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Feliz Dia do Professor |
Escrito por Ag. Envolverde |
Qua, 15 de Outubro de 2003 21:00 |
As estatÃsticas desanimam. A continuidade na queda do investimento público em educação envergonha este paÃs. A tardia expansão do acesso à escola tem como tristes seqüelas o ainda elevado Ãndice de analfabetismo absoluto e o afunilamento perverso na corrida para a Universidade. A priorização da educação freqüenta todos os discursos – do empresário que quer elevar a produtividade do seu negócio ao polÃtico que promete justiça social. Todos sonham com uma solução rápida e de baixo custo. Todos se esquecem de que não há solução na educação sem professor. Incluir o professor neste pacote implica em reconhecer a complexidade de sua formação e o valor de sua remuneração. Implica em oferecer-lhe condições de trabalho que combatam a desprofissionalização do magistério – desde a educação infantil até o ensino superior. O déficit de trabalhadores especializados numa economia capitalista (estima-se em 300 mil o déficit de professores só no ensino fundamental) combate-se com mudança nas condições da procura. É preciso melhorar o "mercado" da força de trabalho docente. E, neste nosso paÃs, o maior empregador de professores de ensino médio e ensino fundamental é o poder público. Cabe, pois, ao governo brasileiro, em todos os seus nÃveis de atuação, responsabilizar-se de fato pela educação, deixando de buscar soluções heróicas (e marqueteiras). No caso da Universidade Pública, a primavera ainda não chegou. Continuamos a lutar com a mesma falta de verbas, como uma falta (ainda maior) de motivação, com uma ausência de interlocução qualificada que só não nos mata de vez porque o presidente da República, pessoalmente, reclamou para si a prerrogativa de ouvir e de fazer falar as Universidades. No dia a dia de nossa ação pedagógica (que, esta sim, é residualmente autônoma), continuemos a construir o sonho de uma sociedade verdadeiramente democrática nos trópicos. Darcy Ribeiro, grande intelectual e grande educador (apesar das trapalhadas da LDB), vislumbrou neste paÃs uma "Nova Roma" – generoso celeiro de lÃnguas e culturas, fervilhante de invenção e audácia, território da tolerância e da alegria. Não podemos falhar com esta fé que professamos. Para isto, somos professores. Maria Margarida Martins Salomão, reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora |