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Novo modelo acadêmico |
Escrito por Hélio Rosetti Jr |
Qua, 06 de Outubro de 2004 21:00 |
O ensino superior brasileiro passa por transformações significativas, com reflexos no mundo do trabalho e na capacidade produtiva das organizações. A necessidade de formação cientÃfica e tecnológica do profissional brasileiro, num ambiente mundial de tecnologias voláteis, tem requerido das academias e do governo um grande esforço educacional na busca da superação desse gargalo da capacidade produtiva. As faculdades brasileiras ao longo de décadas vêm privilegiando modelos de cursos com maior duração acadêmica, apesar das sinalizações do mercado por cursos mais objetivos e coerentes com as reais demandas. Assim, as tradicionais formações de bacharelado, com média de quatro a cinco anos de estudos e caráter curricular fortemente generalista, tendem a ceder espaço razoável para as graduações tecnológicas, mais focadas e sintonizadas com as exigências produtivas e com menos tempo de duração. Dados do INEP indicam que os cursos de graduação tecnológica cresceram 75% entre os anos de 2000 e 2002, muito mais que o total dos cursos de graduação no Brasil, que apresentou um aumento de 36%. Esse fenômeno já ocorreu nos Estados Unidos e na Europa. Nesses centros desenvolvidos, as instituições acadêmicas de educação tecnológica - que oferecem cursos mais ajustados ao mercado e com menor duração - são responsáveis por mais de 40% da educação superior. Essa mobilidade de preferência no tipo de formação universitária deve merecer maior atenção governamental tanto no aporte de recursos para investimentos quanto na regulação dessa modalidade de formação superior. O atual modelo de formação praticado nas universidades brasileiras tem se mostrado caro, com longa duração, lento no acompanhamento das novas tecnologias e pouco ajustado à s necessidades do mercado. Nem todos os universitários pretendem ou podem ficar longos anos na universidade, seguindo uma vida acadêmica formal em institutos voltados para a ciência e tecnologia. A grande maioria dos estudantes busca no ensino superior um melhor posicionamento no mundo do trabalho, com a ampliação de oportunidades e encaixes diante das necessidades das organizações. O seguimento de estudos posteriores à graduação dependerá do relacionamento profissional com o mercado. Nesse contexto, o novo paradigma de formação superior deve contemplar as novas e urgentes necessidades profissionais, otimizando custos e ampliando o número de vagas. A reforma universitária tem que levar em conta a velocidade das evoluções do mundo do trabalho, oportunizando também modelos de formação superior mais afinados com as demandas profissionais. Desconhecer essas novas tendências acadêmicas pode resultar em mudanças inócuas, caras e pouco produtivas para a sociedade. |
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