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Revista
5 Ensino Superior Privado: Ameaças e Oportunidades
| Ensino Superior Privado: Ameaças e Oportunidades |
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| Escrito por Antonio Cruz Vasques |
| Qua, 03 de Março de 2004 21:00 |
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A edição do Decreto 4.914, em 11 de dezembro de 2003, jogou uma pá de cal sobre as perspectivas de expansão das pequenas instituições superiores de ensino. Criadas, em sua maioria, a partir de 2000, programaram seu crescimento pela paulatina transformação em faculdades integradas e, posteriormente, em centros universitários. A possibilidade de autonomia de criação de novos cursos, permitida, até então, pelos centros universitários, era um dos atrativos para a obtenção de economia de escala. O Decreto, ao proibir a constituição de novos centros universitários e ao aumentar os custos dos atuais, pela exigência de crescimento do corpo docente em regime de tempo integral e a comprovação da indissociabilidade constitucional entre ensino, pesquisa e extensão (até 2007), faz com que as pequenas faculdades isoladas tenham que revisar cuidadosamente seus planejamentos estratégicos, se quiserem sobreviver no acirrado mercado educacional. No Ceará, à sombra de uma cultura empresarial baseada na reprodução e concentração de investimentos em áreas consideradas atrativas conjunturalmente (agora, por exemplo, a grande "onda" é a criação de camarão em cativeiro), muitos professores sem experiência gerencial e empresários sem conhecimento do setor educacional, isolados ou em parceria, implantaram um grande número de negócios educacionais. A concorrência acirrada por um mercado de renda concentrada e má distribuÃda está, agora, surtindo seus efeitos. A nossa maior instituição privada, a Unifor, por exemplo, vem demonstrando que o mercado está cada vez mais competitivo. A relação candidato/vaga, passou de 4,390 (em 2001.1) para apenas 1,780 (em 2003.2). Uma redução de 60% em apenas 3 anos! A maioria dos cursos com menos de um candidato por vaga! Na realidade, existe mercado. A taxa de escolarização bruta do Ceará é uma das menores do paÃs. O que não existe é gestão profissional na grande maioria dos novos investimentos. O ano de 2004 será decisivo para as instituições que não atentarem para a premente necessidade de buscarem novas alternativas de investimentos, compatÃveis com as classes de renda mais baixas. |
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