Login
Sugestões
Rede Mebox!
Usuários on line
As opiniões que aqui são expressadas não representam necessariamente a posição da Rede Mebox.
Os comentários postados são de responsabilidade única e exclusiva de quem os postou.
É lamentável, mas a verdade é que nossas Instituições de Ensino Superior nada sabem sobre inclusão. Nas próprias licenciaturas sabe-se muito pouco. Eu vejo em currÃculos do curso de Pedagogia "Fundamentos e Metodologia da Educação Especial e PolÃtica de Inclusão - 72 horas" e "LIBRAS - 40 horas". Como se isso fosse suficiente. Semanas Pedagógicas em que não há uma palestra sequer sobre o tema! Recebo telefonemas assustados: - Um candidato anotou na ficha de inscrição ao Processo Seletivo que tem dislexia. E se ele for classificado e vier fazer a matrÃcula, o que fazemos?
Você tem razão: é tudo muito tÃmido, ainda. É uma pena.
Puxando um gancho no comentário da Abigail: sou docente de Libras no curso de pedagogia de uma instituição pública de Minas Gerais. Desde o inÃcio venho falando com meus alunos que 54 horas de Libras não os dará habilidade para trabalhar com o aluno surdo em sala de aula. Tenho trabalhado temas sobre educação inclusiva na universidade e observo a angústia dos alunos por saberem que, querendo ou não, preparados ou não, todos deverão atender os alunos com necessidades educacionais epeciais e também os alunos com deficiências. se eu tivesse poder suficiente, alteraria o currÃculo de todos os cursos de formação de professores, excluindo justamente a disciplina de Libras (por ser humanamente impossÃvel aprender uma lÃngua em apenas 54 ou 40 horas) e a substituindo por algo do tipo: adaptação de materiais didáticos ou prática inclusiva em sala de aula. O que falta hoje é ensinarmos aos alunos das licenciaturas à enxergarem seus alunos com deficiência e necessidades educacionais especiais enquanto sujeitos. Infelizmente, focamos justamente o lado patológico do aluno. Se ligarmos a educação à deficiência, não sairemos do lugar. Temos que ligá-la ao sujeito. Como já disse anteriormente, nem todo surdo usa Libras, nem todo cego lê braile. Se ensinarmos os discentes a usarem a Libras, o Braile, o sistema FM mas não ensinarmos ou dispertarmos a curiosidade em se conhecer o sujeito não sua patologia, ao se depararem com alunos com deficiência "fora do padrão aprendido" haverá exclusão escolar do mesmo jeito.
A culpa é dos depoimentos de vocês.
Sei pouco sobre inclusão. Sei o que a legislação quer das IES. Ela quer rampas, elevadores e banheiros adaptados, em escolas que não têm deficientes fÃsicos; quer softwares especiais para deficientes visuais, onde não os há matriculados; quer tradutor intérprete de LIBRAS nas IES onde não há deficientes auditivos.
Eu quero diferente: quero curso de Pedagogia discutindo esses assuntos em sala de aula, como unidade programática; quero curso de Comunicação Social conversando com a comunidade sobre o assunto; quero curso de Direito analisando como a magistratura trata os casos de desrespeito à legislação; quero curso de Psicologia promovendo ações de motivação nas IES; quero que esse seja um eixo transversal que perpasse por todos os cursos, descrito formalmente no PPI das IES, nos PPC de nossos cursos; que Engenharia, Informática, todos os cursos da área de Saúde, discutam o assunto. Quero que a área de Extensão promova eventos - pequenos, grandes, que chamem a atenção das pessoas. Quero artigos nos jornais, entrevistas nas rádios, programas na TV. Organizados pelas IES, por seus bacharelados, suas licenciaturas, seus cursos de Tecnologia.
Não é pedir o impossÃvel. É pedir que as escolas cuidem do assunto. Tomem as rédeas da inclusão. É como diz a Laura: - É difÃcil, mas é possÃvel. Se não for depressa, será devagar. Mas tem que ser, né Ana Carolina? Afinas, somos todos a "raça humana". Beijos a todos.
a educação em nosso paÃs é para chorar mesmo. Temos que melhorar muito... Só não podemos deixar de lutar. Repetindo Gandhi: "Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo." Como supervisora de estágios do curso de Pedagogia você pode fazer a diferença na formação dos futuros profissionais. Abraços.