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Escrito por Raquel de Oliveira   
Qua, 19 de Novembro de 2008 09:55
Profissão: estudante

A falta de profissionalismo tem se alastrado por todas as esferas do país como um câncer.  Já nas salas de aula, encontramos claras evidências disso: os estudantes brasileiros, em sua esmagadora maioria, não estudam. O de-sempenho pífio do Brasil nos exames internacionais é a prova mais concreta de nossa carência de pessoas que verdadeiramente estudem: as escolas bra-sileiras ficaram em 37º lugar em leitura (de uma lista que comparou 41 paí-ses), 53º em matemática e 52º em ciências, de uma lista que comparou 57 países.

 

O traço comum entre os poucos alunos vencedores é uma pequena pa-lavra chamada “método”, que demanda, entre outras coisas, priorizar os estu-dos e não as festas. O lazer existe, mas depois do dever. Estudar de maneira profissional requer o cumprimento de horários fixos de estudo diário, muita lei-tura, muita escrita e empenho em fazer a tarefa de casa com qualidade. Isso aliado à constância, pois é fato sabido que a melhor das medidas posta em prática por curto espaço de tempo produz resultados insignificantes. É a repeti-ção dos bons hábitos que fará o diferencial no longo prazo.

 

Revisar a matéria apenas na véspera, imprimir trabalhos diretamente da Internet como se fossem de autoria própria, ser incapaz de usar um dicionário ou identificar as idéias centrais de um texto, escrever qualquer asnice no cader-no só para fingir ter feito a tarefa e enganar o professor (que finge que não per-cebeu, assim como finge ensinar a matéria), são atitudes que maculam a pro-fissão estudante e arrastam o país para mais longe do progresso intelectual. Não é à-toa que o Brasil está tão atrasado nas pesquisas em todos os setores existentes e imagináveis. O pesquisador é um estudioso, espécime raro por estas paragens. E olha que há até a pesquisa remunerada!

 

Agora, se você é daqueles que estudam por horas a fio sem lograr êxito nas avaliações, reavalie seus métodos de estudo. Para atingir outros degraus, tente outras abordagens. Já dizia Einstein: “Insanidade é fazer as mesmas coi- sas sem parar esperando resultados diferentes.” O melhor método de estudo é aquele que lhe permite aprender mais em menos tempo. É uma questão de efi-ciência. Infelizmente, aprimorar os métodos de estudo não é uma preocupação dos pseudo-estudantes brasileiros. Estes estão muito mais preocupados em aprimorar seus métodos de cola. Reunir-se para organizar grupos de estudo é algo no mínimo sugerido pelo demônio. Estudar virou pecado. Antes reunir-se para jogar Dota na Lan House.

 

Para que esperar pela prova bimestral para descobrir que ainda não ha-via aprendido logaritmo? Por que precisa ser o professor aquele que vai lhe jo-gar na cara que você não sabe? Detecte você mesmo seus pontos fortes e tra-balhe seus pontos fracos. Sócrates morreu dizendo: “Conhece-te a ti mesmo, homem!” Seja responsável pelo conhecimento que entra em sua cabeça. No mundo atual, de transformações cada vez mais velozes e drásticas, sobreviver no mercado de trabalho exige que nos tornemos experts na arte de aprender. Devemos ser eternos aprendizes – conscientes de nossa ignorância e am-biciosos de dela sairmos.

    Enquanto o Brasil for habitado por estudantes que não estudam, pro-fessores que não ensinam, pais que não educam e administradores públicos que não administram, continuaremos fadados a sermos um país em desenvol-vimento, mas que não se desenvolve.    
 

Autor deste artigo: Raquel de Oliveira - participante desde Sáb, 18 de Outubro de 2008.

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