léa Simões de Paiva   
Qua, 03 de Fevereiro de 2010 14:02

Todos fomos para a escola. Todos aprendemos a ler. É um orgulho passar por essa etapa com um resultado positivo. Mas, quem se orgulha de ter passado pelas “mãos” de um pedagogo? Será que as pessoas, mesmo as que aprenderam a ler e a escrever conhecem a importância desse  profissional, sabem o quanto um pedagogo se prepara para estar no comando de uma turminha de educação infantil, de ensino fundamental? Não é só aprender a ler e escrever, fazemos muito mais do que isso por nossos ‘aluninhos’. Muitos deles chegam com fome, com frio, sentem falta de atenção e afeto em suas casas, aí é a vez do Orientador Educacional, o mesmo pedagogo. E é ele também que vai fazer a mediação com a comunidade, com os pais . Outras vezes, mais tarde, chegam perto do vestibular e precisam ainda, descobrir sua vocação. De novo o Orientador Educacional, o pedagogo, o mesmo que além de esclarecer como são e quais são as profissões, vai ensinar o aluno a se organizar para os estudos, mostrar as opções de lazer, falar sobre a importância da saúde , da prevenção de doenças e de cuidados corporais essenciais. Vai também, descobrir as dificuldades desse aluno e fazer encaminhamentos para profissionais como : fonoaudiólogos, psicólogos etc. Sempre ele, o pedagogo.

 


Por outras vezes, é o diretor, agora, chamado de gestor. Ele é o responsável legal pela escola, ele contrata e demite professores, dá aquela “bronca” mais severa nos alunos que não conseguem manter um comportamento adequado , ele atende os pais e a fiscalização das secretarias de ensino. Ele responde pela escola. Ainda temos o supervisor, o pedagogo que vai em todas as escolas, orienta e estimula os gestores à novos projetos e acaba “fiscalizando” as instituições para o bem dos alunos. Na coordenação pedagógica, de novo ele, outro pedagogo! Desta vez, ele se reúne com os professores, discute estratégias para a exposição de conteúdos, atende os pais cujos filhos apresentaram notas não satisfatórias etc. Tarefas difíceis no entanto, esse profissional está preparado e apto para esse cargo e para outros tantos como: Recreação em hotéis, atividades programadas de lazer nas brinquedotecas, treinamento nas empresas etc.


O que nos deixa perplexos é o descaso do tratamento a nós dispensado. Somos profissionais que estamos com as crianças desde os 3 meses aos 11 anos em média,  fase em que a criança, segundo a literatura mundial, desenvolve  sua personalidade, e não merecemos respeito?

Pedagogos não têm a profissão regulamentada, não têm conselhos federal e regionais, nos sindicatos fazem parte de um todo que deixa de ser a parte, o piso salarial “de fome” não é respeitado, na região sul tem um valor, no norte e nordeste , outro, bem inferior. O Ministério da Educação , quando muda de ‘comandante’, mexe nas diretrizes, dormimos com um curso de 3 anos, acordamos com outro de 4 anos e depois de 3 anos e meio e em algumas instituições, nosso curso vira “sucata” ...... pode-se receber um diploma em apenas 2 anos. Pedagogo, pedagogia......onde fica o respeito ao curso, ao que exercemos e ao que produzimos? O mesmo Ministério da Educação, quando fiscaliza as instituições de ensino superior, não coloca em suas equipes um pedagogo. Ora , mas quem faz educação de base não é o pedagogo? Pois é ! Não nos perguntam nada! Me parece , às vezes, que voltei para o tempo da ditadura. Uma coisa é fato: pelo menos naquele tempo, imposto ou não, existia respeito e eu me pergunto : será que esses comandantes passaram pelas mãos de um pedagogo?


Por outro lado, vejo outros pedagogos em cargos de comando, fizeram a mesma escola que todos os outros e ainda usam o “coronelismo” para as suas escolhas, são arbitrários e continuam lá! Continuam tentando “fazer educação”, mas não fazem, eles não sabem, mas sabemos que eles nada fazem. Quem sabe, esses pedagogos tenham cursado universidades dessas que sucateiam o nosso curso ou, aquelas que foram fiscalizadas por pessoas que nunca foram educadoras, que desconhecem alguns princípios básicos e quem nem sonham sobre quem foi Comenius. Mas é assim, enquanto o mundo se desenvolve de verdade às custas de gente educada, o nosso país vai na onda do quem pode mais e nós, os pedagogos, cada vez mais “sucateados”  vamos vendo a educação entrando  nesse “pacote” do país sub-desenvolvido, mesmo tendo gente capaz que sabe e pode fazer “educação”, os pedagogos .

 

Autor deste artigo: Mara Léa Simões de Paiva - participante desde Ter, 25 de Novembro de 2008.

Veja outros artigos deste autor:

Please register or login to add your comments to this article.

Copyright © 2013 REDEMEBOX - Todos os direitos reservados

eXTReMe Tracker