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Edições Anteriores 186 O impacto das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem
O impacto das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Meire Fava Emery   
Qua, 25 de Março de 2009 00:00

No meio educacional, seja ele da Educação Básica ou do Ensino Superior, temos presenciado a transição para a sociedade da informação, fato este que afeta diretamente a educação. Nesse sentido, o impacto das novas tecnologias na sociedade tem contribuído para a criação de novas estratégias de ensino e aprendizagem, bem como na capacitação de seus educadores.

 

Tais mudanças implicam em repensar currículo e conseqüentemente a formação dos alunos, tendo como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias educacionais. Porém, como afirma Michael Fullan (2009), “estamos tão acostumados com a presença de mudanças que raramente paramos para pensar o que a mudança realmente significa”, principalmente no meio educacional, pois o ponto crucial é “como os educadores” entendem essa nova realidade, já que passam por diversas pressões, as quais exercem influência diária em suas ações.Nessa perspectiva, o propósito da educação é ensinar ao aluno a pensar eficientemente, a posicionar-se, a criticar, a escolher alternativas, a arriscar soluções, a ter iniciativa, a usar a criatividade, a usar o método científico, a interagir em seu meio social ajustando-se às transformações que ocorrem no mesmo. Por isso, o currículo educacional atual deverá ser tratado como uma produção social, construída por pessoas que vivem em determinados contextos históricos e sociais, com uma proposta curricular que tenha uma intervenção a partir do que está sendo vivido, pensado e realizado nas e pelas instituições educacionais.

 

Devemos tornar a educação intencional, no que se acredita e no que é possível fazer, articulando teoria e prática, aliado a uma formação continuada de todos os educadores, pois, se assim não o fizermos não conseguiremos encantar nossos alunos, e sem esse encantamento, continuaremos a perder a nossa autoridade em sala de aula. Afinal, “envolvimento” é a palavra chave no atual contexto educacional, pois toda educação bem sucedida acaba envolvendo os corações e as mentes dos alunos, para que esses não se desconectem da sua própria aprendizagem, porque daí sim ficaria muito difícil para os professores entrarem em seu mundo, favorecendo a alienação do trabalho educacional, com alunos separados do professor que tenta ensinar a eles e a sua própria deriva em um mundo considerado confuso.

 

As tecnologias da Informação e Comunicação vêm se constituindo em valiosas ferramentas de apoio para superar as desigualdades e contribuir para a inclusão social. As possibilidades que os espaços digitais/virtuais oferecem, de forma direta ou indireta, afetam vários aspectos da vida das pessoas, sejam no âmbito familiar, profissional ou educacional, afinal a sociedade atual, tem vivenciado a revolução dos recursos tecnológicos em todos os seus campos, entre eles o da educação. Essa revolução afeta diretamente tanto as atividades ligadas à produção e ao trabalho como as ligadas à educação e formação, e o desenvolvimento das tecnologias pode criar um ambiente cultural e educativo suscetível de diversificar as fontes do conhecimento e do saber. Em decorrência disso, a instituição educacional terá que adaptar-se a essa nova demanda, descobrindo novas formas para desenvolver o processo de ensino e aprendizagem fazendo uso das tecnologias educacionais.Afinal, houve um crescimento no pensamento educacional mais crítico, o que fez com que a tecnologia educacional passasse a ser compreendida como uma opção de se fazer educação contextualizada com as questões sociais e suas contradições, visando ao desenvolvimento integral do homem e a sua inserção crítica no mundo em que vive. O que implica em utilizar não apenas a tecnologia, mas sim, inovar as práticas pedagógicas, isso porque as perspectivas para a sociedade hodierna apontam a educação como o pilar que alicerça os ideais de justiça, paz, solidariedade e liberdade. As transformações econômicas, políticas e sociais pelas quais o mundo vem passando são reais e irreversíveis, ocasionando desafios à humanidade em vivenciar o advento da sociedade do conhecimento e a globalização. Além disso, as tecnologias de comunicação e informação têm estado cada vez mais presentes nos setores que regem a sociedade. Na área educacional não é diferente, e tem sido constantemente cobrada em realizar mudanças no processo de ensino e aprendizagem.           

 

Nesse sentido, faz-se necessário que a instituição educacional abra-se para utilizar as tecnologias educacionais a fim de inovar as formas de ensinar e aprender. Ademais, fazendo uso de tais ferramentas educacionais, a instituição poderá desenvolver uma proposta educacional tendo em vista a qualidade da formação que oferecerá a seus alunos.Afinal, no momento em que as tecnologias de informação e de comunicação revolucionam o mundo, o ensino não pode se constituir na exceção à regra, pois torna-se cada vez mais democrático e os equipamentos necessários, cada vez mais acessíveis. A Internet, "rede das redes", permite contatos interpessoais e acesso a informações em tempo real, quase sem limitações de tempo e espaço, por isso novos desafios se fazem presentes no processo educativo, entre eles, as tecnologias educativas tecendo em suas redes significados ao cenário que envolve o processo ensino-aprendizagem, modificando principalmente, os papéis do professor e do aluno, o foco do aprender no lugar do ensinar e a distinção entre informação e conhecimento. No paradigma antigo, o professor ensinava quando transmitia a informação ao aluno e este conseguia memorizá-la, sendo ele o “detentor do conhecimento”. No atual, o aluno aprende quando constrói o conhecimento interagindo no mundo dos objetos e das pessoas.

 

Deixando claros esses conceitos e principalmente a mudança (não a extinção) da figura do professor, a transformação educacional vai ocorrendo, não porque a instituição educacional assim o deseje, mas porque a geração de alunos hoje navega com facilidade pela Internet, e bem orientadas, são capazes de interpretar informações e aprender sozinhos, cabendo ao professor nesse mundo dito “globalizado”, ser um articulador, e com seu conhecimento acadêmico, instruir seus alunos para um melhor aproveitamento das informações que circulam no meio virtual. Porém, há muitos desafios no caminho do cumprimento dessas metas, entre os quais, o desenvolvimento de novos projetos pedagógicos para grande maioria das instituições educacionais de Educação Básica e para as de Ensino Superior, uma melhor formação continuada e a correspondente atualização das práticas e equipamentos educacionais, pois é necessário ao professor a compreensão de seu novo papel, que é ajudar ao aluno a interpretar dados, a relacioná-los, a contextualizá-los, na formação de um sujeito integrado à nova era, eminentemente relacional, apto a viver imerso na informação, crítico de seu papel social num universo cada vez mais globalizado, multicultural e, sem antigas fronteiras. Cabe a nos educadores, promovermos a aprendizagem do aluno para que esse possa construir o conhecimento dentro de um ambiente que o desafie, resultado de um trabalho coletivo, propondo diálogos, criando condições para que a aprendizagem ocorra como um processo dinâmico, por meio de uma proposta pedagógica de qualidade, a qual acompanhe os movimentos vigentes do mundo contemporâneo, no âmbito educacional, bem como com os inúmeros enfrentamentos de conflitos que permeiam o cotidiano educacional. 

 
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