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Acompanho estágio de alunos do curso de pedagogia e é comum encontrar alunos jogados no canto da sala rasgando papel enquanto que os considerados ¨normais¨fazem suas atividades. Quando é perguntado qual o objetivo do menino esta rasgando papel a professora claramente responde é pra ver se ele fica quieto e não atrapalha. Durante a merenda há situações constragedoras tando para essas crianças que não detém todas suas capacidades psicomotoras como para quem está na condição de visitante e impossibilitado de agir nesse contexto. Falo do dia que é servido sopa e vários não conseguem levar a colher diretamente à boca e terminam derramando no seus corpos, consequentemente ficam com fome, pois ninguém aproxima para ajudá-lo. Nesse momento estou chorando em frente ao computador, não consigo mais olhar nos olhos desses alunos e ver quando são excluÃdos em todas as esferas. Em muitos casas as famÃlias mandam para a escola pra descansarem das limitações deles, uma vez na escola os colegas se afastam pois não se reconhecem como mais um do grupo diante das impossibilidades de acampanha=los nas suas rotinas e a professora ignora complemente a possibilidade de uma intervenção frente a elas, além de não deter conhecimento está exaurida com salas cheias de alunos normais que carregam com eles tantos problemas que superam os alunos especiais.
Ana Carolina Machado Ferrari em Qua, 02 de Fevereiro de 2011 23:10Olá Izabel, esse é justamente o fator crÃtico da educação inclusiva. PolÃticas públicas voltadas à educação inclusiva temos aos montes porém, lamentavelmente, nem só de polÃticas públicas vive o homem!!!! Se tentam massificar os alunos tidos "normais", não é de assustar quererem "normalizar" os alunos com deficiência.... Na plataforma Paulo Freire possuem vários cursos voltados à educação inclusiva mas os próprios profissionais da educação não têm interesse nessa área. Concordo em partes quanto a falta de capacitação. Nesse mundo tecnológico que vivemos, informação é o que não falta... O que falta, na maioria das vezes, é o interesse mesmo. Digo isso pois me ofereci para dar um curso de Libras + Educação Inclusiva para os professores de uma determinada escola de BH. Tudo 0800, pensando justamente em se facilitadora do processo inclusivo. A resposta que tive foi: "Ah, nem me fale nesses 'alunos problemáticos' que somos obrigados à receber. Os pais deveriam ficar com eles em casa, não trazê-los para a escola". Infelizmente, esse não é um caso isolado.... Acredito que a educação inclusiva só dará frutos quando os profissionais envolvidos se tornarem "marketeiros" da inclusão! Se não nos limitarmos à visão de que educação inclusiva engloba "somente" as pessoas com deficiência. Educação inclusiva engloba todos os marginalizados por alguma deficiência ou gênero ou "raça" (que, diga-se de passagem, a escola insiste em propagar: a bendita "raça negra".. Somos todos raça humana!!!).... E por aà vai... Temos que repaginar a educação. Por mais utópico que pareça, a educação inclusiva só acontecerá quando muitos paradigmas educacionais forem quebrados.... Não precisamos mais de polÃticas. Precisamos de atitude... E, atitude não se escreve: se vive!!!!
Bom saber que faz Educação Especial... Teremos muitas figurinhas para trocar.
Abraço,
Carol
Ana Carolina Machado Ferrari em Qua, 02 de Fevereiro de 2011 22:48Olá Laura, desculpe a demora em respndê-la.... Não acessei nos últimos dias...
Seja bem vinda!
