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Escrito por Hélio Rosetti Jr   
Qua, 07 de Julho de 2004 21:00

Nos últimos vinte anos, a quantidade de estudantes que concluem por ano o ensino médio cresceu 250%, conforme dados do MEC. No ano de 1980, aproximadamente 540 mil alunos concluíram o então segundo grau. Em 2002, 1,9 milhão concluíram o ensino médio no Brasil. Ao contrário do que vem ocorrendo com a educação superior, esse aumento aconteceu majoritariamente na rede pública. Para impulsionar ainda mais esses números, um outro fenômeno vem incrementando a quantidade de estudantes secundaristas: no ensino médio, o quantitativo de jovens que retornou à escola em 2003 foi de 224.096. O maior retorno ocorreu na 1ª série, com cerca de 60% do total.

Esse fenômeno tem elevado sobremaneira a demanda pelo ensino superior. No Brasil, para cada cem pessoas com 18 a 24 anos de idade, somente 9 estão matriculadas em um curso superior. Dos 22,9 milhões de indivíduos nessa faixa etária, quase 2,1 milhões freqüentam os cursos de graduação ou pós-graduação.

No Espírito Santo, 9,1% das pessoas na faixa de 18 a 24 anos estão matriculadas na educação superior. Na região Sudeste, esse percentual é de 11%. Dados do IBGE indicam que, entre os 10% mais ricos da população do Brasil, 23,4% freqüentam cursos de educação superior. Já entre os 40% mais pobres, somente 4% estão matriculados nesse nível superior de ensino.

A sociedade e o mercado têm exigido mais escolaridade dos jovens. Entretanto, os números mostram que a grande barreira para a continuidade dos estudos tem sido o acesso à educação superior, sobretudo porque o aumento de escolaridade está ocorrendo, em sua maior parte, nas redes públicas, com as populações de menor poder aquisitivo.

É necessária uma reestruturação do ensino superior no Brasil que aponte para a ampliação de oportunidades à imensa quantidade de jovens egressos do ensino médio das redes públicas. Para tanto, outras modalidades de graduação devem ser implementadas, rompendo-se com a tradição bacharelesca das academias brasileiras. Nesse sentido, a graduação tecnológica tem um significativo espaço a ocupar na vida acadêmica do País.

Cabe destacar que, na maioria dos países onde a freqüência de jovens ao ensino superior é elevada, a oferta de possibilidades nas formações acadêmicas é variada, tanto em modalidades de estudos, quanto em duração ou especificidade da formação.
A reforma universitária tem a importante missão de ampliar oportunidades para a grande massa de jovens estudantes com baixa renda. Esses jovens estão sedentos por uma formação superior qualificada, objetiva e afinada com o mundo do trabalho.

 
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