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Abigail França Ribeiro
Alô Izabel.
É lamentável, mas a verdade é que nossas Instituições de Ensino Superior nada sabem sobre inclusão. Nas próprias licenciaturas sabe-se muito pouco. Eu vejo em currículos do curso de Pedagogia "Fundamentos e Metodologia da Educação Especial e Política de Inclusão - 72 horas" e "LIBRAS - 40 horas". Como se isso fosse suficiente. Semanas Pedagógicas em que não há uma palestra sequer sobre o tema! Recebo telefonemas assustados: - Um candidato anotou na ficha de inscrição ao Processo Seletivo que tem dislexia. E se ele for classificado e vier fazer a matrícula, o que fazemos?
Você tem razão: é tudo muito tímido, ainda. É uma pena.
Ana Carolina Machado FerrariAna Carolina Machado Ferrari em Ter, 05 de Abril de 2011 19:37

Puxando um gancho no comentário da Abigail: sou docente de Libras no curso de pedagogia de uma instituição pública de Minas Gerais. Desde o início venho falando com meus alunos que 54 horas de Libras não os dará habilidade para trabalhar com o aluno surdo em sala de aula. Tenho trabalhado temas sobre educação inclusiva na universidade e observo a angústia dos alunos por saberem que, querendo ou não, preparados ou não, todos deverão atender os alunos com necessidades educacionais epeciais e também os alunos com deficiências. se eu tivesse poder suficiente, alteraria o currículo de todos os cursos de formação de professores, excluindo justamente a disciplina de Libras (por ser humanamente impossível aprender uma língua em apenas 54 ou 40 horas) e a substituindo por algo do tipo: adaptação de materiais didáticos ou prática inclusiva em sala de aula. O que falta hoje é ensinarmos aos alunos das licenciaturas à enxergarem seus alunos com deficiência e necessidades educacionais especiais enquanto sujeitos. Infelizmente, focamos justamente o lado patológico do aluno. Se ligarmos a educação à deficiência, não sairemos do lugar. Temos que ligá-la ao sujeito. Como já disse anteriormente, nem todo surdo usa Libras, nem todo cego lê braile. Se ensinarmos os discentes a usarem a Libras, o Braile, o sistema FM mas não ensinarmos ou dispertarmos a curiosidade em se conhecer o sujeito não sua patologia, ao se depararem com alunos com deficiência "fora do padrão aprendido" haverá exclusão escolar do mesmo jeito.

Ter, 22 de Fevereiro de 2011 14:09
 
Izabel Huning
Oi Abigail, concordo con você quando diz que quer ver os cursos discutindo as mudanças, mas veja bem nos cursos de pedagogia ela já vem sendo discutida timidamente, e a introdução de uma nova modalidade para atender os alunos em classes regulares também vem sendo timidamente introduzido (os segundos professores, mas pasmem eles atendem em primeira instancia os TDH, ou seja os alunos que forem diagnosticados via laudo médico com o transtorno de Hiperatividade e defcit de atenção, as outras deficiencias como as sindromes é que ainda não apresentam atendimento, pois não há acessibilidade, é neste ponto que eu vejo como eduadora que a inclusão tal como ela vem sendo introduzida mais exclui do que inclui, me perdoe quem planeja ela no MEC, mas se eles interpretarem bem o documento dos Direitos Humanos de 2000 da ONU, eles verão que antes de mais nada deverão mudar a estrutura das escolas públicas brasileiras de maneira geral, e pararem nas Universidade de endeusarem algumas escolas da Europa como é o caso da Escola da Ponte de Portugal, eu não vejo muita diferença no modelo de inclusão deles, com o modelo de inclusão nosso, o que eles fazem a mais é nortearem os seus curriculos a partir da realidade de seus alunos, e olhe que já estive lá e vi em loco tudo aquilo. Falo isso, como educadora e estudante do curso de educação especial da Unochapeco, Chapeco SC.
Seg, 21 de Fevereiro de 2011 13:27
 
Abigail França Ribeiro
Resisti ao convite, mas cá estou eu, em mais um grupo! Será que darei conta? Tomara.
A culpa é dos depoimentos de vocês.
Sei pouco sobre inclusão. Sei o que a legislação quer das IES. Ela quer rampas, elevadores e banheiros adaptados, em escolas que não têm deficientes físicos; quer softwares especiais para deficientes visuais, onde não os há matriculados; quer tradutor intérprete de LIBRAS nas IES onde não há deficientes auditivos.
Eu quero diferente: quero curso de Pedagogia discutindo esses assuntos em sala de aula, como unidade programática; quero curso de Comunicação Social conversando com a comunidade sobre o assunto; quero curso de Direito analisando como a magistratura trata os casos de desrespeito à legislação; quero curso de Psicologia promovendo ações de motivação nas IES; quero que esse seja um eixo transversal que perpasse por todos os cursos, descrito formalmente no PPI das IES, nos PPC de nossos cursos; que Engenharia, Informática, todos os cursos da área de Saúde, discutam o assunto. Quero que a área de Extensão promova eventos - pequenos, grandes, que chamem a atenção das pessoas. Quero artigos nos jornais, entrevistas nas rádios, programas na TV. Organizados pelas IES, por seus bacharelados, suas licenciaturas, seus cursos de Tecnologia.
Não é pedir o impossível. É pedir que as escolas cuidem do assunto. Tomem as rédeas da inclusão. É como diz a Laura: - É difícil, mas é possível. Se não for depressa, será devagar. Mas tem que ser, né Ana Carolina? Afinas, somos todos a "raça humana". Beijos a todos.
Sáb, 19 de Fevereiro de 2011 19:00
 
Laura Cristina Nardi
Querida Edilma! Trabalho com pessoas com deficiência e também desenvolvo trabalhos de formação continuada junto a Professores das redes municipais de ensino, com o enfoque da inclusão. Todos sabem que tudo o que é diferente assusta, desestrutura e até incomoda. O aluno com deficiência durante muito tempo esteve confinado único e exclusivamente em escolas especiais. Agora, com um "empurrãozinho" da lei, todo e qualquer aluno pode ser matriculado em qualquer escola. Os professores estão assustados! Pensam que não darão conta! Apresentam-se resistentes com a chegada do aluno com deficiência à sua escola. E nós, temos que entender e estar do lado deles. Tenho dito em todas as palestras que faço, a todos os professores, que sempre, ao se deparar com um aluno com deficiência, que primeiro se OLHE para ele, se ACOLHA ele na escola, e aos poucos se vá conhecendo como ele se porta diante das situações, se vá conhecendo o que ele já sabe fazer e depois se pense em estratégias de aprendizagem junto a esse aluno. Precisamos acalmar o professor que acha que logo no primeiro momento já tem que sair ensinando o seu aluno "diferente" e esse já tem que sair aprendendo. Essa expectativa equivocada acaba enterrando a possibilidade do professor criar uma afinidade com seu aluno, o que será tão decisivo para o seu sucesso da aprendizagem. E quando os professores me dizem que suas salas estão lotadas e existem tantos outros alunos também com dificuldades conto histórias verídicas de professoras que acompanhei de perto e que tiveram sucesso em seus trabalhos pedagógicos junto a alunos com deficiência, mesmo que em realidades escolares pouco favoráveis. Não podemos desanimar (sei que é difícil!). Quem sabe com tua sensibilidade (que vê o que muito não querem ver) tu possas sensibilizar alguns professores para que essas realidades tristes de exclusão, diminuam gradativamente. Um super abraço e força... Estamos aqui para nos apoiar...
Sex, 18 de Fevereiro de 2011 18:14
 
Luiz Fernando Gomes Guimarães
Olá, Edilma,
a educação em nosso país é para chorar mesmo. Temos que melhorar muito... Só não podemos deixar de lutar. Repetindo Gandhi: "Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo." Como supervisora de estágios do curso de Pedagogia você pode fazer a diferença na formação dos futuros profissionais. Abraços.
Sex, 18 de Fevereiro de 2011 08:24
 

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